Lucie pov’s

Eu me olhei no espelho pela quadragésima vez. Droga por que meu cabelo nunca fica bom?

- Lucie o Henrique chegou.

- Já vou mãe.

Arrumei a ultima mecha, droga ainda está ruim! Será que todos ficam assim quando visitam a irmã da sogra?

- Você está fabulosa!

- Obrigada. Mas você acha mesmo? Não tem nada fora do lugar... o meu cabelo, o meu cabelo está bom?

- Nossa que preocupação é essa, parece o Ricardo.

- Você não me disse se estava bom.

- Está ótimo, vamos.

Eu atravessei a rua com o coração quase saindo pela boca.

- Relaxa Lu, minha tia não vai te fazer passar por uma sessão tortura, é só um jantar.

- Legal, agora me explica a diferença por que se eu puder escolher vamos já para sessão tortura.

Ele deu uma gargalhada e apertou a campainha.

- Está sem as chaves?

- Não, mas a titia quer que pareça algo normal como se eu não morasse na casa dela e ela não te conhecesse.

- Por quê?

- Hãããn, não sei. Deve ser por que ela é louca.

- OIIII querido.

- Oi titia.

- Quanto tempo. Quer me apresentar a sua namoradinha?

- É a Lucie titia.

- Muito prazer.

Eu estendi a mão para ela entrando na brincadeira.

- Muito prazer querida. Vamos entrando, vamos.

Eu e o Henrique fomos para sala onde estava o Ricardo e a namorada sorridente dele.

- Oi Lucie. - Ela se levantou para me cumprimentar. – Eu sou a Clara, muito prazer.

- Muito prazer Clara.

- Bem enquanto vocês ficam conversando assuntos de mulher eu e os garotos vamos jogar uma partida de pôquer.

O Sr. Kepler falou, para o meu desespero, se referindo a mim, Clara e a mãe do Ricardo.

- Então Clara a quanto tempo você e o meu filho estão juntos?

- Não muito tempo Senhora Kepler. Na verdade o Ricardo me convenceu a namorar com ele hoje a tarde.

Eu a olhei espantada. É claro que eu sabia que eles estavam juntos a pouco tempo, mas a garota dizer isso assim?Só podia ser mais uma armação dele é claro.

Ricardo pov’s

- Ricardo venha já aqui!

Eu ouvi minha mãe exclamando nervosa. O que será que eu tinha feito dessa vez?

- O que mãe?

- Há quanto tempo você a Clara estão juntos?

- Não tenho bem certa, mas faz uns três meses não é amor?

- Se eu bem me recordo faz umas três horas, não é meu amor?

Eu a olhei espantado, até o Josh se saia melhor como acompanhante do que aquela garota; eu a puxei para um canto afastado.

- Você ficou maluca? A mamãe pode se suicidar se você continuar falando assim.

- Você me toma pelo quê Ricardo?Acha que eu sou idiota a ponto de acreditar que a sua mãe irá se matar? Pois saiba que eu sei de mais coisas que você imagina!

- Como o que, por exemplo?

- Do seu amor pela Lucie.

Eu senti meu rosto ficar vermelho.

- Do que você está falando?

- Do que eu estou falando?

Ela gritou alto chamando a atenção de todos, principalmente da minha mão que estava pronto para dar um soco nela.

- Estou falando do seu louco amor pela Lucie e falando das mentiras que você contou a ela sobre o Henrique.

A Lucie e o Henrique se entreolharam.

-0 Tchau Henrique, eu não vou ficar aqui para ver mais uma das palhaçadas do Ricardo.

Ela saiu sem nem dar tchau pra mais ninguém. Eu não tentei impedi-la apenas corri pro meu quarto, não sei como a Clara descobriu do meu amor pela Lucie, por que afinal eu não sinto amor nenhum pela Lucie.

Depois de algumas horas que eu passei trancado no quarto sem querer ver ninguém a porta se abriu e o Henrique com seu sorriso irônico entrou.

- O que você quer aqui?

- Acho que precisamos conversar.

- Conversar o que?

- Bem simples Ricardo. Você esquece a minha namorada, por que eu sei que você esta querendo pegar a Lucie, e eu paro de armar pra você.

- Então foi você? o que você fez pra Clara consentir em falar tudo aquilo?

- Ricardo meu querido primo, não é só você que pode usar os quartos do casarão para conseguir o que quer.

- Eu sabia. Você não passa muito tempo sem galinhar não é mesmo?

- Quem é você para dizer isso hein Ricardo?

- Eu sou o tipo de garoto que não magoa as meninas que realmente estão apaixonadas por mim, eu sou o tipo que não me faço de santo sendo um galinha incontrolável como você. como dizem pelas costas nós somos muito parecidos, mas eu não me faço.

- Lindo o discurso – ele começou a aplaudir – O que vai fazer agora, se candidatar a vereador?

- Idiota. Agora eu vou falar pra Lucie o tipo de homem que você é.

- E pensa que ela vai acreditar? Você já armou tanto nos últimos jantares que vai ser difícil ela acreditar em você.

Era verdade. Eu tinha dado tanta mancada que ela nunca iria acreditar em mim, mas o Henrique vai me pagar por tudo o que ele fez e vai ser agora.

Num ímpeto de raiva em pulei no pescoço dele e comecei a soltar toda a minha raiva até fazê-lo sangrar e solta-lo.