Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Ainda não é a tão esperada descoberta da parte da Bella, mas ela não demora a descobrir tudo.
Boa leitura !



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Isabella Pov

Continuei parada onde estava sem entender muito a razão de tudo aquilo.

- O que quer? - perguntei alguns segundos depois.

- Que o atenda! - sussurrou.

Neguei com a cabeça. Alice bufou e apoiou o telefone no peito para que ele não ouvisse do outro lado da linha.

- Pode parar com a infantilidade por alguns minutos, Isabella? - rosnou.

- Eu não quero ouvir o que ele tem a dizer.

- Bella! - rosnou de novo, me repreendendo.

- Posso ter um pouco de paz ou até você vai me tirar isso, Alice? - gritei de repente.

- Mãe?! - Nessie chamou atrás de mim.

Virei assustada. Ela estava apoiada na parede do corredor, enrolada numa toalha branca, duas vezes o tamanho dela.

- Oi, filha. - tentei me acalmar.

- Atrapalhei? - perguntou, erguendo uma das sobrancelhas.

- Claro que não. Mamãe vai te ajudar a se vestir. - me virei de frente para Alice e indiquei com a cabeça para que desligasse.

Nessie subiu no meu colo e caminhei até o quarto de volta com ela.

Alice deve ter inventado qualquer mentira, pois antes mesmo de entrar no quarto, a ouvi batendo o telefone no gancho. Fiquei curiosa em saber o que ela havia dito.

Alice Pov

- Claro que não. Mamãe vai te ajudar a se vestir. - resmungou.

Logo depois, me olhou com raiva e indicou com a cabeça para que eu desligasse.

Esperei até que ela saísse da sala para voltar a falar com ele.

- Tem papel aí perto? - sussurrei.

- Be... não.. Alice?

- Tem papel ou não? - rosnei.

- Tenho. Porque?

- Anota meu telefone!

- Co...

- ANOTA E NÃO PERGUNTA! - evitei um grito.

Ele pareceu revirar algo do outro lado da linha.

- Pode falar!

Ditei o número do meu celular para ele e pedi que ligasse em uma hora, em seguida desliguei sem me despedir.

Fui na direção do quarto, tentando não transparecer o nervosismo.

- Vou embora, tudo bem? - resmunguei ao entrar, enquanto Bella vestia Nessie em pé na cama.

Ela ergueu o olhar para mim com receio.

- Porque embora?

- Vou pra casa, quero uma noite de sono tranquila.

- Eu ia fazer jantar para nós três... - sua frase morreu.

- Acho melhor eu ir pra casa. - peguei meu casaco e minha bolsa no seu armário de cabeceira - Nos vemos amanhã a tarde no hospital, tudo bem?

Bella assentiu nervosa.

- Tchau, dindinha! - Nessie pediu colo.

A abracei com força, sentindo aquele perfume de bebê.

- Até amanhã minha delícia! - soltei, a fazendo rir.

- Até mais. - Bella resmungou sem vontade.

Minha amiga que me perdoasse, mas eu faria aquilo para o bem dela!

Edward Pov

Seria fácil esperar uma hora, se os ponteiros do relógio andassem, é claro! Mas pareciam estar de birra comigo.

- Idiotice! - resmunguei, dando um tapa na minha testa.

Eu devia ter insistido para falar com Bella e não ter concordado com a estúpida idéia de Alice.

Olhei de novo no relógio. Ainda faltava dez minutos para a "uma hora" terminar, mas mesmo assim peguei o telefone e liguei para o número de celular que ela tinha me dado.

Tocou algumas vezes até que a voz fina de Alice atendeu.

- Alô?

- Alice! - quase gitei.

- Já tinha me esquecido que você é tão apressado. - resmungou.

- Porque não passou o telefone para Bella? - ralhei - Eu ia contar pra ela!

- Pelo telefone, Edward? - perguntou indignada - Quando você começasse com o assunto, ela ia desligar o telefone na sua cara.

- Não, eu ia fazê-la me ouvir. - para quem eu estava mentindo?

- Ah, tá bem, príncipe encantado. Será que você não percebeu que ela não queria falar com você?

- Você não tá ajudando. - rosnei.

- Ah, desculpa? - se mancou.

- Tudo bem.

- Então, eu quero saber de tudo...

- Tudo o que? - a cortei.

- Tudo que Rosalie te contou. Você só disse ao telefone que ela havia contado, mas eu quero saber exatamente o que e como...

- Tudo que Rosalie te contou. Você só disse ao telefone que ela havia contado, mas eu quero saber exatamente o que e como...

- Já posso começar com a sessão "idiotices do Edward"? - debochei.

Ela pareceu sem sentar em algum lugar e deu um suspiro vencida.

- Edward, eu...

- Eu fui um idiota, Alice. Eu acreditei na Tanya, eu deixei a Bella ir, eu...- eu iria dizer "não fui atrás dela", mas eu tinha ido.

- Não se culpe, você nã...

- Perai, Alice! Tem uma coisa que não está se encaixando.

- O que? - perguntou curiosa.

- O anel, quem foi que me devolveu o anel se não a mãe de Bella? - eu me lembrava da cena que acabou com minhas esperanças.

- Como Edward? - perguntou de novo confusa.

- Alice, não sei se você sabe dessa história, mas eu fui atrás da Bella... - me lembrei que Tanya havia falado com a "mãe" dela para pegar o "endereço" - MERDA! - gritei me levantando.

- Edward?! - me repreendeu.

- Eu sou um idiota... um perfeito idiota... eu devo mesmo ter merecido isso tudo, tamanha minha idiotice! - rosnei.

- Você pode me incluir no assunto ou vai continuar com o monólogo. - se irritou.

- Como é a mãe da Bella?

- Que? - perguntou confusa, pedi que ela dissesse como era e ela a descreveu vencida - É alta, magra, com cabelo curto, repicado, tem olhos verdes e...

- Pode parar! - ordenei - Eu fui atrás da Bella quase um mês depois que ela me deixou... e não foi com essa mulher que eu falei.

Alice não respondeu do outro lado da linha. Nem eu tinha mais o que falar, até que ela me surpreendeu com um ataque repentino:

- Eu esfolo essa tal de Tanya! - rosnou.

- Seremos dois. - disse também, mas ela não ouviu.

Voltei a me sentar no sofá, respirando fundo e tentando inutilmente me acalmar.

- Eu já sabia dessa história, mas ainda faltava ouvir de você, né?! Acho que aquelazinha te enganou com uma atriz. - sugeriu.

- E como ela conseguiu o anel da Bella?

Talvez eu quisesse pensar que foi mesmo Bella que me abandonou. Assim seria menos doloroso, quero dizer, pelo menos assim eu seria o úncio a quem culpar. Saber que ela foi enganada e que ficamos separados por todos esses anos por causa de uma terceira pessoa, era ainda pior.

- Bella estava sem o anel quando entrou no trem... - Alice sussurrou, confirmando meus receios.

Senti uma lágrima se acumular na minha pálpebra.

- Acho que eu preciso desligar. - respondi depressa.

- Por favor, nã...

- Até mais, Alice. - fechei o celular e o joguei em cima do sofá.

Não hoje, não essa noite, ou acabaria perdendo o controle e faria uma besteira, mas eu iria atrás de Tanya e a faria pagar por ter me deixado sem a mulher que amo e sem minha filha, por todos esses anos.

Flahs back on

- Oi! - disse sorridente.

A puxei pela cintura para dentro do apartamento e lhe dei um beijo de boas-vindas.

Bella entrelaçou seus dedos no cabelo da minha nuca e me beijou de volta.

- Estava com saudades? - perguntou, quando nos separamos.

Assenti mais que depressa.

- Bom saber... - respondeu e depois me soltou, indo na direção da sala com a cara mais lavada.

- Só isso? - perguntei indignado.

Ela tirou sua bolsa de pano velha que levava vários broches coloridos, com frases engraçadas e fotos dos Beatles, e a jogou no sofá.

- O que queria mais?

- Algo do tipo "Também senti sua falta." - resmunguei.

Fui até a cozinha, onde estava preparando um jantar para nós dois.

- Isso me soa como carência. - sussurrou, se apoiando no portal.

- Carência, Isabella? - ri, fazendo pouco do caso - Que presunção!

Menos de um segundo depois, ela estava ao meu lado, apagando a chama do fogão.

- Está louca? - perguntei.

- Se sou presunçosa, é porque posso. - respondeu, me puxando pela gola da camisa.

Deixou nossos rostos bem próximos.

- E pra sua informação... - recomeçou - também senti sua falta.

- Demonstre... - provoquei.

Me puxou num beijo urgente, passando seus braços em torno do meu pescoço. Caminhei um pouco para frente, até imprenssá-la na parede, enquanto ainda nos devorávamos.

Meus planos para essa noite estavam correndo bem, minha única apreensão era que ela não aceitasse o pedido de namoro.

Flash back off

Isabella Pov

Duas semanas depois...

Corri o mais que pude por todo o corredor. Vi ao longe a silhueta de conhecidos e corri ainda mais. A ansiedade não deixava que coração se aquietasse.

- Onde ele está? - perguntei ao parar, completamente ofegante.

- Querida! - Sue estendeu seus braços na minha direção e me abraçou forte.

- O que aconteceu com Jake? Ele está bem? Ele...

- Ele quer falar com você. - respondeu sorrindo.

- Então, ele... - não conseguia acreditar - acordou mesmo? - perguntei receosa.

Sue assentiu feliz.

- Acabei de conversar com o doutor dele, parece que ele está estável.

- Você já conversou com ele?

- Sim, e ele quer muito falar com você. - senti uma lágrima caindo.

- Eu posso acompanhá-la. - uma enfermeira apareceu, segurando meu braço.

Assenti nervosa. Sue me encorajou e pegou minha bolsa. Percebi que eu tremia violentamente. A enfermeira notou e segurou minha mão.

- Acalme-se criança. Ele está bem. - fiz um sinal incompreensível com a cabeça.

Ela sorriu em resposta e me pôs para dentro do quarto.

Jake estava deitado ainda, como nas outras vezes que vim visitá-lo. Mas o som dos aparelhos eram diferentes, pareciam estar mais agitados.

O quarto estava mais quente, mas vivo. Acho que era eu quem estava assim.

Foi quando percebi que seus olhos estavam abertos. Não muito, apenas uma aberta mínima onde nem consegui distinguir sua pupila.

- Be... - o sussurro me atingiu.

- Jake?! - me aproximei sorrindo.

Ele tentou sorrir também, e esticou dois dedos na minha direção.

- Você... - respirei fundo - Senti sua falta!

As lágrimas caíram dos meus olhos e se chocaram contra sua pele morena. Ele pareceu perceber e enrugou o cenho em reprovação.

- Pare ... de chorar! - ordenou num fio de voz.

Precisei me inclinar sobre seu corpo para entender o que ele dizia.

- Se sente bem? - gaguejei no final.

Ele abriu e fechou os olhos, indicando positivamente. Tive vontade de pular em cima dele e lhe dar um abraço tão apertado, até sentir o ar lhe fugir completamente. Queria senti-lo me pegando no colo e me girando, como costumava fazer. Ouvir sua voz rouca, conversando comigo naturalmente. Mas não podia, ainda assim, me senti extremamente feliz por saber que ele agora estava de volta.

Nossas mãos se entrelaçaram devagar e ele conseguiu esboçar algo como um sorriso.

- Se lembra do que aconteceu? - perguntei, passando minha mão livre por sua bochecha.

- O carro... - sussurrou.

Senti mais uma lágrima caindo sem que eu as pudesse controlar.

- Desculpa não estar aqui do teu lado? - foi a única coisa que pensei em dizer.

Senti sua mão se apertando o máximo que podia na minha, apesar de suas forças não o permitirem muito além desse gesto.

- Então essa miragem é... bem convincente. - sussurrou.

Sorri com sua conclusão estilo Jacob. Havia sentido muita falta disso e recuperaria o tempo perdido.


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Notas finais do capítulo

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