Um Presente para Edward ! escrita por sisfics


Capítulo 10
Capítulo 9




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Rosalie Pov

- Até mais. – me despedi fechando a porta do apartamento.

Emmett me olhou com aquela cara de piedade.

- Fiz mal em ter contado pro Edward sobre a Esme? – perguntou me abraçando.

- É claro que não, meu amor. – segurei seu rosto e lhe dei um beijo.

- Eca! – Glorinha resmungou embaixo da gente.

Emmett parou o beijo e olhou de cara feia.

- Hora de dormir. – concluiu com um sorriso “maligno”.

Ri ao ver os dois correndo pela sala até o quarto.

A vontade me veio de repente, eu precisava ligar logo para dar notícias, então porque não agora?

Fui até o aparelho e disquei o número que eu já havia memorizado.

- Alô?! – uma voz masculina atendeu ao telefone.

Será que eu tinha estragado alguma coisa?

De repente, a voz feminina de Alice atendeu também ao telefone.

- Alô?!

- Lice, posso desligar? – a voz masculina perguntou.

- Desliga sim. Obrigado. – ouvi o estalar do telefone.

- Pois não?!

- Alice... Oi, sou eu...

- ROSALIE! – ela gritou.

Ouvi alguma coisa caindo no chão em algum lugar da casa.

- Iiiii... só um segundinho, amor. – ela disse pra mim – Jake, cê tá bem? – gritou longe do telefone.

- Não! – a resposta foi imediata.

- Tudo bem. Quando eu acabar aqui eu te ajudo.

- Que bondade da sua parte. – o homem gritou de novo.

- Voltei, Rose.

- Alice?! O que aconteceu?

- O meu amigo Jake, ele deve ter se assustado com meu grito, ele tá lá na cozinha trocando uma lâmpada com mal-contato. Mas e você? Como estás?

- Bem... eu... falei finalmente com Edward sobre aquilo. – sussurrei perto do fone.

O silêncio imperou do outro lado da linha, o que era uma coisa bem difícil deixar Alice em silêncio.

- Alice?! Morreu?!

- Não, caramba. Tava processando a informação.

- Ah, tá.

- E o que ele disse?

- Você vai querer sair de Washington agora mesmo.

- Aquela vagabunda tá no meio, né?! – ela adivinhou.

- Ela foi no apartamento dele no dia.

- Fazer o que?

- Pelo que ele me contou, ela apareceu lá toda rasgada dizendo que tinha sido atropelada e depois que ela tomou banho na casa dele e vestiu as roupas da Bella emprestadas, ele a levou pra casa de novo.

- Tem irmão é muito tanso mesmo. – ela rosnou.

O que era um ser tanso?

- Alice, me deixa terminar.

- Okay!

- Bem, eu tenho uma teoria e talvez se eu conseguir falar com uma pessoa.

- Que pessoa?

- O reitor da nossa antiga faculdade.

- Ué?! Pra que?

- Eu quero ver se a Tanya fez boletim de ocorrência na reitoria para falta de material. Ela disse pro Edward que foi atropelada e que levaram a bolsa dela na confusão. Apareceu na casa dele sem lenço nem documento, entende?

- Mais ou menos.

- Se a Tanya tiver perdido mesmo a bolsa, ela não comprou o material assim no dia seguinte, e os professores pedem trabalhos, entrega de relatório, ela teria que fazer um boletim da reitoria para informar o roubo.

- Ela armou tudo isso pra entrar no apartamento do Edward... e só?

- Essa já minha outra teoria.

- E o que diria sobre essa?

- Essa eu só vou contar depois que eu for à faculdade... e depois que eu colocar a Tanya contra a parede.

- Você o que?

- Ela que me aguarde. Eu tenho certeza que por causa dela, eles ficaram todo esse tempo separados. Mas eu vou acabar com a graça daquela vagaba em dois tempos.

- Eu acho que já tenho uma certa idéia do que ela tenha ido fazer no apartamento dele.

- Sabe do que eu falo.

- Claro, a vagabunda ainda pediu pra tomar banho lá. – disse em tom de idéia – Como o Edward e a Bella puderam ser idiotas o suficiente para acreditar naquilo tudo.

- Eu acabo com a raça daquela vaca. Por causa dela minha sobrinha cresceu sem pai.

- Calma, Rose. Você tem que chegar nela com calma, ou ela foge.

- Ela já fez isso por bastante tempo. E o Edward e a Bella também. Eu estive pensando umas coisas para quando a Bella voltar.

- Te apoio no que você quiser.

- Obrigado, Alice.

Fez-se um silêncio momentâneo.

- Rose, preciso desligar. Acho que a geladeira caiu em cima do Jake. Mais tarde a gente conversa e eu vou pensar sobre a teoria da chave. – Alice era boa de se conversar por isso.

Era de raciocínio rápido e sabia onde eu queria chegar sem muitas palavras. Ela entendeu a minha segunda teoria. A minha desconfiança de que Tanya tinha feito uma cópia da chave do apartamento, aproveitando estar sozinha “ao tomar banho” para armar tudo.

- Pode ir, Lice. E dê notícias à Bella de que Nessie está maravilhosa. – eu ainda não tinha contado que agora ela chamava Edward de pai.

- Okay. Bye bye.

Algum tempo depois.

Edward Pov

- Duvido que você consiga melhor que eu. – ela disse dando careta.

- Você tinha um desses em casa? – perguntei assustado.

Como essa garota de seis anos de idade conseguia me vencer no jogo que “eu” era o melhor de todos os tempos?

- Claro que não. – respondeu indignada – Minha mãe nunca me deixou ter um desses.

- Então, aonde você aprendeu essas coisas? – indaguei assustado.

- O Frederic me deu umas dicas. – se gabou.

- O Frederic... de novo. – eu já tava cansado de ouvir o nome desse garoto.

Era engraçado como eu tinha ciúmes de um garotinho de seis anos.

- Eu contei pra ele da “surra” que você tinha me dado ontem no videogame e ele me deu umas dicas pra eu ganhar de você, papai. – explicou sorrindo.

- Ah é?! – me ajeitei no sofá ficando de frente para ela.

- É! – respondeu dando de ombros.

- Será que o Frederic vai te dar uma dicas pra fugir disso? – avancei um pouco no móvel para lhe fazer cócegas.

Ela deu um grito de surpresa e tentou afastar minhas mãos que apertavam sua barriga.

- Ai papai! Assim não! – gritou de novo rindo.

- Quero ver o Frederic te tirar dessa, hein?!

Ela jogou a cabeça no meu ombro e continuou gargalhando, mas, para nossa surpresa, a campainha tocou.

A larguei por um instante e fiz cara de desconfiado.

- Quem será?

- O Bicho-papão que veio te buscar porque você fica fazendo cosquinha em mim. – ela acusou ainda vermelha das risadas.

- Então, vai atender a porta você. Eu não quero ficar frente-a-frente com o bicho-papão.

- Nem eu! – ela gritou sacudindo as mãos, como quem afasta um pensamento.

A campainha tocou de novo.

- Acho que eu vou ter que ser corajoso. – fingi medo.

- Você consegue, paizão. – respondeu me encorajando com dois tapinhas amigáveis no ombro.

Deu uma risada e levantei indo em direção a porta.

Não vi no olho-mágico quem era, pois tinha quase certeza que era Rosalie, mas me surpreendi ao ver outra Cullen na minha porta.

- Mamãe?!

Rosalie Pov

Olá, você ligou para Alice Brandon. No momento, não posso atender. Deixe sua mensagem e depois retornarei. Obrigada!

BIP

Oi Lice, sou eu.. Rosalie. Bem, só liguei para deixar bem claro que eu fui até a reitoria da nossa faculdade e tive que utilizar de minhas “armas femininas” para que o reitor me deixasse ver a ficha da Tanya, pois bem, a mulherzinha não deu nenhuma satisfação quanto a material nenhum, afinal ela também nunca atrasou nenhum trabalho, nem os que vieram logo em seguida do tal “roubo”. E por falar naquele dia, ela não foi a faculdade. O Edward me disse que a levou para casa dela, e depois para faculdade... e pois bem, ela não frequentou nenhuma das aulas. Agora eu acho que, só falta você colocar a Bella contra parede, eu sei que...

Olá, você ligou para Alice Brandon. No momento, não posso atender. Deixe sua mensagem e depois retornarei. Obrigada!

BIP

Odeio quando essas caixas de mensagem me cortam no meio. Repetindo: eu sei que vai ser um trabalho árduo, mas é pelo bem dos dois. Então, eu até acho muito estranho a Bella nunca ter te contado a história toda, mas é um direito dela. A vida é dela mesmo, aliás, é muito feio a gente ficar se metendo, mas sei lá... meu instinto protetor que me obriga a isso. Bem, e liguei também só pra avisar que eu estarei com a Tanya em breve. Depois te conto os detalhes. A Nessie está ótima ...eles estão se dando muito bem. Bem, é isso. Tchau!

Edward Pov

- Então é verdade? – minha mãe perguntou ainda da porta olhando para dentro do apartamento onde Nessie nos observava atenta do sofá.

- Bem.. er... depende sobre o que a senhora tá falando. – tentei fugir do assunto.

Eu já sabia desde aquele dia que, mais cedo ou mais tarde, D. Esme Cullen aparecia na minha porta pedindo explicações, mas eu ainda não sabia qual seria a reação dela.

- Não se faça de idiota, Edward Anthony Masen Cullen. – rosnou se voltando para mim.

Ela não me chamava pelo meu nome todo desde que eu tinha dezessete anos.

- Mãe, por favor, sem maiores...

- O que? Sem maiores ... – ela olhou pra Nessie – Sem maiores chiliques? Era isso que você ia dizer? – ela puxou o ar com dificuldade.

Vai começar a crise da mamãe.

- Como você quer que eu reaja? – o ar agora fez barulho ao entrar pelos pulmões dela – Você me aparece com uma filha sem mais nem menos e não quer ao menos que eu fique assustada. – sussurrou com a voz ofegante.

Tentou puxar o ar mais uma vez e fechou os olhos.

- Acho melhor a senhora se sentar. – sugeri.

- Também acho. – ela sibilou.

A voz já tinha ido embora. Fechei a porta e a guiei até o sofá, a sentando ao lado de Nessie.

- Tente se acalmar, mãe. – sussurrei a abanando com as mãos.

- Pai, ela está bem? – Nessie perguntou assustada.

Minha mãe olhou para ela com algo que não pude identificar no olhar.

- Filha, abana a vovó que eu vou buscar um copinho d’água, tudo bem?

Eu estava louco de deixar as duas sozinhas na sala, ainda mais depois da cara de absurdo que minha mãe fez ao ouvir “vovó”, mas eu também precisava respirar.

Depois de alguns segundos tentando raciocinalizar uma explicação, eu busquei o copo d’água e voltei para sala, onde encontrei Rennesme em pé, segurando o cabelo da avó e assoprando seu rosto.

- Tá aqui. Vai te fazer bem, mãe. – dei a água para ela que tirou seus olhos da neta e buscou a água.

Me sentei na mesa de centro, observando as duas.

- Tá melhor? – Nessie perguntou apoiando a cabeça nas mãos.

Minha mãe assentiu envergonhada, enquanto ainda tomava a água. Com um pulo, Nessie saiu do sofá e se sentou ao meu lado. Senti uma leve e super discreta “cutucada” na minha perna que me fez olhar para ela.

- É minha vó mesmo? Quero dizer, sua mãe? – ela sibilou pondo a mão na frente da boca para que a senhora que estava na sua frente não fizesse leitura labial. Mal sabia que Esme podia sim, apesar do baixo volume, ouvir sua pergunta.

Eu assenti tentando manter a discrição para que ela pensasse que a conversa era mesmo um segredo. Seus olhos brilharam com a afirmação, tão forte como duas esmeraldas ao sol. Ela voltou a fitar a mulher com interesse, como se memorizasse suas feições, como havia feito comigo, como fez com Rosalie, com Emmett e até Gloria. Era a forma que ela tinha de guardar suas lembranças, suas imagens, as observando por um certo tempo até memorizar cada detalhe. Cada mínimo detalhe.

Minha mãe terminou de beber a água e as duas ficaram se encarando por uns segundos.

- Nessie, você pode subir? – ela se virou com os olhos arregalados – Eu queria ter uma conversa de adulto, tudo bem? – eu sabia que ela odiava quando eu dizia que “a conversa era de adultos” – Daqui a pouco, papai te chama pra jantar, está bem? – ela assentiu risonha e, depois de dar um “até logo” para a avó, foi em direção ao próprio quarto. Agora era a hora da conversa.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar.

PS: Arrumei o capítulo 3 que tava faltando um pedaço.