A última Cartada escrita por daghda


Capítulo 28
Rabicho


Notas iniciais do capítulo

Capítulo ponte.... tem pequeninas informações, sutis mas importantes....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/10152/chapter/28

Ao sair pela porta do aconchegante chalé de Tiago e Lílian em Godric’s Hollow, Pedro, Remo e Sirius sabiam que qualquer vacilo poderia colocar tudo a perder, revelando muito precocemente a localização do esconderijo tão cuidadosamente arquitetado para os amigos e seu filhinho. Por isso, ainda na soleira, dois deles, Remo e Sirius, se despediram do amigo baixinho e, girando habilmente em torno de si mesmos, desaparataram, cada um para seu destino: Remo, mais aliviado, de volta para a casa de seus pais; Sirius, com o envelope lacrado e muito bem protegido no bolso interno do colete que sempre usava, direto para a presença de Dumbledore, como ele deveria fazer.

 

 

 

Petigrew até começou o mesmo movimento, mas o interrompeu ao meio. Pensara em ir para sua pequena casinha, que fora de seus pais antes que estes partissem em viagens aventureiras, e lá assumir sua forma animaga, e tentar sobreviver por lá enquanto fosse possível, se alimentando dos mantimentos que ainda tinha nos potes. Mas pensou melhor e decidiu tornar-se ainda ali mesmo, na soleira da porta do chalé, o pequenino ratinho pardo que era quando sob o encanto, e permanecer por ali, em Godric’s Hollow mesmo, podendo então visitar os Potter com freqüência, mantendo-se por perto, podendo inclusive, se preciso, refugiar-se na casa oculta pelo feitiço poderoso do qual ele era o fiel.

 

 

 

Mas acima de tudo, porque pressentia, tanto pelos rumores que conseguira absorver da Ordem da Fênix, como por ser de seu conhecimento que o Lord das Trevas, de quem ele queria fugir a qualquer custo agora, não tinha interesse em vasculhar novamente aquele chalé, por já tê-lo feito sem sucesso.

 

 

 

Então, apontando a varinha para a própria cabeça, transformou se silenciosamente no pequeno animal, sendo este o único feitiço que conseguia realizar não verbalmente.

 

 

 

Andou ao redor da casa, observou as paredes, procurou qualquer fresta por onde fosse possível se esgueirar. Poderia manter-se abrigado, secretamente, ali mesmo. Seria seguro para ele, e, por conseguinte, também aos amigos protegidos ali. Pois se ele não fosse encontrado e descoberto, os Potter também não seriam. Mas não encontrou. Precisaria roer as madeiras grossas, e por hora, não julgou necessário. No mais, sempre poderia voltar à forma humana e bater à porta. Agora, mais do que nunca, sabia que sempre seria bem recebido pelos amigos, e sentia-se resoluto a manter-se fiel àqueles amigos. Precisaria pensar em outro lugar que fosse tão seguro quanto o chalé, e onde não fosse passar tanta privação. Onde encontrasse comida e teto, sem correr o risco de ser descoberto e escorraçado. Tinha uma parca idéia quanto ao lugar ideal. Só precisaria se assegurar de encontrar um meio de entrar em algum lugar.

 

 

 

Por fim, decidiu andar pelos arredores um pouco, para averiguar se tudo estava seguro e tranqüilo, o que não demorou muito para se considerar satisfeito. Depois partiu para o seu destino. Já havia visitado Godric’s Hollow uma centena de vezes, e sabia muito bem onde procurar abrigo e comida. O caminho até a praça central do vilarejo foi para ele, na forma de rato, bem maior do que julgara, acostumado que era em fazer aquele percurso com suas pernas humanas, que apesar de serem curtinhas, ao menos não eram tão mínimas como as de sua forma animal.

 

 

 

Mas ainda assim, ganhava agilidade quando se transformava e conseguiu cumprir a pequena jornada em poucos minutos, vendo-se, enfim, diante de um lugar que correspondia ao que estava procurando. Não poderia haver lugar melhor. Entrou por uma fresta, que rezou intimamente para encontrar, e se viu exatamente no lugar em que desejava estar. Os porões do pequeno, mas farto, armazém da cidadela.

 

 

 

Ali teria abrigo, alimento, e só teria que tomar cuidado para não ser descoberto pelo dono do armazém, pois podia, plausivelmente, supor que o dono não gostaria de encontrar um rato no meio dos mantimentos que comercializava.

 

 

 

E com a fartura de alimento que encontrara ali, espalhada mesmo pelo chão, por escaparem constantemente das sacas que o embalava, ele nem sequer precisaria voltar à forma humana para nada. Somente mesmo quando fosse visitar os Potter.

 

 

 

Estaria seguro pelo tempo que fosse necessário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Enfim... precisava mostrar como Petigrew se comporta nesses momentos da saga...
espero que tenha valido a pena a leitura
Abração
Daghda Mac Bel