Capítulo XII – Trovões

POV Edward

- Não entendo o motivo de você estar sorrindo desse jeito, ontem Bella te deu mais patadas do que eu te dou em um mês inteiro. – disse Rose com a testa franzida em quanto eu, minha família e nossos amigos estávamos conversando no pátio em quanto o sinal para o inicio das aulas ainda não tocava. Dei de ombros e continuei sorrindo.

Apesar de todas aquelas patadas, como Rose disse, eu estou me sentindo mais animado. Quero reconquistar Bella de qualquer jeito, e estando tão próximo dela é mais fácil. É claro que as coisas não serão como quando nos conhecemos, naquela época ela não tinha raiva de mim, e nós nos provocávamos sem nos preocupar, e tínhamos apenas um objetivo: amar.

E nesse caso terei que usar outra tática... Sei que Bella ainda me ama, tenho certeza disso, apesar de seu olhar estar sempre frio seu corpo reage ao meu... Talvez minha bruxinha não volte para mim apenas com meu sorriso torto, mas esse não é o meu único trunfo.

POV Bella

Ok! Porque Edward está sorrindo desse jeito? Caio viu minha expressão e riu.

- Parece que você não é a única com planos em mente. – disse ele sorrindo e eu franzi minha testa.

Seguimos até nossos amigos e Caio foi na minha frente cumprimentando todos, eu fui logo depois cumprimentando meus amigos, dizendo oi com beijinhos nas bochechas, mas ainda estava desconfiada daquele sorriso matreiro de meu ex-namorado vampiro.

Hoje ele estava sendo o ultimo para se cumprimentar, assim que terminei a roda passei pela frente dele estreitando meus olhos já que Edward estava assoviando e olhando para cima, suas mãos no bolso, simplesmente perfei... IDIOTA!

Alice soltou um risinho o que me fez desviar o olhar para ela, mas logo minha atenção foi tirada por lábios gelados encostando-se aos meus rapidamente em um selinho. Meus olhos se arregalaram e meu coração bateu em falso, meus lábios ficaram dormentes e relembrando a diferença de temperatura, minha respiração falhou. Mas a minha consciência voltou a toda quando todos começaram a abafar o riso.

- Que PORRA foi essa?! – perguntei autoritária para Edward que me olhava com seu sorriso torto, por um momento me perdi naqueles dentes brancos e perfeitos, mas retomei minha carranca rapidamente.

- Ora Bella, pensei que soubesse o que é um beijo roubado. – disse ele em tom irônico e então completou em falsa preocupação. – Costumava ser mais inteligente que isso meu amor.

Minha boca se abriu com suas palavras, a raiva me subindo a cabeça, mas antes que eu dissesse qualquer coisa ele se virou e andou para a sala, virou a cabeça e me mandou uma piscadela ainda sorrindo e depois voltou seu olhar para frente, do jeito que seus ombros tremiam eu podia afirmar que ele estava rindo.

Meus amigos explodiram em uma gargalhada, até os Cullen estavam rindo, sorri sem mostrar os dentes para eles e sibilei segurando minha raiva.

- Hoje eu mato um. – todos pararam de rir que nem estavam, mas apertaram os lábios tentando se conter. Bufei e fui em direção a sala já que o sinal acabara de tocar.

POV Edward

Confesso que fui cruel, mas a cara de Bella foi impagável. Eu ainda ria quando o sinal tocou, apertei meus lábios quando minha bruxinha entrou na sala soltando fogo pelas ventas e me fuzilando com o olhar, os outros logo apareceram também e quando olharam para Bella e depois para mim desataram a rir mais ainda.

A primeira aula foi matemática, depois da minha resposta de ontem a professora nem me perguntou nada hoje. Fiquei reparando em Bella novamente, ao contrario de ontem ela não estava tensa, parecia estar perdida em pensamentos, vi ela levar sua mão direita até seus lábios, e então grunhiu baixinho pondo as mãos no cabelo e os segurando como se fosse arrancá-los. Sorri vitorioso, quer dizer que meu beijo roubado surtiu algum efeito.

POV Bella

Droga! Porque eu era tão fraca quando o assunto é Edward Cullen? Minha boca ainda estava dormente, era como se eu não quisesse esquecer seus lábios colados aos meus... Suspirei soltando meus cabelos e abaixando minha cabeça. Será que nunca vou esquecê-lo?!

O sinal não demorou a bater, mas eu continuei com a cabeça baixa, sinceramente toda essa história estava mexendo demais com meu sistema nervoso.

- Dormindo em sala de aula, que coisa feia. – sussurrou perto de minha orelha. Edward tinha a voz aveludada rouca e falou de uma maneira muito sexy. Seu hálito gelado bateu em meu pescoço e meus pelos se eriçaram no exato momento, um arrepio subiu pela minha espinha e então o vampiro riu ainda perto demais e novas rajadas de ar me fizeram arrepiar.

- Se você não sair de perto agora eu juro que te transformo em um sapo. – sibilei entre dentes.

- Hun, daí você vai me beijar para me transformar em príncipe novamente? – perguntou divertido e eu não pude deixar de levantar a cabeça para rir da sua cara.

Levantei ainda rindo e fiquei bem próxima de seu corpo, olhei em seus olhos e disse.

- Você nunca foi príncipe Edward, sinto te desapontar. – usei o meu melhor tom irônico e lhe mandei uma piscadela antes de sair de sua frente e ir até o corredor beber água.

POV Edward

Ri com suas palavras.

- Hey, pelo jeito as coisas estão melhorando. – disse Fernando ao se aproximar junto com Erick, Guilherme e Caio. Eu ri sem humor.

- Não melhoraram em nada. – disse dando de ombros e encostando-me na carteira de Bella.

- Mas ela estava rindo. – comentou Erick confuso.

- Ela estava é tirando uma com a minha cara. – disse rindo.

- E porque está rindo? – perguntou Guilherme como se eu fosse algum demente.

- Sinceramente? – perguntei e então dei de ombros. Os quatro me olharam agora tendo certeza que eu era demente.

- Só se prepare. – advertiu Caio em tom zombeteiro e então tomou um tom sombrio quando falou. – Quando Bella é boa, ela é muito boa... Mas quando ela quer ser ruim... Ela é melhor ainda. Fato.

Quando ele terminou de falar nos caímos na gargalhada. Mas no fundo eu sabia que ele estava certo. Muito certo.

POV Bella

No corredor vi as garotas da outra sala me fitando de um modo muito estranho. Eu hein!

- Já não basta ela ter todos os garotos do colégio aos seus pés... Tinha que ter o Edward também... Aff! – sussurrou uma garota a outra que lhe respondeu.

- Ela deve ser algum tipo de bruxa que enfeitiça todos os homens. – ok com essa eu tive que rir.

- Aff cala a boca garota!

- Foi só modo de se expressar!

- Mas o mais estranho é que ela não fica com ninguém... Menina realmente estranha. Se estivesse no lugar dela já teria pegado o Edward há muito tempo. – sorriu a garota de modo malicioso, mas isso ela falou quando eu estava super próxima e ela nem se importou com a altura de seu tom de voz.

- Olha se você o quer, vai em frente! Mas não fique fazendo suposições sobre minha vida, você não tem nada a ver com ela. E o motivo de eu não querer o Edward você vai descobrir depois de 6 meses de namoro com ele. – disse seca para a garota que escancarou sua boca. Juro que tentei me controlar, mas odeio quando as pessoas ficam falando de mim quando elas não me conhecem realmente.

Dei as costas para elas e segui para a sala, onde encontrei certo grupinho rindo. Detalhe: eles estavam em volta de minha mesa.

- Sem querer atrapalhar a reuniãozinha de vocês, mas eu quero sentar. – disse em tom sarcástico e eles nem olharam em minha cara. Eles pediram... – Ô cambada de surdo dá pra sair da volta da minha mesa ou ta difícil?! – perguntei já me estressando.

Eles viraram para mim como se tivessem me notado somente agora.

- Amor você está muito estressada quer uma massagem? – perguntou Edward vindo até minha frente e colocando um dedo de cada lado da minha cabeça e massageando minhas têmporas.

Seus dedos gelados me fizeram arrepiar e os garotos começaram a rir da minha cara. Sério! Eu vou matar um vampiro hoje!

- Toglie la barretta...Agora! [Tire o dedo... Agora!] – sibilei com raiva e ele fez o que eu mandei e deu um passo para trás, acho que percebeu o que eu estava prestes a fazer.

- Perdona, io non fa più. [Desculpe, não faço mais.] – disse ele com olhos tristes, revirei os olhos.

- Ok! Alguém pode nos colocar na conversa? – perguntou Erick passando a mão nos cabelos e eu bufei.

- Vazem daqui! – disse autoritária ignorando sua pergunta.

- O ex-namorado é ele não nós, não precisa nos tratar desse jeito. – disse Caio mais perto de mim, para que somente eu escutasse, seu tom era magoado.

- Desculpe, me excedi. – disse olhando em seus olhos e então suspirei, ele revirou os olhos e afagou meus cabelos antes de ir para a sua mesa, já que a professora já devia estar chegando.

Mas que merda! Edward me irrita e quando quero afastá-lo acabo afastando meus amigos! Argh! Maldita hora que eu fui ficar com um vampiro!

O dia se passou assim, a todo o momento Edward fazia uma gracinha ou dava uma indireta totalmente direta. Eu não sabia o que me irritava mais o fato dele continuar com aquele maldito sorriso torto que me fazia literalmente delirar ou o fato de eu reagir do jeito que eu reagia quando estava perto dele.

A semana seguiu rapidamente, e incrivelmente todos os dias ele conseguia me roupar um selinho e saia rapidamente antes que eu partisse para a agressão, o pior era que toda vez eu ficava balançada. Muito balançada devo acrescentar. Como alguém pode ficar do jeito que eu fico com apenas um encostar de lábios? De gelo no fogo? Suspirei pela quinta vez.

Hoje o dia começou muito estranho, estamos em uma sexta feira, estava chovendo dês de ontem à noite, uma chuva estranha... Não sei explicar direito, mas tenho certeza que não é algo natural.

Olhei para a janela da sala e franzi a testa para aquela densa camada de nuvens negras que cobriam o céu. Voltei minha atenção para Sirius que dava a sua aula de história, meio tenso devo observar, lhe mandei um olhar sugestivo e ele desviou... Eu simplesmente odeio quando me escondem as coisas!

- Então façam as paginas 35,36 e 37. – orientou e foi em direção a sua mesa.

Levantei e segui até ele com o olhar reprovador, percebi meu amigo engolir seco.

- Desembucha. – disse sem paciência em tom baixo.

- Aqui não é lugar Bella. – respondeu olhando sugestivamente para os alunos, estreitei os olhos.

- Eu sei que tem algo muito estranho acontecendo e você não quer me contar... Então acho bom você me falar cada detalhe quando chegarmos em casa Sirius... Você não é mais aquele garoto que aprontava em Hogwarts e escondia as coisas de mim com medo da bronca... Então trate logo de abrir o bico. – disse seriamente em tom super baixo, os únicos que devem ter ouvido eram os vampiros, mas quanto a isso não há problema.

- Está bem Bella, desculpe. – disse ele após um suspiro. – Te contarei tudo quando chegarmos em casa. – assenti e voltei para o meu lugar como se nada tivesse acontecido.

Seja lá o que for que está acontecendo está interferindo no mundo dos trouxas [N/a: para quem não lembra são humanos que não são bruxos] também, e isso nunca é um bom sinal.

Após esse pensamento um grande estrondo ecoou pela cidade inteira, gritos foram ouvidos pelos corredores e a luz piscou como se estivesse com defeito e então apagou. Por causa das nuvens negras no céu, todo o colégio ficou escuro, a claridade era muito pequena e a única coisa que enxergávamos era quem estava bem próximo a nós.

Murmúrios de medo se misturavam com imitações baratas de fantasmas dos estudantes, o trovão foi realmente ensurdecedor e muito ameaçador. Escutei um pequeno gemido de dor, procurei rapidamente quem era. Percebi que Alice estava encolhida com as mãos tapando os ouvidos.

Eu nunca havia pensado nisso, mas como a audição dos vampiros é extremamente aguçada, esse tipo de som que é incomodo para ouvidos normais deve ser insuportável ao ouvido deles. Olhei para Edward com um pouco de dificuldade por causa do escuro e percebi que ele tinha os olhos apertados e as mãos nos ouvidos também.

POV Edward

Se tinha algo que eu odiava era trovões, não por medo como Alice, mas eles machucavam meus ouvidos e de todos os vampiros, principalmente quando eram nessa potencia.

Um novo clarão iluminou a sala e logo seguiu de um grande estrondo que fez até mesmo as janelas tremerem, ouvi minha irmã choramingar assim como as garotas em quanto os meninos faziam barulhos de fantasmas, mas não era de fantasmas que minha irmã tinha medo... O problema era que ela se lembrava da noite em que nossos pais foram mortos, suas lembranças eram piores que as minhas já que ela presenciou tudo, e foi exatamente em uma noite com grandes trovoadas que tudo aconteceu.

- Alice você está bem? – vi Bella agachada ao lado de Alice, a essa altura Sirius já havia mandado todos ficarem quietos e pararem de assustar as garotas, o que não adiantou muito.

Com minha visão apurada pude ver a baixinha fazer bico e Bella abraçá-la de lado. Outro trovão ecoou e minha irmã agarrou minha bruxinha forte e escondeu seu rosto na curvatura de seu pescoço.

- Alice, desaperta você está me quebrando. – pediu Bella sem fôlego e a baixinha fez bico novamente soltando-a.

- Desculpe. – murmurou quase chorando e minha bruxinha afagou os cabelos de Alice delicadamente.

- Tudo bem Ali, mas por que tem tanto medo? – perguntou carinhosamente, mas ela não quis responder, apenas abraçou Bella mais forte e chorou baixinho. – Hey fadinha, calma. – sussurrou afagando os cabelos repicados da baixinha.

Eu queria ir até lá e abraçar as duas, mas não queria estragar o momento, Bella e Alice tinham um carinho uma pela outra invejável, eram como irmãs.

- Bella, vou precisar da sua ajuda, vem comigo? – chamou Sirius indo em direção a porta.

- Mas... – Bella hesitou olhando para Alice.

- Pode ir eu cuido dela. – disse me aproximando e puxando minha irmã para que ela viesse comigo até minha carteira.

- Ok... – disse Bella com dor na voz olhando para Alice e então retirou sua varinha que estava presa no cós de sua calça e foi com Sirius, a escuridão não permitiu que os humanos a vissem. – Illuminus. – pude ouvir o feitiço de minha bruxinha quando a mesma estava no corredor. – Sirius o que está acontecendo?

- Não tenho muita certeza.

- Vem Lice. – chamei minha irmã que se agarrou em minha cintura ainda chorando, segui até minha carteira e me sentei colocando a minha fadinha em meu colo, ela se agarrou em meu pescoço me abraçando forte e então liberou sua mente para que eu visse as imagens.

Eu tinha razão Alice estava relembrando a morte de nossos pais.

POV Bella

- Como não tem certeza? O que diabos tanto me esconde? – perguntei já sem paciência e iluminei seu rosto com a minha varinha para enxergá-lo.

- O Lorde das Trevas está fazendo uma tremenda bagunça no mundo dos bruxos, é uma verdadeira matança, e os que se unem a ele é por medo que ele os mate, seu poder é impressionante... Não sabemos mais o que fazer. – explicou em tom baixo e eu quase surtei.

- O QUE?! E só agora você me fala isso? PQP Sirius! Esse é o tipo de informação que você não pode esconder de mim! – quase gritei e ele fez com a mão para que eu baixasse o tom antes que alguém escutasse algo. – Vocês até o chamam de Lorde! Meu Deus! Vocês têm respeito por ele? Respeito por um ser das trevas? Eu não acredito nisso! - disse indignada em tom baixo.

- Você não tem noção do seu poder Bella, nunca estive frente a frente com ele, mas o rastro de energia que ele deixa por onde passa é impressionante, é muito maior que o rastro de energia que você ou até mesmo Dumbledore deixam... É algo que você nunca viu. – não me assustei com suas palavras... Sirius nunca viu eu usando todo o meu poder, portando a energia que ele já viu de mim não é parâmetro para nada, assim como Dumbledore.

- Na verdade ela já viu. – uma voz ecoou no corredor fazendo com que eu e meu amigo virássemos as varinhas apontando para o homem que se aproximava.

A sombra foi se aproximando até a luz que saia de nossas varinhas e neste momento relaxamos e percebemos que não era apenas um homem e sim dois bruxos, Dumbledore e Alastor Moody. 

- Parece que Sirius finalmente resolveu lhe contar as coisas... Ela não me parece depressiva. – disse Moody primeiro olhando para mim e depois para meu amigo.

Mandei meu melhor olhar sinistro para Sirius que deu um passo para trás automaticamente, mais tarde teríamos uma conversa muito seria. Voltei meu olhar para Alastor.

- Nós seguimos o rastro de você-sabe-quem até essa cidade, é por causa dele essa chuva de trovões. – explicou ele e eu bufei.

- Não eu não sei quem é ele, será que podem me dizer seu nome? Não acredito que até você tem medo de dizê-lo Alastor!

- É conhecido como Lorde Voldemort, e você já o conhece de velhos tempos... – disse Dumbledore olhando para mim e minha testa enrugou, eu não conhecia nenhum Voldemort e ninguém com o poder de dar medo até mesmo em Moody. – Talvez não conheça por esse nome Bella, pois ele o mudou para impor respeito.

- E qual é o nome dele afinal?

- Tom Riddle. – gelei, esse foi o garoto que eu tive uma péssima sensação quando entrei para a escola de bruxaria, não é de se duvidar que ele virasse um bruxo das trevas, sem dizer que ele tentou me matar quando éramos crianças, mas graças a um campo de força que eu uso até hoje em minha volta ele não conseguiu, o mesmo campo de força que impede que Edward e outros bruxos entrem em minha mente.

- Entendo. – disse seriamente.

Sirius olhou para mim estranho, não é à toa já que eu nunca contei essa história para ninguém, os únicos que sabem são Sophia e Philip, já que eles estavam presentes quando Tom me atacou.

- Bem, só viemos avisá-la para tomar cuidado, tudo indica que ele está por aqui, nessa cidade... Agora precisamos ir, continuaremos em busca de pistas. – disse por fim Dumbledore, assenti e eles se foram.

- Vamos. – disse a Sirius que ainda tentava ler minha expressão seria. – Eu estudei com Tom, nós temos a mesma idade, por isso o conheço, dês de pequeno teve grandes poderes e grandes ambições. – expliquei rapidamente em quanto nós andávamos até uma sala para pegar lanternas.

Meu amigo nada disse, apenas ficou perdido em pensamentos.

Logo encontramos com os outros professores que também foram buscar lanternas, combinaram em levar todos os alunos para o salão, já que lá havia varias janelas de vidro e tudo deveria estar mais iluminado do que as salas de aula.

- Bella você pode ir até a sala do terceiro ano, o professor Rodolfo foi o único que não veio até aqui pegar lanternas, leve uma para ele e diga para descer com seus alunos para o salão. – me pediu o diretor Cleber.

- Claro. – disse e segui para a sala.

Chegando lá percebi que o professor ainda dava aulas... Isso que é amor a profissão, os alunos que não devem estar gostando em nada disso. Bati a porta.

- Com licença professor.

- O que quer? – um poço de gentileza.

- O diretor pediu para o senhor levar a sua turma até o salão, todas as aulas foram canceladas por causa da falta de luz. – expliquei e ele bufou, os alunos comemoraram baixinho.

- Ta, ta, já estou indo. – disse ele me expulsando.

- Er... Só mais uma coisa... – disse procurando Jasper na sala. – Jazz, é melhor você vir comigo agora, Alice está precisando de você. – meu tom era preocupado e tenho certeza que ele percebeu, pois levantou em um salto pegando suas coisas e vindo em minha direção, ignorando totalmente os protestos do professor. – Ah, professor... O senhor vai precisar disso, os corredores estão muito mais escuros que essa sala. – lhe entreguei a lanterna e segui para a porta.

- E como pretende chegar até o salão sem luz? – me perguntou o professor erguendo uma sobrancelha, só agora percebi que estava apenas com uma lanterna.

- A minha lanterna está aqui. – disse erguendo minha varinha rapidamente. – Illuminus – sussurrei para que a luz surgisse.

Não esperei que ele me fizesse outras perguntas segui com Jazz até o salão.

POV Edward

Alice chorava baixinho em meu ombro em quanto mostrava tudo o que aconteceu aquele dia. Mas algo mudou, o começo da visão não foi quando ele já atacava nossos pais e sim antes disso.

- Alice? – perguntei sem entender e ela desencostou de mim e me fitou nos olhos.

- Foi tudo culpa minha Edward. Tudo culpa minha. Ele queria a mim, nossos pais poderiam ter saído ilesos e você também não... – um soluço a interrompeu e eu a abracei ainda sem entender.

- Do que está falando maninha? – perguntei afagando seus cabelos espetados e então ela me mostrou.

Segurei um rosnado crescente dentro do meu peito, por que ela nunca me contara isso? Eu teria ido atrás daquele infeliz! Acabaria com ele! Alice continuava a mostrar suas memórias e minha raiva só aumentava.

James era o nome do vampiro que matou nossos pais, loiro com olhos vermelhos rubi. Segundo as lembranças de Alice ele já a cercava há algum tempo, e sua inocência não a fez ver o quão maligno aquele ser poderia ser. No dia em que tudo aconteceu, ela o convidou a entrar, mal sabia que estava permitindo que ele a machucasse.

- Eu convidei o assassino de nossos pais para entrar Edward. A culpa é toda minha. – soluçou em meu obro me abraçando forte.

Senti minhas presas crescerem em minha boca.

Fim do capítulo.