Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 18
Capítulo XVI - Será que é difícil entender?


Notas iniciais do capítulo

Oláaa :D Dessa vez o capítulo saiu rapidinho né? Amores vou postar 2 capítulos de uma vez. A briga é no próximo, mas não pulem esse capítulo, pois tenho certeza que vão gostar ;)



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Capítulo XVI – Será que é difícil entender?

POV Bella

Voei o mais alto que consegui e pousei no topo de um prédio no centro da cidade, sentia as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Eu não deveria estar sentindo isso! Não tenho mais nada com ele, nós terminamos e ponto final! O amor acabou! Simples assim... Mas então porque eu sinto como se meu coração estivesse sangrando?

Estou cansada deste sentimento que carrego em meu peito, não é possível que isso seja normal. Ninguém sofre desta maneira por alguém... O que há de errado comigo para que até mesmo meu físico sofra com isso?

Tentei aliviar minha mente e o vento forte e gelado naquela altura estava ajudando. Meu corpo ainda tremia de nervoso e minha respiração estava entrecortada. Não era possível que Edward me afetasse tanto, não entendo como ele faz isso comigo. É como se ele fosse uma droga na qual estou viciada e agora sofro de abstinência... Bom, meu corpo reagia desta forma pelo menos.

http://www.youtube.com/watch?v=2rx20pWkyac [Kelly Clarkson Addicted]

"Viciada”

É como se você fosse uma droga
É como se você fosse um demônio que eu não consigo encarar
É como se eu estivesse presa
É como se eu estivesse fugindo de você todo o tempo
E eu sei que deixo você ter todo o poder
É como se a única companhia que eu procuro 
fosse miséria por todos os cantos
É como se você fosse um sanguessuga
Sugando a minha vida
É como se eu não pudesse respirar
sem você dentro de mim
E eu sei que deixo você ter todo o poder
E eu percebi que mesmo que o tempo passe, 
eu nunca vou te esquecer

Refrão:
É como se não pudesse respirar
É como se eu não pudesse ver nada
Nada além de você
Eu estou viciada em você
É como se eu não conseguisse pensar
sem você me interromper
Nos meus pensamentos
Nos meus sonhos
Você tomou conta de mim
É como se eu não fosse mais eu
É como se eu não fosse mais eu

É como se eu estivesse perdida
É como se e estivesse desistindo devagar
é como se você fosse um fantasma me assombrando
Deixe-me em paz
E eu sei que essas vozes na minha cabeça
São só minhas
E eu sei que eu nunca vou mudar o meu jeito
Se eu não desistir de você agora

Refrão

Eu estou viciada em você
Eu preciso de uma dose
Eu não agüento isso
Só mais uma dose
Eu prometo que eu posso lidar com isso
Eu vou agüentar, acabe com isso
Só mais uma vez
Depois, é isso
Só um pouco mais para eu superar isso

Refrão

Minha mente viajou no passado. Lembrei de como eu era antes de conhecer esse vampiro... Eu era fria e calculista, bem ainda sou fria e calculista, mas meu coração amoleceu depois de descobrir o que era a paixão, o amor. Tornei-me uma pessoa mais suave durante o namoro, mais sensível e principalmente mais compreensiva quanto algumas questões... E agora que tudo acabou eu virei essa mulher completamente amarga, que vive alimentando os piores sentimentos possíveis dentro de si... Uma mulher que acaba de descobrir que sua vida se divide entre três etapas: antes Edward, durante Edward e após Edward... Uma mulher que descobriu que não era nada antes dele, que era apenas uma pessoa iludida com falsa felicidade... Que descobriu tudo o que há de maravilhoso quando estava ao seu lado... E que descobriu que sem ele não sabe viver, não sabe seguir em frente.

Descobri que nunca vou voltar a ser o que eu era antes e também não serei uma pessoa melhor do que isso. Duvido muito que um dia volte a ser feliz como já fui um dia, pois meu orgulho nunca irá perdoar que Edward tenha estragado tudo de bom que havíamos construído. Em uma guerra que nenhum dos dois lados se rende não existe um lado vitorioso...

Não importa quanto tempo passe, o quanto eu prove que ele é um canalha, eu nunca conseguirei esquecê-lo.

Fechei meus olhos tentando aceitar a verdade de meus pensamentos.

- Bella, você está bem? – a voz de Sirius soou atrás de mim e eu suspirei.

Eu não chorava mais, as lágrimas finalmente pararam de escorrer. Porém eu me sentia morta, sem esperanças sem razão para continuar.

- Estou bem. – me surpreendi o quão indiferente soou minha voz.

- Olha Bella, ele não te merece ta?! O esqueça e siga em frente, você ainda vai gostar de outr...

- Sirius, por favor? – pedi querendo que ele ficasse quieto.

- Não, você precisa tomar uma atitude, acabe logo com ele ou...

- Eu sei que suas intenções são boas, mas não se meta nisso. – disse me levantando e encarando seus olhos azuis.

- Não Bella! Eu vou me meter sim, para o seu bem... Se for necessário eu mesmo farei alguma coisa. – disse ele seriamente, foi o suficiente para me irritar.

Por que todos querem tanto se meter em minha vida?

- Não ouse se meter em minha vida Sirius, sempre cuidei dela sozinha e continuarei fazendo... Você não tem o direito de interferir! – minha voz subindo algumas oitavas.

- Não tenho o direito?! Vejo você definhar a cada dia e não tenho o direito de interferir?! – cuspiu ele em minha face.

- Se estou definhando ou não esse não é seu problema! Da minha vida cuido eu! Você não tem nada a ver com ela! – devolvi no mesmo tom.

Sirius deu um passo para trás e sua feição caiu em magoa.

- Tem razão, eu não tenho nada a ver com sua vida... – murmurou magoado e então gritou. – Quando vejo aquela que me criou definhar não posso interferir porque não é problema meu! Quando vejo uma amiga sofrer não posso tentar ajudar, pois não tenho esse direito! Quando vejo a mulher que amo como minha verdadeira mãe morrer a cada dia não posso evitar PORQUE NÃO TENHO NADA A VER COM A SUA VIDA!

- Pare Sirius você sabe que não foi isso que eu quis dizer! – gritei espremendo os olhos e apertando minha cabeça com minhas mãos.

As palavras de meu amigo me feriram mais do que deveriam, ele estava certo... Sirius só tentava me ajudar e eu só lhe dava patadas. Abri meus olhos, as lágrimas jorravam por minha face. Meu amigo tinha olhos duros e magoados.

- Não Bella, eu não sei. – disse e correu pulando do prédio e logo saiu voando sobre sua vassoura.

Droga! Porque eu só faço idiotices? Merda! Merda! Merda! Merda! Droga de vida!

Andei até o parapeito do prédio e me escorei no pequeno muro de meio metro. Olhei lá para baixo, um frio na barriga me subiu ao constatar a altura.

Minha vontade era me jogar, acabando assim com tudo o que eu estava sentido, acabando com a dor, com o sofrimento. Posso não envelhecer, mas ainda posso morrer como qualquer um...

Sim, porque seja lá o que acontecer comigo após morrer com certeza seria melhor do que o inferno que eu estou passando... Nem o verdadeiro inferno deveria ser tão ruim.

Tudo o que eu quero é esquecer.

Dei um passo para trás.

Esquecer tudo o que passei.

Mais dois passos para trás.

Apagar da minha mente e coração todo o sofrimento.

Mais cinco passos.

A única maneira de passar uma borracha em tudo... É fazer isso!

Corri para o precipício e travei ao chegar a dois passos da pequena mureta.

Covarde! Gritou minha mente. Covarde!

Sim eu era uma covarde. Uma mulher que quer terminar com sua vida, pois é covarde de mais para enfrentá-la. E ao mesmo tempo covarde de mais para fazê-lo. Nem para me matar eu tinha coragem

A que ponto eu cheguei? Ao ponto de querer acabar com a própria vida por causa da tristeza? Como posso tentar fazer algo desse aspecto?

O que há de tão errado comigo para tomar atitudes tão infantis? Eu pareço uma adolescente iludida com seu primeiro amor, coisa que eu não sou. Tenho mais de 200 anos, sou madura suficiente para tomar decisões certas e racionais, não posso deixar que meus sentimentos controlem meu corpo.

Acalmei minha mente e meu coração respirando fundo. Consegui clarear a mente, mas o coração continuava a doer... Eu teria que me acostumar com isso. Comecei a pensar então em tudo o que eu deveria fazer a partir de agora... A lista possui três quesitos.

Em primeiro lugar eu tenho que pedir desculpas ao Sirius, ele sempre foi como um filho para mim, um amado e querido filho, e assim como ele não tem o direito de se meter em minha vida eu não tenho o direito a magoá-lo.

Assim que resolvesse esse assunto iria tratar de me atualizar a respeito de tudo de grave que estava acontecendo no mundo dos bruxos. Retornar ao meu trabalho. Chega dessas férias que não produziram os resultados que eu desejava.

E por ultimo, mas não menos importante eu vou resolver de uma vez por todas essa história com Edward, ainda não sei o que fazer. O problema é que esse assunto eu não posso tratar de forma prática como meu trabalho. Amor não é algo racional, não é algo que possamos decidir pensando. Por mais que eu tente analisar prós e contras em minha cabeça os fatos acabam sendo interferidos por sentimentos, mágoas... Acho que esse assunto é o meu maior problema.

Repassando minha lista em mente ela parece fácil de resolver, porém ela foi criada totalmente por uma mente fria e calculista, ou seja, eu não posso prever os problemas em executar tais tarefas.

Primeiro, eu não sabia se Sirius iria me perdoar. Segundo, não sei se terei condições psicológicas para voltar a trabalhar, quero dizer, não sei se minha raiva irá interferir em meu julgamento. E terceiro e pior de todos, eu simplesmente perco minha cabeça perto daquele vampiro e nada mais é racional.

Voltei para casa com o intuito de conversar com Sirius, mas minha idéia foi por água abaixo quando li seu recado na geladeira informando que ele fora para casa dos Potter esfriar sua cabeça e que iria morar lá por um tempo, que continuaria trabalhando no colégio... Traduzindo, ele queria a maior distancia possível de mim, e agora se limitaria a 3 aulas semanais nas quais ele não precisava olhar na minha cara.

Suspirei e fui tomar banho. Estava me sentindo cansada depois de tudo. Coloquei uma roupa confortável e me joguei na cama. Acabei dormindo sem escorrer mais lágrimas, o que era um grande avanço.

POV Edward

Voltei para casa já era madrugada, estava tudo em silêncio. Consegui me acalmar um pouco, mas algo estava bem claro e eu não abriria mão. Se Tânia ficar aqui em casa eu não vou morar aqui também. Ficarei num hotel, na floresta, de baixo da ponte, em qualquer lugar [N/A: Na casa da Ray... kkkkkkkkkkkk], mas perto dela eu não fico de jeito nenhum.

Sempre tive fantasias com Tânia, mas isso fora antes de conhecer Bella, eu era cego para uma beleza superficial e então tudo clareou quando eu me apaixonei pela minha bruxinha que tem além de uma beleza física perfeita ela é linda por dentro, coisa que eu não ligava antes. Mas agora eu ligo e cada vez que eu olho para aquela vampira loira eu sinto raiva, nojo, repulsa. E depois de tudo o que ela disse sobre Bella e as ameaças também, o que antes poderia haver uma convivência agora se tornara totalmente impossível, pois a cada vez que olho aqueles olhos minha vontade é de voar em seu pescoço... Bem acho que nem Esme nem Carlisle ficariam muito felizes se eu o fizesse.

Sentei a mesa da cozinha, não acendi a luz nem nada apenas sentei e suspirei. Minha mente como sempre foi diretamente para Bella. Nada dói mais do que ver o sofrimento nos olhos de quem a gente ama.

E pode parecer egoísta da minha parte, mas a confirmação de que Bella ainda me amava me deixava tranqüilo e até mesmo feliz.

A lembrança de minha aposta veio diretamente em minha cabeça... Acho que as coisas não começaram bem, eu podia imaginar o que se passava na mente de minha bruxinha “Como ele vai conseguir me provar que não é um canalha se na primeira oportunidade já está se agarrando com outra?”.

Se ao menos ela tivesse visto minha raiva de Tânia...

Amanhã eu teria de explicar para ela o que aconteceu de qualquer forma... Com esses pensamentos acabei adormecendo.

[...]

Uma pequena mão passou delicadamente em meu pescoço me acordando. Ainda sonolento, ergui minha cabeça encontrando os olhos preocupados de minha irmã.

- Bom dia baixinha. – disse esticando minhas costas.

- Oi... – murmurou sua voz fraca, franzi minha testa no mesmo momento.

- O que aconteceu? – perguntei perdendo o sono ela desviou o olhar.

- Nada... Avise os outros que eu vou para o colégio mais cedo, preciso fazer umas coisas antes. – pediu ela com o olhar distante e agora eu também enxergava mágoa neles.

- Alice, o que aconteceu? – perguntei me aproximando.

- Nada, apenas avise-os ok?

Assenti preocupado observando minha irmã sair a passos rápidos com sua bolsa no ombro direito.

Suspirei e olhei o relógio, ainda era muito cedo.

Assim que desci as escadas após um banho, encontrei meus irmãos e meus pais na cozinha, o café posto, porém apenas meus pais se alimentavam. Meus irmãos estavam com a cara emburrada e logo entendi o porquê quando enxerguei Tânia com um sorriso vitorioso nos lábios.

- Bom dia Edizinho. – cantarolou ela.

- Bom dia é o Caralho Tânia, com você nessa casa qualquer dia é o inferno. – respondi seco e ela fez cara de choro.

- Edward, pelo menos demonstre a pouca educação que lhe demos. – ralhou meu pai e eu desviei o olhar.

- Onde está Alice? – perguntou mamãe.

- Ela foi mais cedo para o colégio. – respondi me encostando ao batente da porta da cozinha.

Meu pai limpou a voz e olhou seriamente para todos nós.

- Quero que saibam que Tânia ficará aqui durante essa semana a pedido de meu amigo Eleazar e isso já está decidido, não quero reclamações. – nós murmuramos palavras desconexas de descontentamento.

- Tratem-na com respeito, assim como vocês foram educados. – continuou minha mãe.

- Como querem que a tratemos com respeito se ela não respeita aqueles que amamos, essa bisca ameaçou Bella e vocês ainda querem que a respeitemos? – perguntou Rose indignada.

- Controle seu vocabulário Rosálie, já chegarei nesse ponto. – disse meu pai em um tom que ele só usava quando estava muito bravo.

Rose bufou.

- Não quero mais brigas, ontem vocês perderam completamente a noção. – e o sermão começou... Tânia deu um sorriso de escárnio e Carlisle logo adicionou. – Todos vocês! Não importa as pendências que tenham... Quase nos expuseram a troco de uma infantilidade... Todos nós aqui somos adultos suficientes para nos tratarmos com no mínimo de educação e respeito.

- Não quero ouvir brigas ou discussões, muito menos provocações... Isso vale principalmente para você Tânia, não quero ouvir mais ameaças para ninguém, muito menos para Bella... Caso contrário nós lhe enviaremos para casa, Eleazar e Carmen que nos perdoem, mas essa é a condição. – avisou minha mãe e Tânia sorriu matreira.

- Claro tia Esme, da minha parte não haverá problemas.

- Assim espero.

Carlisle e Esme olharam para nós esperando que falássemos alguma coisa, mas eles viram em nossas faces o descontentamento com tudo aquilo.

- Acabou o sermão? – perguntou Jasper sem demonstrar emoções e Carlisle suspirou assentindo.

Meus irmãos levantaram da mesa e se retiraram em poucos segundos marchando de raiva. Olhei para meu pai.

“Desculpe filho, eu não podia recusar um pedido de meu amigo que tanto já me ajudou no passado.” – justificou-se ele por pensamento, mas eu nada disse, apenas virei-me e segui meus irmãos.

De uma coisa eles podem ter certeza, hoje eu não volto para casa.

POV Bella

Peguei minhas coisas e segui a pé para o colégio. Estava me sentindo desanimada e preocupada.

Eu não queria ter brigado com Sirius daquele jeito, e se ele não foi realmente para a casa dos Potter? Se ele estiver vagando por aí sendo alvo fácil de bruxos das trevas? Meu Deus ele sempre fora como um filho para mim e estava sendo mais difícil do que eu esperava ter ele longe.

Meus devaneios forma interrompidos por um vampira baixinha que olhava para o horizonte encostada em um muro.

- Alice? – perguntei sem entender.

Ela se virou para me fitar, seus olhos demonstrando raiva, mágoa.

- Como pode ter feito isso?! – perguntou ela andando irada até mim.

- Feito o que fadinha? Do que está falando? – perguntei confusa com toda aquela mágoa.

- Como você pode ter tentado se matar?! – me encolhi com suas palavras.

- Eu não tentei me matar... – murmurei desviando o olhar.

- Não?! E o que foi a visão que eu tive de você se jogando do alto de um prédio? – perguntou sarcástica me colocando contra a parede. – Tudo bem, eu até entendo sua tristeza por causa de meu irmão, mas daí a se jogar de um prédio? Que porra você estava fazendo?

- Eu não ia pular Alice! Eu tenho chifres, não asas! – exclamei e ela me olhou com mais raiva.

- Eu vi Bella! Você estava decidida a pular e mudou de idéia poucos segundos antes! Como pode ser tão egoísta?! Não pensa nas pessoas que te amam? Não pensa no sofrimento que causaria se matando? – Alice tinha os olhos marejados e a voz embargada.

Senti que meus olhos estavam na mesma situação.

- Não Alice, por favor! – pedi sentindo minhas lágrimas escorrerem por minha face.

- Não Bella! Você precisa ouvir e cair na real! Você era a ultima pessoa que eu poderia pensar que poderia tomar uma decisão tão medíocre como essa! Você nunca foi assim Bella! Sempre foi uma grande amiga, a melhor que eu já tive em muitos anos! Eu te amo como minha irmã! E como você retribui esse amor? Se jogando de uma merda de um prédio! Egoísta! Não pensa em ninguém! Fica cega em seu mundinho de sofrimento onde ninguém pode ajudá-la, pois é orgulhosa de mais para aceitar! – Alice despejava as palavras sobre mim sem dó.

Sua face miúda molhada por lágrimas de mágoa, e a minha por lágrimas de desespero. Eu não podia perder mais alguém que eu ame, principalmente Alice.

- Você acha que seus problemas são grandes de mais? Pois não são! Cai na real Bella e se toca que existem pessoas em situações muito piores que a sua e não desistem! Continuam lutando não importa os obstáculos a frente!

- Por favor, Ali, por favor! Eu não quero brigar com você também! Você tem razão a respeito de tudo, mas, por favor, não brigue comigo. – pedi desesperada e então ela suspirou me abraçando.

Por alguns minutos ela nada disse, apenas afagou minhas costas para me acalmar.

- Eu estou perdida Alice, completamente perdida... Estou fazendo tantas besteiras que já até perdi as contas... E o pior de tudo é que a cada dia afasto mais e mais aqueles que eu amo. – murmurei em seus ombros e ela suspirou novamente.

- Está falando de Sirius não é? – perguntou em um tom materno e acolhedor que eu nunca vira sair da boca de minha amiga.

Assenti me afastando.

- Eu vi a briga de vocês... Foi muito feia não é mesmo? – perguntou limpando minhas lágrimas com suas mãos miúdas.

- Eu estava muito nervosa, falei coisas sem pensar, que ferem... Mas eu creio que o magoei de mais Ali, e não consigo me perdoar por isso... Sirius é como um filho para mim, eu o criei dês de que ele fugira da casa de seus pais que nunca foram exemplos de boas pessoas... Criei um grande carinho por ele, um grande amor e eu nunca vou me perdoar por tê-lo magoado como magoei. – murmurei fungando e ela sorriu carinhosamente.

- Não se preocupe vocês farão as pazes. – disse ela convicta.

- Pode me dizer onde ele está agora? Estou preocupada... – pedi baixinho.

Alice ficou por alguns segundos fitando o nada e então sorriu falando.

- Lilian está conversando com ele agora, não se preocupe ele está são e salvo.

Sorri aliviada.

- Alice?

- Hun?

- Desculpe... – murmurei olhando direitamente em seus olhos.

- Só não faça mais isso. Tem noção de como eu quase enlouqueci Jazz por causa da minha súbita loucura em torcer por você não querer aprender a voar?

Não pude deixar de rir com suas palavras. Alice me perdoara e isso era o que importava.

[...]

Alice foi falar com nossos amigos, eu apenas acenei de longe. Eu realmente não estava com vontade alguma de se quer estar perto de Edward.

Segui pelo corredor para ir até minha sala. Os alunos que por ali estavam conversando me olhavam especulativos e com sorrisinhos estranhos, obviamente falando de minha vida... Esse povo não tem mais nada o que fazer além de cuidar da vida dos outros!

- Bella? – por que é tão difícil para as pessoas entenderem que não queremos estar perto delas?

- O que quer Edward? – perguntei me virando sem nenhuma paciência.

A expressão do vampiro era... Aff, em sua cara estava estampado “Tenha pena de mim, sou um pobre coitado!” até parece!

- O que aconteceu ontem...

- Eu não quero saber. – cortei-o tentando seguir o meu caminho, mas ele foi mais rápido parando a minha frente.

De canto de olho vi os alunos do corredor nos observando... Nem comento sobre isso.

- Por favor, me deixe explicar o que aconteceu. – pediu ele olhando diretamente em meus olhos, sua face demonstrava dor... Falso!

- Por que está tentando me explicar isso? Nós não temos mais nada Edward! – exclamei franzindo a testa tentando demonstrar despreocupação com isso.

- Por que eu vi decepção em seus olhos quando viu Tânia... Sei que você se sentiu mal com isso e eu também... – começou a falar rapidamente e gesticulando aparentando nervosismo.

Desviei de seu corpo e comecei a andar, assim que ele estava atrás de mim eu disse.

- Eu não sinto mais nada por você Edward... Fique com quiser, eu realmente não me importo. – minha voz soou seca e mórbida, mas ele não tinha idéia de como me machucava dizer tremenda mentira.

POV Edward

Senti como meu chão tivesse ruído. Paralisei observando-a entrar em sala. Como ela diz isso com tanta frieza? Bella me esquecera? Seu amor por mim acabou? Eu não entendo.

Não tive coragem de abordá-la novamente nesse dia e nem nos que vieram depois. Ela não olhava em minha cara, me ignorando totalmente. Eu apenas a observava com dor. Ela estava triste, fazia as coisas automaticamente. Eu não via mais vida em seu olhar e sinceramente não via no meu também.

Três dias haviam se passado dês de que ela me dissera aquelas duras palavras. Sinceramente eu estava enlouquecendo. Todo o dia Tânia aparecia na saída do colégio e ficava se insinuando para mim que a ignorava totalmente fitando Bella que nos olhava indiferente.

Bom, eu não tinha mais casa... Quer dizer, em nenhuma noite dormi em casa, ficava em motéis e voltava só de manhã cedo, trocava de roupa e ia para o colégio, mantinha a maior distância possível da loira sem sal que parecia me perseguir.

- Cara você está bolado com que Bella te disse né? – perguntou Caio em quanto íamos nos juntar com os outros no pátio no horário do recreio.

- E quem não ficaria bolado com isso? – perguntei novamente. – E você e Patri? – perguntei querendo mudar o foco de mim para ele.

Caio desviou o olhar.

- Ainda não tive coragem de falar com ela. – murmurou cabisbaixo.

- Deveria. – disse seriamente e então paramos de falar sobre isso assim que nos juntamos ao grupo no meio do pátio.

POV Bella

Líli me ligou pedindo que eu desse um tempo para Sirius antes de conversarmos, ela contou-me que ele estava arrependido de ter falado tudo sem pensar, mas precisava esfriar a cabeça para que não brigássemos de novo. Concordei contrariada.

Esses dias eu estava me sentindo tão... Morta. Tão sozinha, e a tristeza me dominava. Depois daquilo que falei para Edward acho que consegui por um ponto final em toda essa história. Era para eu estar bem com isso. Esse passo deveria ser o primeiro para esquecê-lo não é? Não. Ele vivia mais tempo em minha mente do que antes, eu estou prestes a enlouquecer com a dor que tenho que reprimir em meu coração.

E como se isso não bastasse eu tinha que fazer a maior força para ignorar as provocações de Tânia... Ela nada dizia, porém mandava olhares maldosos dos quais eu fingia não ver. Jazz era o único que entendia o que eu estava sentindo e muitas vezes me mandava olhares de pena. Somente ele sabia o quanto eu me controlava para não demonstrar tudo o que eu estava sentindo.

POV Edward

Avistei Bella passando no pátio sozinha, seu olhar como sempre estava morto, sem vida. Eu não agüentava mais vê-la dessa forma, eu não agüentava mais viver sem ela, eu precisava fazer alguma coisa.

- O que vai fazer? – perguntou Alice com a voz meio alterada, os outros no grupo voltaram à atenção para nós.

- Fazê-la me ouvir. – respondi me dirigindo até ela.

POV Bella

- O que você quer Edward? – perguntei na defensiva como sempre quando esbarrei nele. Isso me lembrou quando nos conhecemos, e a dor em meu peito veio sem pedir licença.

- Preciso falar como você. – disse ele firme.

- Não tenho o que falar com contigo. – disse me virando e voltando a andar, ele me impediu parando a minha frente.

- Não precisa falar, apenas escute. – ele disse rouco se aproximando fazendo meu coração bater em falso.

- Eu sei o que vai falar e não quero ouvir. – disse dando um passo para trás.

- Por favor... – murmurou com dor na voz, isso fez meu coração se apertar, mas eu não podia ceder, não depois de tudo.

http://www.youtube.com/watch?v=ZEgs_oQOV5k [Jota Quest – Vem andar comigo][N/a: Escutem]

- Não. – disse seca. Ele arregalou um pouco os olhos e logo eles começaram a brilhar.

- Não é possível... – disse olhando em meus olhos e segurando meu rosto com as duas mãos. – Que não sinta mais nada por mim.

- Por favor, Edward... – murmurei baixinho tentando me mexer, mas foi inútil já que meu coração dizia para eu ficar.

- Diga Bella. Olhando em meus olhos... Que não me ama mais. – pediu ele com a voz totalmente embargada e os olhos brilhando.

- Eu... – tentei dizer, mas eu não conseguia dizer, não isso. Apesar de tudo o que ele me fez eu ainda o amava mais do que a mim mesma.

- Volta para mim... – pediu ele aproximando o rosto do meu e encostando nossas testas, fechei meus olhos sentido às lagrimas chegando.

- Não... – disse em um sussurro

Minha voz não queria sair devido ao nó em minha garganta.

- Por favor... – pediu com a voz tão embolada quanto a minha.

- Não posso... – respondi, ele encostou seu nariz no meu.

- Pode sim... – sussurrou.

- Não... – sussurrei em resposta.

- Eu preciso de você...

- Edward, por favor... – tentei pedir que ele parasse com aquilo.

- Sinto sua falta...

- Eu não quero mais chorar... – sussurrei com a voz embargada.

- Não quero que você chore... – sussurrou aproximando mais ainda seu corpo do meu.

- Por favor, não faça isso... – pedi sabendo exatamente o que ele pretendia.

- Eu não agüento mais ficar longe de ti...

- Edwa... – tentei pedir novamente, mas fui calada com seus lábios.

Eu quis resistir, juro que tentei, mas meu coração estava repleto de saudades. Retribui o beijo delicado e cheio de amor. Edward massageava seus lábios com os meus lentamente, primeiro o meu lábio superior e depois o inferior, um beijo com devoção, um beijo que somente ele sabia dar.


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Notas finais do capítulo

Será que isso vai amolecer o coraçãozinho da Bella?... Sei não... *corre postar o próximo*



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