Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 57
Capítulo 18 - A ajuda dos fantasmas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :D Tudo bem com vocês? Vamos então a mais um capítulo, estamos em reta final hein... Acho que essa vai acabar antes de ALL2.
Depois do término das duas fics em andamento tenho uma idéia com Supernatural, o que vocês acham? A sinopse está no blog, deem uma conferida ;)
http://mahfics.blogspot.com.br/2012/07/nova-fic.html



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Capítulo XVIII - A ajuda dos fantasmas


POV Edward

As gargalhadas de Bella ecoavam pelo salão e algumas lutas pararam para que seus integrantes prestassem atenção no que estava acontecendo. O bruxo olhava para a minha noiva com um misto de vergonha e raiva. Não era para menos, minha bruxinha tinha lágrimas saindo dos olhos de tanto que ria. 

A ira de Voldemort foi crescendo e ele a atacou com a sua raiva.

- Calada! - gritou em um rosnado. 

Bella com o riso mais calmo apenas girou sua varinha em sua própria mão formando uma espécie de escudo que absorveu o ataque do bruxo. 

- Ai Tom-tom, agora eu entendo a sua raiva... Quer dizer, qualquer um ficaria irritado se perdesse o nariz... - puta que o pariu! Bella provoca também né!

Não pude ver a reação do bruxo, pois uma luz veio em minha direção e tive que desviar. Sem mais delongas pulei nas costas do bruxo inimigo e quebrei seu pescoço. 

A ajuda dos vampiros estava sendo muito bem vinda, eu já notava claramente que nosso lado estava ganhando. 

POV Bella

Tom perdeu completamente o controle enfurecido pela raiva. Era melhor para mim, deste jeito ele se tornava previsível assim como qualquer pessoa. Seus ataques eram extremamente poderosos, não posso negar, mas eram impensados, ou seja, totalmente desperdiçados. 

O sorriso arrogante em meu rosto não se desmanchava. Mas eu sabia muito bem que a luta não seria nada fácil. 

- É uma tola Swan! Tola! - disse Voldemort parando de me atacar. 

Meu sorriso desmanchou. Tom não é tão otário assim. Vejo em seus olhos que ele acaba de perceber o meu planinho de irritá-lo. Mas tudo está sob controle, pelo menos por enquanto. 

- Bem... Não era eu que estava todo irritadinho. - dei de ombros o provocando. 

O bruxo sorriu. 

- Vamos começar a luta de verdade? - perguntou. 

- Aleluia... Pensei que ficaríamos nesses joguinhos para sempre. - bufei rodando minha varinha em meus dedos. 

Em um movimento rápido o ataquei com um feitiço de paralisação, mas ele foi rápido e atacou ao mesmo tempo bloqueando a minha tentativa. Sorri, só estava testando os reflexos de Tom. Ele retribuiu o meu sorriso sabendo exatamente o que eu estava fazendo. 

- Fico feliz que não me decepcione. 

- Ah Isabella! Não faz ideia de quanto tempo esperei por essa luta. 

- Pena que quem perderá será você! Glacius!

O raio azulado acertou suas pernas e uma grossa camada de gelo se formou. Instiguei o feitiço com minha varinha. O gelo subiu pelas pernas do bruxo rapidamente até cobri-lo totalmente. Exatos três segundos se passaram antes dele berrar fazendo o gelo quebrar-se em milhares de pedaços. 

Furioso ele proferiu.

Hammas Fuodellios! - antes que eu pudesse reagir uma corda se enrolava em meu pescoço e me derrubava de costas ao chão. 

O ar tornou-se escasso rapidamente. Levei minhas mãos a corda tentando soltá-la de mim, mas eu não tinha força suficiente. Tentei me acalmar. Se eu me debatesse seria pior. Fechei os olhos e concentrei minha energia. Quando abri os olhos a corda virara cinzas.  Impulsionei meu corpo e com um movimento de luta eu estava em pé. 

Meu pescoço com certeza estaria completamente roxo. Estreitei meus olhos para Voldemort que não me deu tempo de recuperar a respiração. Uma enorme cobra de fogo vinha em minha direção, mas nesse jogo jogam dois. 

Assoviei enquanto corria da cobra. No momento certo pulei em cima da minha vassoura e fui em direção ao teto. A cobra armava o bote quando eu criei uma enorme fênix de fogo. 

O pássaro místico se deliciou com seu prato preferido. 

Sorri quando minha fênix tornou-se apenas cinzas diante de Tom. Sorri provocativa para ele que me olhava irritado. 

Desci com a minha vassoura e coloquei meus pés no chão. Não abusaria da sorte. 

- Farei desaparecer esse sorriso arrogante da sua linda cara Swan! - gritou Voldemort descontrolado. 

- Vai mesmo? - perguntei séria. - Olhe a sua volta Tom. Não tem mais seu exército. 

Seus olhos não saíram do meu rosto. Mas eu sabia que ele poderia sentir que ninguém mais estava do seu lado. O fato é que quando olhei do teto do salão eu vi perfeitamente centenas de corpos ao chão. A maioria comensais da morte. Eu sabia muito bem que os Cullen tinham grande mérito por isso. Os bruxos das trevas que não foram mortos estavam sendo rendidos, pouquíssimos fugiam tentando parecer imperceptíveis. 

- A luta acabou. - proferi. - Você perdeu. 

Voldemort ergueu o nariz, ou melhor, os buracos onde seu nariz deveria estar, e me olhou ainda mais arrogante do que eu. Garanto que essa era a tarefa mais difícil de se fazer. 

- Eu não preciso de seguidores para destruir você! Avada Kedavra!

O feitiço veio com tudo acertando em cheio o meu peito. Não sei quantos metros eu voei, mas sei que foram alguns. Senti meu corpo bater no chão e o silêncio fez seu papel de prelúdio de morte. 

- Para o inferno Isabella Swan! - gritou ele.

- Não! - Sirius berrou.

Pude escutar um rosnado de dor vindo da minha direita enquanto eu permanecia imóvel.

"Mantenha Nessie calma, eu estou bem." - pedi por pensamento a Edward. 

Controlei minha respiração, mas não pude controlar o martelar do meu coração quando o escuro de meus olhos tornaram-se em um branco absoluto e vozes conhecidas soaram em meus ouvidos. 

POV Edward

Nessie rosnou pensando que a mãe havia morrido. Segurei-a antes que ela falasse alguma coisa. Minha filha se debateu em meu aperto. Tapei sua boca e a puxei para perto do meu rosto. 

- Fique calma, sua mamãe está bem. Calma Nessie. - sussurrei em sua orelha. 

Alice sussurrava a Sirius que Bella estava bem, mesmo assim ela teve que mantê-lo preso. 

Todos os bruxos estavam paralisados. Ninguém poderia imaginar que Bella cairia diante Voldemort. De fato ela não cairia. Apenas fingia, mas eu ainda não entendia o porque. 

- Acabou seus mestiços imundos! Confiaram tanto na queridinha Bella Swan e agora olhem onde ela está! No inferno que é o seu lugar! Onde está a arrogância agora Swan?! Onde está seu nariz empinado?! Onde está o ar de vitória?! Onde está a poderosa bruxa que não envelhece?!

- Ela está em nossos corações! - a voz de Harry ecoou em meio ao silêncio mórbido. 

Ele andou lentamente em direção ao centro do salão. Ficou na frente de minha bruxinha que controlava a respiração para ninguém perceber que estava viva.  

- Talvez ela fosse tudo isso que você falou. Mas você também possui essa arrogância, só que ao contrário dela você é intragável, ao contrário dela você não é bem vindo em nossas casas, ao contrário dela ninguém quer sua amizade, ao contrário dela ninguém te admira, ao contrário dela ninguém te respeita. - a feição de puro deleite do bruxo das trevas começou a cair. - O único sentimento que as pessoas tem por você é medo. Medo do seu poder, medo do que você possa fazer com elas. Mas deixa eu te contar uma novidade, ninguém mais aqui tem medo de você. Porque todos sabem que você nada mais é que um pobre coitado, um infeliz que solitário sem amizade, sem amor. Você se tornou essa criatura que não é capaz de ser amada. E isso é triste Voldemort. Eu sinto pena de você. 

Voldemort rugiu e mais uma vez lançou a maldição da morte. Desta vez em direção a Harry. Um clarão branco cegou a todos e quando a visão voltou exclamações assustadas soaram em todo o palco da guerra. 

- Está perdendo o jeito Tom-tom. - disse minha bruxinha segurando seu báculo de feiticeira de maneira protetora em frente ao seu afilhado. 

O bruxo das trevas perdeu a cor do rosto. 

- Impossível. - sussurrou.

Bella olhou para o afilhado sorrindo. 

- Você realmente tem a bondade de sua mãe. 

Harry a olhava com um misto de admiração, alegria e surpresa. Minha noiva voltou-se para Voldemort, sua feição não era lá muito amigável.  

- Sabe Tom, eu tenho que te agradecer. Nunca saberia que sou uma feiticeira se você não tivesse mandado aquela nuvem negra de dementadores em minha direção há exatos 15 anos. Agora sabe por que eu não morri na primeira vez que tentou me matar... Naquela vez quando eu e você mal tínhamos chegado à adolescência. Meus pais me protegeram com o mesmo feitiço que eu ensinei a Lilian Potter, minha amiga, minha irmã de coração. Mas infelizmente eu não sabia que para os bruxos o feitiço não funcionava direito, não sabia que ela não seria protegida e que a proteção em meu afilhado não seria forte o suficiente para impedir essa ligação mental entre vocês. Mas qual foi a minha grande surpresa ao vê-lo sumir diante de uma criança? Você lembra Tom? Lembra que quando você tentou me matar o escudo apenas absorveu seu ataque? Porque será que Harry foi capaz de te mandar para o inferno?

POV Bella

Minha voz soava irônica e extremamente perigosa.

- Eu sei o por quê. Harry sabe o por quê. Mas você nunca será capaz de saber, pois é um pobre diabo solitário que não sabe amar ou ser amado. O meu maior medo sempre foi a solidão, pois tinha certeza que se continuasse sozinha por mais algum tempo eu me tornaria uma versão feminina sua, muito mais bonita diga-se de passagem. – deixei um sorrisinho escapar. – Mas sabe de uma coisa? Eu nunca estive sozinha. Nunca lutei sozinha.

Virei meu rosto para Harry e estendi minha mão. 

- Você também nunca esteve sozinho. - murmurei quando ele segurou minha mão. 

Meu afilhado sorriu levemente, mas logo ficou assustado quando Voldemort começou a nos atacar com toda a fúria e frustração que ele sentia. Ele sabia que o que Harry havia lhe dito antes era a mais pura verdade e agora lutava contra sua própria mente. O pequeno bruxo tinha derrotado novamente o lorde das trevas, mas desta vez não usou de magia e sim da força da verdade. 

Nos protegi dos ataques, porém não protegi o chão que recebeu toda aquela energia e acabou por se abrir sob nossos pés. A queda foi inevitável e nos pegou totalmente de surpresa. Senti os hematomas se formando pelo meu corpo enquanto eu rolava sobre as pedras. 

Quando finalmente tudo parou de rodar eu ergui minha cabeça atrás de Harry. O encontrei a uns três metros de mim. 

- Você está bem Harry? - perguntei preocupada. 

Ele levantou com dificuldade. 

- Estou bem. - murmurou grogue. 

Mas não tivemos muito tempo, pois Voldemort nos atacava. Antes que eu pudesse reagir uma luz cegante formou-se a minha frente impedindo que o feitiço nos acertasse. 

Sorri ao identificar a forma. Ou melhor, todas as formas. 

Eram fantasmas, não os que viviam no castelo e sim os que sempre me acompanharam. Meus pais e meus melhores amigos. E alguns que eu não conhecia, mas que muito provavelmente tinham muita raiva de Voldemort. 

A massa de ectoplasma seguiu na direção do bruxo das trevas. Sussurros acusatórios soavam. Os feitiços de Tom eram inúteis contra todos aqueles que tinham sua morte na conta do lorde das trevas. Os fantasmas se aproximaram cada vez mais e os berros do bruxo tornaram-se de puro medo até que uma forte explosão de ar fez com que todos desaparecessem, incluindo Tom. 

- Oque aconteceu? Para onde eles foram? - perguntou Harry todo cheio de poeira e machucados superficiais. 

- Eu ainda não sei. - murmurei. 

- Eles mataram Voldemort?

- Fantasmas não podem matar. Quem matou Tom foi você Harry. - informei. 

Ele me olhou completamente confuso. 

- Existem dois tipos de morte. A morte física e a morte mental, psíquica ou emotiva. A física é aquela que você conhece, mas a mental é diferente. Você matou Tom de uma maneira bondosa, mostrou a ele tudo o que ele estava perdendo agindo com tanta maldade. E ele percebeu isso, tarde demais, mas percebeu. Quando ele voltou a nos atacar ele tentava fugir da dor da morte emotiva, porque ao contrário da morte física a dor não passa nunca. 

- Mas ele pode voltar, não pode?

Fiquei em silêncio por alguns segundos. Sim ele podia. Assim como eu voltei. 

- Não se preocupe com isso. Ele não irá voltar. Eu garanto. - terminei com o assunto. 

- BELLA! - ouvi o grito de meu vampiro vindo de cima. 

Olhei em sua direção e logo avistei muitas cabeças observando o enorme e fundo buraco. 

- Estamos bem! Voldemort está morto! Mas precisamos de ajuda para subir! - berrei de volta. 

Logo Edward e Emmett desciam até nós. Meu vampiro me pegou no colo enquanto Harry se pendurou nas costas de Emm. 

- Você está bem bruxinha? - perguntou em um sussurrou meu noivo. 

- Sim. - sorri largamente quando ele me colocou no chão. 

Ninguém comemorava, e estavam certos. Era o fim de uma era de terror, mas a que preço? Olhei em volta e vi dezenas de famílias chorando por seus entes queridos mortos. Bufei ao notar uma fileira de comensais da morte que foram rendidos. Para mim tinha que matar a todos. E minha opinião estava mais do que certa quando avistei a prima louca de Sirius, Belatriz enfeitiçar uma espada e jogá-la em direção a minha filha. 

Não fui a única a perceber. Sirius puxou Nessie para trás, mas eu não deixaria meu filho se ferir.

- NÃO! - berrei aparatando em frente a ele. 

Minha respiração parou por alguns instantes ao sentir a espada cravada em minha barriga. Meu corpo ficou mole e eu desmanchei em minhas pernas. Senti dois pares de mãos me segurarem.

- Mamãe! - a voz chorosa de minha filha soou a minha esquerda.

- Porque fez isso? - Sirius estava do meu lado direito.

Sua voz estava embargada. 

- Droga Sirius, eu nunca te abandonei, não seria agora que eu abandonaria. - disse entre dentes, a dor estava aumentando. 

- Eu acredito em você. - disse ele emocionado. 

- E precisa eu estar morrendo para você acreditar?

- Desculpe... - sussurrou envergonhado. 

POV Edward

Um rosnado furioso saiu de meus lábios e a única coisa que consegui fazer foi atacar aquela bruxa filha da puta que ousou machucar minha família.

A decapitei sem dó e parti para cima dos outros bruxos das trevas. Eu só enxergava vermelho em minha frente. Rosnei alucinado quando senti braços passando pelo meu peito me impedindo de atacar.

- Calma mano, Bella precisa de você. Não vai adiantar nada descontar sua dor com esse banho de sangue. – Emmett nunca soara tão inteligente.

Tentei controlar meu nervosismo respirando fundo. Mas o medo começou a se apoderar do meu peito.

- Tudo bem Emm, pode me soltar. – murmurei com a voz trêmula.

Assim que ele me soltou corri em direção a minha bruxinha. Carlisle analisava a situação. Sirius e Nessie seguravam as mãos de Bella que tinha a respiração lenta.

- Não ouse me deixar viúvo antes do casamento. – murmurei me ajoelhando perto de sua cabeça.

Bella esboçou um sorriso torto com seus olhos fechados.

POV Bella

Tudo ficou muito agitado a minha volta. Senti mexerem em meu corpo, mas a dor foi gigantesca quando a espada foi retirada do meu corpo. Soltei um grito sem voz e senti minha mente cair na inconsciência.

Eu não iria morrer. Confiava na competência de Carlisle como médico e confiava nas bruxarias de Dumbledore.

Além do mais eu ainda tinha um assunto pendente para cuidar.

Fim do Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram do capítulo? Espero que sim.
Para quem não viu lá em cima: Nova fic em breve! Twilight/Supernatural.
Olhem a sinopse: http://mahfics.blogspot.com.br/2012/07/nova-fic.html



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