Eu Sei que é pra Sempre escrita por Nath-Garcia, bbaccola


Capítulo 28
Capítulo 28 – Nasce a Escolhida


Notas iniciais do capítulo

Talyta: Meniinas! :D
perdoem meeeeeesmo minha falta de experiência em partos, mas levem em conta que isso tudo é fictício, assim como foi o nascimento da Ness. Nessa fic não existe coisas normais ;) HUSAHUSAHUSA'
Espero que gostem!

BOA LEITURA ;*



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POV NESSIE

Carlisle conseguiu me acalmar com algumas anestesias, mas mesmo assim eu sentia dor. Era como se Bechel não fosse precisar de alguma ajuda para nascer. Passou-se então uma hora, onde eu gritava na maca e nada dela nascer.

- Carlisle, você acha que ela irá fazer a mesma coisa que Nessie fez? - perguntou meu pai, no auge do desespero. O que era raro devo acrescentar.

Meu avô nada disse, massageando minha barriga para obter alguma resposta. Eu estava esgotada fisicamente e psicologicamente, me sentia desprotegida e com muita dor. Já havia agüentado uma hora de chutes e contrações, mas não sabia se poderia agüentar mais. Percebi que Isabella Rachel era forte demais, até para ela mesma.

Alice revezou com meu pai para apertar minha mão, e logo arrumou meu cabelo, com uma feição extremamente preocupada.

- Como você está?

- Acho que vai impossível de agüentar mais, titia...  

Mais uma contração. Apertei forte sua mão e também meus olhos, para não gritar.

- Confie em mim, nada de mau te acontecerá... Mas o parto provavelmente irá exigir muito de você.

Eu gemi em resposta.

- Não tem como trazer o Jake para cá?

- Nessie, ele está tão dolorido quanto você! - disse ela, balançando a cabeça negativamente. - Além do mais, preciso ficar lá, porque Jazz e Emm não são lá bons enfermeiros...

Senti gelar onde eu estava deitada. Mudei de posição, mas continuou desconfortável.

- Mas o quê acontece com esta maca? - perguntei para eles, que estavam cochichando na porta. Alice foi quem chegou primeiro ao meu lado.

- Ah meu Deus, Nessie! - exclamou ela, tapando a boca e apontando para a parte inferior do lençol que me cobria.       

Ele estava molhado. Minha bolsa havia estourado.

Carlisle veio imediatamente para onde nós estávamos.

- Muito bem, Nessie. Ela vai nascer. Vou aplicar alguns sedativos para você não sofrer tanto, mas você precisará me ajudar, está bem? - pediu ele, segurando minha mão com Alice.

Em poucos segundos, todos os vampiros estavam ali, sorridentes. Emmett veio até mim e acariciou a barriga pouco crescida, recebendo um chute em resposta.

- A baixinha aí vai ser forte igual ao tio - comentou ele, orgulhoso. - Muito bem, Ness! Ah, o lobão mandou dizer que está com você. O que é estranho, mas enfim...

Eu tentei sorrir para ele, antes de gritar. Carlisle aplicou os sedativos e os rostos preocupados e felizes dos oito vampiros foram à última coisa que eu me lembro de ter visto.

POV JACOB

Fazia algumas horas que os sanguessugas haviam deixado a sala onde eu estava. Eu ficara com raiva, porque o único lugar onde eu deveria estar era ao lado de Nessie, e não tentando fechar o buraco em minha perna. O processo de transformação para humano havia sido a parte mais difícil do processo, mas nada disso precisava estar acontecendo se não fosse a ambição do Alfa ao meu lado.

O que ele era para mim agora, se não um traidor?

A única coisa era ser mais respeitado como era antes pelos lobos, mas talvez ele conseguisse recuperar isto com o tempo. Para mim não importava mais, eu só queria estar com Renesmee e depois casar com ela, para finalmente viver ao seu lado, com Bechel. Apenas isto.

Eu não escutava mais nenhum grito dela, então presumi que houvessem lhe sedado. Sem mais vampiros para servirem de pombos-correio, não havia como falar com ela e lhe passar segurança. Então minha parte lobo rebelde voltou à tona.

Era com Nessie que eu queria estar e era com ela que eu estaria. Saí da cama com cuidado, para não me ferir mais e me apoiei sobre a outra perna quando quebrei uma das sustentações da maca para servir de muleta. Baixei a maca e, tentando não ser ruidoso, rumei para o quarto de Renesmee para presenciar o parto de minha filha.

Edward estava me esperando na porta, de braços cruzados.

- Jacob, você precisa se curar.

- Edward, por ela! Você acha mesmo que vou ficar ao lado de Sam, quando minha filha nasce? Já não basta ter a loira de enfermeira o tempo todo...

Ele riu baixo da piada.

- Tudo bem, Jacob. Acho que é justo. Entre, já estamos no fim praticamente.

Edward me deu passagem, abrindo a porta e passando por ela para voltar onde estava, antes mesmo de eu dar o primeiro passo. Entrei mancando, e logo todos olharam para mim com censura, mas eu não iria sair dali. Bechel era minha também.

Quando vi Nessie, meu coração deu um pulo. Ela estava suada e desacordada, mas ainda sim, perfeita. Hipnotizado, fui até ela, e lhe dei um beijo demorado em sua testa. Pareceu bastar isso para que seus olhos abrissem devagar e piscassem tontos para mim.

- Meu amor... - sorriu ela para mim, totalmente fraca.

Eu afaguei-lhe os cabelos.          

- Não fale nada Ness, eu estou aqui agora amor. - tranqüilizei ela, continuando a lhe fazer carinho.

- Jacob, ponha essa máscara se quiser ficar aqui. - alertou Carlisle, um pouco ensangüentado demais.

Como eles estavam agüentando ficar ali? Nenhum deles tinha a feição incomodada.

- Acho que conseguimos não ficar com sede do sangue dela. Nós caçamos ontem também. - respondeu Edward aos meus pensamentos.

Eu recebi a máscara das mãos de Carlisle e voltei para o lado de Nessie. Segurei sua mão forte e assisti ela fechar os olhos novamente e cair no sono que os sedativos provocavam. Alice, Esme e Rosalie saíram da sala animadas, junto com Emmett e Jasper. Fiquei me perguntando o porquê de tudo aquilo, mas estava mais preocupado com o sangue todo na barriga de Nessie.

- Rachel quebrou duas costelas dela, mas Carlisle conseguiu arrumá-las. Ela está encolhida, mas ele vai conseguir Jacob - falou Edward, respondendo às perguntas não formuladas novamente. - E Alice quer fazer uma festa de boas vindas. Os lobos estarão aqui.

Eu não achei uma boa hora para reunir os lobos e fiz questão de pensar isso. Mas Edward não respondeu e continuou ao lado de Bella, do outro lado da maca. Bella estava aflita, e eu tinha um palpite de que ela estivesse lembrando o seu parto.

- Edward, poderia me ajudar? Rachel está facilitando o nosso trabalho e está mudando de posição.

Edward ajudou Carlisle enquanto ele tirava Rachel do útero de Nessie. Aos poucos, uma coisa pequena e morena foi aparecendo, toda ensangüentada e pequenina. Um som baixo e estridente foi aumentando aos poucos, fazendo os vampiros voltarem todos felizes para o quarto.

Minha filha nascera.

Pequena e delicada como Renesmee quando era pequena e morena como uma criança Quileute. Seu choro era mais como um soar de sino mais delicado, era choro de porcelana, reclamando ao mundo que ela chegara.

Carlisle foi o primeiro a segurá-la e examiná-la, para ver se estava tudo bem. Tirou um filete de sangue para estudar depois e Rachel, recém-nascida, pegou a seringa com um pouco de líquido vermelho e não quis mais soltar. Ela chacoalhava com suas pequeninas mãozinhas a seringa e um pingo de sangue manchou sua pele morena. Em questão de segundos, vimos sua feição mudar e ela abocanhar o próprio braço, sugando o próprio sangue.

Carlisle segurou seu bracinho e puxou um pouco, para que ela não se machucasse. Ela lhe olhou curiosa e deu a seringa para ele, surpreendendo a todos nós. Isabella já tinha inteligência desde muito pequena. Carlisle deu ela para Bella e ela a limpou, enquanto Carlisle cortava a ligação entre minha filha e Nessie, que continuava desacordada. Feito isso, ele começou a costurar Nessie, compenetrado em não fazer nada errado. Bella ficou com ela por alguns instantes, e depois começou a entregar o pacotinho de bebê para todos os vampiros. Cada um a pegava com um extremo cuidado e sorria e brincava com ela. Alice não pode conter sua alegria e ficou mais tempo com ela, antes que me desse ela.

A Escolhida foi parar em meus braços, cabendo perfeitamente tanto quanto Nessie um dia coube. Ela parou de mexer os bracinhos e seus olhos foram parar nos meus. Seu cabelo liso era ralo, mas ainda sim cobria toda sua pequena cabeça, sua pele morena era igual a minha, mas seu rosto era delicado igual ao de Nessie. A única diferença notável era a cor de seus olhos. Eles eram de um azul tão profundo, completando a beleza exótica que ela era dona. Meus olhos já estavam marejados com a sensação avalassadora que era ser pai.

Como acontecera com Nessie, novos cabos apareceram, me ligando à ela também. Era mais do que obrigação da reserva, era amor. Não sabia que podia ter mais do que um cabo me ligando à alguém, mas apareceu outro. Que me ligava fortemente à Rachel, dando uma nova razão para minha vida, uma alegria insubstituível e linda, que me preenchia incansavelmente. O cabo que me ligava à Nessie ficou maior e mais forte. E minha vida dera mais uma reviravolta.

Eu estava tão absorto na delicadeza daquela bebezinha em meus braços, que não percebi Nessie acordando. Ela suspirou fundo, retomando ar para se recuperar, e sorriu com o sorriso mais lindo que tinha.

- Agora somos uma família... - sussurrou ela, fazendo todos se voltarem para sua maca.

- Nessie, veja que linda sua filha! - disse a loira, toda emocionada ao lado de Emmett.

- Amor, dá ela pra mim?  

Eu fui até ela, e a esta altura, Rachel já tinha fechado os olhos.

- Fizemos um ótimo trabalho, Ness.

Ela riu do comentário e estendeu os braços para receber nossa filha.

POV Nessie

Recebi em minhas mãos a menininha quente de olhos azuis, que era a minha filha. E de repente, tudo pareceu fazer sentido. Era como se ela não fosse o fim de uma história bonita de amor, mas apenas o começo de uma nova vida. Isso incluía Jake, que a venerava com os olhos. Ela se encaixou perfeitamente em meus braços, se acomodando com suas mãozinhas pequenas me acariciando de leve. Em um dado momento, ela olhou para mim e teceu um sorriso doce em seus lábios, me fazendo esquecer que minha família estava na sala.

Existia apenas eu e minha filha agora. Apenas eu e Isabella, numa perfeita sintonia do acaso.

Eu pude entender então o que era ser mãe e o que era amar um ser que veio de você, literalmente. Por mais que ela tivesse ficado em mim por cinco meses, ela estava lá, dentro de mim. E agora que eu finalmente podia vê-la e senti-la, não podia descrever a sensação gostosa que era ser mãe. Meu amadurecimento precoce pode fazer com que várias coisas que estavam acontecendo fossem devidamente entendidas e passadas naturalmente por mim, e isso era algo de que eu gostava. Finalmente eu podia entender o que era ser mãe, afinal e finalmente eu teria outro alguém para cuidar pela eternidade.

A mão gelada de minha mãe acariciou meus cabelos, me tirando de meus devaneios pela minha linda filha.

- Ness, se você quiser, pode amamentá-la já.

Eu a olhei um pouco receosa, duvidando um pouco da minha recém capacidade de ser mãe, mas acho que não era algo com que todas estivessem preparadas. Era apenas ser.

Segurei Isabella um pouco longe de mim, para que eu pudesse - apesar da timidez -, levantar minha blusa e assim amamentá-la. Ela logo entendeu o que significava e eu não quis saber como. Suas mãozinhas foram logo se esgueirando até encontrar meu seio e apertá-lo, como se quisesse trazê-lo para si rapidamente. Eu sorri para a sua pequena luta e trouxe-a mais para perto de mim, diminuindo sua agonia. Ela se amamentou vorazmente, saciando sua fome e ficando cada vez mais tranqüila, como se aquilo fosse alguma meditação. A sensação de amamentar? Extraordinária. Melhor do que criar um ser, é alimentá-lo com o seu próprio corpo. O sangue que antes eu não sentia, fluía através de mim para a ligação entre meu seio e a boca de Isabella, fazendo o leite ficar quente e possivelmente gostoso.

Dei uma espiada na sala e vi os vampiros atentos de forma curiosa com o que se passava. Não queria que sentissem principalmente as mulheres Cullen, que era uma provocação. Sei que em Rosalie devia estar doendo o fato de eu poder amamentar minha filha, mas era necessário. Ela estava abraçada em Emmett, fitando as mãozinhas ansiosas de minha filha em meu seio, bebendo meu leite. Algo que ela não poderia nunca fazer. 

- Rose, por favor, não quero torturá-la. Se quiser, pode sair... - falei, timidamente.

Ela sorriu para mim e imediatamente tomou o lugar de Bella, ao lado de minha cama.        

- Não Ness, não me incomoda. Só estou vendo como ela gosta realmente de você... Olhe bem para essa pequenina, que não se parece com nenhum de nós, mas que é extremamente linda - e nisso, ela se virou para Jacob, numa feição orgulhosa e divertida ao mesmo tempo. - Nunca pensei que alguém que se parece com você pudesse ser tão bonita, cachorro... Mas devo admitir que você superou minhas expectativas.

Ele riu com ela, mas foi meu pai quem quebrou todo o encantamento que se fazia em torno de Bechel.           

- Ela sabe quem somos nós. - disse ele, num sorriso dirigido à ela.

Eu olhei meio hesitante para Isabella e sorri largo para ela.

- Ei, você sabe da mamãe, bebezinha linda?

Ela babulciou alguns sons como se tivesse fazendo um grande esforço e depois esticou suas mãozinhas até enrolar um cacho de cabelo meu e rir.

- Ela acha você bonita, filha. - comentou meu pai, que agora abraçava minha mãe pela cintura.

- Oh meu amorzinho, você é muito mais... E esses olhinhos azuis, hein? - perguntei para ela, me distraindo.

Continuei fazendo carinho e falando com ela por alguns minutos, até sentir Jake se esforçando para deitar ao meu lado. Não havia mais nenhum vampiro à esta altura.

- Finalmente tenho minhas duas meninas... - disse ele, depois de algum tempo para conseguir deitar na maca sem se machucar.

- É, agora somos uma família.

Isabella pareceu gostar do termo, pois deu um largo sorriso para nós.

- Hey, não tão rápido garota... Falta algo para sermos de fato uma família.

Eu olhei para ele confusa dessa vez. Aproveitando meu olhar confuso, ele deu um beijo rápido em meus lábios e depois continuou a me olhar.

- Sabe, os laços precisam ser devidamente oficiais para os Quileutes, Ness... E eu acho que você gostaria do que eu tenho em meu bolso.

Minha confusão apenas se aumentou com todo aquele discurso sem nexo. Ele então pegou um saquinho de veludo preto e balançou em minha direção, arrancando outro sorriso de Isabella.

- Sei que nada se compara ao anel que eu dei quando começamos a namorar... Mas quero que entenda que para os Quileutes isso significa muito. Sabe do quê mais, Ness? Imprinting significa amor de Um, e união eterna.

Nisso, ele abriu o saquinho de veludo e depositou em minha mão que não segurava Isabella, uma corrente.

Mas eu não precisava dizer mais nada, porque aquilo dizia muito mais do que eu realmente esperava. União eterna, Jacob estava me pedindo em casamento e eu me tornaria oficialmente uma Black.


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Notas finais do capítulo

Nath-Garcia: está ai o cap que vocês tanto pediram, espero que gostem, porque está muito lindo
Gente a fic está na reta final, acho que ela merece indicações, não?
;*'s2



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