A última Cartada escrita por daghda


Capítulo 12
Missão insólita e o ataque totalmente inesperado.


Notas iniciais do capítulo

As ações de Lord Voldemort e seus comensais da morte estão cada vez mais violentas e frequentes, mas Alvo Dumbledore e a Ordem da Fenix, não recua. Muitas providências se fazem necessárias e surpresas vão surgir



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Em poucos minutos todos os comensais da morte estavam alvoroçados com as ordens berradas pelo Lord Negro. Snape e Rabicho não iriam. Precisava que esses dois estivessem totalmente imaculados aos olhos do Ministério da Magia, da Ordem da Fênix e de Dumbledore, para que seus planos pudessem ser bem sucedidos. Seriam criados seis grupos de quatro comensais. Cada grupo iria atrás de uma das vitimas. E o Lord queria todos vivos. Os comensais restantes iriam atrás dos Evans, não para raptá-los, mas para, se possível, eliminá-los. Mas isso não era o principal da missão, e por isso somente os comensais restantes, aqueles que o Lord não considerava tão competentes, foram designados para esse último serviço: caso falhassem não colocariam em risco o resto da missão, mas se surpreendentemente tivessem êxito, seriam dois trouxas dos mais incômodos a menos no mundo. O foco principal era trazer os pais dos bruxos, aqueles que também eram bruxos, que teriam magia suficiente para se tornar fieis do segredo do feitiço 'Fidelius'. Não necessariamente inteiros, mas ao menos capazes de se manterem vivos enquanto o Lord quisesse, e com as mentes intactas, para que ele pudesse descobrir o que queria.


Assim organizados, ao final da tarde daquele mesmo dia estavam todos os comensais a postos. Três grupos exatamente às sete horas estavam invadindo as casas dos casais e investindo contra as indefesas senhoras, enquanto nas saídas de seus respectivos serviços os três homens eram brutalmente abordados e arrastados pelos homens mascarados e vestidos de preto. A marca negra não tinha sido invocada sobre os tetos, pois naquele anoitecer não haveria mortes. Mas a força-tarefa dos comensais havia sido muito bem sucedida, aproveitando brilhantemente o elemento surpresa do assalto planejado, atingindo louvável êxito, com exceção dos atrapalhados e azarados comensais que foram atrás dos Evans; eles não contavam que estes, por não serem bruxos, estariam protegidos por feitiços escudos e amuletos repelentes de magia das trevas tão poderosos que suas maldições e azarações ricocheteavam contra eles mesmos, e foram os que voltaram à presença do Lord de mãos vazias e com mais ferimentos e escoriações. E antes que se concluísse aquela hora, estavam todos os seis bruxos idosos e indefesos diante do Lord, sendo atacados com as mais variadas maldições que causavam dor, além de legilimancia, muita 'Verita Serum' e uma quantidade de feitiços das trevas reveladores de pensamentos que os eruditos bruxos somente sabiam existir, sendo muito nobres para conhecê-los além dos livros.


Também antes que aquela hora se concluísse, Alvo Dumbledore e os membros da Ordem da Fênix já estavam a par do ocorrido, extremamente preocupados. Chegava-lhes simultaneamente a noticia de que os partos haviam começado. Sim, porque Lily e Alice começaram a sentir contrações quase ao mesmo tempo, e as duas crianças nasceriam no mesmo dia, quase na mesma hora: trinta e um de Julho. Último dia do sétimo mês do ano de mil novecentos e oitenta. Pomfrey já estava a postos com duas estagiarias que a ajudariam, e depois teriam suas memórias apagadas, obviamente.


Providências imediatas precisariam ser tomadas. Um novo esconderijo não seria imediatamente necessário. Hogwarts precisaria do máximo de reforços de segurança que fosse possível, tanto em nível de feitiços quanto de uma guarda secreta formada de bruxos competentes. Mas Hogwarts não seria mais uma brigada segura para os casais durante muito tempo, e a mente habil de Dumbledore já começara a arquitetar possíveis novos esconderijos e as formas mais eficazes de torná-los seguros.


Os casais não deveriam saber, não agora, nem Pedro, Lupim ou Sirius. Eram muito próximos. Foi mais eficaz a precaução pela qual Dumbledore optou: chamá-los a Hogwarts sob pretexto de fazer companhia aos papais nervosos, e assim mantê-los ocupados e impedidos de sair de suas vistas. Era necessário designar um grupo para investigar e tentar resgatar os sequestrados o mais rapidamente possível, e Dumbledore sabia, não havia muito tempo. De alguma forma Voldemort descobrira quem era o guardião do segredo do encanto Fidelius que protegia as crianças e seus pais.


Designara para essa missão, sob o comando de Alastor Moody, o velho e competente Olho-Tonto, Aberforth, Fábio e Gideão Prewett, Hagrid, Flitwick, as irmãs Hooch, McGonaghal e Sprout, que partiram antes mesmo que os partos se concluissem, e que trabalhariam incessantemente na busca e resgate dos avós.


Logo essa tropa descobriria que o Sr. e a Sra. Evans estavam já fora de perigo, ao menos temporariamente, mas Dumbledore achou mais prudente mantê-los longe de Hogwarts e dos netos para não levantar suspeitas ao Lord, caso estes ainda estivessem sendo vigiados. Providenciou para que fossem ocultados no lugar que menos chamaria a atenção de Lord Voldemort no momento: No Caldeirão Furado. Os manteriam transfigurados em um casal Negro, de Angola, com uma falsa Aura de Magia, para que fossem confundidos com sangues puros, apenas um tanto atrapalhados e incompetentes na magia, mas donos de muitos galeões.


Os bebês nasceram enfim quase ao mesmo tempo. Primeiro veio o pequeno herdeiro dos Longbotton e logo depois, com poucos minutos de diferença, veio o pequeno Potter. Neville e Harry, as mamães repetiam uma para a outra entre risos e lágrimas de emoção.


Voldemort repetiu por dias incontáveis os mesmos interrogatórios e as mesmas torturas sobre os seis velhos, sempre infrutiferamente. Incrível a determinação daqueles inúteis: sua legilimancia não lhes penetrava, verita serum fazia o efeito de um poderoso feitiço da língua presa, torturas não lhes causavam o menor estremecimento. E Voldemort ia por se frustrar em seus intentos. Não sabia de quê o poder do amor era capaz.


E os dias passavam sem que nada mudasse. Tiago, Lilian, Alice e Frank já estranhavam deveras a ausência dos vovôs e vovós que, até então não se ausentavam sequer uma noite, e que estavam até mesmo mais ansiosos do que eles pela hora do parto das duas mamães.


E tanto entre os comensais e seu mestres, quanto para Dumbledore e seus partidários, as coisas continuaram na mesma, no ermo, até que mais uma vez Snape solicitara audiência com o diretor de Hogwarts. Claro que Dumbledore vê na ocasião uma oportunidade perfeita pra tentar investigar algo sobre os três casais sequestrados, mas muitas coisas, outras coisas, estranhas e inesperadas, o surpreenderiam nessa audiência.


Snape o olha com imensa frieza e não insiste tanto quanto o diretor esperava pelo cargo de professor. Ao contrário seu tom beira a exigência e a ameaça. Ele que até então, provavelmente por orientação de seu mestre, tentara afetar o máximo de cortesia e diplomacia, surpreendia com  estranha e mal organizada rispidez e nervosismo. Dumbledore naturalmente não poderia saber que Lord Voldemort estava pressionando o Bruxo macilento que se mostrava trêmulo pela primeira vez diante dele a conseguir logo se infiltrar no castelo, visto que os trabalhos de Petigrew já não se mostravam tão eficazes.


Mas quando Snape concluiu que seus novos esforços foram igualmente frustrados, como todas as outras vezes, não importando a tática diferenciada que usara, decidiu que era hora de ir. E o funesto bruxo apenas ergue o braço depois de ‘o recado dado’, se despede. Mas ao fazer isso tem uma atitude totalmente inesperada, causando estranheza no outro, de barbas e cabelos longos e brancos, levando os dois a se olharem por um momento no fundo dos olhos, desvelando-se mutuamente suas almas. Snape leva suavemente o dedo aos lábios pedindo silêncio absoluto, Dumbledore se imobiliza observador, com as mão mais do que nunca trêmulas e incertas, Snape leva as mãos aos bolsos, retira um envelope bem lacrado, e o ergue diante das próprias vistas, depois entrega a Dumbledore, com imensas e bem traçadas letras dizendo. “não leia agora e finja que não recebeu isto”. Intrigado, o velho barbudo julga prudente seguir as orientações do envelope e conclui as tensas despedidas ao aspirante à vaga. Resume-se a, quando sozinho novamente no gabinete, sentar-se confortavelmente só em sua cadeira, abrir cautelosamente o envelope, não sem antes conferir com feitiços poderosos de sua varinha se não havia nada errado, como uma maldição ou veneno, por exemplo, e começar a ler o que havia pra ser lido:

 “Professor Dumbledore;

Não ousei mencionar ou deixa-lo mencionar esta durante nossa reunião, pois estava sob os efeitos do feitiço 'Audiunus Vobisáudite' que, como o senhor bem sabe, garante ao Lord Negro ouvir tudo o que fosse dito então através de meus ouvidos.

Somente a você posso recorrer agora, a questão é extrema.


Preciso de sua ajuda, e a imploro. Se estiver disposto a conceder-me seu apoio, me encontre na colina, ao sul de Hogsmead, na tarde de amanhã. Venha só.

Não é uma armadilha. 

Severo Snape”


Este pedaço de papel foi lido e relido inúmeras vezes até quase a hora marcada para o tal encontro. Até então milhões de pensamentos fervilhavam na mente de Dumbledore e o velho diretor sabia que não poderia protelar mais sua decisão. andou mais algumas vezes no entorno do escritório e retirou várias memórias e as depositou em frascos delgados, armazenando-os em um armário com um incontável de outros frascos idênticos, todos etiquetados, contendo séculos de memórias arquivadas. E foi em um único e breve pensamento que todo o esclarecimento veio a luz diante de seus olhos atentos e muito azuis: Snape sempre fora apaixonado por Lilian, Dumbledore, que sempre desconfiara disso, teve essas suspeitas confirmadas pelos fatos ocorridos em decorrência do casamento de Lily e Tiago. E nada mais poderia desesperar tanto o frio e tristonho ex-aluno da casa de Sonserina. Enfim Dumbledore toma sua decisão. Sacode a varinha e de sua ponta sai um vapor prateado que bem rápido toma a forma de um pássaro, uma fênix que sai da sala, voltando após alguns segundos com uma assustada Minerva McGonaghal aos calcanhares.

_Alvo, o que houve, porque um patrono?

_Acalme-se, Minerva, não é nada grave, ao menos por enquanto. – e ergue um pergaminho escuro preenchido por letras bem traçadas até as mãos da professora.


Minerva toma em suas mãos a estranha carta e reconhece de imediato a caligrafia. Não crê no que os olhos vêem. Em um primeiro impulso, repulsa, quase empurra o papel de volta nas mãos que o entregaram a ela e se recusa sequer a ler. Mas dá uma boa olhada nos olhos de Dumbledore e encontra tanta determinação que não vê alternativa. Desdobra e lê. Cada linha a assusta um pouco mais.

_Mas o que significa Alvo, você não está pensando em ir ao encontro... você não confia realmente nele?

_Ainda é cedo para conclusões e julgamentos, mas tenho um pressentimento...
Talvez... o melhor a fazer seja ouvir o que Snape tem a dizer.

_Então me chamou para irmos juntos?

_Não, Minerva, ele foi claro: ‘vá sozinho, não é uma armadilha’. Mas a chamei por que... se algo acontecer...

E uma pálida McGonaghal apoia-se no encosto da cadeira a sua frente.

_Como pode se expor a isso?

Mas o velho a interrompe afetando sensatez à voz:

_Não que eu espere que aconteça, mas se acontecer... não permita que os trabalhos da Ordem da Fênix cessem, ou todo o mundo, dos bruxos e dos trouxas, estará perdido.

_Alvo, sabe que pode contar comigo, mas...

_Então já vou Minerva, cuide da escola e... cuide de tudo.



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Notas finais do capítulo

Adoro review... quem não gosta? Eu escrevo review pra todo texto que leio e respondo a todos que me mandam. Adoro review, mas quem não gosta?