Desafio de Chronos escrita por Pipe


Capítulo 13
Capítulo 13 Ultimo dia




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O DESAFIO DE CHRONOS – CAPITULO 13

ULTIMO DIA...

A música começou, os pequenos acompanhando todos os movimentos da tia, que estava no buraco do “ponto”, Mú e Shaka na frente, os mais fofinhos, balançando o corpinho, erguendo os bracinhos, apertando a cabeça, o pescoço, conforme a música:

_ Lá vem o pato/pata aqui, pata acolá/ Lá vem o pato para ver o que é que há/ O pato pateta/pintou o caneco/Bateu na galinha, surrou o marreco/...

_ Olha lá, Hidra. Tão falando de você...

Risadas. Tia Mandra só virou a cabeça pra fuzilar o engraçadinho, Nachi de Lobo se encolheu na cadeira. As risadas pararam na hora. O resto da apresentação foi tranqüila. Saga emocionou mais ainda ao vir cantar “Como é grande o meu amor por você”, os bebês fazendo os mesmo gestos que os grandes, apertando as mãozinhas no peito e estendendo os dedinhos para a platéia. Saori cumprimentou tia Mandra, Niva e todas as outras tias depois do espetáculo...

_ Vocês foram ótimas! Ficou tudo tão lindo...

_ Eles é que são especiais, aprendiam tudo tão rápido... São seus cavaleiros dourados – nessa hora passou Afrodite, chorando porque tinha aliviado sua tensão assim que foi para o  colo do Ikki. – E ainda assim são crianças... Mas depois de amanhã tudo acaba...

_ Sim – suspirou Saori – depois de amanhã, tudo acaba...

Durante o dia seguinte, os pequenos tiveram flashes de consciência direto, até perto uns dos outros... Shaka estava no parquinho, segurando uma jujuba, quando Mú passou e tranqüilamente enfiou a bala na boca, diante do olhar arregalado do loiro.

_ MEU MÚ! – gritou Shaka, assim que se recuperou do choque.

Mú olhou pra ele, voltando a si, primeiro achando graça no amigo bebê. Depois sentiu algo na boca e experimentou, gostando do sabor. “Mas Shaka parece brabo. Que será que ele tem? Quem será que cuida dele?” E Mú virou a cabeça, procurando alguém para acudir o piti do neném. Foi quando Shaka também teve seu flash e estendeu a mão, exigindo:

_ Mú, minha bala! Agora!

_ Que bala?

_ A que você está chupando. Muita audácia você passar, tirar da minha mão e enfiar na boca!

_ Ah, é sua? Você está todo nervoso por causa de uma bala? – e olhando maliciosamente para o amigo, engoliu a jujuba. – E agora? O que você vai fazer?

A primeira vontade de Shaka foi pular no cabelo de Mú, como sempre. Mas vendo que Shun já estava por perto, apelou: abriu o berreiro.

_ Que foi, loiro? Brigaram de novo?

Fazendo um beicinho do tamanho da sua indignação, Shaka quis dizer, só que só saiu o tatibitate normal:

_ Mú baia.

_ O que foi, Shaka? Mú quer uma bala?

Shaka balançou a cabeça e tentou de novo.

_ Não! Mú não baia. Caca baia.

_ Shaka quer bala? Mas Shaka já chupou bala, não?

Shaka quase chorou: “Por Buda, ele nunca vai entender o que eu quero...” Tentou pela última vez:

_ Mú mia baia. Caca ota.

Shun ficou olhando pro loiro e de repente seus olhos verdes brilharam:

_ Ah, o Mú chupou sua bala? Vem, eu vou te dar outra.

Mú esperou eles se afastarem pra cair na risada. Ficou quieto quando Shun trouxe o pequeno cavaleiro de Virgem de volta e deu uma outra bala a ele, Mú. Quando Shun saiu, Mú continuou provocando.

_ Credo! Quem visse você agora iria pensar que era uma questão de vida ou morte.

_ Era uma questão de vida ou morte! Você não entende? A bala era minha e você engoliu! Ai, se o Shun não conseguisse me entender...

_ Ainda bem que eu enviei uma sugestão telepática pra ele... Porque com esse seu tatibitate ele não ia entender nunca...

Chuparam a bala em silêncio um tempo, até que Shaka falou:

_ Obrigado, Mú. Eu estava ridículo, não?

_ Digamos que... Sim, você estava!!

E caíram na risada. Aldebaran cutucou Shun:

_ Porque será que eles estão rindo gostoso desse jeito?

_ Bebês! Vai se saber...

Na casa de Escorpião, Milo e Shura tiveram outro flash juntos. E pra não perder o costume ficaram se provocando de pouquinho em pouquinho, até que Shina chegou pra vê-los. Milo correu pra ela e olhando pro Shura primeiro se ergueu na pontinha dos pés e quis colo. Shina achou ele uma gracinha e pegou.

_ Dá beijo?

Shina foi beijar o pequeno Escorpião quando ele segurou o rosto dela pelos lados e deu um selinho. Máscara da Morte viu e bronqueou:

_ Hey, isso é pedofilia! Shina...

_ Eu não tenho nada que ver com isso – ela soltou o menino no chão. – Foi ele que me agarrou.

Enquanto os adultos discutiam, meio na brincadeira, Shura cercava Milo e bronqueava:

_ Porque usted beijou mia chica?

_ Porque eu sou criança e posso. Amanhã eu não vou poder mais...

_ No podia. Nem hoy nem mañana nem nunca, ta me entendendo, atrevido?

_ Ê, porque, vai encarar?

E de repente, os dois começaram a rolar no chão, aos tapas e puxões de cabelo. Máscara da Morte apartou e segurou cada um por um braço. Shura quis ainda chutar Milo, mas Carlo apertou mais o braço dele. Shura nem pensou, tentou morder a mão dele. Acabou levando um tapa e foi posto de castigo num canto da parede.

No sofá, Máscara da Morte via TV enquanto Milo ficava de pé, brincando com carrinho nas costas do móvel, enquanto olhava de rabo de olho para o outro. Shura olhava magoado pra ele, jurando todas as vinganças possíveis. Foi quando aconteceu duas ações ao mesmo tempo que nenhum deles esperava. Carlo se levantou na mesma hora em que Milo se decidiu a ir brincar com Shura e passou a perna pelas costas do sofá. Com o peso do pequeno e a ausência do peso do grande, o sofá virou. Shura deu um grito, Carlo virou-se e pulou, somente a tempo de segurar o móvel, não o menino. Milo bateu a boquinha no chão, tirando sangue. Shura correu para amparar o amiguinho, Carlo pegou-o no colo, todo o mal estar anterior esquecido... 

_ Só vocês mesmo... quer comer algo especial pra compensar?

Milo suspirou e soltou:

_ Faiz caião?

_ Qual macarrão?

_ Banquinho.

_ Banquinho e verdinho... – pediu Shura.

Carlo pensou nas duas possibilidades, mas descartou o brócolis com creme de leite e fez macarrão com manteiga e um pouco de cheiro verde em cima. Ficou olhando as duas boquinhas fazendo bico pra chupar o spagetthi com gosto. Suspirou. “Ainda bem que acabou. To ficando mole igual esse macarrão.”

Os flashes de Afrodite, Camus e Aioria foram rápidos e curtos, nem merece comentário. À noite, depois do banho, Aldebaran colocou Mú na cama para trocá-lo e o bebê quis brincar, rolando na cama. Como bebê, ele cabia na cama, mas Mú foi o primeiro a voltar ao normal. Sendo assim, a cama acabou e ele caiu. Ao contrário do que o apavorado Aldebaran esperava, não foi um choro, mas sim um gemido que ele ouviu:

_ Ai, minhas costas...

_ MÚ! Você está bem?

_ Estou nu e dolorido, amigo. Mas vou sobreviver...

_ Opa! Desculpe... – Aldebaran ficou vermelho, mas estendeu a mão. – Eu peguei algumas roupas na sua casa... Esperava que você voltasse ao normal só amanhã...

_ Obrigado, meu amigão. Não fique assim tão sem graça... Afinal você já me viu pelado um mês inteiro...

_ Não é a mesma coisa, Mú. Eu sou meio caipira, mesmo.

Mú se vestiu e abraçou o amigo da segunda casa.

_ Aldebaran, nunca mais se diminua! Você não tem noção de como você é bom, responsável, inteligente, eu me lembro de tudo o que você fez por mim e ajudou aos outros a cuidar de nós. Cara, você é o máximo.

Touro ficou ainda mais vermelho, mas apertou Áries nos grandes braços um pouco mais. Depois foram jantar, Aldebaran rindo, pensando em Mú comendo papinha de nenê.

_ Quero jantar comida, mas de sobremesa ainda tem aqueles potinhos de frutas? – revelou Mú, rindo...

N/A: Desculpem pela demora, mas eu perdi toda a digitação desse capítulo na semana passada... E ainda por cima, eu não tive muito clima pra comédia nem capítulos kawaii... Uma das minhas melhores amigas faleceu dia 27/03 e eu não to reagindo muito bem à perda recente... Mas prometo que depois da Páscoa as coisas voltam ao normal... Prudence-chan, eu não resisti... espero que você aceite como uma homenagem a frase do Milo... aquela frase do seu fic é uma das minhas favoritas.


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