Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 13
Capítulo 12




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Edward Pov

- Tanya?!

- Amor! – ela gritou vindo para os meus braços.

Se pendurou no meu pescoço e já fez questão de me dar um beijo. Me encostou na parede e fechou a porta com o pé. Essa mulher estava louca, né?! Entrelaçou seus dedos nos meus cabelos e me puxou tão forte que eu cheguei a gemer de dor. Ela deu impulso e passou as pernas pela minha cintura.

- Me leva até o sofá, meu Edward. – gemeu no meu ouvido enquanto rebolava no meu colo.

Eu não gostava de Tanya, não da forma que ela gostava de mim. Às vezes repensava nesse noivado que tenho com ela quase forçado. Fora uma boa amiga depois que Bella me deixou e tudo acabou uma noite com ela na cama, mas todas as vezes que estive com ela desde a primeira, todas sem exceção, eu sempre pensava em Bella.

Eu estava numa fase de começar a repensar tudo que acontecia na minha vida e com ela também não seria diferente.

Ela desceu do meu colo e sorriu maliciosa, enquanto começava a abrir os botões da camisa já transparente que usava. Estaria mentindo se dissesse que não a achava bonita, muito menos atraente, mas não sei porque, agora era diferente. Ela chegou aqui já me beijando, em outra época eu arrancaria suas roupas na sala mesmo e a faria minha, e era o que meu corpo queria, mas não minha consciência, muito menos meu coração.

- Tô esperando, Edward. – provocou jogando a blusa no meu rosto.

Eu a peguei engolindo em seco ao sentir aquele perfume.

Tanya se encostou na parede e começou a levantar sua saia gemendo baixo. Num impulso que não entendi daonde veio, pulei nela e comecei a lhe beijar como antes.

Pus minha mão debaixo da saia e apertei suas coxas a fazendo arcar o tronco de encontro à parede. Ofegante se separou de mim implorando para eu continuar. Desci meus beijos pelo seu pescoço e colo.

- Continua, Eddie. – ela gemeu quando mordi seu seio sobre a lingerie.

Pare agora! – a sirene soou na minha cabeça quando ouvi um barulho de porta no segundo andar.

Nessie! Soltei Tanya num pulo, dando um passo para trás. Só que não avisei o que ia fazer e ela acabou caindo no chão sentada.

- Ouch! – gemeu de dor – Avisa antes, pow! – reclamou.

Eu sabia que vinha alguém, podia sentir. Peguei a blusa de Tanya no chão e joguei nela.

- Veste rápido! – tentei falar o mais rápido possível.

- Porque? – indagou surpresa.

- Sem perguntas, merda! – sussurrei de novo.

Ela se levantou irritada.

- Porque você tá agindo assim Edward? – pôs a mão no quadril e bateu o pé no chão.

- Pai?! – a voz veio do início da escada.

Me virei de costas e a vi descendo os dois primeiros degraus e olhando para baixo.

Ela se assustou um pouco ao ver Tanya e ver como ela estava vestida. Eu sabia o que ela poderia estar pensando. Seus olhinhos transparentes me mostravam seu sentimento de traída. Eu não queria que tivesse acontecido, mas Tanya entrou aqui tão de repente. Eu queria poder explicar isso, mas não para uma criança de seis anos. Na verdade, eu sentia como se estivesse traindo outra pessoa. Outra pessoa quem ela me lembrava demais.

- Desculpa?! – disse antes de subir os primeiros degraus.

- Espera, filha. – fui na direção da escada.

- Hey?! – Tanya gritou chamando minha atenção.

Parei no meio do caminho.

- O que é? – perguntei irritado.

- Vou subir, com licença? – Nessie pediu educada.

- Não, filha. Eu vou te explicar o que tá acontecendo. – tentei recomeçar.

- Deixa essa empata foda subir! – Tanya falou me surpreendendo.

Eu não acreditei no que estava ouvindo. Girei no calcanhar a olhando com ódio.

- Tanya... o que você disse? – eu já estava começando a ver vermelho.

Ela percebeu que tinha falado alto demais, mas não tão alto para Nessie ouvir. Ainda bem!

- Er... er... – ela gaguejou.

- Rennesme, sobe! – ordeneis mais calmo para ela que quase correu pelo resto do corredor do segundo andar.

- Tanya. – tentei me manter calmo – A partir de hoje, eu quero que você respeite a minha filha assim como me respeita, ou até mais. – ela engoliu em seco – Se isso acontecer de novo, vai ser a última coisa que vai fazer dentro da minha casa, ouviu bem?

Ela cerrou os olhos.

- Dá muita importância para uma criança que você nem tem certeza se é sua. – ela rosnou indo na direção da cozinha.

A segui pisando firme.

Tanya abriu a geladeira e pegou uma garrafa d’água.

- Você é surda ou só burra? – rosnei batendo na bancada.

- Isso tudo por causa dela, né?! – perguntou colocando água no copo e derramando uma lágrima – Nem com a desgraçada longe, você a esquece. – deu uma risada amarga.

- Eu tentei, Edward. – disse dando de ombros – Quase sete anos! – gritou – Três deles só tentando me aproximar de você depois que a piranha foi embora carregando aquele aquele filhote de capeta na barriga. – começou a chorar como uma criança.

Um ódio desconhecido me subiu. Atravessei a cozinha até estar perto o suficiente para puxá-la pelo braço com força. O tranco fez com que Tanya deixasse o copo cair no chão.

- Cala a boca, Tanya. Não me faça perder a paciência. – rosnei.

- Vai me bater? – debochou rindo.

- Não me bote à prova. – eu gritei a empurrando.

Se chocou com a geladeira, mas se manteve em pé.

- Sabe o que eu tive que fazer para te ter meu? – perguntou chorando.

- Nunca fui seu. – revidei.

- Tem razão. – se virou de frente para mim com uma feição estranha

- Melhor ir embora agora. Você não está bem para essa conversa. – dei um passo na direção da saída.

- Eu te amo, Edward. Te amo como nunca amei ninguém... eu botei tantas coisas em risco por você, por favor, fica comigo. – choramingou agarrando meu braço.

- Tanya, você passou dos limites. – empurrei sua mão.

- NÃO! – me agarrou de novo pelos ombros.

- Me solte agora! – tentei ser claro.

- Edward. - ela rosnou decidida.

- O que quer Tanya?

- Vou falar só uma vez: ou ela ou eu. - desafiou.

Demorei uns segundos para processar a informação.

- Você é mesmo burra o suficiente para se comparar a uma criança? Tanya, você é estúpida ou o que? Deixe de ser infantil. Jamais pensei em ouvir isso de você. – era realmente detestável, e é claro que se eu tivesse que escolher, seria minha filha.

Dei mais um passo na direção da porta, mas ela segurou meu braço com uma força anormal.

- Não quero saber da garota... quero saber da Isabella. – rosnou – Ou ela, ou eu... uma lembrança que nunca mais vai se tornar realidade, ou eu... de corpo e alma....

Não precisei pensar na resposta e ela já sabia qual era.

- Se é assim, é hora de ir embora. Você não tem nada mesmo para fazer aqui.

Ela soltou meu braço como se um choque tivesse percorrido seu corpo.

- Não acredito! – sussurrou.

- Quer que eu repita?

Ela ficou uns minutos me olhando estática, a cada segundo que passava eu tinha mais medo da sua reação que parecia nunca vir. Suas feições desmoronaram e as lágrimas cessaram um tempo depois. O silêncio estava fundo demais, e quando o quebrou, quase pude ouvir o eco de sua voz.

- Então que seja assim. – sussurrou ainda sem expressão nos olhos – Mas vou logo avisando, Edward. Vocês dois nunca vão ser felizes... ela nunca te amou. Ou não teria ido embora, concorda? – meu coração apertou.

Ela havia tocado na minha única ferida.

- Vai embora agora antes que eu te arranque daqui pelos cabelos. – rosnei tentando me segurar.

- Até mais! – respondeu da mesma forma indo na direção da porta da sala.

[...]

- Já pegou sua mochila? - perguntei um tanto quanto sem vontade.

Nessie pegou a mochila roxa em cima do sofá e veio até a porta. Ela estava mais silenciosa essa manhã, provavelmente, pelo escândalo que Tanya fizera ontem a noite.

Continuamos em silêncio até o carro, onde eu pretendia "tentar explicar" para ela, se fosse possível.

Ela afivelou o cinto no banco de trás e abriu a mochila verificando se o estojo de lápis de cor estava mesmo ali dentro.

Arranquei devagar com o carro da garagem do prédio.

- Rennesme?! - chamei.

- Oi...- ela continuou olhando para a rua pela janela.

- Eu queria conversar... sobre...o que você viu... - foi só isso que eu consegui dizer.

Pela primeira vez olhou para mim com um pouco de apreensão.

- Ontem a noite... - recomecei.

- É sua namorada, pai? - me cortou.

- Er...

- A moça de cabelos vermelhos de ontem... ela é sua namorada, né?! - perguntou de novo.

Não, não era.

- Desculpa por ter ido na sala, sabe?! É que eu ouvi a campainha... aí fiquei curiosa... e eu sei que é feio, mas eu levantei. Desculpa, tá?

A reação dela me surpreendeu. Como se levasse na maior naturalidade.

Não estava mais entendendo coisa alguma, mas ia continuar a conversa que pretendia desde o começo.

- Bem, você não precisa pedir desculpas. Eu é que tenho que pedir desculpas por ter te feito levantar e ... sobre o que você ouviu...esqueça tudo, está bem?

Ela semicerrou os olhos.

- Não sei se você ouviu a discussão, mas quero que esqueça o que ela disse. - pelo volume que tinha sido nossa conversa, com certeza, ela ouviu.

- Porque ela não gosta da minha mãe? - perguntou em seguida.

Já estávamos próximos da escola, então estacionei o carro e desci.

Resolvi pegá-la no colo para irmos até o portão onde as professoras esperavam.

- Esqueça esse assunto e tudo que você a ouviu dizer. Até porque... eu não estou mais namorando ela.

Ela fez que sim com a cabeça, mas continuava com a expressão curiosa.

Chegamos no portão e a pus no chão. Nessie ajeitou a mochila nas costas e deu um passo na direção da entrada.

- Boa aula! - desejei me afastando um pouco.

Ela se virou de frente para mim de novo.

- Posso te fazer uma pergunta, pai? - suas bochechas rosaram na mesma hora.

- Pode! - dei de ombros e me agachei no chão.

Ela veio até perto de mim.

- Mas... o senhor vai ter que me prometer que vai mesmo responder. - disse balançando o pé.

Eu sabia que me arrependeria amargamente daquilo, mas assenti.

- Er... O senhor ainda ama a mamãe?


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