Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 11
Capítulo 10




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Rosalie Pov

- E que horas? – perguntei delicada.

- Eu não posso ficar dando esse tipo de informação, senhora. – a bicha do salão sussurrou ao telefone.

“Ah, pode sim! Nem que eu tenha que acampar na porta do seu salão, eu vou descobrir que horas ela está marcada.” – pensei.

- Bem, é que somos amigas já a algum tempo, mas não consigo entrar em contato com ela, e como vamos ao mesmo salão, pensei em fazer um horário igual.

- Senhora, entenda, por favor, são normas do salão e eu devo cumprir. – a bichinha era difícil.

- Certo, eu entendo. Mas talvez você não o esteja fazendo. Eu perguntei: “Que horas?”, e você, com certeza, vai me responder.

- Senhora, não faça com que eu perca meu emprego, por favor?

- Então, quanto devo... pagar pelo cabeleiro?

- Mas a senhora marcou manicure. – Ô bicha burra.

- Querido, qual foi a parte do “pagar” que você não entendeu? – será que assim ele se manca?

- Bem...er... pelo visto, é muito importante mesmo que as senhoras se encontrem e eu teria o maior prazer de marcar um “cabelereiro” no mesmo horário dela que é o das duas da tarde. Duas da tarde. A senhora me entendeu?

- É claro que sim e eu ficaria hiper agradecida, e sei bem recompensar quem me faz um favor.

- Claro.

- Qual seu nome, querido?

- Chris.

- Tudo bem então, Chris. Amanhã às duas da tarde e sua recompensa pela grande prestatividade.

- Obrigada. Até amanhã. – ele ou ela disse antes de desligar.

Tanya que me aguarde.

Edward Pov

- Bem, quando Tanya me falou ao telefone, eu pensei seriamente que fosse alguma brincadeira de mal-gosto.

- Uma criança não é algo de mal-gosto, mãe.

- Mas o susto é. – ela me cortou.

- Bem, a senhora já viu que não é brincadeira, já contei toda a história... – me levantei da mesa.

- Você já pensou em fazer um exame de dna? – perguntou ainda sentada.

A olhei espantado.

- Não.

- Deveria... pode não ser sua filha, querido. Tantos anos, e aquela menina foi embora sem explicações. Talvez tenha ido embora grávida de outro homem e agora voltou para lhe importunar...

- Porque vocês acham isso? – tentei manter a calma porque era minha mãe.

- Quem está incluído no “vocês”? – perguntou cruzando os braços.

Voltei a me sentar, pelo visto a conversa não tinha acabado.

- Jasper também teve essa idéia. – confessei.

- Talvez porque seja óbvia. – deu de ombros – Sei que pode ser difícil para você ter as lembranças daquele “amorzinho adolescente” retornando. Eu sei que você está cego por causa daquele sorrisinho inocente e pela esperança de ter Bella de volta, mas ela pode não ser sua filha. Você deve pensar com a cabeça e não com o coração. Todos nós sabemos que foi muito difícil para você ser abandonado por aquelazinha, mas você deve tentar ser racional...

- Rennesme?! – eu gritei a chamando e cortando minha mãe.

Ela deu um pulo no sofá e olhou para o lado vendo que eu estava completamente insatisfeito com o rumo da conversa. Porque todos eles insistiam em me fazer lembrar o quanto foi e o quanto ainda era difícil ficar sem ela?

Esperamos ainda algum tempo até Nessie aparecer na sala.

- Me chamou? – perguntou se apoiando na mesa ao meu lado, mas ainda olhando para avó.

- Sim. Vem cá. – chamei para mais perto.

Ela andou até ficar na minha frente e parou de costas para Esme.

- Posso mostrar uma coisa pra vovó? – perguntei prendendo seu cabelo atrás da orelha.

- O que? – perguntou interessada.

- Nosso pedacinho. – respondi sorrindo.

Ela sorriu também e assentiu.

- Bem, mãe, espero que veja e aprecie. – respondi debochado.

Nessie se apoiou em mim quando eu levantei um pouco sua camiseta cor-de-rosa. Levantei só o suficiente para a manchinha aparecer.

Minha mãe arregalou os olhos, mas não disse nada, continuou olhando perplexa para cintura da neta.

- Acho que é o suficiente. – resmunguei abaixando a blusa dela e a pegando no colo – É melhor você se despedir, Nessie. A vovó vai embora. – anunciei me levantando.

Pela primeira vez ela olhou para mim.

- O que disse? – perguntou assustada.

- Que você vai embora, afinal você não veio a Nova Iorque simplesmente para me ver. Você também tem outra filha... e outra neta. Acho que Rosalie ia adorar receber sua visitinha, mamãe. – ainda com Nessie no colo, eu fui até a porta e a abri.

Minha mãe buscou a bolsa com raiva e veio até mim.

- A gente pode ir com a vovó? – Nessie perguntou pra mim.

- Nós vamos outro dia, filha. – tentei não decepcioná-la.

Ela deu de ombros.

- Tchau, D. Esme. – se despediu educada.

Minha mãe tentou assimilar tudo aquilo.

- Er... tchau! – respondeu antes de sair do apartamento e entrar no elevador.

- Eu pensei que a vovó tivesse olhos verdes. – Rennesme resmungou – Como os nossos, papai.

- Não. Nós puxamos seu avô. – respondi antes de a por no chão e ela correr até o sofá.

Imagino que Rosalie vá ouvir poucas e boas essa noite.

Rosalie Pov

Ele sempre deixa a parte podre da história pra mim. Eu ainda não tinha entendido nada do que minha mãe gritava na minha sala.

- Entende como me sinto? – perguntou de repente.

- Er... entendo, mamãe. – porque eu não sabia mentir?

Ela me encarou com uma sobrancelha erguida.

- Você nem me ouviu. – gritou.

- Mãe, fala baixo. A Glorinha está dormindo. – alertei.

- Eu não acreditei quando eu vi aquela manchinha e... Reconheci... Ele praticamente esfregou na minha cara a paternidade, mas eu... – ela estava em choque.

- Mãe, eu sei que pode ter sido difícil para a senhora, mas, bem, pense que foi ainda mais difícil para o Edward.

- Como pode ser tão confiante quando fala? – perguntou irritadiça.

- Confio no meu irmão.

- Eu não confio nela. – rosnou se levantando – Vou embora para meu hotel.

- Mãe, espera. – choraminguei a vendo caminhar até a porta.

- Seu pai chega amanhã, caso queira saber, já que ninguém foi me buscar hoje no aeroporto. – começou o drama – Eu vou buscá-lo, mas provavelmente, ele vá querer ver a ”neta” dele antes de qualquer coisa. – debochou.

- Mamãe?! Seja benevolente, gentil, não se esqueça que...

- Vou embora! – gritou abrindo a porta.

Eu não merecia isso, meu Deus!

Ela se foi sem nem se despedir. Tanya é mesmo uma...

Edward Pov

- Atrasei, mas cheguei!- meu pai gritou assim que abri a porta.

Reunião de família não. Por favor, não.

- Pa-pai?! – ele entrou no apartamento.

- Cadê meu filhão?! – perguntou pegando minha cabeça por debaixo do braço e bagunçando meu cabelo.

- Socorro! Pai, me larga. – implorei.

- Eu senti sua falta, meu garoto. – observou me largando.

Me segurou pelos ombros ainda olhando nos meus olhos.

- Você está diferente.

- Eu não sou mais um garoto. – lembrei.

- É, não é mais. Agora você é um.. pai, certo?

- Esse é o real motivo da reunião de família. – sorri amarelo.

Fechei a porta do apartamento temendo um pouco a reação dele quando visse, bem, a visse.

- Filho, sei que sua mãe veio aqui ontem e fez algo, realmente...

- Estúpido? Deplorável? Vergonhoso? Algo para me julgar, acusar e fazer mal? – rosnei.

- Bem... eu ia dizer “impensado”, mas se assim você prefere.

- Porque você veio pai?

- Isso que é recepção.

- Veio ver com os próprios olhos como mamãe?

- Não... vim conhecer a minha neta. – explicou sem-graça.

A resposta dele me pegou de surpresa, ele não estava aqui para gritar, acusar ou qualquer outra coisa como Esme. Era de boa intenção.

- Desculpa?! – pedi envergonhado.

- Tudo bem, filho.

Relutei ainda um pouco, mas em seguida, chamei Nessie.

Meu pai fez uma careta estranha pelo apelido, mas esqueceu quando ela apareceu na sala com seu uniforme, descendo os degraus em pulos.

- Não consigo prender meu cabelo. – anunciou descendo o último.

Parou assustada ao ver meu pai na sala.

- Bem, er... Nessie... esse aqui é o seu avô Carlisle. – falei sem ânimo.

Mais uma vez aqueles olhos verdes fitaram meu pai com tamanha intensidade que eu mesmo me prendi naqueles olhos. Ela memorizou cada detalhe dele, a roupa, os traços, o cabelo, e depois mordeu o lábio reprimindo um sorriso.

- Olá, Nessie. – meu pai quebrou o silêncio.

Dessa vez, ela não reprimiu, simplesmente soltou seu sorriso com uma liberdade imensa.

- Oi. – respondeu ainda rindo.

Observei os dois se encarando e dei dois passos para frente ficando entre eles.

- Bem, er... você quer ajuda com o cabelo? – perguntei a ela, mas não recebi a atenção que queria.

- Tudo bem. – respondeu se aproximando de mim e se apoiando na minha perna, mas sem tirar os olhos do avô.

Me agachei pegando a presilha da sua mão e enrolei numa mecha de cachos que ela segurava entre os dedos.

- Obrigada, pai. - agradeceu quando eu terminei, mas ainda não olhava para mim.

- Tudo bem, filha. Er...

Meu pai se agachou ficando da altura dela. Enrugou o cenho deixando sua aparência um pouco mais velha do que era.

- São iguais aos nossos. - Nessie disse de repente.

- O que? - meu pai perguntou.

Ela caminhou até ele e tocou seu rosto bem embaixo dos olhos.

- Isso!

- Ah... sim!

Rosalie Pov

- Muito obrigada. - usei meu tom mais falso.

- Eu que agradeço a senhora. - ele me respondeu da mesma forma e depois saiu do balcão indo na direção de duas manicures.

Sussurrou algo no ouvido delas e depois uma delas me guiou até o segundo andar.

Duas mulheres, uma funcionária e outra cliente do salão, vinham na direção da cadeira que a mulher me guiava, mas ela fez algum sinal com a mão que a outra funcionária passou direto indo para o fundo do corredor de espelhos e cadeiras.

- Não olha o que faz! - a voz enjoada dela me chamou atenção.

Ela gritava grosseiramente com a pobre manicure. Mulherzinha arrogante.

Tentei me segurar para não pular naquela cabeleira loira e arrancar um por um.

De repente, ela se virou e me olhou dos pés à cabeça com nojo, mas ao ver quem se tratava sorriu da forma mais enjoada que eu já poderia ter visto.

- Que coincidência cunhada. - ela disse sorrindo.

Me sentei na cadeira de frente pra ela.

- Coincidência não. Eu só vim aqui mesmo pra te ver. E se me chamar de cunhada de novo, eu não respondo pelos meus atos, Tanya.

Ela arregalou um pouco os olhos com a forma com que a tratei. A manicure tentou segurar o riso e recebeu uma "fuzilada" fatal.

- Ora, ora. Não sabia que você também vinha aqui. - disfarçou.

- E não venho. Motivos maiores me trouzeram aqui.

- Tudo isso é saudade? Eu preciso mesmo conversar com o Edward, talvez nós possamos marcar um jantar para conversarmos. - tentou fugir.

- Melhor não, o que eu tenho que conversar com você é impossível num jantar. Não quero que as pessoas que estiverem ouvindo a conversa percam o apetite pela sua canalhice. - ela se surpreendeu um pouco e puxou a mão da funcionária.

- Nos dê licença. - rosnou.

A mulher levantou assustada.

- Onde quer chegar com essas indiretas Rosalie? - perguntou assim que estávamos sozinha.

- Talvez na sua cara-de-pau, sua vagabunda!


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