Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Tava sem tempo, por isso não postei antes.
Queria pedir desculpas tbm por não responder aos reviews por não ter tempo.
Mais não esqueçam de comentar, porque sempre que tenho um tempinho vou lá ler.



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Isabella Pov

Três semanas depois.

- Boa noite. - desejei vendo a última pessoa da mesa levantar.

Fitei o refeitório vazio. Eu era mesmo a única que ainda estava aqui tentando analisar esses papéis.

Tentei ler mais uma vez a folha com as instruções escritas em francês, mas não conseguia me concentrar o suficiente.

Guardei todos os folhetos e pastas dentro da minha bolsa e levantei do banco, indo na direção da saída.

Eu estava com tantas saudades de casa e as preocupações continuavam sobrevoando minha cabeça como uma nuvem pesada, carregada, prestes a descarregar

vários raios sobre mim.

- Guten Abend!- o zelador desejou quando passei pela ante-sala.

Apenas sorri esquecendo de responder e busquei o casaco.

Vesti os dois e pus as luvas. Lá fora fazia muito frio à noite e a universidade era longe do hotel.

Demorei até achar um táxi que me levasse. As sete camadas de roupa não me impediam de sentir o vento gelado.

Cheguei no hotel e subi para o meu quarto, onde resolvi ligar para Alice. Era por volta das sete horas em Washington, mas o telefone chamou por diversas vezes sem resposta.

Queria notícias de Nessie, mas não conseguia falar com minha amiga há dois dias. Já estava preocupada com o que estava acontecendo para que ela não me respondesse.

Tive uma idéia um tanto quanto infeliz: ligar para Rosalie.

Não seria a primeira vez que eu faria isso, mas era arriscado. Tinha medo de Emmett atender o telefone e dar com a lingua nos dentes.

Se me lembro bem, esse era o esporte favorito dele. Sorri com as lembranças que me vinham devagar.

Sorri com as lembranças que me vinham devagar.

Resolvi tomar um banho antes que o tempo esfriasse ainda mais.

Lutei contra todas as peças de roupa até que entrei na banheira quente.

Eu queria saber notícias. Quais eram as chances de alguém que não fosse Rosalie e a empregada atenderam ao telefone? Quase nenhuma.

Não faria mal a ninguém e talvez Rosalie até soubesse de algo sobre a sumida da Alice. Do que eu tinha medo afinal? Um dia eu voltar mesmo e Edward vai ficar sabendo de tudo,

ntão porque não ligar? Peguei o telefone decidida e disquei o número gigantesco que eu já havia decorado. Tive que esperar ainda alguns minutos até que a ligação fosse completada,

mas em poucas chamadas me atenderam. Ouvi vozes de criança atrás e uma conversa muito animada, até que...

- Alô?! - a voz divertida de Edward chamou minha atenção.

O choque percorreu meu corpo por inteiro. Edward? A voz aveludada, um pouco rouca no fim. Era quase um sussurro. Voz que sempre ficava assim depois de uma risada.

- Gente, fala baixo. Não tô escutando nada. - ele reclamou.

Mordi o lábio tentando conter qualquer barulho.

- Alô?! - cantarolou me fazendo arrepiar.

Eu não estava tendo esse tipo de reação, estava? Eu não podia!

Queria me estapear, desligar o maldito telefone na cara dele. Mas depois de desligar tantas vezes na minha cabeça, percebi que estava completamente paralisada.

Por causa de uma voz. Um simples som.

Os barulhos em volta dele diminuiram.

- Tô ouvindo sua respiração. - a voz estava ainda mais rouca e baixa.

Agarrei a lateral da banheira o que fez barulho de água.

Ele sabia que era eu? Porque eu estava tão ofegante?

Agora ele sabia que era eu. Estava perdida.

- Seja quem for... vou desligar! Alô ?! - ameaçou.

Esperou mais alguns segundos até que a voz de Rosalie gritou do outro lado:

"- Venha para mesa, Edward!" - em tom de resmungo.

Depois ouvi o "tec" do telefone batendo no gancho.

Continuei ainda por alguns minutos com o telefone pendurado. Sem forças para me mover. Eu conseguia ser mais estúpida a cada diz que passa.

Afastei o telefone de mim e o fitei incrédula. Era mesmo ele?

Depois de tantos anos... ouvir sua voz. Voz que não tinha mudado nem um pouco.

Continuava me dando arrepios estúpidos e causando sensações incompreensíveis.

- Droga! - gritei jogando o aparelho.

Ele bateu na parede do banheiro e quebrou, caindo no chão com várias peças em volta.

Maldita hora!

Rosalie Pov

- Quem era? - perguntei quando ele se sentou.

- Não respondeu! - concluiu intrigado.

Fitei o rosto preocupado dele.

- O que houve? - será mesmo que ninguém tinha respondido ao telefone.

- Nada! - percebeu minha preocupação e sorriu.

Continuei a por a comida na mesa, tentando me preocupar um pouco mais com meus prórpios problemas.

Eu tinha que começar a olhar mais para minha vida e deixar um pouco os outros. Eu estava com a cabeça tão lotada.

Emmett sorriu, quando coloquei o prato dele.

- Obrigado, amor! - agradeceu.

Sorria de volta, mas estava tentando me segurar.

Como ele ia reagir quando soubesse que eu estava grávida?

Aliás, quando eu ia contar a todos que estava grávida de novo?

Com papai e mamãe na cidade, eles vão querer dar uma festa. Vou ter que controlar os impulsos deles. E Emmett?

Ele vai gritar, pular, soltar fogos, mas antes eu tinha que pensar o momento apropriado e não seria hoje no aniversário de Glória.

- Que horas eles disseram que chegariam? - Edward perguntou vendo que eu colocava mais dois pratos na mesa.

- Mamãe e papai chegam logo! - simplifiquei a resposta.

Seria o primeiro momento "em família" depois que meus pais chegaram do Canadá e decidiram ficar aqui até o aniversário de Glória. Minha mãe ainda estava extremamente estranha quanto a ficar perto de Nessie. Ainda não entendia muito bem, mas nada que um pouco de convivência não resolvesse. E foi o que eu havia combinado com Edward. Que nós dois tentaríamos amolecer o coração da dama de ferro que chamávamos de mãe.

- Chegaram! - Edward se levantou num pulo quando a campainha chegou.

- Sossegue o facho, moleque! - briguei.

Ele deu um sorriso torto e foi comigo até a porta.

- Abre aí! - ordenei parando na frente do telefone.

Ele foi na direção da porta com um pouco de apreensão e eu apertei o botão de últimas chamadas.

- Filho! - eles sorriram juntos.

- Bella?! - me surpreendi com o número internacional.

Droga!

OLhei para a porta. Edward estava com o rosto virado para trás e uma expressão confusa, a testa enrugada.

Minha mãe o abraçou, eles não tinham ouvido nada.

Dei dois passos na direção da porta.

- Que bela bicicleta! - sorri nervosa.

Será que cola?

Minha mãe continuou ajeitando a camisa de Edward, mas ele não tirava o olho de mim.

- Cadê minha neta aniversariante? - meu pai perguntou entrando com a bicicleta na sala.

As crianças vieram correndo para a sala com Emmett que veio logo para o meu lado e passou o braço pela minha cintura.

O enjoô piorou com o cheiro do perfume dele, mas nada que eu não pudesse controlar agora.

Eu não poderia passar mal logo agora.

Minha mãe entrou na sala largando Edward na porta e pegou Glorinha no colo.

- Querida, como você cresceu! - disse sorrindo.

Gloria a abraçou e depois foi para o colo do avô.

Meu braço foi agarrado por alguma coisa... ou pior dizendo, por alguém.

Emmett nos olhou curiosos.

- Voltamos daqui a pouco! - Edward disse sorrindo e me puxando na direção do corredor dos quartos.

Perfeito! Ele tinha ouvido. Não colou, Rosalie.

O perfume crítico dele fez meu estômago revirar. Não vomite no seu irmão. Não vomite no seu irmão!

Tentei me ordenar. Edward me puxou para dentro do meu quarto e fechou a porta.

- Eu ouvi! - ele disse cruzando os braços.

- Amém! Você não é surdo, certo?! - tentei ir até o banheiro, mas ele me puxou pelo braço.

- Você disse "Bella"! - rosnou.

- Não achou bonita? Eu achei a bicicleta fofinha, tomára que o titio e o papai se disponham a montar. - sorri sem graça e tentei ir de novo para a suíte.

- Não! - me puxou de novo - Você não disse "bela", disse "Bella" com dois "éles".

- Fala italiano desde quando? - debochei.

- Não me faça de idiota!

- Se não me soltar agora, vai tomar um jato de vômito na cara. - rosnei com a verdade.

Ele ergueu uma sobrancelha e me soltou. Fui o mais depressa possível para o banheiro e acabei vomitando.

A sensação de queimação era horrível, mas já tinha passado por isso uma vez e sabia que ia passar. Pelo menos, até o terceiro mês ia passar.

Esqueci que ainda faltava dois meses para isso acontecer, o que me desanimou um pouco. Levantei e fui até a pia onde comecei a escovar o dente.

Bateram na porta duas vezes e eu gritei um "Entra!" ainda com a escova na boca. A porta se abriu e Edward apareceu ainda com uma expressão estranha.

- Tá melhor? - perguntou receoso.

Enxaguei a boca e sequei o rosto.

- Tô grávida. - ele ergueu as sobrancelhas e abriu um sorriso - Não vou estar "melhor" pelos próximos nove meses.

Em dois passos largos ele veio até mim e me segurou pelos ombros.

- Grá...

- Grávida! - confirmei com a cabeça.

Ele me abraçou.

- Rose, isso é ótimo.

Suspirei aliviada.

- Eu sei!

- Quando pretendia nos contar? - perguntou se afastando.

- Não sei. Não seria hoje, com certeza. É aniversário da Glória... e eu não queria atrapalhar nada para ela.

- Entendo! - respondeu sorrindo.

- Na verdade, você é o primeiro a saber. - respondi segurando a barriga.

Ele arregalou os olhos.

- O Emm..

- Não, ele ainda não sabe... e, por favor, não conte a ninguém lá na sala, tudo bem?

Ele assentiu feliz. Eu o tinha feito esquecer da história do nome?

- Vamos voltar para a sala? - perguntei temendo que ele tocasse de novo no assunto.

- Vamos! - confirmou alegre.

Não acreditei no meu feito, e resolvi pelo bem da minha sanidade, deixar tudo como estava!


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