Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, desculpe mais uma vez pela demora para postar gente.
Boa leitura.



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Isabella Pov

Mal terminei de fechar a porta e Nessie começou a falar sem parar.

- Tia Rose está linda. Quando você vai visitá-la? Eu quero ir junto. Eu tava brincando com a Glorinha e ...

- Hey?! - chamei sua atenção.

Ela levantou o rosto assustada.

- Deu boa noite direitinho para o seu pai? - ela assentiu.

- Dei tchau antes dele entrar no elevador. - respondeu, se sentando no sofá.

- Vamos tomar banho para ir dormir? Aí depois você me conta tudo.

Sorriu e pulou do sofá, correndo para dentro do corredor. Passei antes em seu quarto e busquei uma toalha.

- Mãe, já sou grande, né?! - reclamou, começando a tirar o vestido - Eu sempre tomei banho sozinha quando tava com o papai.

- E quem disse que estou aqui pra te ajudar? - fingi indignação.

Era um pouco difícil saber que ela não precisa mais de mim para algumas coisas.

- É que você veio atrás. - deu de ombros - Pensei, né?!

- Hum... pensou muito mal. - tentei ignorar seus gestos.

Pensei por um instante em ajudá-la com a roupa que ficou presa na cabeça, mas estava independente

- Está com fome? - perguntei.

- Não. Comemos o macarrão de panela da Tia Rose. Tava uma delícia, mãe.

- Hum... eu vou arrumar a cama, está bem? Se precisar de mim é só chamar. - peguei suas roupas na mão e sai na direção da área de serviço.

Desdobrei o vestido para colocá-lo para lavar, quando senti o perfume dele misturado com o dela.

- Estúpida! - me chinguei em voz alta.

Joguei a roupa de qualquer jeito dentro da cesta e depois voltei para ajudar Nessie a se secar. Rolei na minha cama de um lado para o outro depois que a botei para dormir. Tinha medo de magoar minha filha a afastando do pai, mas não conseguia ficar perto dele. Queria ir embora, mas precisava ficar. Tudo se misturando ao rancor que ainda sentia por tudo que ele fez no passado, e com o que Jake havia me dito. Valeria a pena tentar esquecer tudo que ouvi e me reconciliar com Edward? Se ele quisesse, o que era provável não.

Fechei os olhos com força e massageeie as têmporas. Pensei em uma coisa que pudesse me acalmar, então decidi levantar e ir até o quarto de Nessie. Tentei não a acordar quando deitei em sua cama, mas mesmo assim ela se remexeu.

- Mamãe?! - perguntou sonolenta.

- Mamãe pode dormir aqui com você? - a abracei.

Ela apoiou o rostinho no meu colo.

- Vai me fazer cafuné? - perguntou.

- Eu também ia pedir. Olha que coincidência! - brinquei.

Nessie fez carinho no meu rosto, enquanto recebia cafuné, e em pouco tempo dormimos.

Alice Pov

Pouco tempo depois...

- Sim estou. Não posso? - ralhei.

Bella riu da minha cara e ouvi a voz de Nessie atrás.

- O que Nessie está dizendo? - perguntei.

- Filha, não faça isso! - Bella ordenou - Alice... er... eu não te contei, mas o ... Edward vem buscar a Nessie para um passeio. E ele acabou de chegar. Preciso ir levá-la até a porta, tudo bem?

- Eu é que pergunto se está tudo bem. Quero dizer, com vocês...

- Volto daqui a pouco! - resmungou, apoiando o telefone em algum lugar.

Ouvi vozes no fundo, pareciam um sussurro. Tive medo de uma discussão, mas aí pensei melhor e tive a certeza de que eram pessoas civilizadas e jamais brigariam na frente da filha. Perai, eles já fizeram isso antes!

Então, um tempo depois, Bella voltou para o telefone.

- Ainda está aí? - perguntou.

- Esperei sim. - resmunguei - Como está Edward?

- Não fiz esse tipo de pergunta. - bufou.

- Tudo bem. Também não me interessa muito, certo? - a ouvi suspirando do outro lado da linha.

- O que houve? - perguntei preocupada.

- Tenho medo dele pedir a guarda dela e por isso acabo deixando eles passearem e saírem juntos. - a voz dela começou a ficar embargada.

Sabia que ela ia começar a chorar.

- E isso acaba me deixando péssima. Eu não aguento mais vê-lo, Li. Penso tanto em voltar para casa e desistir.

- Está brincando, né?! - me irritei.

- Não. - suspirou pesado, tentando se acalmar e não chorar.

- Vai botar tudo a perder agora?

- Não devia ter aceito a sua idéia de deixar Nessie com ele.

- Já vai botar a culpa em mim? - tentei aliviar a conversa.

Ela deu uma risada leve.

- Vou. Alice tem sempre a culpa de tudo. - lembrou.

- Ei, isso é de quando tínhamos cinco anos de idade.

- Éramos duas atentadas... aliás, Nessie se parece um pouco com você na nossa infância.

- É, mas era sempre você que botava em prática os planos malignos. - tirei a culpa de mim.

- Ainda bem que ela não tem uma Bella deliquente juvenil de companhia. - completei.

Bella deu uma risada e percebi que agora estava mais animada. Foi quando tive a idéia.

- Hey?!

- O que houve? - perguntou.

- É isso que falta para te animar. - gritei.

- Atitudes infanto juvenis?

- Não, Isabella! Ai, como às vezes você é lerda. Você precisa de mim!

- Como Alice? - engasgou.

- Posso ir pra Nova Iorque? Deixa vai! Deixa! - implorei.

Edward Pov

- Pai, porque a girafa tem esse pescoço enorme? - Nessie perguntou olhando para o bicho.

- Porque ela precisa comer as folhas verdes que estão lá no alto da árvore.

Eu estava começando a ficar bom em responder rápido suas perguntas.

- E como elas sabem quem é quem se são todas iguais? - inclinou a cabeça.

A segurei mais firme contra meu peito, antes que ela se debruçasse demais sobre a grade e caísse.

- Er... elas não são exatamente iguais. As manchinhas delas são diferentes. - simplifiquei.

- Ah tá! - sussurrou e depois riu.

- O que houve? - perguntei curioso.

- Já imaginou se o papai girafa e a mamãe girafa resolvem se beijar e dão um nó no pescoço. - dei uma risada como ela.

- Esse ia ser difícil de desatar. - concluí.

Nessie pulou do meu colo e saiu correndo na frente para o próximo animal. Tive que dar uma corridinha para não a perder de vista. Alguém esbarrou em mim.

Pedi desculpas e continuei andando, mas o perfume conhecido me fez parar. Olhei par trás e vi uma mulher andando com um moleton de capuz preto. Pensei ter visto... ter reconhecido aquela forma de andar, mas...

- Pai?! - me virei na sua direção.

Ela apontava para para um elefante.

Ela apontava para para um elefante.

- Gostou? - perguntei, me aproximando.

- É gordo!

- Hey?! Não é gordo. Só é grande! - corrigi, parando atrás dela.

Olhei par trás ainda com a imagem na cabeça, mas não vi mais a pessoa em meio as outras.

- É orelhudo. É grande demais. - fez uma careta.

- Ué, você é nanica e nem por isso eu reclamo. - brinquei.

- Não sou nanica! - pôs as mãos na cintura.

- Hum... digamos que você puxou sua mãe, né?!

- Ah... - cerrou os olhos - Vou contar pra ela! - e rindo me puxou pela mão para o próximo animal.

- Porque macacos comem piolhos? - perguntou já se debruçando em outra grade.

Percebi que estava ofegante por tentar alcançar ela.

- Preciso voltar para a academia. - concluí.

- Isso que dá só comer pizza. - resmungou, balançando os pés longe do chão.

- Blá blá blá. Pode se despendurar da grade, por favor macaquinha? - a puxei para o colo.

Ela fingiu catar piolho em si mesma.

- Porque não vê se tem piolho... aqui. - fiz cócegas em sua barriga.

Ela deu uma risada alta, e ainda tentando se livrar da cosquinha, parou por um instante e olhou para frente.

Olhei na mesma direção que ela e tive a certeza do que tinha pensado antes. Tanya!

- Pai, aquela ali é a sua...

- Desce filha. - pedi que ela saísse do colo.

A pus no chão e logo se distraiu, ou fingiu se distrair com os animais - era esperta demais. Tanya se aproximou um pouco com um sorriso cínico, mas parou distante o suficiente para ter que aumentar o tom de voz para que eu a escutasse.

- Ela parece estar gostando do passeio. - apoiou o peso numa perna - Quando era pequena sempre preferi as cobras. São mais fascinantes.

- Imagino porque tanta identificação. - rosnei.

Me deu um sorriso amarelo em resposta e se aproximou.

- Sabia que sentia me falta, mas não esperava palavras de carinho logo de início.

- Ainda bem que você sabe que esse é só o início.

Deu uma risada amarga e forçada.

- Esperava mesmo essa resposta!

Olhei para trás e vi que Nessie ainda estava ali e preferia ficar o mais longe possível de Tanya.

- Não vê que está atrapalhando? - perguntei.

- Só pensei em participar do encontro de pai e filha. Vi vocês e achei que seria boa companhia.

- Boa? Só se for pro capeta. - sussurrei - Tanya, sai daqui agora, antes que eu...

- Antes que? - me interrompeu - Vai fazer o que perto da mini- Isabella?

Respirei fundo, mas não consegui me controlar. Cheguei bem perto dela e sussurrei no seu ouvido:

- Pensa bem sobre o que vai dizer na frente dela e sobre ela ou eu não me responsabilizo pelos meus atos.

- Como se eu tivesse medo de você. - debochou.

- É melhor ter, Tanya. - segurei seu braço, com discrição, e fiquei feliz em ver seu semblante de incômodo - Se me tirar do sério era o que você queria, então uma salva de palmas para você, agora acho melhor me deixar em paz.

- Acho que deixei tempo demais! - sorriu amarelo.

- Sua idealização de prazer é me importunar, não? - rosnei.

- Só descobriu agora, amor? - passou o dedo pelo meu queixo.

A empurrei sem que ninguém percebe-se e peguei Nessie no colo, a assustando.

- O que... (?) - tentou perguntar.

- Tive uma idéia. Vamos embora, okay? - me dirigi a ela.

Caminhei devagar até me afastar dela, mas antes que estivesse longe suficiente, a ouvi dizer:

- Até mais tarde, querido!

Fomos até a lanchonete do parque, onde paguei um cachorro-quente para ela.

- Vamos embora? - perguntou.

- Só se você quiser ir. - sussurrei.

- O senhor chamou ela para passear com a gente?

- Não, filha. Desculpa por isso, tudo bem?

- Eu pensei... na hora... que... - empurrou o cachorro-quente na mesa, indicando que não queria mais.

- Hey?! - chamei sua atenção antes que completasse a frase - Não se esquece o que te prometi naquele dia.

Ela deu um meio sorriso.

- Lembro... e prometi que ia ajudar! - se animou.

- Te amo, princesinha! - beijei o alto de sua cabeça

Isabella Pov

- Vai se atrasar Nessie! - resmunguei na porta do banheiro.

Porque meu horário no escritório tinha que ser tão junto ao de entrada dela na escola?

- Vou escovar o dente e já vou, mãe!

- Escova o dente direito, hein?! - ordenei.

Me assustei em seguida quando a campainha tocou. Afinal, quem poderia ser?

Pensei que fosse o porteiro. Alice dando uma de louca já que tinha gritado no telefone dizendo que vinha para Nova Iorque.

Olhei no olho-mágico e quase caí quando vi quem era. Edward. Respirei fundo antes de abrir a porta e mesmo assim só abri bem pouco.

- Oi! - deu seu sorriso torto.

- O que está fazendo tão cedo na minha casa? - perguntei assustada.

Cruzou os braços e fez uma cara estranha.

- Posso entrar?

- Veio buscar Nessie para escola? Porque... ela ainda não está pronta.

- Vim falar com você, mas posso levar Nessie para escola se quiser.

Senti meu queixo caindo.

- Posso ou não entrar? - perguntou de novo.

Sai da frente em reação, mas não queria que ele entrasse. Meu peito acelerou quando ele se aproximou demais.

Meu peito acelerou quando ele se aproximou demais.

- Pensei que vocês já tivessem saído, fiquei com medo de não te encontrar.

- O que quer afinal? - cruzei os braços na altura do peito e percebi que minha respiração estava ofegante. Era minha forma de me defender de mim mesma. Cruzando os braços e me segurando.

Ele riu e cruzou os braços também.

- Tudo isso é bom-humor matinal? - brincou.

- Eu não tô aqui para brincadeira, okay? Tô atrasada para o trabalho e...

- E está nervosa porque eu estou aqui. - deu um passo para frente, e em reflexo dei um para trás me encostando na parede.

- Porque não espera lá fora pela sua filha? - tentei fugir.

O queria o mais longe possível para que todo aquele meu ódio por ele voltasse para o seu lugar.

- Pensei que estávamos mais civilizados... não está me expulsando da sua casa, está? - deu mais um passo para frente.

- Pode se afastar um pouco? - minha voz esganiçou no fim.

Eu queria gritar para que ele saísse de perto de mim. Eu precisava gritar, mas não conseguia nem raciocinar direito.

- Pode me dar licença?- pedi de novo.

- Pode tentar ser um pouco mais amável? – Edward debochou.

- Preciso ir trabalhar, sabia disso? Ao contrário de você, não nasci com minha aposentadoria já garantida. – rosnei.

- Uau! Quanta hostilidade. – apoiou os dois braços ao redor do meu rosto, me aprisionando – Só queria saber se você está disposta a jantar comigo.

[...]

- Claro que não! - gritei.

- Claro que sim. - gritou de volta.

- Alice?! Não, não, não.

- Bella?! Sim, sim, sim.

- Já disse que não vou e ponto final no assunto. - abaixei o tom de voz e espiei para ver se ninguém havia entrado no banheiro da repartição.

- E porque não? Você não disse que vocês dois estavam mais amigados.

- Não põe palavras na minha boca, Alice. Eu disse que estamos mais civilizados e não amigados. Você falando assim parece até que eu... - quis insinuar que estava dando em cima dele, mas não, eu definitivamente não estava fazendo isso.

- Até que eu o quê? Ah, minha filha, larga de ser trouxa. Qual o problema de ir jantar com o pai da sua filha?

- Já disse não a ele. Não adianta voltar atrás. Jamais faria isso. E quanto ao "pai da sua filha", prefiro chamá-lo de "o outro".

- Ah, entendi! Como se ele tivesse morrido. - fez piada.

- Tão espirituosa. - resmunguei.

- Mudando um pouco de assunto: estou arrumando as malas.

- Que malas?

- Para ir para sua casa. Óbvio! Liguei para o meu chefe ontem, depois que conversei contigo e cobrei os dois anos de férias dele. Então, vou ficar um tempo contigo. Só não sei se levo tantos casacos. Bem, apesar que o inverno está chegando e Nova Iorque fica tão linda com neve. Vamos ao Central Park de novo? Como há sete anos? - implorou.

- Está bem. - suspirei vencida.

Não estava com cabeça para pensar sobre isso.

- Okay, vou desligar porque acho que tenho que comprar mais uma mala.

- Mais uma? - me assustei.

Ela iria passar uns dias ou morar comigo?

- É... isso mesmo. Bem, vou lá, Bells. Beijos amor. Depois te ligo quando souber que horas chega o meu vôo.

- Tudo bem. Tchau! - desligamos o telefone e me apoiei na pia.

O rosto no espelho parecia cansado, porém esperançoso.

- Idiota! - me chinguei em voz alta.

Edward Pov

- É claro que foi como eu esperava. - respondi como se fosse óbvio.

- E está feliz porque ela disse não? - Jasper perguntou não entendendo mais nada.

- Olha só, ela disse não, mas eu percebi que ficou tentada. Isso já é um ponto positivo. - otimizei a idéia.

- Pra mim isso tem outro nome: perda de tempo. - fez uma careta - Porque simplesmente não fala logo toda a verdade lá da doida da Tanya e

diz que a ama. Acaba logo com o martírio. Às vezes, você parece que é masoquista, Edward. - bufou, se jogando contra a cadeira.

- Você nunca vai me entender. - dei de ombros.

- Claro, loucura a gente não entende, só atura.

- Por isso te aturo todos esses anos. - resmunguei, jogando uns papéis em cima dele.

- Hey?! Isso é trabalho, cara. Aliás, sua mesa está cheia, né?! - se deitou ainda mais no couro, o fazendo ranger com o atrito da roupa.

O que era extremamente irritante.

- Não tenho ficado muito tempo no escritório. Admito! E quando fico, tenho sócios irritantes que me atrapalham.

- Ô ingratidão! Tô aqui te dando apoio moral pra você reconquistar a Bella e você fica me rebaixando.

- Não seja dramático. - resmunguei.

- Vai ficar até mais tarde hoje para ler todos esses processos? - neguei com a cabeça.

- Vou buscar a Nessie na escola hoje e levá-la para casa da mãe. Leio tudo isso quando chegar em casa.

- Hum...casa da mãe. Vê se não perde a chance dessa vez, tá?

- Você é muito impaciente.

- Você que é lerdo. Se fosse eu, agarrava logo ela. Depois de ter posto a criança pra dormir, é claro!

- Acredite, não me falta vontade. - confessei.

Mas até que não era tão má idéia - pensei.


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