Mistérios e Confusões escrita por Sakura


Capítulo 3
A marca da Folha


Notas iniciais do capítulo

Após o acontecido da noite passada Aiko descobre mais uma coisa mistriosa na vida de Shin que ele mesmo não sabe o que é.



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No outro dia Aiko se levanta e vai até a cozinha tomar café. Chegando a porta ela vê seu tio colocando torradas na mesa e Shin sentado em uma das cadeiras. Aiko ficou meio receosa de se sentar ali por causa do que acontecera ontem. Mas ela não poderia ficar ali parada a vida toda e então puxou uma cadeira e se sentou enfrente a Shin. -Bom dia a todos! -disse ela. -Bom dia Aiko, dormiu bem? -falou Shin com um lindo sorriso nos lábios. -Aham?! -resmungou sem entender -Será que ele não se lembra de ontem?! pensou ela olhando o rosto feliz de Shin. -O que quer Aiko? Vitamina ou leite? -Vitamina de aveia por favor, tio. Aiko ainda o olhava e para descontrair um pouco aqueles pensamentos perguntou: -Tio Masami, por que Shin não fez o café para o senhor? Eu ouvi dizer que era ele que iria fazer. -Eu disse que hoje eu iria fazer uma cortezia...apesar dele não merecer. -respondeu Masami. -Mas na verdade Aiko seu tio não vive sem mim, é isso. -cochichou Shin com a mão na boca olhando para Aiko. Aiko riu. -Eu ouvi isso hein?! -disse Masami sentando na mesa e depois de todos servidos então começaram a comer. Fez-se silêncio, a única coisa que se escutava era os barulhos e ruidos dos talheres e do mastigar. Aiko se lembrava da cena da noite passada e não entendia porquê Shin não se lembrava de nada. Ele havia ficado tão estranho, seus olhos pareciam fogo e seu corpo ficava grande e forte como de um animal feroz. Ela sabia que havia algo de sobrenatural e que poderia ser uma maldição ou possessão. Mas não gostava de pensar nessas coisas de misticismo mesmo sabendo que ela também tinha poderes agora mais dominados do que antes. Todos haviam acabado de comer e Shin chamou a Aiko para se despedir já que ali não era a casa dele. -Eu já estou indo para minha casa...e, ela não fica longe daqui não; é só você passar duas casas e ela é a terceira. Se quiser ir lá fazer uma visita...mas não dá muita confiança para minha prima Shinobu não ela é doida. -falou ele com a mão na cabeça. -VOCÊ É UM TARADO!! -gritou Masami aparecendo atrás de Shin - CONVIDANDO MINHA SOBRINHA PARA SUA CASA, MAS É UM SEM VERGONHA MESMO!!! -Tio não é nada...nada e nada -falou Aiko segurando ele. -Mas você num dá um tempo, hein?! -falou Shin. -Depois nos vemos tá Shin...tchau. -falou Aiko fechando a porta. Ela olhou para a cara de Masami com a cara fechada. Ele continuou com a pose de super-protetor a desafiando. -Coisa feia hein Masami! -disse ela apontando o dedo e balançando com se desse uma bronca -Ele é seu amigo e eu sua sobrinha...preciso fazer amigos e o primeiro que tenta conversar comigo você só falta matar. -Mas eu conheço o Shin e ele não é santo, estou preservando você...-disse ele fazendo beicinho *-* -Àh! Vê se eu sou uma mata selvagem?! -disse Aiko nervosa e saiu para seu quarto. -Mas Aiko...minha sobrinha?! -falou ele tentando amenizar mas ela já havia saido. Aiko tomou banho e despedindo de Masami disse que iria dar uma volta. Deixou bem claro que não iria a casa de Shin. Ela começou a andar pelas ruas e que lugar bonito era aquele. Sentou-se num balanço em um Parque e ficou a olhar crianças e seus pais brincando em cada brinquedo e todos unidos se divertiam. Aiko então lembrou-se dos seus pais e a principal recordação sempre era a mesma...a morte deles que supostamente fora causada por ela mesma. Era triste ver que podia estar com eles agora se não fosse aquelas malditas mãos. Mas sua mãe tinha boa parte da culpa, já que Aiko herdara essas características dela e ocarina passou na mão de todas as mulheres da família. Por que mulheres? Por que são tão doces quanto o som da ocarina. -É o destino?! Ou estou vendo coisas? -disse Shin se aproximando. -Ahn?! Oi...Shin. -disse ela com um sorriso forçado. -Oi...o que você tem? -sentou ele no outro balanço. -Nada demais. O que faz por aqui? -Geralmente todas as novas vizinhas vêm passear no parque. -Como sabe? Seguiu a todas que se mudaram? -disse ela com uma cara desconfiada. -Mulheres no geral fazem isso...sempre visitam parques, lojas de flores, lojas de roupa ou ficam sentadas no jardim de casa. -disse ele rindo. -Você então por intuição veio me procurar aqui...porque eu tenho cara de que vou em parques? -Não...não. Eu primeiro passei na sua rua e não a vi no jardim, depois na loja de roupas depois na floricultura e por fim, a achei no parque ^^. (Aiko gota) -Legal...- ''ele é um maníaco por mulheres igual tio Masami diz.'' Aiko ficou olhando-o e as vezes desviava o olhar. No fundo queria perguntar sobre a noite passada mas tinha medo de como ele iria reagir ali os dois sozinhos, já que, na frente de Masami não se lembrava de nada. Mas ele perguntou primeiro: -Aiko, não fique brava por eu ser curioso, mas, por que você usa luvas o tempo todo no calor e anda com esse negócio aí no pescoço? Aiko no fundo não queria responder mas sabia que se queria perguntar a ele algo teria que dar a resposta primeiro. -Isso pendurado no meu pescoço é uma ocarina. Um instrumento de sopro parecido com uma flauta e ele tem um som doce e melódico. As luvas são para minha proteção e proteção das pesoas a minha volta...na verdade é um segredo confidencila e se eu te contar terei que matá-lo. Um olhou para cara do outro sério e...começaram a rir. -Foi muita boa essa Aiko...terá que me matar...^^ Mas se você confiar em mim poderá me contar. -Um dia. -Também tenho segredos. -disse ele chegando perto dela inclinando o corpo. -Ah é, quais? -O primeiro é que você é uma pessoa muito legal e uma menina muito bonita, mas concerteza já ouviu de todos então não é novidade para você...-Aiko ficou sem-graça e sorrindo discreta ficou corada -... e o segundo é que eu tenho uma marca de nacença, você tem uma? -Não...e onde é a sua? Num lugar proibido? -disse ela rindo mas já brincava a vontade. -Não ^^, a minha marca é nas costas. Vou ficar sentado você vem atrás de mim e levanta minha blusa. Aiko então saiu do balanço e de pé atrás de Shin levantou a blusa dele. Ela levantava devagar e raspava as unhas nas costas dele fazendo ele arrepiar. Nessa hora Shin sentiu uma sensação tão gostosa que podia levantar ali mesmo e a beijar mas concerteza ela não fez por querer. Aiko viu ele se arrepiar e ficou apreensiva ''o que ele está sentindo?'' mas continuou a levantar devagar até que viu uma marca. Era uma mancha do lado esquerdo a altura do peito em forma de uma folha. Ela então abaixou a blusa e sem nenhuma reação se sentou novamente no balanço pois sabia do que se tratava. "Como Shin? Depois das situações desconcertantes e engraçadas que passamos pensei que poderiamos nos aproximar mais, me enganei e talvez essa aproximação nunca aconteça...sinto muito." -O que achou? -Muito...exótica, bem diferente. -disse ela -Tem forma de folha...tem muita gente que pensa ser tatuagem de tão certinha que nasceu. -È...bem, já vou para minha casa, quase passei a tarde toda aqui. Depois nos vemos...tchau Shin. -Tchau...Aiko. Aiko se levantou e andava rápido para sua casa com lágrimas nos olhos e abrindo a porta com força se deparou com Masami. -O que aconteceu Aiko, pensei que o passeio havia sido divertido? -Como pôde? -disse ela com os olhos em lágrimas. -Como pôde o que? Por que está assim tão nervosa? -disse ele sem entender. -Você sabia e porquê não me contou nada? Agora já é tarde e talvez eu não possa fazer nada! -Mas do que está falando? -Da marca da folha nas costas de Shin!! -gritou ela. -Como você sabe e com o viu? -Não interessa agora. Mas você sabia e porquê não me contou? -Não há o que contar a você; o que sabe sobre aquilo? -Ele foi amaldiçoado, tio. O lacre da Folha estava segurando isso o tempo todo, mas agora não está mais, tanto que na noite passada aconteceu aquilo com ele. O lacre rompeu e não a nada que possa trancá-lo novamente...se alguém que não é preparado tentar livrá-lo da maldição ele poderá morrer. -Então você sabe. -disse Masami se sentando no sofá e logo depois Aiko se sentou também. -Ele tem a mesma maldição que eu...mas a minha marca é de um Raio. Por isso uso essas malditas luvas nas mãos porque não posso encostá-las em ninguém. -dizia ela triste - E foi assim no carro dos meus pais, encostei as mão nos fios elétricos para dar a partida já que a chave do meu pai havia quebrado e nessa hora tudo ocorria bem. Ele dirijia tranquilo até que, essa força tomou conta de todo o carro e acelerando numa curva meu pai tentava frear, mas ele não conseguiu e eu muito menos consegui parar, e ouve uma batida desastrosa. Eu fui a única que sobreviveu. -Shin tem a marca da folha que representa a terra e tudo o que é planta e terra, ele controla atravéz da sua força. -falou Masami arrumando os óculos. -Por isso que ele se protegeu naquela noite gritando ''Takezo'' (armazenagem de Bambu em japonês) e surgiram do nada bambus que brotaram do chão e fizeram uma cerca em volta dele. -Eu não tenho nenhuma habilidade em especial...uso dom Som para me proteger. Dependendo de onde vem o barulho e tem que haver barulho para funcionar...mas você não tem só isso Aiko, a sua ocarina não é um simples instrumento. -Eu sei, mas estou interessada em ajudar a Shin agora...ele parece ser uma pessoa tão legal e amável para sofrer assim...pretendo ajudá-lo daqui para frente... -disse ela se levantando e subindo as escadas - ...e você vai me ajudar.

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Notas finais do capítulo

O título anterior da fic era: Sem as Mãos; Mudei pois a história tomou outro rumo.



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