Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 49
Capítulo 10 - Eu sei quem você é!


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! Desculpem a demora, estava concentrada no final do cap de ALL...
Espero que gostem do capítulo ;) Tentarei não demorar muito para postar o próximo ok!
E novidades lá embaixo! Leiam por favor!



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Capítulo X – Eu sei quem você é!


A vampira olhou apavorada para o círculo de fogo a sua volta.

– Tânia, eu não gosto de repetir minhas perguntas... - suspirei.


Seus olhos me fitaram com medo. Ah! Finalmente. Sorri delicadamente e abaixei o fogo.

– Porque não começa a abrir sua boquinha?


Ela engoliu em seco antes de começar a falar.

– Eu... Eu... - gaguejou e então disparou falando. - Eu vim para cá atrás de Edward, eu e minha família fomos visitar Carlisle e Esme e eles disseram para Eleazar que estavam ajudando os bruxos com alguns problemas que poderiam interferir no nosso mundo.

– Escutando conversas alheias... Ts,ts. - bati minha língua. - Isso não é muito educado.

– Quando cheguei a floresta acabei esbarrando com Edward. Ele disse para eu ir embora senão você iria me matar.

– Bem... Ele não estava mentindo.

– Como ele pode ter algo com você! Você é uma humanazinha sem graça! - descontrolou-se.


Observei sorrindo levemente.

– Quando ele me dispensou eu fiquei furiosa, foi ai que encontrei o bruxo.

– Me conte sobre esse bruxo. - cantarolei caminhando a volta do círculo de fogo.

– Cabelo loiro quase branco e comprido. Pele branca, olhos extremamente claros. Andava com uma espécie de bengala estranha e pequena.

– Professor Dumbledore, essa não é a descrição de Lúcio Malfoy? - perguntei com falso espanto para o bruxo que observava meus atos.


Ele me olhou com repreensão pelo meu cinismo.

– É o que parece. – respondeu secamente.

– Ele me deu a poção. Disse que iria fazer Edward se apaixonar por mim e ao mesmo tempo o faria destruir quem ele mais ama. - continuou a vampira.


Meu olhar voltou a ficar frio e Tânia gritou caindo de joelhos por causa da dor que eu lhe proporcionava.

– Sua idiota! Aquilo que Edward mais ama é a própria filha! Amor de pai, você sabe o que é isso?! Acho que não. Uma pessoa como você não sabe o que é amor. - cuspi em sua cara. - Nem mesmo sabe o que é amor próprio... Fica se humilhando como uma vadia.


Ela gritou mais alto. Eu estava muito puta para ser carinhosa com sua tortura.

– Pare! Eu tenho uma informação! - gritou desesperada.


Parei com o feitiço.

– Ele quer te matar.


Ergui uma sobrancelha.

– Agora me diz uma coisa que eu não saiba.

– Ele disse que seu mestre não pode saber que está viva. - quase ri com essa.


Era obvio que Lúcio não ia querer que Voldemort soube-se sobre mim, afinal ele ficou incumbido de verificar se eu havia ou não falecido. Ou seja, se Tom-tom souber que eu estou viva a cabeça que vai rolar será do Malfoy.

– Desculpe meu bem, mas o que acaba de me dizer não é nenhuma novidade. - disse com falso pesar e então sorri maldosa a fazendo gritar mais uma vez.

– Já chega! - rugiu Sirius.


Deixei que minha cabeça tombasse para fitá-lo.

– Pare de torturá-la. - pediu.

– Por causa dela Nessie quase morreu. - rebati furiosa.

– Não estou dizendo para não matá-la, só não faça uma das suas no meio de todas essas crianças.


Tânia parou de gritar no exato momento. Sirius mais do que ninguém conhecia meus métodos não tão ortodoxos.

– Aqui não é lugar para isso. - persuadiu. - Sei que está com raiva, mas não faça isso... Pense em...


Harry. Completei mentalmente.


Olhei para Tânia.

– Você acaba de ser salva... De uma morte lenta. Incendia!– completei e um ultimo grito foi ouvido antes da vampirar virar cinzas.


Voltei meu olhar para meu filho.

– Está tentando proteger olhos inocentes do Caos inevitável. Como acha que esse mesmo salão estará daqui alguns meses, ou menos? Acha que Voldemort vai se preocupar se existem crianças ou não?


Dei as costas e saí do salão deixando olhares apavorados em minha direção. Ao olhar em um dos espelhos do corredor notei minha aparência. Coberta de sangue seco e cortes quase totalmente cicatrizados. Meu olhar era frio e meus cabelos estavam bagunçados. Eu parecia atriz de filme de terror.


Perfeito.


POV Edward


Parecia deja vu, porém em vez de entorpecimento eu me sentia furioso. Meus irmãos tentavam a todo custo me colocar embaixo do chuveiro. Como um animal enjaulado eu me debatia e rosnava.

– Até quando vamos ter que mantê-lo assim? - perguntou Emmett com um grunhido enquanto desviava de meus braços que tentavam arrancar a sua cabeça.

– Não sei! - respondeu Jasper rosnando e me dando um mata-leão. - Bella disse para colocá-lo embaixo d'água. - respondeu um pouco mais tranquilo por me ter preso, porém quando o nome de minha bruxinha foi captado pelas minhas orelhas meu corpo se debateu ainda mais.


Um ódio profundo movia meu corpo, a sede, a vontade de matá-la. Minha razão entrou em choque pelos meus próprios sentimentos, porém não posso controlar e pensar que a amei algum dia não faz nenhum sentido.

– Alice! Precisamos de ajuda aqui! - gritou Jasper quando me livrei de seus braços.


Logo a baixinha apareceu e pulou sobre mim. Eu também sentia raiva dela, queria matá-la. Queria matar a todos os meus supostos irmãos.


Rosnados saíam de todos os lados enquanto eu tentava me largar. Até que uma voz chorosa soou no corredor. Quando reconheci meu ódio borbulhou ainda mais. Senti meu veneno encher a minha boca. Eu a queria... A queria morta! E iria pegá-la a todo custo e beber seu sangue que deveria ser tão doce quanto o da mãe.

– Nessie não! Seu pai está descontrolado! Será que não percebe que o enfeitiçaram? Pare Nessie! Ele vai machucá-la. - a voz de Rose soava suplicante.

– Ele não vai me machucar! Vocês que o estão machucando! - retrucou raivosa.

– Oh não! Você também não! Aguamenti!– proferiu.


Imediatamente minha filha parou de brigar com a tia.

– Porque me molhou? - a ouvi perguntar.

– Funcionou... Vamos, precisamos colocar seu pai embaixo do chuveiro antes que ele acabe te machucando ou machucando sua mãe.

– O que aconteceu?

– Depois explicamos.


Logo mais um par de mãos me empurrava para o chuveiro, porém o fato de Vanessa estar ali, parada e assustada perto da porta, me atiçava para destruí-la. Rugi mais uma vez tentando me soltar, até que ela sumiu de minha vista e antes que pudesse procurá-la minha visão ficou escura.


Parei de me debater ao não ter mais os meus sentidos e foi o momento em que meus irmãos tiveram a chance de me colocar embaixo d'água. De repente todo o meu corpo doeu, minha visão voltou e eu cai no ladrilho do Box como se meu próprio peito esmagasse meu coração.

– Funcionou? - uma voz distante perguntou.

– Ele vai perder a consciência... - então meu corpo desabou e eu não enxerguei mais nada.


[...]


Quando abri meus olhos tudo girou, parecia que havia levado uma surra de tanto que meu corpo doía. Respirei fundo sentindo o doce sangue de minha menina e de minha bruxinha um pouco mais afastado.


Avistei Bella encolhida perto da porta apenas me observando.

– Oi. - disse ela baixinho.


A memória de tudo o que aconteceu veio pouco a pouco em minha mente. Senti-me desesperado, fraco, apavorado.

– Bela eu...

– Tudo bem. - deu de ombros. - Você estava enfeitiçado.

– Me perdoa... Eu te machuquei... - minha voz estava torturada.

– Estou bem... Foi até sexy sabe? Você sugar minha língua ensanguentada. - gracejou, mas eu ainda via dor em seus olhos.


A olhei bravo e ela suspirou.

– Desculpe... É que tive tanto medo de perder Nessie. - sua voz estava embargada e ela olhou para a cama.


Virei meu rosto e me deparei com nossa filha dormindo serenamente. Estremeci com minhas lembranças. Por Deus! Eu queria machucá-la... Como pude?

– Já disse que a culpa foi do feitiço... Não se sinta mal.

– E porque dos olhos tristes? - perguntei voltando a olhá-la.


Os olhos de minha bruxinha encheram-se de lágrimas.

– Porque minha própria filha me considera um monstro e o pior disso é que ela está completamente certa.

– Bella não. – tentei argumentar, mas ela simplesmente deu as costas e foi embora.


Minha bruxinha estava sofrendo, sofrendo com algo que ela não sabia lidar.


Levantei da cama com dificuldade, meu corpo doía muito. Beijei a testa de minha filha e segui atrás de Bella. Nenhum aluno estava entre os corredores, mas eu escutava muitas vozes dentro dos dormitórios.


Segui para o dormitório da Grifinória. A imagem da mulher gorda no quadro me olhou maliciosamente.

– Senha? – perguntou erguendo as sobrancelha para mim.


Vasculhei as mentes de dentro do dormitório e logo constatei que minha bruxinha estava lá. Sentada sozinha no sofá abraçando os joelhos enquanto olhava friamente a lareira. Os outros alunos a olhavam com medo e se perguntavam o porquê de Dumbledore não a ter expulsado.


A mulher gorda limpou sua garganta me chamando a atenção. Disse a senha que havia lido na mente de um dos garotos e entrei ao ser convidado. Eu sabia que levaria uma bronca por entrar em um dormitório, mas não podia voltar para a cama sem conversar com Bella.


Antes que qualquer um tivesse notado minha presença Bella proferiu.

– Não deveria estar aqui. – os alunos se olharam se perguntando com quem a louca estava falando, mas me assim que me avistaram me olharam apavorados.

– Eu sei. – suspirei me sentando ao seu lado e fitando o fogo assim como ela.


Ficamos em silêncio por alguns minutos. Os alunos cochichavam entre si, mas mantinham os ouvidos em nossa conversa.

– Dumbledore está furioso comigo. – notei sua careta com o canto dos olhos.


A fitei confuso.

– Você não teve culpa do que aconteceu. Tânia me enfeitiçou, você só protegeu Nessie de mim.

– Ele não está bravo com isso... – revirou seus olhos e me fitou. – Desculpe por matar sua prima.


Seus olhos diziam claramente que ela não sentia remorso nenhum, mas ela se importava comigo o suficiente para fazer esse tipo de coisa. Em primeiro momento eu fiquei surpreso, em seguida gargalhei alto.

– Sério? E eu perdi isso? – Bella segurou o riso.

– Precisava ter visto o pavor nos olhos dela. – se deliciou.

– Sádica. – repreendi rindo e minha bruxinha finalmente sorriu.

– É por isso que Dumbledore está bravo, ele não gostou de eu trazer meus problemas pessoais para a escola. E não gostou também de saber que eu quero que Voldemort saiba que eu estou viva.


Minha cara fechou-se imediatamente.

– Sério? Porque isso agora? Não tínhamos combinado que ele não saberia de você? Não foi por isso que passamos...

– Sim. Mas agora as coisas mudaram. – me cortou.


Seus olhos estavam frios e calculistas.

– O que você está aprontando minha bruxinha?


Seu sorriso tornou-se extremamente largo e seu olhar igualmente doentio. Ela sentou-se de pernas de índio sobre o sofá de frente para mim. Seu olhar foi para um garoto junto de seus dois fiéis amigos e namorada.


Gargalhei.

– Sirius vai ficar louco. – constatei.

– Olha só a minha cara de preocupada. – apontou para o próprio rosto com expressão tediosa.


Então falou baixinho para que ninguém escutasse.

– Ele é meu afilhado também, nunca o colocaria em perigo.

– Eu sei. – sorri e então me levantei.


Gemi de dor.

– Deus, parece que todos os meus ossos foram quebrados e agora estão se curando.


Bella me olhou culpada.

– Você quebrou meus ossos! – rugi incrédulo.


Minha bruxinha me olhou com dor.

– Desculpe Edward, eu realmente não queria ter feito o que eu fiz. Mas era o único jeito de te parar. Iria acabar me matando... Quem iria proteger Nessie?


Suspirei. Ela estava certa afinal, não tinha o direito de reclamar.

– Está certa, mas agora eu tenho que ir antes que um dos professores me coloque fogo por eu ter invadido o quarto.

– Você não invadiu. Foi convidado a entrar. – piscou de um olho só.

– Ninguém resiste ao meu charme. – brinquei lhe roubando um selinho.

– Idiota. – brigou emburrada.

– Eu também te amo. – respondi me dirigindo para a porta.


Antes de sair voltei-me para Bella.

– Bruxinha?

– Hã?

– Feliz aniversário. – completei e ela fez uma careta.


Tive que rir enquanto me direcionava para a saída.


POV Bella


Suspirei odiando todos aqueles olhares medrosos sobre mim. Não que eu não gostasse que as pessoas sentissem medo de mim, mas eles me olhavam como se eu fosse matar alguém a qualquer momento e por mais sádica que seja não sou assim.

– Está noiva de um vampiro? – a pergunta veio de Hermione.


Rony deu uma cotovelada na amiga como se fosse um grande erro falar comigo.


Sorri para a garota.

– Sim. Ele é um amor quando não está enfeitiçado para me destruir. – respondi tranquilamente.

– Você não tem 17 anos não é? – perguntou astutamente.


Não respondi apenas sorri e aguardei que ela continuasse sua teoria. Os membros da Grifinória a olhavam apavorados e confusos.

– Nem é aluna de alguma escola na Itália, ou veio para cá como estudante. Está disfarçada. – quase bati palmas. – E seu nome não é Isabella Masen.

– Bem... Quanto a última parte eu diria que em breve serei.


Hermione me olhou com os olhos estreitos.

– Eu sei quem você é. – apontou.


Sorri.

– E acredite em mim quando digo que você não saberia se eu não quisesse.

– Acredito em você e sei que eu não posso contar quem você é.


Meu sorriso só alargou.

– Sério Hermione?! Você fala tudo isso e no fim não vai contar quem ela é? Todo mundo aqui já sabe que ela não é uma estudante comum. Nenhum estudante é capaz de fazer o que ela fez hoje! – brigou um dos garotos que eu não lembrava o nome.

– Tudo o que eu posso contar é que acho que Dumbledore a chamou para nos proteger, não é? – Hermione não tirava os olhos de mim.


Dei de ombros sorrindo.

– Desculpem garotos, eu realmente queria contar quem eu sou. Mas prometi que não ira fazê-lo. E sei que será abuso da minha parte, mas preciso de uma pequena ajuda.

– A ajuda que deixará Sirius louco? – perguntou Harry.

– É esperto como seu pai Harry. – sorri. – Essa ajuda mesmo.


Meu afilhado me fitou sem saber se confiava em mim.

– Tudo o que eu preciso é que grave em sua mente os meus olhos.

– O que? – Gina exclamou ao lado do namorado com um tom um tanto ciumento.

– Se acalme Gina, não quero roubar seu namorado. Já tenho o meu vampiro. – lhe mandei uma piscadela. – O fato é que sei que Harry tem uma ligação com Voldemort. E essa ligação é mais forte durante os sonhos.


Harry se mexeu desconfortável.

– Preciso que ele saiba que estou viva. Por isso quero que grave meus olhos em sua mente.

– Por que quer isso?

– Por que tenho que tirar a atenção dele de você. Você precisa se preparar para derrotá-lo. É a sua profecia, não a minha. E enquanto ele estiver preocupado comigo, ele lhe deixará em paz... E de tabela Malfoy ficará em apuros, já que era incumbência dele verificar se eu estava morta. – dei de ombros.

– Como pode ter certeza que você-sabe-quem deixará Harry em paz? – perguntou o Wesley mais velho.


Ignorei meu revirar de olhos para o medo empregado em falar o nome de Tom-tom e sorri maldosamente.

Isso eu já não posso falar. – bocejei. – Mas a escolha é sua Harry. – não era bem verdade. – Se não quiser me ajudar... Bem, você é quem sabe. – dei de ombros e segui para meu quarto.


Estava exausta, precisava descansar pelo menos um pouco antes de fazer o que tinha que ser feito.




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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo chegaremos ao prólogo, mas ainda não será o final da fic ok? Estamos na metade ainda ^^
Amores é o seguinte: Criei um blog para as minhas fics! Ah me matei para fazer algo ao menos apresentável, deem uma passadinha por lá e comentem o que acharam? É importante para mim. Por lá conseguirei um contato muito maior com vocês do que o que eu tenho aqui no Nyah. Então acessem: http://mahfics.blogspot.com/
Beijos