Um Presente para Edward ! escrita por sisfics
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo, desculpe mais uma vez pela demora para postar gente.
Boa leitura.
Isabella Pov
Mal terminei de fechar a porta e Nessie começou a falar sem parar.
- Tia Rose está linda. Quando você vai visitá-la? Eu quero ir junto. Eu tava brincando com a Glorinha e ...
- Hey?! - chamei sua atenção.
Ela levantou o rosto assustada.
- Deu boa noite direitinho para o seu pai? - ela assentiu.
- Dei tchau antes dele entrar no elevador. - respondeu, se sentando no sofá.
- Vamos tomar banho para ir dormir? Aí depois você me conta tudo.
Sorriu e pulou do sofá, correndo para dentro do corredor. Passei antes em seu quarto e busquei uma toalha.
- Mãe, já sou grande, né?! - reclamou, começando a tirar o vestido - Eu sempre tomei banho sozinha quando tava com o papai.
- E quem disse que estou aqui pra te ajudar? - fingi indignação.
Era um pouco difícil saber que ela não precisa mais de mim para algumas coisas.
- É que você veio atrás. - deu de ombros - Pensei, né?!
- Hum... pensou muito mal. - tentei ignorar seus gestos.
Pensei por um instante em ajudá-la com a roupa que ficou presa na cabeça, mas estava independente
- Está com fome? - perguntei.
- Não. Comemos o macarrão de panela da Tia Rose. Tava uma delícia, mãe.
- Hum... eu vou arrumar a cama, está bem? Se precisar de mim é só chamar. - peguei suas roupas na mão e sai na direção da área de serviço.
Desdobrei o vestido para colocá-lo para lavar, quando senti o perfume dele misturado com o dela.
- Estúpida! - me chinguei em voz alta.
Joguei a roupa de qualquer jeito dentro da cesta e depois voltei para ajudar Nessie a se secar. Rolei na minha cama de um lado para o outro depois que a botei para dormir. Tinha medo de magoar minha filha a afastando do pai, mas não conseguia ficar perto dele. Queria ir embora, mas precisava ficar. Tudo se misturando ao rancor que ainda sentia por tudo que ele fez no passado, e com o que Jake havia me dito. Valeria a pena tentar esquecer tudo que ouvi e me reconciliar com Edward? Se ele quisesse, o que era provável não.
Fechei os olhos com força e massageeie as têmporas. Pensei em uma coisa que pudesse me acalmar, então decidi levantar e ir até o quarto de Nessie. Tentei não a acordar quando deitei em sua cama, mas mesmo assim ela se remexeu.
- Mamãe?! - perguntou sonolenta.
- Mamãe pode dormir aqui com você? - a abracei.
Ela apoiou o rostinho no meu colo.
- Vai me fazer cafuné? - perguntou.
- Eu também ia pedir. Olha que coincidência! - brinquei.
Nessie fez carinho no meu rosto, enquanto recebia cafuné, e em pouco tempo dormimos.
Alice Pov
Pouco tempo depois...
- Sim estou. Não posso? - ralhei.
Bella riu da minha cara e ouvi a voz de Nessie atrás.
- O que Nessie está dizendo? - perguntei.
- Filha, não faça isso! - Bella ordenou - Alice... er... eu não te contei, mas o ... Edward vem buscar a Nessie para um passeio. E ele acabou de chegar. Preciso ir levá-la até a porta, tudo bem?
- Eu é que pergunto se está tudo bem. Quero dizer, com vocês...
- Volto daqui a pouco! - resmungou, apoiando o telefone em algum lugar.
Ouvi vozes no fundo, pareciam um sussurro. Tive medo de uma discussão, mas aí pensei melhor e tive a certeza de que eram pessoas civilizadas e jamais brigariam na frente da filha. Perai, eles já fizeram isso antes!
Então, um tempo depois, Bella voltou para o telefone.
- Ainda está aí? - perguntou.
- Esperei sim. - resmunguei - Como está Edward?
- Não fiz esse tipo de pergunta. - bufou.
- Tudo bem. Também não me interessa muito, certo? - a ouvi suspirando do outro lado da linha.
- O que houve? - perguntei preocupada.
- Tenho medo dele pedir a guarda dela e por isso acabo deixando eles passearem e saírem juntos. - a voz dela começou a ficar embargada.
Sabia que ela ia começar a chorar.
- E isso acaba me deixando péssima. Eu não aguento mais vê-lo, Li. Penso tanto em voltar para casa e desistir.
- Está brincando, né?! - me irritei.
- Não. - suspirou pesado, tentando se acalmar e não chorar.
- Vai botar tudo a perder agora?
- Não devia ter aceito a sua idéia de deixar Nessie com ele.
- Já vai botar a culpa em mim? - tentei aliviar a conversa.
Ela deu uma risada leve.
- Vou. Alice tem sempre a culpa de tudo. - lembrou.
- Ei, isso é de quando tínhamos cinco anos de idade.
- Éramos duas atentadas... aliás, Nessie se parece um pouco com você na nossa infância.
- É, mas era sempre você que botava em prática os planos malignos. - tirei a culpa de mim.
- Ainda bem que ela não tem uma Bella deliquente juvenil de companhia. - completei.
Bella deu uma risada e percebi que agora estava mais animada. Foi quando tive a idéia.
- Hey?!
- O que houve? - perguntou.
- É isso que falta para te animar. - gritei.
- Atitudes infanto juvenis?
- Não, Isabella! Ai, como às vezes você é lerda. Você precisa de mim!
- Como Alice? - engasgou.
- Posso ir pra Nova Iorque? Deixa vai! Deixa! - implorei.
Edward Pov
- Pai, porque a girafa tem esse pescoço enorme? - Nessie perguntou olhando para o bicho.
- Porque ela precisa comer as folhas verdes que estão lá no alto da árvore.
Eu estava começando a ficar bom em responder rápido suas perguntas.
- E como elas sabem quem é quem se são todas iguais? - inclinou a cabeça.
A segurei mais firme contra meu peito, antes que ela se debruçasse demais sobre a grade e caísse.
- Er... elas não são exatamente iguais. As manchinhas delas são diferentes. - simplifiquei.
- Ah tá! - sussurrou e depois riu.
- O que houve? - perguntei curioso.
- Já imaginou se o papai girafa e a mamãe girafa resolvem se beijar e dão um nó no pescoço. - dei uma risada como ela.
- Esse ia ser difícil de desatar. - concluí.
Nessie pulou do meu colo e saiu correndo na frente para o próximo animal. Tive que dar uma corridinha para não a perder de vista. Alguém esbarrou em mim.
Pedi desculpas e continuei andando, mas o perfume conhecido me fez parar. Olhei par trás e vi uma mulher andando com um moleton de capuz preto. Pensei ter visto... ter reconhecido aquela forma de andar, mas...
- Pai?! - me virei na sua direção.
Ela apontava para para um elefante.
Ela apontava para para um elefante.
- Gostou? - perguntei, me aproximando.
- É gordo!
- Hey?! Não é gordo. Só é grande! - corrigi, parando atrás dela.
Olhei par trás ainda com a imagem na cabeça, mas não vi mais a pessoa em meio as outras.
- É orelhudo. É grande demais. - fez uma careta.
- Ué, você é nanica e nem por isso eu reclamo. - brinquei.
- Não sou nanica! - pôs as mãos na cintura.
- Hum... digamos que você puxou sua mãe, né?!
- Ah... - cerrou os olhos - Vou contar pra ela! - e rindo me puxou pela mão para o próximo animal.
- Porque macacos comem piolhos? - perguntou já se debruçando em outra grade.
Percebi que estava ofegante por tentar alcançar ela.
- Preciso voltar para a academia. - concluí.
- Isso que dá só comer pizza. - resmungou, balançando os pés longe do chão.
- Blá blá blá. Pode se despendurar da grade, por favor macaquinha? - a puxei para o colo.
Ela fingiu catar piolho em si mesma.
- Porque não vê se tem piolho... aqui. - fiz cócegas em sua barriga.
Ela deu uma risada alta, e ainda tentando se livrar da cosquinha, parou por um instante e olhou para frente.
Olhei na mesma direção que ela e tive a certeza do que tinha pensado antes. Tanya!
- Pai, aquela ali é a sua...
- Desce filha. - pedi que ela saísse do colo.
A pus no chão e logo se distraiu, ou fingiu se distrair com os animais - era esperta demais. Tanya se aproximou um pouco com um sorriso cínico, mas parou distante o suficiente para ter que aumentar o tom de voz para que eu a escutasse.
- Ela parece estar gostando do passeio. - apoiou o peso numa perna - Quando era pequena sempre preferi as cobras. São mais fascinantes.
- Imagino porque tanta identificação. - rosnei.
Me deu um sorriso amarelo em resposta e se aproximou.
- Sabia que sentia me falta, mas não esperava palavras de carinho logo de início.
- Ainda bem que você sabe que esse é só o início.
Deu uma risada amarga e forçada.
- Esperava mesmo essa resposta!
Olhei para trás e vi que Nessie ainda estava ali e preferia ficar o mais longe possível de Tanya.
- Não vê que está atrapalhando? - perguntei.
- Só pensei em participar do encontro de pai e filha. Vi vocês e achei que seria boa companhia.
- Boa? Só se for pro capeta. - sussurrei - Tanya, sai daqui agora, antes que eu...
- Antes que? - me interrompeu - Vai fazer o que perto da mini- Isabella?
Respirei fundo, mas não consegui me controlar. Cheguei bem perto dela e sussurrei no seu ouvido:
- Pensa bem sobre o que vai dizer na frente dela e sobre ela ou eu não me responsabilizo pelos meus atos.
- Como se eu tivesse medo de você. - debochou.
- É melhor ter, Tanya. - segurei seu braço, com discrição, e fiquei feliz em ver seu semblante de incômodo - Se me tirar do sério era o que você queria, então uma salva de palmas para você, agora acho melhor me deixar em paz.
- Acho que deixei tempo demais! - sorriu amarelo.
- Sua idealização de prazer é me importunar, não? - rosnei.
- Só descobriu agora, amor? - passou o dedo pelo meu queixo.
A empurrei sem que ninguém percebe-se e peguei Nessie no colo, a assustando.
- O que... (?) - tentou perguntar.
- Tive uma idéia. Vamos embora, okay? - me dirigi a ela.
Caminhei devagar até me afastar dela, mas antes que estivesse longe suficiente, a ouvi dizer:
- Até mais tarde, querido!
Fomos até a lanchonete do parque, onde paguei um cachorro-quente para ela.
- Vamos embora? - perguntou.
- Só se você quiser ir. - sussurrei.
- O senhor chamou ela para passear com a gente?
- Não, filha. Desculpa por isso, tudo bem?
- Eu pensei... na hora... que... - empurrou o cachorro-quente na mesa, indicando que não queria mais.
- Hey?! - chamei sua atenção antes que completasse a frase - Não se esquece o que te prometi naquele dia.
Ela deu um meio sorriso.
- Lembro... e prometi que ia ajudar! - se animou.
- Te amo, princesinha! - beijei o alto de sua cabeça
Isabella Pov
- Vai se atrasar Nessie! - resmunguei na porta do banheiro.
Porque meu horário no escritório tinha que ser tão junto ao de entrada dela na escola?
- Vou escovar o dente e já vou, mãe!
- Escova o dente direito, hein?! - ordenei.
Me assustei em seguida quando a campainha tocou. Afinal, quem poderia ser?
Pensei que fosse o porteiro. Alice dando uma de louca já que tinha gritado no telefone dizendo que vinha para Nova Iorque.
Olhei no olho-mágico e quase caí quando vi quem era. Edward. Respirei fundo antes de abrir a porta e mesmo assim só abri bem pouco.
- Oi! - deu seu sorriso torto.
- O que está fazendo tão cedo na minha casa? - perguntei assustada.
Cruzou os braços e fez uma cara estranha.
- Posso entrar?
- Veio buscar Nessie para escola? Porque... ela ainda não está pronta.
- Vim falar com você, mas posso levar Nessie para escola se quiser.
Senti meu queixo caindo.
- Posso ou não entrar? - perguntou de novo.
Sai da frente em reação, mas não queria que ele entrasse. Meu peito acelerou quando ele se aproximou demais.
Meu peito acelerou quando ele se aproximou demais.
- Pensei que vocês já tivessem saído, fiquei com medo de não te encontrar.
- O que quer afinal? - cruzei os braços na altura do peito e percebi que minha respiração estava ofegante. Era minha forma de me defender de mim mesma. Cruzando os braços e me segurando.
Ele riu e cruzou os braços também.
- Tudo isso é bom-humor matinal? - brincou.
- Eu não tô aqui para brincadeira, okay? Tô atrasada para o trabalho e...
- E está nervosa porque eu estou aqui. - deu um passo para frente, e em reflexo dei um para trás me encostando na parede.
- Porque não espera lá fora pela sua filha? - tentei fugir.
O queria o mais longe possível para que todo aquele meu ódio por ele voltasse para o seu lugar.
- Pensei que estávamos mais civilizados... não está me expulsando da sua casa, está? - deu mais um passo para frente.
- Pode se afastar um pouco? - minha voz esganiçou no fim.
Eu queria gritar para que ele saísse de perto de mim. Eu precisava gritar, mas não conseguia nem raciocinar direito.
- Pode me dar licença?- pedi de novo.
- Pode tentar ser um pouco mais amável? – Edward debochou.
- Preciso ir trabalhar, sabia disso? Ao contrário de você, não nasci com minha aposentadoria já garantida. – rosnei.
- Uau! Quanta hostilidade. – apoiou os dois braços ao redor do meu rosto, me aprisionando – Só queria saber se você está disposta a jantar comigo.
[...]
- Claro que não! - gritei.
- Claro que sim. - gritou de volta.
- Alice?! Não, não, não.
- Bella?! Sim, sim, sim.
- Já disse que não vou e ponto final no assunto. - abaixei o tom de voz e espiei para ver se ninguém havia entrado no banheiro da repartição.
- E porque não? Você não disse que vocês dois estavam mais amigados.
- Não põe palavras na minha boca, Alice. Eu disse que estamos mais civilizados e não amigados. Você falando assim parece até que eu... - quis insinuar que estava dando em cima dele, mas não, eu definitivamente não estava fazendo isso.
- Até que eu o quê? Ah, minha filha, larga de ser trouxa. Qual o problema de ir jantar com o pai da sua filha?
- Já disse não a ele. Não adianta voltar atrás. Jamais faria isso. E quanto ao "pai da sua filha", prefiro chamá-lo de "o outro".
- Ah, entendi! Como se ele tivesse morrido. - fez piada.
- Tão espirituosa. - resmunguei.
- Mudando um pouco de assunto: estou arrumando as malas.
- Que malas?
- Para ir para sua casa. Óbvio! Liguei para o meu chefe ontem, depois que conversei contigo e cobrei os dois anos de férias dele. Então, vou ficar um tempo contigo. Só não sei se levo tantos casacos. Bem, apesar que o inverno está chegando e Nova Iorque fica tão linda com neve. Vamos ao Central Park de novo? Como há sete anos? - implorou.
- Está bem. - suspirei vencida.
Não estava com cabeça para pensar sobre isso.
- Okay, vou desligar porque acho que tenho que comprar mais uma mala.
- Mais uma? - me assustei.
Ela iria passar uns dias ou morar comigo?
- É... isso mesmo. Bem, vou lá, Bells. Beijos amor. Depois te ligo quando souber que horas chega o meu vôo.
- Tudo bem. Tchau! - desligamos o telefone e me apoiei na pia.
O rosto no espelho parecia cansado, porém esperançoso.
- Idiota! - me chinguei em voz alta.
Edward Pov
- É claro que foi como eu esperava. - respondi como se fosse óbvio.
- E está feliz porque ela disse não? - Jasper perguntou não entendendo mais nada.
- Olha só, ela disse não, mas eu percebi que ficou tentada. Isso já é um ponto positivo. - otimizei a idéia.
- Pra mim isso tem outro nome: perda de tempo. - fez uma careta - Porque simplesmente não fala logo toda a verdade lá da doida da Tanya e
diz que a ama. Acaba logo com o martírio. Às vezes, você parece que é masoquista, Edward. - bufou, se jogando contra a cadeira.
- Você nunca vai me entender. - dei de ombros.
- Claro, loucura a gente não entende, só atura.
- Por isso te aturo todos esses anos. - resmunguei, jogando uns papéis em cima dele.
- Hey?! Isso é trabalho, cara. Aliás, sua mesa está cheia, né?! - se deitou ainda mais no couro, o fazendo ranger com o atrito da roupa.
O que era extremamente irritante.
- Não tenho ficado muito tempo no escritório. Admito! E quando fico, tenho sócios irritantes que me atrapalham.
- Ô ingratidão! Tô aqui te dando apoio moral pra você reconquistar a Bella e você fica me rebaixando.
- Não seja dramático. - resmunguei.
- Vai ficar até mais tarde hoje para ler todos esses processos? - neguei com a cabeça.
- Vou buscar a Nessie na escola hoje e levá-la para casa da mãe. Leio tudo isso quando chegar em casa.
- Hum...casa da mãe. Vê se não perde a chance dessa vez, tá?
- Você é muito impaciente.
- Você que é lerdo. Se fosse eu, agarrava logo ela. Depois de ter posto a criança pra dormir, é claro!
- Acredite, não me falta vontade. - confessei.
Mas até que não era tão má idéia - pensei.
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