Desafio de Chronos escrita por Pipe


Capítulo 14
Capítulo 14 Volta ao normal (??)




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O DESAFIO DE CHRONOS – CAPÍTULO 14

VOLTA AO NORMAL (??)

Shaka estava na sala, depois do jantar, meio que de bobeira. De onde os cavaleiros de Fênix e Andrômeda estavam, podiam ver o bebê engatinhando ou tentando andar de um sofá pra outro, enquanto jantavam... Cansado do exercício, Shaka se sentou, olhando pra estante onde estava o seu objeto de desejo – a bomboniere cheia de jujubas. Foi quando voltou ao normal. Ficou vermelho por estar nu na sua própria sala, mas antes de deslizar para o seu quarto em busca de roupas, aproveitou para pegar algumas jujubas. Afrodite ficou intimidado por aquele rapaz loiro que quis pega-lo no colo e assustado porque seu amiguinho bebê sumiu, mas Shun e Ikki não pareciam preocupados. E relaxou no colo de Shaka.

_ Ele é lindo...

_ Sim, já pensou se ele volta ao normal no seu colo?

_ O que tem de mais?

_ Esqueço que você já o conheceu desde pequeno...

_ Ele é mais velho que eu, mas sim, eu o conheço desde criança... E você, Ikki, vai se arriscar a dormir com ele hoje, sabendo que Afrodite pode voltar ao normal a qualquer momento? – provocou Shaka.

Fênix fez uma careta. E rosnou:

_ Ele que não se atreva a nenhuma gracinha... – os outros dois riram.

Shiryu estava dando um beijo de boa-noite na testa de Aioria quando o Leão voltou ao normal. Ficaram ambos vermelhos e constrangidos no início. Depois começaram a rir da situação, o dragão foi buscar as roupas que tinha trazido para ele e ficaram até tarde conversando sobre tudo o que passaram. Camus voltou de madrugada, quando estava fazendo xixi, sonolento. Nem percebeu que tinha voltado ao normal e estava nu. Voltou pra cama e pisou no Gegê no chão. Puxou o pingüim para debaixo da coberta, abraçou-o e dormiu. Foi assim que Hyoga o encontrou na manhã seguinte ao ir chamá-lo para o café. “Esse meu mestre...” – pensou o cavaleiro de Cisne, sorrindo.

Eram umas três da manhã quando Ikki sentiu frio. Xingou, pensando que Afrodite teria jogado as cobertas no chão como sempre, mas o cobertor tinha sumido.

_ Que diabos...

Flagrou Afrodite subindo as escadarias dos fundos da casa de Virgem, enrolado no cobertor como se fosse uma grande toga. Rápido se chegou a ele e deu uma bronca:

_ ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI, SEU FRESCO?

Os belos olhos azuis piscinas se encheram de lágrimas e Afrodite abaixou a cabeça:

_ Eu? Eu... ia pra casa, pegar uma roupa, oras... Desculpe se te acordei, Fênix, eu não tinha a intenção e...

_ Mexa esse rabo rebolador pra dentro rápido, seu veado atrevido! Que você acha que eu sou? Estúpido?

_ Pardon?

_ Afrodite, já pra dentro, AGORA!!

_ Está bem, está bem, seu grosso. Não precisa ficar gritando pra acordar todo mundo, cacete!

Ao voltarem, Ikki passou na frente de Afrodite, indo buscar um pacote no quarto: as roupas de Frô! Jogou no colo dele:

_ Taí, seu fresco idiota. Eu fui buscar hoje à tarde.

Peixes ficou sem fala. Saiu pra se trocar no banheiro, voltando vestido com um moletom e camiseta. Ainda sem saber como agir, pensou que iria dormir no sofá, com o cobertor. Mas Ikki o estava esperando.

_ Vamos logo, que eu to com sono. Já vou avisando, qualquer gracinha, eu te arrebento.

_ Mas, Ikki... – gemeu Afrodite, lembrando que até agora pouco estava encostado nas costas de Fênix. Levou o maior susto ao despertar e perceber que estava com a cabeça no meio das costas largas de Ikki, escutando seu coração bater. Com dor no seu próprio coração se levantou, puxando a coberta e se cobrindo, ainda alguns minutos olhando para aquele rosto másculo e belo adormecido, sentindo uma ternura enorme, uma inveja por Shun ter aquele homem por irmão, agradecido por ter tido a chance de conhece-lo melhor... E se virando, abriu com cuidado a porta da casa de Virgem e foi subindo pra sua casa. Ou pelo menos ia, até ser barrado pelo próprio Ikki... – Calma, bofe. No stress. Já to indo.

Ikki estendeu o cobertor de volta e se deitou. Afrodite também, se encolhendo no canto oposto, suspirando. “Se eu durmo e encosto nele agora, ele vai querer me matar...”

Fênix tendo o mesmo pensamento: “Se ele tentar vir por cima de mim com graça, eu arrebento esse focinho, não importa que foi porque ele dormiu...”

E acordaram abraçados.

Por último, o trio terrível. Shura e Milo estavam dormindo com Máscara da Morte como sempre. Um embaixo outro em cima do cavaleiro de Câncer. Os dois acordaram, olharam um pro outro por cima do ombro de Carlo e resolveram aprontar, beijando o rapaz. Mas ao encostarem no queixo e na bochecha dele, voltaram ao normal. Mascara da Morte que estava acordando com o toque dos lábios dos meninos, sentiu algo estranho no beijo: a barba dos dois estava raspando no rosto dele. Deu um pulo, jogando um pra cada lado, saindo da cama, ofegante:

_ QUE FOI ISSO?

Num primeiro momento, os dois ficaram sem entender. Daí, Milo se estendeu na cama, os braços cruzados por trás da nuca, enquanto Shura avançava pra cima de Carlo:

_ Ahora, tu vai me pagar, carcamano, por todos os beliscões e tapas que me deu, hijo de uma putta...

Carlo deu um “olé” no espanhol e prendeu ele nos braços, por trás:

_ Deixa de ser mal agradecido, Shura. Eu cuidei de vocês direitinho... Vocês que eram dois pivetes maledetos...

_ Ridículo! Se vocês soubessem como estão “lindos”, xingando e lutando um de cuecas outro a la vonté... – riu Milo, da cama.

Se soltaram na hora, olhando torto um para o outro. Shura pediu:

_ Aí, Escorpião, me empresta uma roupa tua...

_ Eu não.

_ Milo...

_ Ai, não, pelamordeZeus, não vão começar, né? Como criança ainda dava pra levar, depois de grande perdeu a graça... Eu trouxe roupas pra você, Shura.

_ Agora vai mais pra lá, Milo.

_ Porque?

_ Porque é muito cedo. To com sono ainda.

_ Problema seu. A casa É minha, a cama TAMBÉM, vocês podem dormir no sofá... Ou lá no quarto de hóspedes...

Máscara da Morte nem se abalou. Foi para o quarto de hóspedes e se deitou na cama. Shura xingando deitou ao seu lado. Dali a meia hora, Milo parou na porta.

_ Que foi?

_ Nada. Só vim ver se vocês estavam bem...

_ Ah, si? Bueno, se usted vier pra cá, eu te mostro como yo estoy bien.

Carlo viu Milo ficar sem graça, talvez pela primeira vez desde que o conhecia e abriu espaço na cama.

_ Pela última vez, Milo. E você, spagnolo sem graça e tarado, se tentar alguma coisa, vai amanhecer sem os dentes. 

Shura deu uma risadinha safada, mas acabou encostando em Carlo assim como Milo e adormeceram.

De manhã, depois que todos realmente acordaram, primeiro resolveram descer (ou subir) cada um para sua casa se trocar e ir para o refeitório. Kanon estava subindo com o Saga nas costas – que ainda não tinha voltado ao normal – sem saber de nada. Quando chegaram à casa de Libra, Kanon sentiu o peso triplicar e as pernas peludas do irmão apareceram. Ele já começou a rir só pensando no que ia ver. Piorou ao ouvir Mú e Aldebaran descendo e Afrodite conversando com Shaka subindo. Daí Kanon sentou no chão para rir do desespero de Saga ao pensar nos amigos o vendo assim, em plena manhã, pelado em frente à casa de Libra. Mas Mú já tinha voltado ao normal mesmo. E sentindo a aflição do amigo, o teletransportou de volta pra casa de Gêmeos...

_ Kanon...

_ Bom... ai, que minha barriga ta doendo... bom dia, Mú. Ahahahah, você salvou a pele do meu irmão, então?

_ Se eu fosse você, sumia daqui. Porque ele vai subir soltando fumaça pelas orelhas... – e Mú continuou descendo, rindo e conversando com Aldebaran.

No refeitório, mais tarde, todos os cavaleiros e suas babás tomavam café, conversando e rindo muito, muito. Primeiras fotos e lembranças foram trocadas. Saori apareceu, com um olhar dividido entre o alívio e a tristeza. Seiya procurou Saga com os olhos. O cavaleiro de Gêmeos se levantou e abraçou o jovem Pégaso.

Mais tarde, as servas foram pegar os brinquedos, roupas e acessórios dos pequenos, que seriam doados às crianças mais necessitadas na aldeia ao redor do Santuário. Mú quis guardar a sua escova de cabelo. Shaka pediu a chupeta que foi o pivô da primeira briga entre ele e Mú. Afrodite guardou uma camiseta assim como Aioria e Milo. Shura segurou aquele carrinho que quebrou a vidraça da casa de Escorpião. Saga quis o seu par de tênis favorito. E Camus... bem, vocês já imaginaram o que ele segurou, né? Gegê ficou meses na cabeceira da cama, até que para evitar que sujasse ou estragasse, Camus o guardou numa redoma na estante do quarto.

Chronos conversava com Hypnos (ficaram amigos depois daquela vez):

_ E foi assim que aquele italiano ficou mais sociável, o tal Seiya mais responsável, o cavaleiro de dragão mais brincalhão, o cavaleiro de Cisne descobriu que tinha que endurecer um pouco e seu Mestre relaxar, assim como o cavaleiro de Virgem resolveu se permitir mais...

_ Oras, Velho. Grande coisa! Não dizem que o tempo é melhor conselheiro? Ou que cura tudo?

_ Sim, mas a vida dos homens é muito curta...Eu só dei um empurrãozinho pra ir mais rápido. Eles agora podem aproveitar mais...

_ Falando em aproveitar, HEBE! Mais néctar, querida! Vamos aproveitar também...


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