Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 9
Capítulo 8




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Edward Pov

Três semanas depois

- Você tá linda, sabia? – Rosalie pegou Nessie no colo.

- Tava com saudade da senhora. – a menina respondeu sorridente.

Emmett apareceu na sala com Glorinha no colo e veio me cumprimentar.

- E aí? Tudo bem? – perguntou dando um “tapinha” no meu ombro que me fez dar um passo para frente.

- Tudo Emm.

- Oi Xio Edwadi – Glorinha disse tirando o dedo da boca.

- Oi pequena. – a peguei no colo como costumei a fazer nas últimas semanas.

Não só com ela, mas também com Nessie.

Rosalie parou do meu lado.

- Vamos trocar de filhas? – perguntou rindo.

Trocamos as crianças de colo e eu fui para o sofá.

- Sabe quem ligou ontem, Edward? – Emmett perguntou.

Nessie arregalou os olhos se sentando no sofá ao meu lado.

- Quem Emmett?

- Minha sogrinha. - gritou já entrando na cozinha.

Rosalie derrubou alguma coisa atrás de mim, me assustando. Como assim a mamãe tinha ligado?

- Rose?! – chamei.

Mais alguma coisa foi parar no chão.

- Oi... irmãozinho.

Apareceu sorrateira atrás de mim.

- Rosalie, você não contou pra mamãe, né?! – perguntei assustado.

- Eu? ... er... claro que...

- Contou sim, Edward! – Emmett gritou da cozinha.

- Rosalie! – levantei do sofá nervoso.

- Ooooooi?! – fez cara de inocente.

Olhei para Nessie que estava completamente confusa e assustada.

- Acho melhor as crianças subirem pra brincar, né não Emmett?!

- Sobrou pra mim. – ele gritou.

- Claro... você que abriu a boca. – Rose rosnou baixinho.

O monstro do meu cunhado entrou na sala com um pote de sorvete na mão.

- Quem vai querer brincar? – ele estava um pouco agachado com cara de animação.

Um perfeito bobo. Sempre fora assim.

Nessie desceu do sofá e foi pra direção que ele e Glorinha se dirigiam. Esperei que eles desaparecessem pelo corredor para começar a conversa.

- Me diz exatamente o que você disse, Rosalie. – rosnei me sentando de novo.

- Tudo bem. Eu digo... mas.... – lá vinha ela com suas exceções – eu não quero que você grite, rosne, ou saia correndo atrás de mim pelo apartamento.

- Você falando desse jeito está me dando uma séria vontade de fazer tudo isso e mais um pouco. – me levantei.

Ela deu dois passos para trás e eu dois para frente. Como numa dança. Eu sabia que ela tinha feito besteira. Cada célula do meu corpo gritava que ela havia feito uma grande besteira. Eu conheço aquela peste que eu chamo de irmã.

- Olha Edward! Você sabe como nossa mamãe é, né?!

- Não, não sei. Como? – continuei a seguindo enquanto ela dava voltas no sofá.

- Ah... totalmente impaciente, reclamona, irritante, amável, é claro... afinal é a mamãe.

- Você ainda não chegou onde eu queria. – lhe lembrei imapaciente.

- E onde seria mesmo?

- Rosalie...- rosnei sério.

- Tudo bem, tudo bem. Eu vou falar o que disse a ela.

Cruzei os braços tentando respirar.

- Começa logo.

- Bem, ela ligou como sempre faz... só pra conversar...

- Você quer dizer colher informações. – consertei a frase.

- Er... é!

- Muito bem! – sorri amarelo – Mais o que?

- Não me culpe! – ela gritou de repente com o dedo indicador apontado para mim.

- Do que você tá falando?

- Foi a Tanya que contou. A mamãe ligou pra Tanya pra perguntar como ela estava já que você não atende as ligações dela e a Tanya contou tudo... tudinhooo. Eu só confirmei a história.

A Tanya me paga.

- Não acredito! – gritei dando um soco no sofá.

Ela deu um pulo.

- Eu não queria, desculpa?! – se adiantou.

- A culpa não é sua. Tinha que ser a Tanya.

- Ainda bem que você entende. – disse relaxando.

- Eu vou matar aquela mulher. – rosnei apertando uma almofada.

- Você ainda não sabe de nada. – ela sussurrou do meu lado.

- Como assim? – perguntei assustado.

- Mamãe e papai estão vindo pra Nova Iorque na semana que vem. – respondeu tentando se proteger de mim.

Há há! Agora eu tava feito.

- Como? – tentei não engasgar.

- É... mamãe quer ”tirar essa história a limpo” – Rose fez aspas no ar com as mãos indicando que quem havia dito aquilo tinha sido D. Esme.

- Ótimo. – amassei ainda mais a almofada.

- Culpe sua noiva... aliás, que noivazinha que tu foi arrumar. Cobra! – encheu a boca pra falar.

- Não se preocupe. Vou tirar todo o veneno dela. – sorri amarelo.

Eu tinha que tomar uma atitude. Tanya achava que era dona da minha vida, mas ela não era nem dona do meu coração.

- Desculpa eu não ter impedido. – Rose disse tocando meu ombro.

- Tudo bem. Você não tem culpa.

- O que vai fazer agora?

- Foi por isso que você me chamou aqui hoje, certo? Pra me contar? – perguntei largando a almofada completamente deformada no assento.

- Mais ou menos. Eu pretendia contar, mas te chamei aqui por outro motivo. Agora... me responde.. o que vai fazer agora?

- Que motivo, Rose?!

- Não vai responder minha pergunta.

- Responda a minha já que a brincadeira não está tão interessante.

- Você puxou a mamãe... é completamente irritante.

- E você completamente manipuladora. Puxou o papai. – sorri me acalmando.

Ela abriu os bravos e me abraçou encostando a cabeça no meu peito.

- Eu quero te perguntar umas coisas que estou pra perguntar a muito tempo, mas não tenho coragem, pois sei que esse assunto te irrita e te machuca demais... esse é o motivo. – confessou baixinho.

- Então tá. – a afastei um pouco de mim – Não sei o que vou fazer agora. Acho que sentar e esperar papai e mamãe. – respondi sua pergunta.

Ela sorriu feliz.

- Conto com você pra quando eles voltarem, né?! – indaguei erguendo a sobrancelha.

- Como se mamãe fosse mesmo me deixar fora dessa.

- Afinal você é irmã mais velha. Deveria cuidar do mais novo.

- Como se eu pudesse. – brincou rindo.

- Vamos sair?! Será que o Emm fica bem com as crianças?

- Claro que ficam.... se não chegarem perto de facas, fogão, e qualquer outra coisa que...

- Emmett, nós vamos dar uma saidinha. – gritei na direção do corredor.

Ela ergueu uma sobrancelha e eu a peguei pela mão.

- Vamos logo. – a puxei para porta.

Ela queria conversar não queria?

[...]

- Quer alguma coisa? – perguntei educado.

Ela sacudiu a cabeça negando.

- Então é só isso. – respondi ao garçom.

Ele assentiu e saiu de perto da mesa.

- Pode começar. – falei colocando a mão nos bolsos.

- Começar?

- É... você não queria me perguntar alguma coisa?

- Mas, Edward...

- Pode perguntar qualquer coisa. – respondi sincero.

Eu já imaginava sobre o que ela queria perguntar.

Provavelmente, Bella. Quando ela disse que o assunto me irritava e me machucava, eu soube na mesma hora que ela era o assunto. O que mais poderia fazer isso comigo? Apesar de já ser uma dor antiga, ela ainda latejava. Mas eu já estava mais acostumado desde que Nessie havia chegado.

- Eu não sei...

- Eu sei sobre o que você quer perguntar. – a cortei.

- Não, não sabe.

- Mas imagino.

- Não tem idéia do que passa na minha cabeça.

- Então a abra para mim. – dei de ombros.

- Como se fosse fácil.

- Comece logo com as perguntas, Rose.

- Se assim você o quer. – ela torceu os lábios, e quando ia começar a falar o garçom chegou com o meu café.

Me serviu e saiu de perto nos deixando sozinhos de novo.

- Agora, sem mais interrupções. – prometi segurando a xícara.

- Tudo bem. Edward, eu quero... que você me diga... detalhe por detalhe do dia que... a Bella foi embora.

Por essa eu não esperava. Eu nunca tinha contado pra ninguém nada sobre esse dia e não entendia porque ela queria saber, então resolvi perguntar:

- Porque isso agora?

- Sabia que você relutaria... – sussurrou pra si mesma.

- Não estou relutando. Só estou curioso.

- Como assim?

- Não estou relutando – ela franziu o cenho – Só quero saber... porque essa pergunta e porque agora?

- Seria mais fácil você só responder. – ela esfregou a mão nas pernas por debaixo da mesa.

- Acho que posso dizer o mesmo. – pousei a xícara na mesa – Responde logo. Não protele.

- Você que está protelando.

- Você sabe o quanto eu odeio esse jogo de empurra-empurra.

- Eu não sei. – no fundo eu sabia que ela estava mentindo – Eu só fiquei curiosa. Droga! Eu só queria saber, não tem um motivo especial.

- Duvido muito vindo de você.

- Vai responder ou não?

Fiquei um tempo encarando a mesa, pensando nas possibilidades para ela querer aquela informação e acho que fiquei tempo demais assim.

- Isso é um “não” ? – a voz dela chamou minha atenção.

- Não... er... isso é mais como um “cala a boca! Eu tô pensando”. – tentei não ser rude e consegui.

- Ah... tá! – respondeu sacudindo a cabeça positivamente.

Eu poderia confiar nela? Bem, era minha irmã.

- O que quer mesmo saber? – indaguei.

- Vai mesmo confiar em mim?

- Já percebeu que estamos respondendo um ao outro com outras perguntas? Essa conversa irrita.

Ela sorriu.

- Prometo que tentarei não fazer mais isso.

- Que evolução! – tomei mais um pouco do café.

Ela me observou por uns segundos e perguntou:

- O que aconteceu naquele dia? Digo, eu sei que quando você chegou em casa ela simplesmente não estava mais lá. Mas e antes? O que aconteceu antes?

- Antes?

- Antes de você chegar em casa...

- Eu estava na faculdade. – respondi imapciente.

- Não é possível que você não tenha feito nada de “não-especial”... de diferente.

- É claro que fiz...

- O que?

- Levei minha namorada pra morar comigo. – sorri amarelo.

- Ai que idiota que você é. – rosnou – Você não me leva a sério.

- Rosalie... eu não me lembro direito. Foi há seis anos. – É claro que eu me lembrava daquele dia. Detalhe por detalhe.

- Vou ao banheiro, okay? – ela se levantou e saiu na direção contrária a mesa.

Flash back on

- Você vai chegar aqui que horas? – perguntei a Bella que estava tomando seu café com calma.

Calma demais pra mim.

- Sei lá. Depois que eu me despedir da Alice na estação central. – respondeu dando de ombros. – Tá com medo que eu entre no trem com ela? – perguntou rindo.

- Engraçadinha! – rosnei sério.

Ela se espreguiçou e soltou o coque desalinhado que costumava fazer nos seus cachos.

- Falou com seus pais depois daquele dia? – perguntou mordendo o lábio.

Ela sabia que era um assunto delicado. Meus pais não aceitavam que Bella estivesse vindo morar comigo com tão pouco tempo de namoro.

- Não falei. Mas não me importo.

- Não quero ficar entre você e seus pais. Pareço ser a vilã da história.

- Você não é a vilã. Pare com isso, por favor? – pedi me aproximando.

Ela deu um meio sorriso quando eu a abracei por trás. Recostou a cabeça no meu ombro e começou a fazer carinho no meu braço. Tentei não sorrir, mas era essa a sensação que ela me causava sempre.

- Você parece nervoso, sabia? – comentou.

- Não imagina porque?

- Eu... er...

- Bella, já falamos sobre isso. Eu não quero mais sair de perto de você e você não tem como ficar em Nova Iorque sem tem um lugar pra morar, você fica comigo. A menos que você não queira.

- Pare com isso agora. – ela ordenou se virando pra mim.

Me abraçou forte.

- Eu já disse que quero. – sussurrou.

Sorri nervoso e a beijei.

Terminamos o café e depois a levei para o hotel onde ela ficaria com Alice e pegaria suas últimas coisas. Voltei para casa pra tomar um banho e pegar os materiais da faculdade. Eu já estava arrumado quando a campainha tocou freneticamente. Fui até lá e abri a porta.

- Tanya?! – me surpreendi um pouco.

Ela levantou o olhar cansado e deu um sorrido triste.

- O que aconteceu? – perguntei assustado vendo o estado em que ela se encontrava.

Sua roupa estava um pouco rasgada, o cabelo bagunçado e o rosto irritado estava também sujo.

- Fui atropelada! – rosnou entrando no apartamento

Com certeza irritada.

- Como assim atropelada? – ela parou de costas pra mim e levantou os braços.

- Eu. – acenou com uma mão – Maldito carro. – acenou com a outra – Crash! – chocou as duas.

- Er... tá bem. – fechei a porta do apartamento enquanto ela se deitava no meu sofá com a expressão extremamente cansada.

- Você está machucada? Quer que eu te leve num hospital? – perguntei preocupado.

Ela negou apenas com um dedo levantado e bradando no ar.

- Você não tá sentindo nada mesmo? Tem certeza? – ela fez sinal de positivo.

Olhei para cena deplorável dela no meu sofá e não resisti a começar a rir.

- Tá rindo do que? – perguntou ajeitando o óculos.

- Er... de uma coisa que eu lembrei do outro dia. – menti.

- Ah bem! – ri ainda mais.

- Pare com isso, Edward. Eu tô toda exculhambada aqui, ô!

- Desculpa?!

- Ah tá. Tá. Porque você não me ajuda e cala a boca?

- O que quer que eu faça?

- Merda! – rosnou jogando uma almofada em mim. – Eu fui assaltada. Algum corno roubou minha bolsa quando eu tava me levantando. – disse choramingando.

- Isso é Nova Iorque, baby. Ou você anda com as coisas pregadas no seu corpo, ou não te perdoam nem quando você é atropelada.

- Me levaram o material da facul, a chave de casa, o celular, o dinheiro, cartão de crédito, acho que só não levaram meu sapato porque eu ainda estava consciente.

- E o cara do carro?

- Ah... ele. Além de ter me chingado de tudo quanto era nome, ainda arrancou com o carro e quase me atropelou de novo.

- Você está mesmo no seu dia de sorte.

- Nem me fale.

Me aproximei do sofá e me sentei no braço do móvel.

- O que eu faço agora? – ela choramingou.

Tive uma idéia para ajudá-la.

- Olha, tem algumas roupas da Bells aqui em casa e eu tenho certeza que ela não se incomodaria se você as usasse. – ela se sentou com cara de confusa.

- Como assim?

- Ué... você toma um banho, pega uma roupa da Bells e depois eu te deixou em casa. – ela deu um enorme sorriso pela oferta – Mas tem que ser bem rápido porque hoje eu tenho aula do segundo tempo e já vou me atrasar.

- Own, Edward. Obrigado!- ela esticou os braços para me abraçar mas eu me afastei.

- Hey! Você tá toda suja.

- Ah, é! – se lembrou com um tapa na testa.

- Vou fazer uma coisa pra você comer, tudo bem?

Flash back off

- Que foi? – perguntei assustado quando Rosalie estalou o dedo na minha frente.

- Tô te chamando, caramba. Eu já paguei a conta. Vamos? Tô com medo do Emmett e as crianças sozinhos. Prezo muito a minha louça do casamento e meu vaso chinês para ficar mais do que uma hora longe de casa.

Ri de sua apreensão.

- Tá rindo porque não é na sua casa. Tenho certeza que se fosse, você ficaria muito atento a sua tv de plasma. – botou o casaco e chave do meu carro – Anda logo.

Me levantei e fui atrás dela.

- Vou contar o que me lembro daquele dia, tudo bem? – ela me olhou surpresa com um sorriso no rosto.

- Pensei que você desistiria.

- Não sei pra que você quer saber isso, mas você deve ter seus motivos e apesar de saber que eles são sórdidos. – ela riu segurando meu braço.

- Confie mais em mim, caçula.

- Cegamente, idosa! – Rosalie deu uma risada rouca e fomos para o carro onde contei tudo pra ela.


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Notas finais do capítulo

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