Desafio de Chronos escrita por Pipe


Capítulo 8
Capítulo 8 Prova final conclusão


Notas iniciais do capítulo

Sinceramente, esse é um dos meus capitulos favoritos.



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O DESAFIO DE CHRONOS – CAPÍTULO 08

PROVA FINAL – CONCLUSÃO.

Para distrair Afrodite, Shun trouxe seus gatos. A reunião não estava dando em nada, só em mais stress. Eles estavam lá fora, tentando sentir os cosmos.

_ Sem o cosmos deles desenvolvido, a gente não pode saber onde os levaram. – gemia Hyoga.

_ Quem? Quem pode ter tido a audácia de levar os pequenos debaixo do nosso nariz? – Máscara da Morte andava de um lado pra outro. – E vocês, guardas inúteis, não sentiram nada? Nem um cosmo diferente, nem um barulhinho, NADA?

_ Calma, Carlo. Ficar nervoso não vai adiantar nada. – começou Shiryu.

Aldebaran estava até resfolegando de nervoso:

_ Ai, se um fiozinho roxo estiver fora de lugar.

Afrodite acariciava seus gatinhos, fingindo brincar, mas escutando tudo. Lágrimas grossas caíam de seus olhos azuis. De repente, George se arrepiou, chegando mais perto do garoto. Freddie também, rosnando junto. Ikki olhou para os gatos e avisou:

_ Algo vem vindo. Deve ter sentido a falta de Afrodite e vem busca-lo.

_ QUE AUDÁCIA!! – gritaram Máscara da Morte e Aldebaran.

Algo escuro baixou como um raio, mas os gatos pularam na frente e a coisa passou.

_ Penas? – todos viram o que os gatos tinham nas unhas, e Shun saiu correndo com Afrodite no colo, procurando alcançar o Templo de Atena, esperando que o que quer que fosse com penas, não pudesse abrir as asas dentro de lugar fechado. Mas sentiu algo grande empurra-lo e caiu. Antes que pudesse rolar pra ficar por cima do menino, outra sombra veio e agarrou Afrodite.

Os gatos vinham correndo atrás de Shun e George nem hesitou. Assim que a tal grande águia pegou Afrodite ele pulou nas costas dela, cravando as garras no grande corpo, atrasando ainda que por segundos a arrancada para longe.

Foi o suficiente para Ikki elevar seu cosmos e atirar no pássaro, ao mesmo tempo que Hyoga armava uma rampa de gelo para Afrodite e o gato. Mas a segunda águia passou pelo meio da rampa rompendo-a e pegando o menino de novo. Seiya salvou George, e Shiryu impediu Ikki de atirar de novo:

_ Não. Vamos atrás dele. Assim descobrimos onde estão os outros.

Seiya franziu o nariz:

_ Você chamuscou o gato, Ikki.

_ Ele vai sobreviver... Oras, e o que importa isso agora? Vamos logo, antes que a pista se perca.

Na caverna, os dois asseclas de Ares se recuperavam, levantando cambaleando ainda e jurando os piores castigos para os pivetes.

Hypnos e Chronos, invisíveis, riam baixinho e escutaram um eco ao longe para suas risadas. Os pequenos não puderam ir muito longe por causa dos bebês, mas estavam escondidos atrás das pedras.

Fobos e Deimos foram andando caverna adentro. Não achariam se Mú não tivesse espirrado, batendo com a cabeça na pedra em frente a ele e chorando.

Camus ainda tentou por a mão na boquinha dele, mas já estavam descobertos. Fobos atirou na pedra em que estavam escondidos, pulverizando-a. Os meninos se juntaram em frente a Camus, Saga descendo Shaka para o lado de Aquário, o menino abraçando os dois bebês.

Hypnos ficou indignado em pensar que os dois iam avançar em crianças, mas Chronos colocou a mão em seu ombro. Os outros garotos já tinham pego todas as pedras que podiam carregar e atiravam sem dó em Fobos e Deimos. Os coitados só podiam se defender da “artilharia”.

Hypnos perguntou:

_ E quando as pedras acabarem? Fobos e Deimos estarão mais irritados que nunca.

Chronos sorriu.

_Hora da arma secreta... Na medida certa, um pouco de consciência do que virão a ser... – e fechou os olhos, uma luz azul tênue saindo de seus dedos e atingindo os meninos.

Deimos e Fobos, com as mãos cheias de cortes, bufavam, a ponto de ser possível ver fumacinha saindo de suas orelhas, tamanha a sua irritação. Mas de repente, os meninos já não tinham mais a expressão inocente e amedrontada de antes.

Shura ergueu uma mãozinha, cortando uma estalactite no teto, quase atingindo os tontões. Aioria fechou e abriu as mãos, com uma pequena Cápsula do poder na palma de cada uma, que atirou nos dois, que só tiveram tempo de desviar.

O pequeno Leão ficou chateado por não conseguir acertar. Milo pensou e disse, com sua voz infantil:

_ Estição! – e paralisou Fobo e Deimos, fazendo um gesto de oferecimento para Aioria. Medo e Terror ficaram apavorados, e conseguiram se livrar do golpe do pequeno Escorpião, antes do novo golpe de Aioria.

Camus soltou os bebês, que tiraram a chupeta da boca e olharam para Fobos e Deimos sorrindo. Os asseclas de Ares reconheceram aquele sorriso, o mesmo que eles deram antes da surra no quarto de Liebe (detalhes no fic “o Resgate de Liebe”). 

Tiveram vontade de sair correndo, mas já tinham percebido que o poder deles era proporcional ao tamanho. Só não contavam com uma união de forças. Fobos foi atingido pela Restrição de Escorpião novamente, enquanto Shaka enviava um Tesouro do Céu fraco para ele, mas atordoante para o outro. Deimos tentou fugir, mas escorregou no chão congelado que apareceu embaixo de seus pés, sendo atingido também por algo que lhe paralisou o corpo e o ergueu alguns centímetros do chão, e o fez rodar em torno de si mesmo, cada vez mais rápido.

Aos seus gritos de “Pára! Socorro!” juntava-se umas risadas infantis deliciosas, as quais se juntaram as risadas de Hypnos e Chronos. Mas Mú se cansou logo, e deixou Deimos cair. Fobos e Deimos estavam REALMENTE FURIOSOS agora e mesmo feridos e cambaleantes ainda queriam avançar nos pequenos.

Foi quando todos abriram espaço para Saga. Ele tinha se concentrado todo esse tempo e ergueu as mãozinhas cheias de energia: EXPLOSÃO GALÁCTICA!! Pregando Fobos e Deimos nas paredes da caverna. Hypnos encontrou telepáticamente Caronte navegando rio abaixo e pediu pra que ele viesse tirar os meninos dali. Como sempre ele regateou:

_ Mas meu senhor... Isso não é comum...

_ Caronte, eu pago depois. Só tire os pequenos daqui. Não é pra deixa-los em nenhuma margem. Só leve-os para dar uma volta de barco. VOCÊS! – apontou pra cada um. – Nada de deixa-lo louco. Comportem-se!

Ares veio ver o que seus comandados estavam fazendo, que não levavam os cadáveres pra ele, qual não foi sua surpresa ao vê-los fazendo parte da caverna, enfiados nas paredes de pedra.

Foi aí que a águia deixou Afrodite aos pés de Ares. Eles se olharam, Ares estendeu a mão para pegar no menino, que sacou uma rosa vermelha, ferindo a mão do deus da guerra, fugindo em seguida, escondido numa nuvem de pétalas.

_ AAAAAAAHHH, MALDITO!! Quando eu te pegar...

_ Vai fazer o quê? – respondeu uma voz grossa, irritada.

_ Onde estão os outros? – uma outra voz de homem, mais irritada ainda, se fez ouvir. – MILO! SHURA!

Deu pra perceber que Máscara da Morte e Ikki chegaram na frente, né? Logo todos os cavaleiros de bronze, Aldebaran e Atena vieram. Atena reconhecendo quem estava em sua frente:

_ Ares? ARES! Eu deveria saber... Onde estão os garotos?

O deus da guerra nem se abalou. Passou a mão na palma machucada, curando o ferimento e respondeu, mansamente:

_ Que garotos? Eu vim aqui procurar meus servos desaparecidos e os encontrei assim, feridos. Talvez quem levou seus garotos seja quem bateu nos meus fiéis servos, minha cara.

Saori franziu a testa. Mas não tinha provas. Shun, que tinha trazido Freddie, soltou o gato, que foi para o fundo da caverna, procurando Afrodite. Seguiram o animal, que achou o menino sentado na beira do rio, olhando para longe.

_ Afrodite! Porque você saiu correndo?

_ Di com medo do tio babo... Di que anda no baiquinho tamem.

_ Hein? – Ikki olhou pra onde ele estava olhando e viu. Caronte estava trazendo os meninos pra margem.

_ Estão entregues. – Caronte suspirou. – Como resmungam, Hades me livre!

_ Caronte? – perguntou Saori – Foi você quem salvou os meninos?

_ Pequena Atena. – saudou o barqueiro. – Só vim aqui tira-los do rolo até que vocês viessem pega-los. Ouvi gritos e sons de luta, quando cheguei, os servos de Ares já estavam naquela posição na parede – deu uma risadinha. – Não vi nada.

_ Você acha que...? – Hyoga perguntou a Shiryu, que balançou a cabeça:

_ Não, eles não seriam capazes... Ou será?

Aldebaran não queria nem saber. Ergueu seu pequeno carneiro, chorando de alívio. Mú deixou-se ser agarrado e beijado pacientemente, virado de todos os lados até que soltou um sonoro peido, pra chamar a atenção de Touro para suas outras necessidades.

Shura e Milo mostraram a Máscara da Morte todos os seus arranhões, assim como Aioria a Shiryu. Camus quis o colo de Hyoga, cansado pra conversar. Seiya abraçou Saga, dizendo a ele o quanto estava contente com sua coragem.

E fez a pergunta básica:

_ Foi você, não foi, Saga, que colocou os homens maus na parede?

Ares só olhou pro menino e os olhos azuis brilharam de malícia. Telepaticamente, Saga disse ao deus da guerra: “vai ficar me devendo, Ares.”

_ Não, tio Seiya. Eu só potegi os outos da luta. Foi um outo tio, de cabelo bilhante...

_ Quem será que foi, então? – Shun ergueu Shaka, que tava quase dormindo.

Seiya não acreditou muito, mas deixou passar. Shaka, quando passou por Ares, Deimos e Fobos, abriu os olhos, piscou e sorriu, debaixo da chupeta.

Assim que todos foram embora, o deus da guerra elevou seu cosmos ao infinito, querendo explodir, quando sentiu baterem no seu ombro.

_ O que foi agora? – mas segurou a raiva ao ver Chronos e Hypnos. 

_ Zeus iria adorar saber que você deu de perseguir crianças inocentes, fora das guerras, Ares.

_ E eu preciso dos seus servos pra arrumarem o jardim que eles destruíram, meu querido. Você podia ir lá também ajudar. Um hobby iria desestressar suas idéias.

Ares contou mentalmente ate um milhão. Depois abaixou a cabeça e se rendeu, jurando vingança contra Atena. “Um dia, sua vadia. Um dia...”


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