Amor e ódio entre Duas Sacadas escrita por Lorelei


Capítulo 15
Capítulo 15 - uma garota obscena e o que voce comeu na ilha Ricardo?




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Lucie pov’s

O Ricardo estava falando com o dono do barco que nós iríamos alugar e eu estava passando protetor solar na Lara. A garota é extremamente morena, igual ao irmão e nem sei pra que ela se enche de protetor.

- Ei Lucie ele já alugou o barco pra um casal de velhinhos.

- E como a gente vai?

- Boa pergunta. Não faço a mínima.

- Mas e se a gente pedir pros velhinhos, se lá, vai que ele precisam do barco só mais tarde?

- Esquece Lucie. Era a velhinha do supermercado, ela me chamou de aproveitador.

- O que? Com que direito ela disse isso?

- Desculpa Lucie, mas eu tive que disser a ela que você era só uma menina obscena.

- Você disse o que?

- Bem Lucie, eu não podia deixar a velha pensar que nós iríamos à ilha pra transar.

- E ai você disse que eu era só uma garota obscena?

- Tinha outro jeito?

- Podia ter dito a verdade a ela.

- Sim, com toda certeza ela ia acreditar que se tratava da primeira vez que eu ia ao supermercado.

- Tem razão. Mas agora como a gente vai pra ilha?

- Tem um barco de madeira pequeno. Ele ta abandonado no porto há um tempo, mas ai só daria para nós dois irmos.

Eu pensei por um momento. Aquilo podia ser só mais uma armadilha do Ricardo pra me agarrar na ilha, porem ele não faria isso sem o meu consentimento.

- Por mim tudo bem. Mas você dá a noticia pra Lara.

Ele falou com a Lara que ficou um pouco desapontada mas logo foi brincar na praia.

O barco do qual ele tinha falado era um pouco velho e pequeno, mas era o único jeito.

Ricardo pov’s

Eu e a Lucie entramos no barco e ela olhou pros remos de forma esquisita.

- Você vai remar Ricardo?

- Eu e você.

- Eu não sei remar.

- Ótimo, por quer esta um lindo dia para se aprender.

Eu estendi um remo pra ela que pegou desajeitada mente e começou a remar.

- Não Lucie.

- O que não?

- É pro lado contrario que você deve remar, assim.

Eu me aproximei mais dela e peguei nas suas mãos para ajuda-la.

Depois de 2 horas nós chegamos na ilha. Ela ficou encantada com o lugar.

- É lindo!A gente pode fazer o piquenique em cima daquela pedra.

Ela disse apontando uma pedra altíssima e que ficava meio camuflada dentro da mata.

- Acho melhor não. Tem um clarão lindo na floresta Lucie.

Eu disse assim que lembrei do que eu tinha feito com a Márcia em cima daquela pedra. Seria nojento comer lá.

Eu e ela andamos um tempo até chegar no lugar que eu havia dito. Ela colocou a cesta sobre o chão que era coberto por uma grama verde clara.. a Lucie se abaixou e tirou uma toalha florida e o nosso piquenique ia ser lá em cima.

- problema Ricardo.

- O que?

- Como a gente vai fazer pra assar a pizza?

Ela me perguntou rindo. Realmente, como nós assaríamos uma pizza  no meio do mar?

- Boa pergunta. Acho melhor partir pro sorvete.

- Antes que ele derreta.

Ela me mostrou um pote que já estava quase derretendo e nós atacamos o sorvete acada um com sua colher. Ficamos um tempão lá até acabar com a coca e com os 8 ou 10 potes de sorvete.

- Vamos voltar?

- Que horas são?

- Já são quatro horas Ricardo.

- Nossa, o tempo passou voando.

- Na velocidade da luz.

Nos arrumamos a nossa bagunça e fomos voltar, ela já estava meio cansada mas mesmo assim remou até a metade do caminho por que logo depois um vento forte começou a soprar e nós tivemos a infeliz idéia de deixar o vento nos levar para casa. Resultado: três horas depois a Lucie ta tremendo do frio e nós estamos perdidos no meio do mar com meio litro de coca, duas pizzas cruas e sem nenhuma luz, além da lua que brilhava mais do que nunca.

- Pega  - eu estendi o meu casaco para ela que pegou sem dizer nada.

- Ainda to com frio.

- Eu sei algo que pode te esquentar mais do que qualquer casaco.

Ela arqueou uma sobrancelha.

- O que?

- Um abraço.

Eu abri os braços e ela me abraçou forte. Uma chance para sermos amigos. Parece que a idéia da Lucie deu mesmo certo.


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