Décimo terceiro capitulo: Os soldados de pedra.

Caspian desceu as escadarias que ligava o primeiro andar ao térreo, com uma expressão nada amigável em seu rosto. E talvez por isso que o soldado que estava carregava em lhe avisar sobre a visita que a pouco tinha chegado, recuou quando ele passou perto dele, sentindo-se um tanto quando intimidado.

Mas sabendo que as coisas poderiam ficarem ainda piores se ele não avisasse o rei, resolveu seguir Caspian, este andava em passos rápidos em direção ao grande salão que havia naquela área. Enquanto ele percebeu que alguém o seguia se virou bruscamente mirando com curiosidade o rosto do soldado.

-Desculpa-me lhe atrapalhar majestade, mas vim lhe avisar que dois animais da floresta vieram falar com o senhor.

Caspian suspirou profundamente e seguiu o soldado até a sala do trono, onde estava um esquilo e um texugo, os dois tinham em seus rostos uma preocupação que Caspian conhecia muito bem.

-Pois não meus senhores?

Os dois animais reverenciaram o rei com aproximação dele, e após fazerem isso Caça-trufas, que foi escolhido pelo Farfalhante, começou a explicar a razão por estarem ali.

-Desculpamos pela visita sem nenhum aviso prévio majestade, mas a situação é urgente.

-Tudo bem, não se preocupem com isso, mas pode me falar do que se trata.

Caça-trufas deu uma olhada de esgueira para Farfalhante, e este lhe fez um sinal positivo, como se quisesse lhe dizer para prosseguir.

-Farfalhante encontrou um local que foi encoberto por neve.

Caspian olhou o esquilo e depois voltou a olhar o texugo.

-Tudo está se repetindo, avisem os animais, digam á eles que a feiticeira branca voltou.

O espanto era visto com perfeição nas expressões dos dois animais, que tinham agora seus corações aos pulos.

-Não pode ser. Isso não pode ser verdade. – disse num quase sussurro o esquilo colocando uma de suas mãos sobre o ombro de texugo a fim de não cair.

-Infelizmente é a mais pura verdade, um filho de Adão acordou a feiticeira, e ela está agora em Nárnia. – ele voltou a olhar o esquilo. –Diga-me que região que foi encoberto pela neve?

-Ao sul... – sussurrou Farfalhante.

-Muito obrigado, agora vão e avisem os outros.

Os animais se entreolharam, assustados, ambos queriam não acreditar naquilo, queriam sair dali sem precisar levar tal noticia aos demais, contudo eles sabiam que teriam que fazer isso, infelizmente.

-Daremos a noticia aos demais. – confirmou Caça-trufas.

-Obrigado, e não se preocupem eu e os soldados sairemos agora mesmo em busca da feiticeira, não á deixaremos causar nenhum mal.

Os animais curvaram diante dele, em sinal de gratidão e saíram em seguida, agora eles teriam a pior parte para fazer, dizer á todos os animais o que estava acontecendo em Nárnia, uma noticia nada boa para se dar.

Caspian após a saída dos animais se virou para o soldado que ainda estava ali e lhe fez um sinal, e os dois seguiram para onde a tropa estava posta.

-Comandante! – chamou ele o homem á frente da tropa.

-Sim majestade.

-Sairemos agora, e seguiremos para o sul!

Logo que o comando foi dado, todos os soldados montaram nos seus cavalos, e partiram. Suas coragens estavam a flor da pele, logo a frente ia o rei ao lado do comandante, ambos o sinal maior de bravura. Eles seriam o exemplo para todos que os seguiam, e Caspian iria fazer de tudo para que fosse um verdadeiro exemplo afim dos seus homens darem o melhor de si e ganhar aquela batalha.

-Eles serão ainda mais gratos. – sussurrou Caspian para si, deixando um sorriso surgir nos seus lábios, imaginado todos de Nárnia sendo gratos á ele, e não mais ao grande rei Pedro. – Vamos homem, vamos em busca da vitoria!

Gritos de alegria encobriram a tropa, que corriam velozmente com seus cavalos, indo em direção ao sul, tendo a plena certeza que conseguiriam vencer. Mas magia as vezes, mesmo sendo de uma única pessoa, é forte suficiente para derrotar uma tropa, sendo de cem ou mil homens.

Porem essa tropa indiferente desta informação seguia valentemente em direção que supostamente estaria a tal feiticeira branca. Sem saber que ela se encontrava no vilarejo dos anões. Onde estava acabando de tratar com alguns dos anões sobre fabricações de armas, quais seriam para seu nova exercito, constituído por aqueles que quisessem vencer e serem fieis á ela.

-E quem irá querer isso? – sussurrou Neville ao fim do discurso dela para os dez anões que a ouviam.

-E você meu querido. – disse Jádis se virando para o bruxo, fazendo-o se assustar. – Peço que descanse, quero que esteja descansado suficiente para nossa primeira batalha, que não tardará acontecer.

Neville fez um sinal positivo com a cabeça, temendo que se não fizesse algo positivo para ela, poderia ser transformado em pedra, e isso não era uma coisa que ele gostaria que lhe acontecesse.

-Ótimo! – ela sorriu e voltou a se virar para os anões. – podem começar, tenho certeza que logo as armas que fabricaram terão verdadeiros donos, cujos quais derrotará qualquer tropa de qualquer rei!

O semblante dela era de alegria, qual deixava Neville e todos os anões, apreensivos, temendo o pior. Algo que não se passava na cabeça da tropa que ainda seguia com um gosto de vitoria em seus lábios, e um grito de ‘ conseguimos’ em seus corações.

E eles se sentiam como se nada pudessem abalá-los, porem o destino proporcionou algo terrível aos olhos dos soldados. Após um longo tempo cavalgando pela floresta, eles encontraram parados no caminho três soldados, seus olhares de medo, deixaram a coragem dos soldados que iam á frente fraquejar.

-Oh céus! – Exclamou Caspian descendo em seguida do seu cavalo, seguido pelo comandante.

-São os homens que encontraram a tal feiticeira branca. – disse o comandante observando as estatuas.

-Isso é horrível.

A cena era por demais obscura, os homens tinham seus rostos uma expressão de puro medo, a neve e a pouca luz que iluminava as estatuas, por causa das arvores altas e uma perto da outra, deixava aquilo tudo medonho.

-Não podemos que mais ninguém se transforme em Estatua, sendo ele narniano ou telmarino!

Os cinqüentas homens que acompanhavam o rei, sendo uma tropa pequena, mas suficiente na opinião do rei, gritaram em alegria, fazendo certa feiticeira ouvirem eles...