Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Desculpa ter ficado esses dias sem postar, problemas pessoais.
Mais ta aqui já o capítulo, e ele ta bem grande pelos dias que eu não postei.



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Edward Pov

- Posso entrar? - a voz de Jasper chamou minha atenção.

Levantei o olhar do relatório e o vi parado na porta do escritório. Acenei com a cabeça para que ele entrasse.

- Já almoçou? - perguntou, fechando a porta.

- Não... e nem vou. - resmunguei, apoiando a papelada na mesa.

Ele se sentou na cadeira de frente para minha mesa.

- Suas respostas são tão animadoras. - criticou.

- Não te chamei para vir aqui, Jasper.

- Vou ignorar o fora e passar para a próxima parte da conversa, tudo bem? - debochou.

Consegui dar uma risada com sua cara, mas ainda assim estava cansado demais para qualquer conversa.

- Como está Rose? - perguntou.

- Enlouquecendo Emmett! - suspirei vencido.

- Porque?

- Porque não consegue ficar quieta um instante e agora começou a ter desejos. - dei de ombros.

- Mulher só dá trabalho. - Jasper resmungou.

- Eu que sei!

- Por isso, eu penso que, pelo menos para mim, é claro, mulher só presta para uma noite.

- Você não é exemplo, Jasper. Sempre foi um canalha.

- Hey?! - apontou o dedo na minha cara - Não vem com gracinha porque até algum tempo atrás você era como eu, mesmo com Tanya, você adorava uma escapadinha dela, né?!

Lembrar de Tanya me fez enrijecer. Eu tinha que me controlar para não ir atrás dela.

- Er... Desculpa?! - percebeu o que tinha dito.

- Tudo bem. Muda de assunto! - dei de ombros.

Mas antes que começasse a falar alguma coisa, o telefone em cima da mesa começou a tocar.

- Alô?!

- Pai?!

- Nessie?! - mal acreditava que era ela mesma - Filha? Você está bem?

- Tô sim, papai. Você não sabe o que aconteceu ontem.

- O que? - fiquei curioso.

- Uma coisa muito legal, papai. O tio Jake acordou.

Não tive resposta. Na verdade, não tive reação nenhuma. Fiquei parado, segurando o telefone feito um idiota.

Jasper sacudiu o queixo e perguntou qual era o problema.

- Pai?! - chamou de novo - Tia Alice, o telefone tá sem voz.

- Tô aqui, filhota! - respondi antes que ela desligasse.

- Ah tá!

- Er... quer dizer que ele acordou?

- Uhum!

- Que bom! - disse sem ânimo.

Eu não queria que o cara morresse. Óbvio! Mas além de estar com medo de Bella querer voltar com ele, ainda senti uma pontada de ciúmes por causa da animação na voz da minha filha.

- Você está bem? - perguntei ansioso.

- Tô sim papai. Tô com saudade do senhor, sabia?!

- Também tô morrendo de saudades. - Jasper se levantou e foi embora, antes que se enjoasse com o papo familiar.

- Pai, meu dente tá mole, sabia?! A mamãe disse que quando cair, ela vai chamar a fada do dente e eu vou ganhar um dólar. Você podia saber notícias do Frederic pra mim, né papai?! Tô com saudades da escola também. Como tá a tia rose? E o nenê?

- Nessie, uma coisa de cada vez, por favor? - pedi.

Ela deu uma risada deliciosa. Imaginei seu rostinho se cobrindo com covinhas e os olhos verdes se apertando.

- Desculpa?!

- Tudo bem, querida. - respirei fundo antes de perguntar - Sua mãe está bem?

- Tá sim. Ela tá no quarto com o tio Jake. - uma pontada de ódio subiu pelo meu peito - Ele tá muito fraco, sabe?! Aí agora o médico tá fazendo umas coisas que a mamãe disse que são "testes" com ele. Só não sei o que faz nesse troço, nem sei que troço é "teste". - resmungou, me fazendo rir - Tenho uma notícia melhor ainda, papai! - quase gritou.

Ouvi Alice no fundo dizendo: "Psiu! Estamos num hospital, baixinha!" e depois Nessie sussurrou:

- Sabe o que mamãe disse?

- O que?

- Que vamos voltar pra Nova Iorque. E eu quero morar com você de novo, papai. Você deixa?

- Que vamos voltar pra Nova Iorque. E eu quero morar com você de novo, papai. Você deixa?

- Ainda pergunta? - suspirei.

A idéia de não ter só ela, mas ela e a mãe morando comigo me fez sentir um prazer enorme. Sorri sozinho de novo. Precisava logo contar tudo para Bella tudo sobre o que eu havia descoberto.

Mas e se mesmo com a verdade ela ainda preferisse ficar com o tal de Jacob? Quero dizer, ela não esteve morta por todos esses anos, esperando por mim. Ela seguiu sua vida em frente, não parecia demonstrar nada por mim além de desprezo e isso me deixava desesperado. Também vivi sem ela, mas nunca a esqueci. Eu suportaria perdê-la de novo?

- Nessie?! - a voz de Bella veio do outro lado da linha.

- Pai, acho que eu tenho que desligar. Minha mãe vai me levar pra lanchar... a gente tá no hospital desde cedo, sabe?!

- Rennesme?! - Bella chamou de novo.

- É melhor você ir antes que sua mãe se zangue. - alertei.

- É mesmo! Vou desligar. Tchau papai.

- Tchau filhota.

- Te amo, tá? - a imaginei inclinando a cabeça para o lado.

Jogando seus cachinhos sobre os ombros e sorrindo com seus dentes de leite.

- Também te amo. - respondi antes que ela desligasse.

Isabella Pov

Uma semana depois...

Entrei no quarto e encontrei Jacob sentado na cama, tentando arrancar de alguma forma os fios ligados ao seu braço.

- Está louco? - joguei a bolsa em cima da poltrona e impedi que ele terminasse o serviço - Quer se ou me matar? - ralhei.

- Agora sei como Nessie se sente. - resmungou.

- Ainda nem comecei. - brinquei me apoiando na cama.

Jacob estava bem melhor. Uma recuperação milagrosa, eu diria. Eu já tinha contado para ele que voltaria para Nova Iorque assim que ele ficasse recuperado. E havia chegado a hora. Nenhum de nós dois queria se despedir, mas eu precisava ir embora antes que perdesse minha chance.

O silêncio se quebrou quando ele sussurrou:

- Quero ver Nessie antes de irem.

- Não seria diferente. Ela não para de falar no Tio Jake.

- Está animada para voltar para Nova Iorque, certo? - assenti.

Rennesme não parava de falar na escola, nos tios, no pai.

- Sabe o que me lembrei agora pouco?

- Do que? - perguntei me aproximando.

- Da primeira vez que nos vimos.

- Quando você me salvou de ser atropelada. Uau, isso faz tanto tempo. - sorri comigo mesma.

- Na verdade, essa foi a primeira vez que nos falamos. Nos vimos quase um ano antes... eu como sempre idiota, tomei um tombo na hora do intervalo e acordei na enfermaria com você do meu lado. - suspirou pesado - Achei que fosse um anjo quando te vi. - sussurrou envergonhado.

- Não me lembro disso. - confessei.

- Tudo bem. Não foi nada de muito importante.

- Se não foi importante porque disse agora?

- Porque nada mais digno do que falar da primeira vez que viu alguém quando for a última.

- Porque nada mais digno do que falar da primeira vez que viu alguém quando for a última.

A frase me atingiu de surpresa. Não sabia como respondê-lo. Tive paciência, tentando esperar que minha garganta colaborasse para começar a falar.

- Quer tanto se ver livre de mim? – perguntei indignada.

- Só preferi dizer antes que você o fizesse. Pensei que seria menos doloroso – ele sussurrou.

- Jake... eu... – relutei um pouco, mas disse – Eu te amo!

Ele levantou o rosto um pouco e me encarou.

- Não diz isso, Bella. Não agora!

- É a verdade...

- Eu sei. - me cortou - Mas não vai adiantar nada dizer isso agora, concorda?

Forçou o braço contra a cama para se levantar, e com ajuda minha, conseguiu ficar estabilizado sobre o colchão.

- Sabe... - recomeçou ofegante - Sempre foi difícil pra mim te entender. Você sempre foi bem complicada. - brincou.

Dei uma risada leve, mas não estava gostando da conversa.

- Complicada como? - resmunguei.

- Sempre soube que você gostava de mim, de algum jeito... dentro de você... eu sempre tive, nem que fosse bem pequeno, mas um espaço garantido. E isso sempre me deixou confuso... Não sabia como interpretar suas ações. - ele deu uma risada com algo que lembrou - E eu sempre meti os pés pelas maõs com isso.

- Sempre soube que você gostava de mim, de algum jeito... dentro de você... eu sempre tive, nem que fosse bem pequeno, mas um espaço garantido. E isso sempre me deixou confuso... Não sabia como interpretar suas ações. - ele deu uma risada com algo que lembrou - E eu sempre meti os pés pelas maõs com isso.

- Onde quer chegar? - interrompi.

- Quero dizer, que apesar de ouvir da sua boca um "eu te amo", eu não consigo acreditar...

- Nunca menti para você. - rosnei - Porque está dizendo isso?

- Não estou dizendo que mentiu, Bells. Só que você nunca me amou como eu te amei.

- Não, Jake... eu... - tentei procurar algo para dizer, mas tudo fugia a minha mente.

- Acho que essa é a melhor oportunidade. - sussurrou.

- Oportunidade para que?

- Para nós dois sermos felizes com quem realmente amamos. - deu de ombros - Preciso te esquecer, eu já sabia disso desde antes da Alemanha, sabia que seria inevitável. E você precisa mais dele do que de mim... e sabe disso!

- Como? - engasguei.

- Hora de sermos mais benevolentes, Bella. - Jacob cobriu meu rosto com suas duas mãos, me fazendo lembrar do quão quente era sua pele - Preciso parar de me maltratar e você tem de ser menos orgulhosa e perdoa-lo seja pelo que for.

Abaixei o olhar, não conseguindo encará-lo.

- Sabe o que quero dizer... - sussurrou antes de me soltar.

Não quis mais dizer nada, então levantei da cama e sai do quarto. Não era a despedida que eu imaginava.

Edward Pov

Três dias depois...

Toquei a campainha apreensivo. Queria logo vê-la. Ouvi uma agitação atrás da porta até que quando ela se abriu, logo vi Nessie correndo na minha direção. Agachei no chão e ela veio de encontro aos meus braços.

O choque me fez cair sentado no corredor do prédio, mas não me importei. Apenas a abracei bem forte, o mais forte que pude.

- Que saudade, papai! - disse no meu ouvido.

- Também senti sua falta, minha pequena! - beijei o alto da sua cabeça.

- Mesmo? - perguntou, sorrindo e pegando meu rosto entre suas mãos pequenas.

- Claro. - dei um beijo na sua bochecha rosada e ela começou a rir.

- Faz cosquinha! - reclamou da barba.

- Cosquinha? Você vai ver agora... - lhe apertei a barriga.

Ela jogou a cabeça no meu ombro e deu uma gargalhada.

- A bagunça está ótima, mas não acham melhor entrarem? - A voz chamou minha atenção.

Olhei na direção da porta e vi Bella, tentando segurar um sorriso. Seus cachos estavam mais longos e jogados sobre o ombro.

- Vem, pai. Entra! - Nessie me puxou pela mão.

Consegui me levantar, apoiando a mão na parede e entrei. Bella fechou a porta atrás de mim.

- Desculpa pelo corredor... - sussurrei.

- Tudo bem. Se algum vizinho visse só ia pensar que aqui tem duas ao invés de uma criança. - brincou.

Sorri também e peguei Nessie no colo que pediu, puxando minha blusa.

- Vai cuidar bem dela? - perguntou.

- Com certeza!

- Voltam que horas? - perguntou, cruzando os braços em forma defensiva.

- Cedo. Rosalie não pode se cansar demais.

- Entendo! Er... Nessie.... vai buscar sua bolsa! - Bella ordenou.

A pequena saiu correndo na direção do corredor do apartamento, me deixando sozinho com sua mãe.

Coloquei a mão dentro do bolso da calça jeans,não sabendo o que dizer.

- Er... - tentei lembrar algo.

Bella deu de ombros, esperando eu dizer alguma coisa.

- Er... (?) - incentivou.

- Hum... fiquei muito feliz que você tenha... er... me contado que voltou e tenha me deixado... ver Nessie! - suspirei no final.

- Não precisa agradecer. - fugiu meu olhar, encarando alguma coisa além da janela da sala.

- Vai ficar? - perguntei receoso.

Ela fez uma cara de má vontade.

- Não por muito tempo. Porque o interesse? - "porque eu te amo, Bella." - pensei, mas não disse

Não tinha coragem de dizer assim tão repentinamente. Eu precisava prepará-la.

- Não por nada... só porque quero levar sempre Nessie para ficar comigo.

- Ah.. er... eu precisava conversar... com você sobre o que me disse antes do embarque quando voltei para Washington. - suas feições agora eram duras.

Lembrei da ameaça estúpida que havia feito.

- Bella, me perdoa? Eu não queria ter dito aquilo, eu não vou tirar nossa filha de voc..

- Cheguei! - Nessie exclamou, entrando na sala com sua mochila cor-de-rosa - Pronto papai. Sabia que eu comprei um presente pra Tia Rose? - perguntou animada.

- Sério?! O que? - a peguei no colo.

- Na verdade, é pro meu priminho ou priminha... não sei... é um bonequinho de pelúcia fofinho que encontrei em Washington. Parece com meu fofo, entendeu? - assenti sorrindo.

- Não precisava. - me dirigi a Bella.

- Mande lembranças à Rose. - foi até a porta da sala e a abriu para que saíssemos.

- Beijos, meu bebê. Se comporta! - sussurrou, depois de beijar a bochecha de Nessie. O perfume dela me atingiu em cheio, era um vício.

Sai no corredor e entrei no elevador ainda com Nessie no meu colo. Até que a pequena virou para mim e disse:

- Perdeu a chance, hein papai?!

Mereço!

[...]

- Não diz isso, meu irmão vai ficar traumatizado. - Rose reclamou com Emmett.

Nessie riu ainda deitada na perna da tia com Glorinha.

- Ele vai ficar traumatizado? Eu tive que levantar às quatro da manhã para arrumar sorvete de pistache com calda de caramelo e é ele que vai ficar traumatizado? - Emmett se indignou.

Dei uma gargalhada vendo a cara de cansado dele.

- Pelo menos, seu próximo filho não vai nascer com cara de sorvete de pistache com calda de caramelo.

- Edward, você já viu alguém com cara de comida?

- Não me mete no meio, Emm. - tentei fugir.

- Ele tá reclamando mas ele gosta de fazer as coisas pra mim... depois ficou do meu lado na cama perguntando se o sorvete tava bom... - Rose sussurrou.

O telefone tocou e Emmett foi atender. Me levantei para ir buscar café na cozinha, percebi que Rose veio atrás.

- E então? Como foi com ela? - perguntou do meu lado na bancada da pia.

Enchi a xícara e tomei um gole.

- Estranho... muito estranho.

- Porque?

- Adivinha! - sorri amarelo e Rose riu da minha cara.

- O que pensa em fazer agora?

- Cavar um buraco e me jogar dentro. – sussurrei.

Ela deu uma risada fraca e apoiou a cabeça no meu ombro.

- É sério, maninho, o que vai fazer agora?

Tomei mais um gole do café.

- Acho que o que de melhor sei fazer...

- E seria?

- Conquistar Isabella Swan.

Ela arregalou os olhos.

- Entendi Bem? Quero dizer... você disse... conquistar? E onde fica a parte de contar toda a verdade assim que tiver uma oportunidade? - se indignou.

- Não vou contar agora. - revelei meus planos - Quero provar a ela, que no fundo, ela ainda sente alguma coisa por mim. - sussurrei.

E apesar da confiança aparente, ainda tinha medo do plano não funcionar, mas não revelaria isso à Rosalie.

- Quanto altruísmo. - debochou com má vontade - Ainda acho mais sensato você conversar com ela e explicar tudo que aconteceu.

- Não vai acreditar nas minhas palavras.

- Mas e na minha? E na de Alice?

- Talvez... se você ainda tivesse aquela gravação.

Bufou de raiva assim que terminei de o dizer.

- Não se aborreça. Ele não vai gostar! - lembrei, pondo a mão em sua barriga.

Rose pôs sua mão sobre a minha e sorriu.

- Ás vezes esqueço que está aqui. - confessou - Ainda é tão pequeno.

- Já pensou em algum nome?

Ela fez com que eu apoiasse a segunda mão sobre sua barriga.

- Sarah se for menina.

- O nome da nossa avó.

- É... mamãe ficará muito feliz com isso.

- Engraçado, ela não ficou feliz em saber que uma das netas tem parte do seu nome.

- Tudo ao seu tempo, está bem? - retorci o lábio.

Rose já tinha contado aos nossos pais que Bella havia voltado, e eu estava esperando a hora que eles apareciam para uma "visita". Mas até agora, nem um telefonema.

- E se for menino? - mudei de assunto.

- Anthony. - sussurrou, olhando para mim - E com total apoio do pai. - lembrou.

Acho que minha cara transpareceu tudo.

- Fecha a boca, Edward. - brincou.

- Nossa... eu... ficaria honrado! Poxa, Rose, muito obrigado, eu não sei como agradecer...

- O melhor agradecimento seria colocar meu nome no seu próximo filho se for menina, se Bella gostar, é claro! - observou, me puxando de volta para sala.

Quem me dera!


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