Antes de postar o cap preciso responder a uma leitora que me mandou uma mensagem e em vez de responder a inteligencia rara aqui deletou, sério, eu sou muito burra! 

Mas enfim, Harry está no sexto ano? Sim. Me baseei pelos filmes, então estamos no ano após A Ordem da Fenix. Mudei o final para que não ocorresse a morte de Sirius. 

Moody está vivo? Sim, falarei dele ainda nesse capítulos.

Bella terá seu episódio com o bicho-papão? Siiiimmm. Falei nele justamente pensando nela xD

Lembrando que para escrever a fic eu apenas me baseei nos filmes e aquilo de "bruxaria" que não tiver nos filmes e sim na fic foi invenção da minha cabecinha xD

Bom gente, é isso, muito obrigada pelo carinho de vocês. Quanto as perguntas que sei que vocês têm, serão todas respondidas na história ;)

Capítulo XV – Bicho-papão

POV Bella

Tem gente que pede para apanhar né?

Edward me ajudou a levantar enquanto eu rolava os olhos para o bruxo. 

- Tem que ver para crer ministro?

- Eu vi você morta! - disparou de olhos arregalados. 

- Na verdade... Você não me viu morta, mas eu realmente morri naquele dia.

Aguardei a fixa cair e quando caiu seu rosto ficou vermelho de raiva. 

- Alterou minha memória! Como ousa! - disse exasperado. 

Arregalei meus olhos com falso medo.

- Ops! - então sorri. 

- Não está acima das leis Swan! Com o seu ato você tem passagem direta para Askabam! 

Virei meu rosto como uma criança inocente e confusa.

- Se eu estiver presa, quem vai derrotar Voldemort?

- Cornélio... Pense bem. Não se pode mais negar que ele voltou. - disse Dumbledore. 

[N/a: Leitores viciados em HP, não lembro se o ministro saiu do poder ou não no filme A Ordem da Fênix. Lembro que a bruxinha rosa teve que prestar esclarecimentos e tal, mas dele eu não lembro. Em todo caso vamos fazer de conta que o ministro ainda tem dificuldades para acreditar que titio Vold voltou mesmo ele vendo o Harry nos braços de Dumbledore depois da luta contar o lorde.]

O ministro permaneceu em silêncio. Dei um passo para trás e me encostei na mesa, sentando-me sobre ela em seguida. 

Notei um olhar de Harry confuso para mim, afinal eu tinha dito que era ele quem derrotaria Voldemort e agora eu dizia que seria eu. Mandei-lhe uma piscadela e voltei a prestar atenção na conversa. Muitos pais de alunos se metiam na confusão acusando o homem de loucura e irresponsabilidade. 

- É sempre animado por aqui? - perguntou Edward ao meu lado. 

Ri baixinho. 

- Se acalmem todos! - mandou o diretor perdendo a paciência. - Cornélio, preste atenção. Você gostando ou não, Bella é a única que tem poder para acabar com Voldemort. Se mandá-la para Askabam estaremos mortos. 

Por isso que eu gosto de Dumbledore. Ele é inteligente. 

O ministro disparou um rápido olhar em direção a Harry. Aquilo me enfureceu. Parei de balançar minhas pernas no ar e o fuzilei com o olhar. 

- Quer mesmo jogar esta responsabilidade nas costas de uma criança. - minha voz soou extremamente perigosa. 

O bruxo deu um passo para trás engolindo em seco. 

- Só porque é seu afilhado não significa que ele não lutará. - disse meio hesitante. 

- O que?! Você é minha madrinha?! 

Olhei para Sirius e disse seriamente. 

- Eu disse que uma hora ele iria descobrir. Mas como pode ver, de minha boca nada saiu. - dei de ombros e voltei meu olhar para o ministro. - Já deu seu showzinho? Será que posso voltar a dar a minha aula? - perguntei secamente. 

Minha paciência já tinha se esgotado.

- Tenha respeito! Ainda trabalha para mim! Ainda é uma auror! 

Ergui meu nariz. 

- Quem você pensa que é criança?! Antes de você sair das suas fraudas eu já mandava bruxos para Askabam! Se quer meu respeito conquiste-o! E te garanto que vai ser muito difícil tê-lo já que por sua causa pessoas que eu amava foram brutalmente assassinadas! Não pense que eu esqueci de quem foi o responsável pela ascensão Voldemort!  

Minhas palavras fizeram efeito. Pude ver claramente a culpa brilhando em seus olhos e a cor fugindo de seu rosto. 

- Devolverei suas lembranças para que se lembre das exatas palavras que lhe disse quando voltei à vida. Não sou de repetir duas vezes Cornélio. Mas parece que seu medo cega seu bom julgamento. Se você se meter em meu caminho tenha certeza que eu não pensarei duas vezes antes de acabar com a sua vida. 

- Não pode fazer o que quer. - murmurou ele chocado. 

- Quero ver quem vai me impedir. - respondi seriamente olhando diretamente em seus olhos. - A aula está encerrada por hoje, amanhã trabalharemos com bicho-papão. Voldemort gosta de brincar com a mente das pessoas transformando-se em seu pior pesadelo.

- Acho que Voldemort não é o único. - ouvi Sirius bufar. 

Quase sorri. Mas meu olhar permaneceu ameaçador sobre o ministro. 

- Com Voldemort a alegria o enfraquece, mas não o derrota. Aprenderão a destruir seus piores medos. 

Me dirigi para a porta e fiquei bem próxima de Cornélio. 

- Não tente me atrapalhar ministro. Estamos em guerra e a última batalha está próxima de acontecer. Quer se redimir com seus erros passados então mande que os aurores venham para cá, não quero ver crianças morrendo pela idiotice de um ministro. 

POV Edward

Bella fez sua saída triunfal e eu quase ri da cara assustada do bruxo. Bem... Acho que minha bruxinha desistiu da aula. 

- Papai? - virei em direção a Nessie que assumiu o lugar em que sua mãe antes estava. - Eu amo o senhor, sabia?

Estreitei meus olhos.

- Com que você está namorando? - perguntei sem cair em seu joguinho. 

Minha filha revirou os olhos. 

- Não estou namorando ninguém... - fez uma careta. 

Foi então que eu entendi o caso. Ela estava interessada em alguém. Bufei.

- Você é muito nova para pensar nessas coisas. 

- Papai o senhor é quem está pensando. Eu e mamãe só estávamos te provocando. - sussurrou risonha. - E funcionou. - gargalhou com meu bico infantil.

- Ok senhorita provocadora, vamos caçar porque ler tantas mentes me deixou com sede. 

Segurei sua mão como eu fazia quando ela era uma criança, escutei seu riso baixo, mas o ignorei. Droga ela ainda era a minha menininha.

Fomos para a floresta no lado oeste, de acordo com Dumbledore seria o mais seguro, já que a floresta era extremamente densa e não havia possibilidades de um ser humano passar por ali sem se perder completamente. Porém como nós vampiros possuímos um olfato muito mais apurado poderíamos nos guiar pelo cheiro. 

- Uau! Eu ainda não consigo me acostumar com isso. - disse Nessie olhando para o gigante de pedra postado com uma enorme lança de pedra em frente a floresta. 

Não é porque era improvável humanos passarem por ali que o diretor deixaria o espaço desprotegido. 

- Deixe sua mente aberta Nessie. - avisei seriamente. 

- Eu não estou namorando, já disse para o senhor. - emburrou. 

- Não é por isso Vanessa. Acredito em você, só não quero que você corra perigo. Pode haver algum bruxo por aqui, apenas esperando uma oportunidade. 

- Mas ninguém vai passar pelo escudo de mamãe. 

- O escudo de sua mãe acaba no gigante de pedra, estamos ultrapassando o escudo agora. Então por favor, não teime e deixe aberta sua mente. 

Ela fez um bico, mas não discutiu. Abriu sua mente. 

Bufei e minha filha soltou um risinho. 

- Eu realmente não suporto esse tal de Bieber! 

Nessie sem deixar de sorrir e cantar a maldita música que repetia "baby, baby, baby, ooooo", seguiu entre as árvores se preparando para caçar. 

Deixei que minha mente ignorasse parcialmente a música e segui meus extintos atrás de alguma presa. 

POV Bella

Deitei na grama sob a sobra de uma grande árvore. O dia estava bonito, uma pena os outros não aproveitarem já que estavam tão preocupados. Fechei meus olhos sentindo a brisa fresca que espalhar meus cabelos na grama. 

- Podemos conversar? - a voz de Sirius soou na escuridão. 

Suspirei permanecendo de olhos fechados. 

- Eu não falei nada Sirius, você mesmo ouviu quando o ministro revelou que eu era madrinha de Harry.

- Não vim te acusar de nada. - murmurou. 

Abri meus olhos para fitá-lo. 

- Isso é uma novidade para mim. - não pude evitar que as palavras saíssem de minha boca. 

- Podemos ignorar os últimos acontecimentos pelo menos por alguns minutos? 

Franzi o cenho me sentando e assentindo. Bati levemente na grama convidando-o a sentar-se ao meu lado. 

Meu filho não hesitou e sentou-se. 

- Estou preocupado. 

- Todos estão. 

- Menos você. 

Dei de ombros. 

- Se é o que você acha. 

Sirius ficou me olhando profundamente como se tentasse enxergar a minha alma.

- Voldemort pode usar o fato de ser madrinha de Harry contra você. Era por isso que queria manter em segredo. 

- Muita gente sabia disso Sirius, por mais que você quisesse não conseguiria manter por muito mais tempo. Além do mais, é o destino de Harry lutar com Tom. Não há como fugir.

- Como pode dizer algo assim?! Você está aqui agora, tem poder para acabar com ele! Vai deixar que seu afilhado lute? Isso pode acabar mal! – seu desespero era eminente.

Relevei seu tom mais alto, pois entendia o seu sentimento.

- Eu não posso evitar que Harry lute com Voldemort, Sirius. Não está sob o meu poder. Você acha mesmo que se eu pudesse evitar já não teria o feito?

- O que te impede?  - perguntou com a voz rouca.

- Se eu matar Voldemort, Harry morre também.

Sirius ficou mudo, seus olhos sem vida. Assustado seria pouco para descrevê-lo. Pousei minha mão sobre a sua.

- Tudo o que eu posso fazer é treiná-lo da melhor maneira possível, mas no final será ele quem deve destruir Voldemort. – disse suavemente. – Quando Tom tentou matá-lo ele acabou por formar uma ligação muito forte com Harry. Não é a toa que os dois possuem uma ligação mental e até mesmo sentimental. Quando o lorde voltou à vida e fez todo o ritual para conseguir encostar no garoto novamente ele não sabia desta forte ligação. Mas creio que agora ele já saiba, tanto que os comensais da morte não tem ordem para matar Harry e sim levá-lo vivo ao seu chefe.

- Porque não contou antes? – sussurrou.

- Porque esse conhecimento não ajudará em nada. Harry precisa matar Voldemort para que a ligação entre eles esteja extinta. Somente assim o todo o mal que Tom carrega com ele se dissipará.

- E se Harry não conseguir matá-lo? Seu coração é muito bom para isso.

- Já falei com ele sobre isso. Vai chegar o momento em que ele terá que decidir virar um monstro ou não. Quando ele tomar a decisão eu estarei logo atrás para terminar com tudo.

- O que quer dizer?

- Vamos deixar que as coisas aconteçam ok? Não vamos sofrer por antecedência.

- Obrigado mã... Bella. – levantou-se e saiu.

Suspirei cansada. Até quando Sirius continuaria com esse orgulho? Seu coração já me acolhera novamente, mas sua mente continuava a afastá-lo de mim.

- AAAAAAAAAHHHHHHHHH! – um grito extremamente agudo ecoou na floresta.

Levantei-me em um pulo com todos os meus extintos atentos.

Os alunos que passeavam em seu horário livre se viraram apavorados para a direção do som.

Corri em direção ao oeste. Mas estranhei ao me depara com o gigante de pedra em sua perfeita condição assim como meu escudo. Outros gritos se fizeram ouvir e agora eu compreendia uma espécie de luta.

Que porra está acontecendo?

POV Edward

Estava tão concentrado no alce embaixo de meu corpo e a caça que Nessie fazia que percebi pessoas se aproximando tarde demais. Um grito agudo soou perto de mim. Quase fiquei surdo.

Levei as mãos aos ouvidos largando a carcaça.

Olhei furioso para a bruxa histérica que pegou sua varinha e me atacou.

Minha sorte foi que o nervosismo dela era tamanho que sua mão tremia horrores e os raios vermelhos acertavam tudo menos eu.

- O que está acontecendo? – Nessie apareceu na clareira com suas presas a mostra.

- Oh Meu Deus! – berrou a bruxa novamente e lançou o feitiço em Nessie.

Pulei para proteger minha filha e caímos no chão.

Outros bruxos apareceram sem saber o que estava acontecendo e começaram a atacar uns aos outros esquecendo de nós.

- Mas que porra é essa?! – Bella?

Olhei minha bruxinha e ela olhava para as lutas tentando entender o que estava acontecendo até que ela grunhiu e separou a todos com um feitiço.

- Que merda vocês pensam estar fazendo? – perguntou lentamente.

Os bruxos se olharam e franziram o cenho.

- A Martha gritou, eu corri para ver o que estava acontecendo, quando vi esse traidor com a varinha apontada para ela! – rugiu já partindo para briga que Bella impediu o fazendo flutuar.

- Está brincando né? Era você que estava apontando a varinha para ela! – Bella teve que fazer o outro flutuar também.

- Martha? – perguntou minha bruxinha. – Quem é o traidor?

- Traidor? Não tem nenhum traidor, eu vi um homem destroçando um pobre animal, por isso gritei.

Bella só agora notou minha presença e de Nessie sentados ao chão.

Ela revirou os olhos para nós e soltou os bruxos no chão.

- E aposto que os outros quando viram a confusão tomaram partido de seus amigos e virou essa bagunça. Pelo amor de Deus! Estamos em guerra e vocês me fazem essas loucuras?

- Estão todos estressados Swan. – um homem que possuía uma perna de pau e um olho biônico apareceu entre as árvores.

- Como sempre perdendo seu olho pelo caminho e chegando atrasado. Tststs... – provocou Bella com um sorriso maldoso.

Moody  a ignorou e seguiu para o castelo. Bella apenas riu e mandou uma piscadela para mim e Nessie.

- Martha, acho que acabou de conhecer meu noivo. Edward Cullen. Um vampiro como deve ter notado. – disse antes de ir até o bruxo que acabara de chegar. – Então olho-tonto? Vamos dar uma aula juntos amanhã? Capturei um bicho-papão, vai ser divertido!

Vislumbrei o perfil cético de Moody e o risonho de Bella.

- Mamãe não tem jeito. – sussurrou Nessie.

- Nem um pouco. – concordei a ajudando a levantar.

[...]

Nessie estava emburrada ao meu lado e de seus tios.

- Não liga para isso Nessie. Também estou chateada. – disse Rose com um pequeno sorriso.

O fato era que o tal do bicho-papão não tomava forma em nossa frente. Algo relacionado a sermos vampiros. Porém minha filha ficou chateada, pois não pode participar do treinamento.

Bella colocou todos em um enorme círculo e abriu um pequeno baú no meio de todos. Logo aquela coisa tomou formas de criaturas que assustavam a particularmente cada integrante do círculo.

Moody mandou que tornassem o mostro algo engraçado, dessa forma enfraqueciam o bicho-papão.

Quando todos riam do que o monstro se transformava Bella e Moody trocaram um olhar. A varinha de minha bruxinha começou a brilhar e o monstro tornou-se maior, mais assustador e os risos já morriam.

- É preciso mais do que o riso para enfraquecer Voldemort. – uma garotas gritaram quando o monstro as aterrorizava. – Ele brincará com suas mentes e fará com que seus piores pesadelos se tornem realidade! – o monstro voltou a ficar maior e agora todos se encolhiam de medo.

Bella controlava o bicho-papão, eu podia notar sua concentração quando ele andou até Harry tomando outra forma. A forma de um bruxo escondido debaixo de uma capa preta, com a mão com dedos compridos e finos, com unhas que minha irmã adoraria dar um trato.

O pseudo-Voldemort se aproximou ainda mais de Harry que olhava-o fixamente. Entrei na mente do garoto e percebi que Bella também entrara e fingia ser o bruxo das trevas para instigar medo no garoto, mas em uma surpreendente reviravolta minha mente foi expulsa e acredito que a de Bella também, pois ele agitou sua varinha e gritou.

- Expeliarmus! – o bicho-papão voou em direção a outra direção se encolhendo no chão.

Olhei para Bella e um sorrisinho torto estava em seus lábios. Os olhos brilhavam de orgulho.

- Por hoje é só, amanhã trabalharemos com duelos. – disse Bella.

Aos poucos os alunos foram saindo de sala não muito felizes com os resultados de suas lutas com o bicho-papão. Ouvi Sirius parabenizar Harry. Sorri e fui até ele.

- Você expulsou a mim e a Bella ao mesmo tempo. – disse sorrindo.

- Vocês dois? Pensei que era só você.

POV Harry

O vampiro ergueu uma sobrancelha. Oh! Bella estava brincando com a minha mente assim como Voldemort pode brincar.

- Ela estava te deixando mais forte. – completou Sirius.

Ele estava mudado ultimamente, quieto demais, sempre preocupado e demonstrando respeito por Bella, que antes ele queria distância.

Todos saíram da enorme sala meio desanimados. Mas eu queria falar com Bella a sós. Esperei até o último aluno e então entrei.

Ela estava de costas para mim com o pequeno baú em mãos. Ia em direção ao bicho-papão. Foi então que “Voldemort” começou a se transformar.

Bella paralisou.

Eu não entendi nada quando um enorme espelhou apareceu em sua frente. Será que ela estava fazendo alguma coisa? Algum feitiço diferente?

Me aproximei para perguntar. Eu estava curioso afinal.

Porém quando eu estava perto notei que o único reflexo que aparecia era o dela, o meu não. O que era muito estranho já que eu estava quase ao seu lado.

- Bella? – chamei, mas ela não me respondeu.

Notei seus olhos apavorados, sua respiração se acelerou. Porém antes que eu pudesse fazer qualquer coisa sua feição se transformou em fúria e o espelho se quebrou em mil pedaços em nossa frente.

Incrivelmente percebi que o bicho-papão estava morto.

- Tem medo de um espelho? – a pergunta saiu automaticamente de minha boca.

- Meu pior medo é muito mais complexo do que apenas um reflexo Harry... Infelizmente.