O Cometa escrita por Carol, thammy horan jones, renatatwifan


Capítulo 17
17. Overdose de Informação.


Notas iniciais do capítulo

Bom, nem demorei muito, né.Gente, eu estou sentindo a falta de um caminhão de leitoras, aonde vocês estão se escondendo, heeeein?Eu gostaria de agradecer à todas as meninas que comentam e me inspiram a continuar, vocês são as fuckin' bests leitoras do mundo inteirinho! Eu amo vocês ♥!E para provar o meu amor, aqui está mais um capítulo fresquinho d'O Cometa , espero que gostem :)#Aaaah, algumas leitoras já estão especulando sobre as reações estranhas da Leah no capítulo anterior, alguém mais tem palpites aí??Boa leitura...



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16. Overdose de Informação.

A consciência foi me tomando de forma lenta, meus sentidos voltando a funcionar normalmente depois de uma noite de sono tranquilo. Senti as mãos de Esme acariciando meus cabelos e sorri, esticando o corpo preguiçosamente.

Inspirei profundamente, e... PERAÊ, esse não é o cheiro da minha avó!

Inspirei novamente.

Definitivamente não era o perfume dela: era infinitamente melhor.

Abri os olhos e me sentei na cama rapidamente.

Mamãe?!– indaguei, surpresa e maravilhada.

Ela sorriu afetuosamente para mim.

–Olá, pequena cutucadora.

Abri um sorriso do tamanho do mundo e me joguei sobre ela, derrubando a nós duas no colchão. Minha mãe gargalhou.

–Ai, que saudades, mãe! Quantas saudades!

Bella me abraçou com força e beijou meu rosto.

–Eu também estava com saudades, meu anjo. - uma lágrima rolou por sua bochecha - Você não imagina o quanto.

Colhi sua lágrima com meu polegar.

–Mas agora você está aqui, mãezinha. Aqui! MINHA MÃE ESTÁ AQUI COMIGOOO! - gritei sem me conter, gargalhando feito uma retardada.

–É, eu estou. - ela falou rindo, e nós duas começamos a pular em cima da cama, como duas crianças.

Ouvimos um riso baixo e muito alegre vindo da porta. O lindo homem de cabelos acobreados nos fitava, divertido.

–Será que sobra um pouquinho de animação para receber esse velho e saudoso pai? - fez drama.

Eu revirei os olhos e pulei da cama para o chão, correndo ao encontro do meu pai.

–Saudoso até pode ser, mas velho o senhor não é nem do dedinho do pé, pai. - passei os braços em torno de sua cintura e afundei o rosto em seu peito.

Ele riu.

–Se você diz.

Minha mãe caminhou até nós e demos o nosso típico abraço de família.

–Ainda bem que vocês cumpriram sua promessa. - falei enquanto eles me beijavam, um em cada bochecha - Eu estava começando a pensar que não viriam me ver antes da viagem.

Edward rolou os olhos e mamãe me olhou incrédula.

–Você achou mesmo que nós partiríamos para uma viagem de meses sem nos despedir antes?

–Nós queríamos fazer uma surpresa. - meu pai informou.

Sorri.

–Que bom que vocês vieram, tem uma pessoa muito especial que eu quero lhes apresentar. - eu tenho certeza de que meus olhos brilharam naquele momento.

Minha mãe deu uma risadinha.

–Eu acho que já esperava por isso. - papai disse, pensativo - Jacob Black, eu imagino, não?

Eu pisquei umas três vezes.

–Haam... Hã? - fiz-me de desentendida.

Ele riu alto.

–Eu te conheço muito bem, querida. Lembra de quando você nos telefonou na semana passada?

É claro que eu lembrava. Foi naquele dia que Jacob e eu nos beijamos pela primeira vez.

Assenti, confirmando.

–Então... - ele disse - Eu também lembro: “Ah, Jacob é só um bom amigo, pai.” - fez uma imitação tosca da minha voz, mal contendo o riso - Bom amigo, né?

Eu corei.

–É. - falei - E eu não menti. Saiba que, quando eu falei com vocês na quinta-feira passada, Jake e eu ainda não estávamos namorando.

Minha mãe arregalou os olhos e meu pai começou a tossir.

Namorando? – Bella perguntou sorrindo de canto, enquanto dava leves tapas nas costas de papai.

Eu passei a mão na nuca, encarando meus pés.

–Uhum... - murmurei - Vocês devem estar estranhando, pois faz apenas três semanas que eu vim para Forks, mas...

–Não. - mamãe me interrompeu - Nós estamos felizes por você, filha... Muito felizes! Nós achávamos que você não se recuperaria do trauma provocado por... Bom, você sabe. - falou, sem jeito.

–Alex? - indaguei, minha voz cheia de indiferença.

Os dois me encararam, incrédulos.

–Você... Você... - minha mãe balbuciou.

–Há menos de um mês atrás, esse nome era completamente proibido, você se debulharia em lágrimas se nós falássemos nele. - meu pai estava radiante - Filha, você está feliz novamente!

Neguei com a cabeça.

–Muito mais do que apenas ‘feliz’, papai. Eu... Eu estou apaixonada!

Não dá para dizer qual dos dois ficou mais feliz.

Nós descemos e tomamos o café da manhã em família. Esme só faltava soltar fogos de artifício, de tão feliz que estava.

Tudo estava maravilhosamente bem, mas eu podia notar um comportamento estranho da parte de... Bem, da parte de todos eles, na verdade. Como se estivessem me escondendo alguma coisa. Eu até tentei ficar a sós com minha mãe, para arrancar-lhe alguma informação, ela nunca conseguia me dizer não quando eu fazia biquinho. Porém, eu nada consegui, pois eles não me deixaram sozinha com Bella por um segundo sequer, como se soubessem das minhas intenções. Por fim, decidi ignorar, uma hora ou outra eu acabaria descobrindo.

O resto da manhã foi ótimo, meus pais me contaram a respeito dos planos para sua viagem e eu vali-me do assunto para lhes dizer que permaneceria aqui em Forks até o final das férias de verão. Eles aceitaram numa boa, com sorrisos satisfeitos, e minha avó quase arrancou meu braço ao me puxar para um abraço apertado quando ouviu a notícia.

–Por que você não me disse, hein, mocinha? - ela sorria largamente - Oh, eu estou tão feliz! Carlisle vai adorar a notícia, eu tenho que contar a ele. - e correu para o telefone.

Alice e Jasper juntaram-se a nós e eu aproveitei para mostrar a todos o trabalho que estava fazendo com fotos e vídeos de La Push, para a faculdade. Eles - Edward e Bella, principalmente - ficaram meio abobalhados quando viram as fotos.

–Nossa, esse paraíso é aqui, mesmo? - mamãe perguntou.

Paraíso– pensei - uma ótima palavra para descrever esse lugar.

–É, sim, mãe. La Push é incrível.

Depois de almoçar - uma comida divina, preparada por Kate e Marie -, fomos todos para a sala de estar. Papai e tio Jazz iniciaram uma partida de xadrez, que provavelmente duraria horas, e as mulheres engataram em uma conversa animada sobre algum assunto que eu não sei dizer ao certo. Já estava há mais de vinte e quatro horas sem ver Jacob e era só nele que eu conseguia pensar, sentia-me como uma dependente química em crise de abstinência. Eu precisava dele. Joguei-me no sofá e fiquei admirando a linda família que eu tinha, eles eram perfeitos.

Acabei por adormecer.


[...]


–Nessieeeeeeeeeee! - uma voz fininha de criança gritou, e logo em seguida algo se atirou sobre mim no sofá.

Abri os olhos devagar, e quase caí no chão quando a pequena criatura começou a pular em cima de mim.

–Acorda, preguiçosa! Acorda, preguiçosa! Isso lá são horas de estar roncando? Você está parecendo a minha avó Mandy. - começou a apertar minhas bochechas - ACOOORDA!

Segurei seus braços acima da cabeça para que ele não arrancasse um pedaço do meu rosto e sorri, um pouco descrente.

–Henry? OMG! Henry? - abracei-o com força, rindo faceira - É você mesmo, garotão?

Eu não conseguia acreditar, eram surpresas demais para um dia só.

Ele revirou os lindos olhinhos verdes e deu um beijo em minha testa.

–Não, é o papa! - riu de sua piadinha - É claro que sou eu, Nessinha.

Eu me sentei melhor e ajeitei o piadista júnior em meu colo, no mesmo instante em que Rosalie passava pela porta com um tubo de pomada em mãos.

–Henry, vem aqui, menino! Eu tenho que fazer um curativo nesse seu joelho! - e então me viu - Oh, Nessie! Nessie, Nessie!

Correu em minha direção e me puxou pelos braços, fazendo-me levantar do sofá.

–Que saudades, minha bonequinha!

Eu sorri, retribuindo seu abraço.

–Também estava com saudades, tia Rose.

Ela afanou meus cabelos.

–Eeeeba! Hora do abraço! - Emmet gritou quando apareceu na sala, carregando uma mala enorme.

Passou os braços em torno de mim e de Rosalie e nos suspendeu do chão, fazendo-nos gargalhar.

–Eu quero também! - Henry gritou, pendurando-se nas pernas do pai.

Eu sorri, desci do colo de tio Emmet e coloquei Henry em minhas costas, como um macaquinho. Levei-o, então, para conhecer a casa. “Upa, upa, cavalinho!” - Ele gritava, puxando meus cabelos de leve e fazendo-me rir alto.

Eu estava muito feliz por meus pais e tios terem decidido fazer-me uma surpresa, a saudade que eu senti deles era indescritivelmente grande.

Mas ainda conseguia ser menor do que a saudade que eu sentia de Jacob, o que me levava à seguinte pergunta: “Será que eu estou louca? Obcecada por ele?”, afinal, um dia sem ver alguém não pode fazer com que você se sinta como se estivessem longe há anos. Porém, era exatamente assim que eu me sentia. Um dia! Sim, eu só podia estar louca!

Fui até o telefone e liguei para a casa dele. Billy atendeu.

Olá, Nessie.– falou afavelmente - Tudo bem com você?

Sua voz continha certa preocupação, o que significava que ele, com certeza, já estava a par da situação do vampiro.

–Olá, Billy. Estou bem, sim. - fiquei em silêncio por um segundo - Jake está?

Ele demorou um pouco para responder.

Não, querida.– falou por fim - Desde o dia em que pegou aquele rastro nas suas coisas, ele não voltou para casa. Pelo que os garotos me contaram, ele está reorganizando todos os turnos de ronda, e expandiu o perímetro também, para que sempre tenha pelo menos um lobo correndo perto da sua casa. Seth me disse que ele está treinando os moleques mais inexperientes, inclusive os da matilha de Sam. Jacob está realmente preocupado, Nessie.

Aquilo me fez sentir mal, Jake estava sobrecarregando a si e aos outros lobos para garantir a minha segurança, e tinha medo de falhar porque se considerava o maior responsável por tudo o que acontecia comigo.

Aconteceu alguma coisa?– Billy perguntou - Quer que eu diga a ele que você ligou?

–Ah... Não, não precisa, Billy. Você acha que ele ainda demora a aparecer em casa?

Acredito que não.– respondeu-me, tranquilizador - Provavelmente ele virá ainda hoje, de acordo com o que os garotos disseram.

Suspirei aliviada.

–Ótimo. - sorri - Acho que vou fazer uma visita para ele... E é surpresa, ok?

Ouvi seu riso de trovão do outro lado da linha.

Pode deixar, minha boca é um túmulo. – uma curta pausa - Ah... Nessie? Não venha sozinha, chame algum lobo para acompanhá-la até aqui. Jake prefere assim, e eu também.

Minha vez de rir, esses Black eram tão superprotetores!

–Tudo bem, até mais, Billy.

Até mais, pequena Nessie.


[...]



–Renesmee, querida, pode vir aqui um instante? - Alice pediu de forma despreocupada, mas conhecendo-a do jeito que eu conhecia eu podia bem ver que ela estava nervosa.

–Claro, tia. - respondi, despreocupadamente também, para que as mulheres não notassem a tensão no ar.

Allie era a única que sabia a respeito do cheiro que Jake detectou em meu quarto. Na verdade, eu não queria envolvê-la naquilo, mas Jacob insistiu, dizendo que era bom avisá-la para que ela pudesse ficar de olho - literalmente.

Acontece que a reação dela ao nos ouvir foi muito estranha. Ela não pareceu assustada ou mesmo surpresa, apenas apreensiva.

Agora, nós mulheres estávamos conversando na cozinha enquanto os homens assistiam a um jogo de futebol na sala. Em um determinado ponto da conversa, os olhos de Alice ficaram sem foco e sua expressão, vazia. Vovó, mamãe e tia Rose, que conversavam sobre algum lugar de Paris - animadíssimas, diga-se de passagem - não perceberam. Mas eu percebi.

Quando finalmente saiu do transe, minha madrinha piscou umas três vezes, levantou-se e deixou a cozinha sem dizer uma única palavra. Eu fiquei tentada a segui-la, mas como não queria que ninguém percebesse que havia algo de errado acontecendo, obriguei-me a driblar a curiosidade e permanecer onde estava.

Até que ela me chamou.

Saí da cozinha, agindo da forma mais casual que consegui.

–Eu tive uma visão. - ela me informou, sussurrando, assim que cheguei ao corredor.

–E o que era?

–Tanya, Kate, Irina, Carmen e Eleazer.

Franzi a testa.

–Mas como? Eles não podem ter aparecido em uma visão sua! Você não consegue vê-los.

Alice apertou os olhos, respirando fundo.

–Tem algo que eu preciso te contar. - falou, e saiu me puxando em direção à biblioteca.


[...]


Não!– exclamei, desacreditada - Não mesmo! Não pode ser!

Ela pousou o dedo indicador sobre seus lábios, pedindo-me silêncio, e só então eu percebi que estava falando mais alto do que deveria.

–Vocês mentiram para mim, tia! - acusei, meu tom de voz agora era mais baixo. E também mais seco - Vocês não podiam ter feito isso, agora eu estou perdida!

Alice puxou o ar com força.

–Entenda, Ness, nós não te enganamos. Nós não mentimos para você. - ela me olhou severamente - Será que você não compreende que esse é um segredo muito maior do que eu? Do que todos nós? Será que você não compreende que esse é um segredo mortal? Irina contou que a regra número um no mundo vampiro é não deixar que os humanos saibam de sua existência. As consequências seriam terríveis, para os dois lados.

Afundei o rosto nas palmas das mãos, apertando fortemente minhas têmporas.

–Tudo bem, isso quer dizer que, esse tempo todo, você e tio Jasper sabiam que os nossos amigos do Alasca são vampiros e não disseram nada para proteger a minha vida? - eu estava indignada - Quer dizer que você conseguia vê-los através de seu dom e nunca contou nada só por proteção?

Ela assentiu.

–Exatamente.

Eu senti vontade de gritar, tamanha era a minha frustração. Levantei-me da cadeira e comecei a andar de um lado para o outro.

– Eu não sei o que fazer agora, Jacob vai pirar! - puxei nervosamente meus cabelos.

Tia Alice me olhou com piedade.

E, de repente, eu estagnei no lugar.

–O que você disse que viu, mesmo? - perguntei, temerosa.

–Eu não disse. - ela respondeu - Mas eu acredito que você já saiba o que é. Nós temos um problema.

Fiz sinal com a mão para que ela continuasse falando.

–Eles estão planejando uma visita, estão com saudades de nós.

Não! Não! Mil vezes não!

–Quando? - sussurrei.

Ela apertou os lábios.

–Duas semanas. Três, no máximo.

Joguei os braços para cima.

–Oh, perfeito! Maravilha! Eu estou completamente ferrada! Que inferno!

Alice caminhou até mim e me chacoalhou pelos ombros para acabar com meu chilique.

–Para com isso, menina! Nós temos que encontrar uma solução inteligente, e não ficar dando ataques!

Bufei.

–É claro, mas o que você sugere?

Seus lábios se apertaram em uma fina linha e ela colocou a mão na nuca, mexendo a cabeça. Estava se concentrando.

–Ok - falou - O primeiro passo é lógico: Você tem que contar a Jacob.

Eu suspirei pesadamente, estava muito lascada! Jake, com toda certeza, teria uma reação nada boa: na melhor das hipóteses, ele ficaria louco e gritaria com a matilha inteira para descontar seu nervosismo em alguém, e, na pior... Bem, eu não queria nem pensar, mas acho que envolvia uma viagem para o Alasca e o esquartejamento de meus bons amigos/quase tios.

Estremeci de nervosismo.

–E o segundo passo? - indaguei, com certo medo.

Alice me puxou para uma cadeira e me colocou sentada lá, enquanto se acomodava em uma outra à minha frente.

–Olha só, Ness, eu tenho um plano. - anunciou - Mas para isso vou precisar da sua total colaboração. Você está disposta?

Assenti.

–Absolutamente.

Ela sorriu.

–Certo, então. É o seguinte: Nós temos que evitar a todo custo que os Denali venham para cá sem saber a respeito dos lobos, isso poderia resultar em uma briga feia. Sendo assim, Jazz e eu iremos para o Alasca dentro de duas semanas e conversaremos com eles. - arregalei os olhos quando ela disse isso - Calma, querida, não precisa se preocupar. Eu tenho certeza de que eles entenderão nosso ponto, jamais fariam mal a Jacob sabendo que isso machucaria você. E é uma boa ideia, não? Se formos para lá, nós evitaremos a vinda deles tão logo e, consequentemente, estaríamos evitando uma confusão das grandes.

Eu não pude discordar disso, ela tinha razão.

–E onde eu entro nesse plano?

Ela revirou os olhos.

–Não é óbvio? Jazz e eu vamos convencer os vampiros de que os lobos são amigos, e você convencerá o lobo de que os vampiros são bons e confiáveis. - ela explicou com calma.

Fiz uma careta.

–Eu não vou conseguir! - choraminguei.

Alice balançou a cabeça, sorrindo de canto.

–É claro que você vai, é só usar suas armas femininas.

Eu arqueei uma sobrancelha, sem saber onde ela queria chegar com aquilo.

–É muito simples, Ness... - continuou explicando - Uma mulher tem fortes poderes de persuasão sobre um homem loucamente apaixonado. - agora seu sorriso era absurdamente malicioso.

E a minha ficha caiu.

Sexo? ­– perguntei descrente - Você sugere que eu o convença desse jeito pervertido?

Ela fez um muxoxo.

–Jeito pervertido? - sua descrença era quase maior que a minha - Jacob não é nenhum monge, Nessie.

Respirei fundo.

–Eu sei que ele não é nenhum monge... - resmunguei, arrancando um risinho dela - Mas eu sou uma freira, ou você esqueceu?

Alice negou com a cabeça.

–Não, eu não esqueci, querida. Mas, você não pretende ser uma “freira” para sempre, não é? E mesmo que pretendesse, eu não creio que, tendo Jacob Black como namorado, você conseguiria se segurar por muito tempo.

Senti meu rosto esquentar. Ela riu.

–Tudo bem, tudo bem - resolvi me render - Eu realmente queria que... hum, você sabe... eu... eu queria fazer amor com Jake.– confessei num sussurro - Mas a verdade é que eu tenho um pouco de medo, sabe? Como você mesma disse, ele não é nada santo, e eu não quero nem pensar em quantas garotas já levou para a cama. E se eu não for boa o suficiente para ele?

Ela sorriu para mim. Confortadora e compreensiva.

–Eu sei exatamente o que você está sentindo, minha flor. Passei pelo mesmo dilema com Jazz. Entretanto, eu posso te garantir que não há com o que se preocupar: do jeito que Jacob te ama, tenho certeza de que vai te ensinar tudo com calma e muito carinho, e você vai acabar se tornando uma grande fã do esporte... - deu um sorriso maroto - Assim como eu me tornei com Jasper.

Fiz uma careta.

–Argh, tia! - reclamei - Não precisamos entrar em detalhes aqui!

Tia Allie gargalhou e me deu um abraço.

–Tudo bem, vamos voltar para a cozinha, sua mãe e Rosalie estão nos procurando.

Assenti, sorrindo, e saímos da biblioteca de braços dados.

Como previsto - oh, novidade– mamãe e tia Rose estavam como loucas atrás de nós. Alice explicou que estávamos no computador, trabalhando na campanha de calçados, e ficou tudo bem.

Logo chegou a hora do jantar, e como já estava tarde, desisti da surpresa que pretendia fazer a Jacob hoje. Amanhã eu iria até a casa dele, já tinha que começar a preparar o terreno para soltar a bomba. Mas o que eu iria dizer?

“Ah, amor, eu tenho uma coisa para te contar: não precisa mais se preocupar com aquele rastro de sanguessugas que você encontrou em meu quarto... Ele é dos meus tios do Alasca, hehe. Pois é, eles são vampiros, mas não pira, ok? Eles são vegetarianos. E eu não te disse antes porque eu realmente não sabia, Alice me falou que ser conhecedora desse segredo pode custar a minha vida. Bom, é só isso.”

Será que vovô conseguiria fazer um transplante cardíaco em um lobisomem? Porque eu acho que Jacob precisaria de um.





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Notas finais do capítulo

Nossa, vocês não têm noção do quanto eu demorei para conseguir escrever esse capítulo =/ Tive que fazer e refazer um monte para finalmente dar certo...Espero ser recompensada por isso :)