Eu Sei que é pra Sempre escrita por Nath-Garcia, bbaccola


Capítulo 25
Capítulo 25 - Visão


Notas iniciais do capítulo

Talyta: Oii meninas! :D²
desculpem novamente minha demora pra postar o cap., ele tá aqui já, bonitinho. Eu quero dedicar esse cap. pras meninas lindas e especias que estão comigo desde o começo da fic e pras outras que chegaram faz pouco tempo, mas que já são mt especiais tb!
Boa leituura girls ;*
Feliz Ano novo



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POV NESSIE

As coisas não melhoraram. Eu não parei de pensar no que ele tinha me dito desde que ele havia deixado nossa casa. Parecia que haviam roubado minha alma de tanta dor que eu estava sentindo, e isso não passava. Não tinha cura.

Às vezes o amor dói.

E por quê? Porque certas vezes, nossas escolhas nos tornam diferentes das outras pessoas. Tão diferentes que você deixa a razão de lado e começa a pensar só em você mesmo e o egoísmo trai as emoções. Faz com que nós sejamos sedentos de briga, sedentos de falsas razões, sedentos de nós mesmos. E daí não existe mais certo e nem muito menos errado, porque tudo passa a ser alternativo. Você briga porque quer defender a você mesmo, e ainda que exista um elo, você passa por cima dele sem chances de olhar para trás. Porque a razão te trai.     

Eu queria que minha filha estivesse protegida. Eu sentia o que minha mãe sentiu quando os Volturi vieram me matar. Eu faria de tudo para proteger ela, mesmo que fosse de mim mesma. Mas Jake estava certo, eu precisava ser diferente com ela. Afinal, nossa Isabella tinha toda a força possível, eu iria defendê-la do quê?

Mesmo assim eu tinha medo. Eu morria de medo.

Medo de que eu falhasse com esse novo plano e acabasse piorando a situação, medo de que Jake estivesse pondo seus sentimentos à frente de tudo. Mas isso não era coisa que ele faria, porque ele não era assim. O poder pra ele de nada valia, assim como não valia para mim.

Então por que Bechel quis que nós ficássemos assim? Eu queria uma resposta.

Levantei da cama meio sem vontade e tomei um banho quente, deixando tudo ir pelo ralo, deixando a água quente transferir minha tensão para outro lugar, fazendo com que todo o meu corpo amolecesse. Foi bom tomar um banho. Por alguns minutos eu pude esquecer completamente o que estava acontecendo comigo.

Ensaboei Rachel também, acariciando toda a minha barriga e transferindo meu amor para ela. Eu ainda não sabia muito bem o que era ser mãe, nem muito menos como eu seria mãe, mas eu sentia que eu podia. Talvez a minha proteção por ela estivesse me afastando de todos. Eu sabia que eu estava exagerando, eu sabia que eu podia ser menos tensa o tempo todo.

Mas eu também sabia dos riscos.

Sabia que os Volturi poderiam vir, assim como vieram para me ver, sabia que o parto poderia não ser fácil, sabia que sua vida toda não seria normal.        

E mesmo assim eu continuava paranóica, como se a escolha viesse e sumisse da minha mão. Eu me sentia tão inútil!     

Encostei meu corpo no azulejo do banheiro, fazendo aquele choque térmico fraco acontecer. Mas foi bom, porque me relaxou mais ainda. Fechei os olhos e deixei a água cair lentamente pelo meu corpo, esquentando ele, esquentando Isabella, fazendo aquela sensação de conforto aparecer. Subi a temperatura da água, para que a sensação quente me fizesse estar mais protegida, porque aquilo me lembrava do Jake. O vapor subiu lentamente pelo Box do chuveiro, e, gradativamente, me senti em uma neblina densa e sufocante. Não conseguia achar o aparelho de mudar a temperatura de repente, e comecei a me sentir mal e presa em um lugar estranho.

O quê era aquilo afinal?

Cenas estranhas começaram a se passar na minha mente, como em um filme estranho. Algumas eram conhecidas, eram da minha família, meu pai e minha mãe numa clareira e minha mãe não tinha os olhos amarelados ainda. Uma cena que me chocou, mas que era tão real quanto eu sentir os chutes constantes de Bechel em minha barriga. Minha mãe beijava o Jake, e o beijo era forte e intenso. Podia sentir a paixão de Jake enquanto a beijava, e voltei num tempo em que quase terminei com os meus sentimentos por Jake. As suas palavras também voltaram... Aquelas que eu não queria escutar. Ele desejava minha morte, assim como meu pai de início, assim como todo o resto e assim como os Volturi queriam. E vi também os pensamentos dele naquele momento. Eu vi a nossa vida, só que com a minha mãe correndo atrás de duas crianças morenas.    

E num segundo perdi meu ar.

Rachel me machucava por dentro, ela estava agitada. Me chutava duas vezes por minuto e me fazia sentir muita dor com seus chutes. O banheiro continuava envolto numa neblina quente e sufocante e as imagens também não paravam. Foi quando eu tive uma visão. Jake uivando e correndo feroz na chuva, com os olhos negros de raiva, radiando vontade de matar. Ele estava em um lugar bem dentro da floresta, pois não tinha tanta luz e ele atravessava árvores e mais árvores, correndo de encontro à alguém que eu não via. Eu lia seus pensamentos. "Isso não é verdade. Ela não desistiria... Ela não pode..."; "E se ela quiser? Ele não sabe de NADA!".

Jacob estava desesperado. Ele fez uma curva arriscada em uma pedra e, como eu previra, suas patas escorregaram no limo da pedra e ele caiu.      E então eu não consegui ver mais nada. Mas se aquilo fosse real, eu sabia onde achá-lo. Não que eu conhecesse o caminho, mas eu sabia que iria encontrá-lo. Além de Imprinting, além de Bechel, além do faro vampiresco. Eu ia achá-lo pelo simples fato de que eu o amava mais do que tudo. E o amor encontra coisas sempre.

A neblina que estava ali só para me envolver em visões, abaixou e o vapor foi dimuindo, me fazendo sentir aquele alívio de temperatura morna. Mas o quente ainda estava lá, a água que antes tinha que me relaxar, pingava com força em minha pele, me lembrando que Jacob estava em perigo. Então eu usei o que me fazia ser diferente dos outros. Isso me fez lembrar o porquê eu estava aqui. Toda a minha vida eu tinha tentado ser alguém normal, alguém que se encaixasse nos padrões de normalidade e coesão, alguém que não fosse eu. Eu fugia do meu místico, do meu sobrenatural porque eu tinha vergonha. Mas agora alguém precisava de mim. Alguém em que eu faria de tudo para salvar.

Por isso eu usei minha velocidade para me trocar e sair pela janela para que o Billy não ouvisse e nem desconfiasse de nada. E assim eu fui, guiada pelos meus instintos e por Rachel, que por alguma razão me guiava também.          

Estava chovendo, caindo o céu em La Push, e eu estava meio desorientada. Fui para a casa de Emily, porque sabia que ele tinha passado por lá. Ela abriu a porta assim que eu toquei a campainha.

- Em, você por acaso sabe por onde o Jake foi?

Ela me olhou preocupada, e estendeu a mão para mim, me puxando para dentro de sua casa quente.

- Nessie, por mais que você seja vampira, você ainda tem uma parte humana e está esperando uma filha. Não pode sair nessa chuva, você vai ficar com um resfriado terrível!

Eu percebi que estava encharcada, mas aquilo não importava. No fim das contas não importava como eu me sairia, porque Bechel não corria nenhum risco. Apenas eu, mas o quê era um resfriado? Uma pneumonia? Eu tinha que ir atrás de Jacob, porque há esta hora ele deveria estar inconsciente debaixo daquela pedra cheia de limo.

Emily voltou com uma toalha e me deu, sentando ao meu lado. Sua cicatriz estava voltada para mim também, e aquilo, por algum motivo, me fez arrepiar.

- Você sabe pra onde ele foi, Em? - perguntei novamente, enxugando meus cabelos e depois, passando sobre a barriga numa tentativa inútil de aquecer Bechel.

Ela sorriu para mim, mas depois virou o rosto para a porta, preocupada.

- Ele saiu faz um tempo, Nessie. Ele estava muito nervoso e Sam foi atrás dele para lhe acalmar.

Eu fitei o chão, confusa.  

- Mas por que ele estava bravo? Ele me disse que ia falar com o Sam hoje de manhã, porque nós decidimos não virarmos humanos mais...

Ela suspirou.

- Bem, você conhece o Sam. Ele tem um pouco de ressentimento ainda por o Jake ter tido um Imprinting com você... Nada que tenhamos contra, mas ele anda nervoso. Com o casamento e todo o resto, sabe?

Eu assenti, mesmo que não estivesse entendendo muita coisa.

Ela se levantou de repente e levou a toalha com ela.

- Nessie, vou fazer um chá para você.

- Não precisa Em, eu estou bem. - disse, e quando terminei a frase outra visão veio.

Ele corria de novo, para mais longe, até parar numa pedra alta e rosnar ferozmente.          

- Em, eu preciso ir. Mesmo. Estamos bem. - eu falei, pondo a mão na barriga. Ela quis me impedir, mas sai correndo na velocidade de vampira e ela não pode fazer muita coisa.

O jeito era seguir o cheiro de Jake. Entrei na floresta, mas pulei para a árvore mais alta assim que pude. Como a chuva atrapalhava minha visão periférica e também não me deixava escutar muita coisa, continuei correndo por entre as maiores árvores, em busca de rosnados e barulhos de lobo. A cada pulo, a cada impulso, eu me sentia melhor. Era como se eu estivesse resgatando cada parte de mim que tinha abominado. E foi tão bom, porque eu sentia que dentro de mim, Rachel também sentia o que eu estava sentindo. Apesar dos pesares, apesar de eu estar buscando Jake numa floresta escura e com um tempo chuvoso e com raios, eu estava feliz. E foi só pensar nisso, que enquanto eu me preparava para pular para uma árvore maior, que uma luz forte me fez fechar os olhos e depois, a árvore estava rompida ao meio.

Então eu achei melhor ficar em terra firme, que assim eu estaria mais segura. Mesmo estando totalmente perdida naquela floresta imensa. Eu continuei procurando, atravessando plantas, teias de aranhas, me arranhando, passando por animais que me davam sede, e por fim senti um cheiro familiar. Diminui o ritmo e agucei meus ouvidos, escutando os passos pesados de um lobo. Ele não era muito forte e nem muito grande, porque a pressão que exercia sobre o chão não era muita. Ele conseguiu me alcançar, o lobo claro de Seth Clearwater.

- Seth! - exclamei, sinceramente feliz por ele estar comigo.

Ele fez aquela cara estranha de lobo feliz, jogando a língua para fora da boca.          

- Você sabe aonde eles estão?

Ele jogou a pesada cabeça para o leste e correu em minha direção, passando a cabeça por entre minhas pernas e levantando todo o meu peso para suas costas, de modo que eu ficasse sentada nela.           

Ele correu para o leste, e para o leste fomos. Eu apoiei minha mão em minha barriga e fiquei abraçada nos 5 meses de Rachel, esperando que ela estivesse bem e quente, diferentemente de mim, que estava meio sem rumo e muito mais gelada do que eu realmente era. Além disso, minha garganta doía muito de sede por causa dos vários animais que havia cruzado enquanto procurava Jake. Mas ela estava bem. Então eu estava. Agora só me restava saber de Jacob.       

Seth virou a mesma curva perigosa que eu havia visto Jacob cair, e eu me apertei nele com medo de que acontecesse o mesmo. Mas Seth parecia estar tranqüilo e muito concentrado, às vezes rosnando, mas deveria estar lendo os pensamentos de Jacob, então não caiu e nem escorregou na terra úmida. Fomos um pouco mais adiante, e ele parou. Parecia estar petrificado, um pouco duro demais para simplesmente ter apenas parado. Sua pele clara se enrijeceu e um rosnado feroz se formou em sua barriga. Eu senti um tremor sentada nele, e num instinto rápido, acariciei seu pêlo e ele pareceu amolecer sobre meu toque. Olhou para mim, abaixou e eu sai de cima dele.

E então vi o quê não queria ter visto nunca.


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Notas finais do capítulo

Nath-Garcia: 1º post do ano
Feliz 2011, que esse ano seja melhor que 2010... o meu pelo menos foi horrivel shauihsuias
e não esqueçam o review hein.
;*'s2



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