Hannah está a caminho de casa, após ter deixado as treze fitas no correio– seus treze porquês, os motivos pelos quais ela estava prestes desistir de sua vida. Ela está decidida, determinada de que nada e nem ninguém a impediria de finalmente fazer com que a dor parasse, com que tudo aquilo sumisse e ela enfim tivesse um pouco de paz para si mesma. Ela só não esperava que Clay, naquele exato momento – maldito e ao mesmo tempo abençoado momento, ela pensou – estivesse passando por ali, a visse e decidisse que era hora de que as coisas ficassem em ordem entre eles dois.
Parecia, então, que era possível amar alguém de volta à vida.

“Sou uma garota boa, não é?”
Mas, lá no fundo, ela sabia que não era uma boa garota.

“Ela estava caindo nas profundezas do seu próprio desespero”.

Antes daquele dia, Jessica Davis achava que a pior coisa que poderia acontecê-la era que seu namorado estivesse mentindo sobre um assunto tão sério. Entretanto, ao descobrir que Hannah sempre esteve certa, ela não sabia mais se preferia ter ficado na ignorância. A verdade era cruel demais para ser encarada.

Mate-se.
Foi última coisa que sua mente disse, e no segundo seguinte a bala atravessava a sua cabeça.

Uma pequena narrativa de Clay Jensen após a descoberta dos treze porquês.

Clay e Skye, seria ele sua salvação? Seria Clay a única pessoa que iria conseguir desviar o futuro horrível de Skye?

Alguns acontecimentos nos marcam para sempre, e através deles percebemos que é hora de mudar. Clay resolveu mudar depois de escutar as fitas. Reparando em quem agora precisava de ajuda.

Isso é um diário. Ou quase. São pensamentos, súplicas e intrigas de uma adolescente normal e entediante.
Somos todos fracos em mente e a vida é uma droga. Algumas são piores que outras. Mas ninguém é obrigado a suportar nada.

Talvez a garota dos balões, tenha tido um motivo para se jogar da janela, talvez ela quisesse voar... Ela mal sabia que um dia, suas fitas seriam ouvidas e todos começassem a entender o que ela realmente pensava do mundo.