Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 56
Capítulo 17 - Voldemort ataca


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês? Hoje trago mais um capítulo, espero que vocês gostem ;)
Tem recadinho no final, deem uma olhada.



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Capítulo XVII - Voldemort ataca

POV Edward

Nós nunca soubemos que Aro estava morto, isso era impossível! Uma notícia como esta correria muito rápido em nosso mundo. 

- Deixa eu falar com o tal Aro. - pediu Bella estendendo a mão em minha direção. 

Quem sou eu para negar né?

Entreguei o telefone. 

- Oi Carl, tudo bem? Deixa eu falar com Aro, por favor? - pediu calmamente. 

- Claro. - respondeu meu pai meio hesitante. - A noiva de meu filho quer falar com você. 

- Os Volturi não dão segundas chances. - disse Aro do outro lado da linha. 

- Compreendo... - o tom de Bella era de quem concordava com as palavras do vampiro.

Olhei incrédulo em sua direção. Mas minha bruxinha nunca me desapontaria. 

- O que eu não compreendo é como você pode ser Aro Volturi se eu mesma o transformei em cinzas a mais de 130 anos?

A linha ficou muda. 

- Quem está falando? - perguntou o suposto Aro. 

O rosto de minha noiva se iluminou e um sorriso maldoso surgiu em seu rosto. 

- Não está reconhecendo minha voz Caius? Tststs... Que coisa mais feia, roubando o trono do irmão. 

Meus olhos arregalaram. Caius Volturi, irmão mais novo de Aro. Extremamente parecidos fisicamente, porém nada parecidos mentalmente. Dizem por ai que Caius sempre quis o lugar de Aro, mas não tinha moral suficiente para ser um líder. Os próprios membros da guarda costumavam gozar com ele por ser péssimo estrategista e péssimo lutador. 

- Bella Swan? - o medo na voz era perceptível até para nós que estávamos escutando a ligação. 

- Então lembra de mim? Fico feliz Caius. Creio que seja Marcus que esteja te ajudando a fingir seu irmão, não estou certa? - ele nada respondeu. - Oh sim! Deve ser ele mesmo... Agora Caius querido, vou deixar uma coisa clara para você. Eu estou noiva de Edward Cullen, filho de Carlisle e Esme, sobrinho de Eleazer e Carmen, primo de Kate, Irina e era de Tânia que eu tive que matar por se meter em meu caminho. Entende o que eu estou dizendo Caius? Em breve esses vampiros em sua frente serão oficialmente a minha família, se qualquer coisa acontecer com eles eu farei com você pior do que eu fiz com seu irmão. Então lembre-se querido, os Cullen e os Denali estão sob minha proteção. Estamos entendidos?

A linha continuava muda. Bella suspirou aborrecida. 

- Caius, não me faça aparecer na lareira dessa casa para ouvir pessoalmente um sim senhora, eu não farei nada de mal em relação a sua amada família. 

- Sim senhora, eu não farei nada de mal em relação a sua amada família. 

Não acredito! 

- Eles foram embora. - a voz chocada de Carlisle soou. 

- Como eu imaginei... Como vocês estão? - perguntou Bella casualmente. 

- Estamos bem querida... Mas confesso que surpresos com o que acabou de acontecer. Como você conhece os Volturi?

- É uma longa história Carl... Quando essa guerra acabar eu conto para vocês. Foi engraçado. - sorriu maldosa. 

Aposto que não tinha nada de engraçado na história, a não ser, claro, se você tem o humor negro de minha bruxinha. 

- Aposto que sim... Bella nós estamos indo para Hogwarts, creio que em 3 dias estaremos aí. 

- Tudo bem, quando avistarem o castelo me liguem que eu abro uma porta no escudo para vocês. 

Eles se despediram  enquanto eu observava minha bruxinha. Tenho certeza que meus olhos faiscavam em sua direção. 

- Não me olhe assim, já disse que quando essa guerra acabar eu conto sobre esse encontro com Aro. - deu de ombros. 

- Bruxinha... - murmurei.

Bella tinha um olhar hesitante. 

- Você é foda. - proferi sentando-me ao seu lado. 

Ela gargalhou alto e então ficou séria. 

- Ninguém mexe com a minha família e sai impune. 

Beijei sua bochecha de maneira estalada e voltamos a conversar. 

Os dias começaram a passar rapidamente, Carlisle e Esme chegaram depois de 3 dias como haviam avisado. Junto deles os Denali que lamentaram o destino de Tânia, mas entendiam Bella perfeitamente. A questão era que as consequências dos atos da vampira não prejudicaram apenas o meu relacionamento com Bella, mas colocou em perigo a vida de nossa filha. 

Minha bruxinha os treinou também. Percebi que ela tinha muito cuidado no ato de ensinar, seus olhos apesar de maliciosos estavam preocupados. Ela não queria que ninguém se machucasse, principalmente aqueles que ela ama. 

Treinava os bruxos durante toda a manhã, a tarde ela se concentrava em Harry e a noite treinava os vampiros. E essa rotina seguiu por longos dois meses. 

A cada vez que eu olhava no olhos de todos eu notava a confiança e a tranquilidade crescendo, contrastando com a impaciência e preocupação de minha bruxinha. Eu notava a sua inquietação, seus bufos durante as refeições. Além de mim, Jasper foi o único a notar o que estava acontecendo. 

- O que há bruxinha? - perguntei a abraçando por trás depois de um longo dia de treinamento. 

Estávamos em nosso quarto. Bella olhava pela janela, tinha o olhar perdido. 

- Essa demora de Voldemort está me preocupando. 

- Ele confirmou que você está viva Bella... Ele não vai se arriscar em um ataque sem se cercar de seguidores. Ele não quer perder essa guerra. 

- Mesmo assim... Ou ele está tramando alguma coisa ou ele é muito arrogante me dando tempo para treinar os bruxos aliados. 

- Seja o que for tudo vai acabar bem, não fique preocupada.

Virei seu corpo para olhá-la nos olhos. 

- Logo estaremos todos reunidos comemorando a nossa vitória e planejando nosso casamento. 

Bella sorriu provocadora. 

- Ansioso para colocar as algemas Edward?

Sorri malicioso e colei minha boca em sua orelha. 

- Estou ansioso para a lua-de-mel. 

Minha bruxinha gargalhou me dando um tapa no braço. 

- Seu safado! 

- Sou mesmo e você adora! - sorri malicioso a espremendo contra mim. 

- Eu não adoro meu vampiro... Eu amo. - ataquei sua boca sem chances de fuga.

Eu sabia que a noite estava só começando para nós dois.

[...]

POV Bella

O dia amanheceu mais cinzento do que o normal. Eu sentia o ar pesado, empurrando meus ombros para baixo. Minha cabeça também doía. A verdade era que eu estava exausta e ao perceber isso eu entendi o que Voldemort estava esperando. 

Por mais poderosa que eu seja, eu não conseguiria manter um escudo tão poderoso por tanto tempo sem perder energia. Tom queria exatamente isso, que eu perdesse toda a energia possível. Talvez assim ele tivesse uma chance de me vencer. Mas a questão é que ele nunca me viu usar todo o meu poder. Ele nem sabe que eu sou uma feiticeira. Levaria anos para eu perder todo o meu poder por apenas manter um escudo... 

Um sorriso perigoso formou-se em meu rosto. Caminhei pelos corredores ignorando a aula que eu deveria dar agora. Fui direto para a sala de Dumbledore. 

- Então? Achou a solução para o seu problema? - perguntou antes mesmo de erguer os olhos em minha direção. 

O diretor me conhecia muito bem. Ele sabia que algo estava me preocupando e que eu encontraria a solução sozinha. 

- Sim. Vou retirar meu escudo do castelo. - informei. 

O bruxo engasgou com o chá que estava tomando e me fitou com seus profundos olhos azuis. 

- Ok... - falou lentamente. - Você deve ter bons motivos para isso. 

Assenti com um meio sorriso. 

- Assim que eu abaixar os escudos, eles vão atacar. Quero que comunique a todos. 

- Pode ao menos me dizer o porque disso?

- Tom não atacou ainda porque sabe que não vai conseguir quebrar o meu escudo. Ele está esperando que eu enfraqueça, pensa que assim terá chances contra mim. - dei de ombros. 

- Não podemos esperar pelo menos alguns dias?

- Já quebrei o topo do escudo, os comensais da morte logo começaram a atacar. - dei de ombros. - Todos estão preparados para a luta e é melhor avisar que em poucas horas Hogwarts será campo de batalha. 

Dubledore assentiu, mas eu o ouvi resmungar que eu fazia tudo sozinha. 

Não dei trela para ele e saí rapidamente atrás dos meus vampiros preferidos. Eles estavam reunidos no salão para bater papo.

- Não deveria estar dando aula? - perguntou Emm. 

- Deveria, mas não estou. Porque...

- A guerra começará em poucas horas. - completou Alice me olhando apavorada. 

Assenti confirmando a sua visão. 

- Vim avisá-los para estarem preparados e Edward... - olhei para o meu vampiro seriamente. - Eu sei que a gente já conversou sobre isso e você me prometeu não fazer nada imprudente, mas por favor não se meta na minha luta. Na última vez que você fez isso eu quase te transformei em churrasco. - minha voz falhou na última frase. 

Meu vampiro me abraçou e sussurrou em meu ouvido. 

- Vou cuidar de Nessie. 

"Eu amo você." 

- Eu também te amo minha bruxinha. 

Beijei rapidamente os lábios de Edward e o olhei firme. Então saí do salão e segui para fora do castelo, eu já podia sentir os ataques. Em pouco mais de duas horas o escudo estaria completamente no chão. 

Eu sabia que ganharíamos a luta, mas isso não me fazia sorrir de alegria. Porque eu tinha certeza que algumas vidas não existiriam mais. Meu coração se apertou. Eu precisava falar com Sírius. Não podia ir para uma guerra sem estar bem com o meu filho. Nesse momento nenhum orgulho importa, nem o meu de mostrar a verdade a ele e nem o dele de não querer enxergar. 

Corri para dentro do castelo sentindo em minha mente os ataques mais fortes dos comensais da morte em meu escudo. Acelerei o passo. 

Assim que cheguei no salão notei Dumbledore tentando controlar a histeria desenfreada que se alastrava. Famílias se abraçando em despedidas silenciosas. Quando finalmente ele colocou ordem com um grito ensurdecedor eu consegui encontrar Sírius.

Ele estava abraçado com Harry e dizia palavras em seu ouvido. Ao me ver ele se afastou do afilhado e me olhou seriamente.

- Sirius eu...

- Não. – me cortou.

O olhei chocada.

- Quando essa guerra acabar a gente conversa. – disse ele sem desviar seus olhos dos meus.

Respirei fundo e fechei minha cara. As palavras que saíram de minha boca foram imperativas o suficiênte para ele não contradizer.

- Não ouse morrer. Se você morrer eu vou até o inferno pessoalmente te tirar de lá para eu mesma mandá-lo de volta.

Meu filho assentiu com um meio sorriso. Olhei para Harry.

- Não tenha medo. Você vai acabar com Tom. Mas preciso que você espere o momento certo para ir atrás dele. Primeiramente ele vai me atacar.

- Como sabe disso? Eu sou a criança que o derrotou.

Sorri para o meu afilhado.

- Sim você é, mas eu fui a primeira pessoa que ele não conseguiu matar. A frustração maior é comigo. Então não se afobe ok? Espere o momento certo, você é inteligente como seu pai e tem o coração bondoso de sua mãe. Sei que vai fazer o certo, na hora certa. – beijei seu rosto e me distânciei deles quando finalmente senti meu escudo desmoronar.

Os gritos começaram e fumaças negras entraram no castelo. A luta começou a minha volta, mas nenhum comensal da morte veio até mim. Eu podia sentir a energia de cada bruxo, cada luta, cada sentimento. O ar ficou mais pesado quando a fumaça negra que era Voldemort entrou no salão.

Ele se materializou na porta de entrada, todo seu corpo coberto por uma longa túnica. O capuz encobria seu rosto e a única parte visível de seu corpo era sua mão esquerda que segurava sua varinha.

- Me decepcionou Swan, achei que aguentaria pelo menos mais um mês. – desdenhou.

Sorri perigosamente.

- Minha ansiedade não permitiu que eu seguransse o escudo por mais tempo. – dei de ombros.

Ele riu sinicamente.

- Finalmente teremos aquela luta que tanto queria há 14 anos... Adorarei tanto ver o brilho de seus olhos desaparecer pouco a pouco.

- Nossa Tom, tudo isso é mágoa por eu ter recusado seu convide para o baile do torneio tri-bruxo? – perguntei colocando uma mão no coração em falso espanto.

Voldemort gargalhou com as minhas palavras. Então comecei a provocá-lo.

- Ora, não precisa rir sem graça... Sei que foi um tanto humilhante você ser trocado pelo seu par... Mas cara, supera! Todo mundo leva um fora um dia. – dei de ombros. – Sei que todo esse plano de dominar o mundo vem de um homem sem uma mulher ao seu lado... É triste essa solidão Tom, sem nada o que fazer nas noites frias... Ah! Mas pode ser que você prefira um homem não é? Não tem problema! Hoje em dia não existe mais preconceito, está tudo liberado! Deve lutar pela sua felicidade. Mas não precisa descontar sua frustração sexual em todos e...

Fui cortada por um ataque do bruxo.

Gargalhei fazendo minha varinha aparecer em minha mão e bloquear o feitiço.

- Você fala demais Isabella. – comentou o bruxo.

Dei de ombros.

- Eu faço o que posso.

- Vou adorar calar essa sua linda boquinha. – disse maldosamente retirando o capuz da cabeça, mas ele realmente não deveria ter feito isso.

POV Edward

Com os meus dentes expostos eu ia colocando medo nos bruxos. Meu poder estava ligado a todo vapor captando todas as mentes, todos os ataques. Perdi as contas de quantas cabeças eu torci só nos primeiros 10 minutos de luta.

Fiquei antenado também em Nessie que aprendera muito bem a se defender com sua varinha.

Pelo que eu podia observar a luta estava bastante equilibrada, mas o que ninguém naquele salão ou fora dele poderia imaginar que iria acontecer a cena que decorria no meio do salão.

Meus ouvidos estavam atentos na conversa de Bella e de Voldemort, mas quando ele ameaçou calar sua boca e invés de minha bruxinha retrucar com sua língua afiada ela começou a rir. Rir não, gargalhar.

Olhei chocado para ela que segurava sua varinha branca com uma mão e com a outra se apoiava numa mesa. Suas gargalhadas eram incontroladas.

- Oh Meus Deus Tom-tom! Onde está o seu nariz?!

Oh Meu Deus Bella! Onde está o seu juízo?

Fim do Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Amores, postei um pedaço do capítulo novo de A Lenda da Lua II no blog. Deem uma olhadinha, o final está bem emocionante ;)
mahfics.blogspot.com.br