O meu papai me chamou logo de manhã cedo no outro dia. Sairia uma reportagem sobre ele no jornal, ou melhor sobre a empresa e nós tiraríamos uma foto da “família”. Eu vesti as minhas roupas novas que eu havia comprado para incrementar o meu plano. Fiquei meia hora tentando tomar uma táxi e depois fui para a empresa. As duas viborazinhas e a víbora mãe já estavam lá vestidas como peruas e o meu pai dando a entrevista.

Eu cheguei e a Alexandra rapidamente me puxou pra fora da sala do meu pai.

- Você não acha que vai sair na foto vestida assim né?

- Se você realmente preferir eu não me incomodaria de tirar a foto pelada.

- Ouça garotinha isso é muito importante para a empresa e para o nome da família esta me ouvindo? Pois sendo assim seria imensamente cordial de sua parte tentar parecer uma menina normal.

- Não enche Alexandra.

Nesse momento o fotografo chamou-nos para tirar a tal fotografia. Com eles querendo ou não foi daquele jeito mesmo que eu ou aparecer no jornal.

Um dia depois

Eu estava calmamente sentada no sofá da sala quando ouço a campainha. Ouvia-a tocar seis vezes até que a Amanda viera atender a porta, na luta para eu ser expulsa de casa a falta de educação era uma arma importante.

- É pra você esquisita.

Pra mim? Oras mas quem será?

Logo eu vi minha mãe entrar e vir direto me dar um abraço fortíssimo.

- Elena ainda bem que você esta aqui  - disse meu pai que saia da cozinha. – ia mesmo te ligar. Você ainda quer a guarda dessa ai?

- A guarda da nossa filha? Com certeza!

- Ótimo! Pensei que depois de tudo você fosse reacusá-la. Pode levar então.

Todos a olharam espantados. Eu me senti uma mercadoria sendo devolvida a loja, mas não podia estar mais feliz. E foi só ai que eu percebi que a minha mãe não tinha vindo sozinha.

Ricardo pov’s

Eu vi a Lucie sentada no sofá com aquelas roupas que a deixavam tão dark, mas não tive coragem de entrar na casa do pai dela. E ela estava em êxtase, sairia da casa daquele velho no mesmo dia, estava tão bem que só percebeu a minha presença quando já estava de saída.

Quando nós cruzamos os nossos olhares só por um breve momento eu senti o meu rosto corar. Sei que isso é coisa de mulher mas por um motivo ou outro senti um pouco de vergonha por olhá-la nos olhos. Mesmo por que depois do que havia acontecido nós só havíamos nos visto em algumas situações muito extremas. A ida dela para casa do pai não nos deixou pensar no que realmente havia acontecido, por que aquilo não foi só um beijo, um desejo carnal ou algo que não envolvesse nada. Eu sabia que apenas aquele encostar de lábios que nada significa perto de outras coisas que eu já foz com mulheres ou até mesmo com apenas garotas, aquilo havia mexido com a Lucie, dava pra ver nos olhos dela.