Como estão? Aqui é a Letícia Silveira, que lhes traz mais uma missão. Dessa vez, ela é até simpática: simples e curta! Não é tudo o que vocês pediram? E essa não é a única notícia boa: também, finalmente, estamos na reta final dos verbos. Depois da missão de hoje, teremos apenas mais uma. (Escuto "aleluias" vindos da tela do computador.) Bem, vamos à penúltima, então?

 

    Acalme-se, caro ninja. Primeiramente, o infinitivo é a forma "pura" do verbo: cantar, ler, sorrir. Essa terminação em "erre" (r) demonstra que o verbo não está conjugado, sendo o infinitivo uma das maneiras em que o verbo pode se mostrar. Ele indica a ação ou o estado de algo sem relacionar a tempo, pessoa ou modo.

    Porém, o infinitivo pessoal, justamente por ser pessoal, dá a ideia de pessoa. Ou seja, ele indica quem faz a ação através da sua forma mais crua possível. Veja um exemplo:

Ela preparou a cama para dormirmos.

   
    Na frase acima, quem preparou a cama? Ela a preparou. Porém, quem dormiu na cama? Nós dormimos. Ou seja, tendo uma rápida conversa esquizofrênica com o verbo, lhe perguntando quem foi o responsável pela ação, descobrimos o sujeito, o agente desse ato. E, no caso demonstrado, há dois sujeitos diferentes: ela e nós. Nesse caso, o infinitivo pessoal serve para demonstrar quem dormiu na cama, pois, se estivesse escrito "dormir", entenderíamos que foi a mesma mulher que preparou a cama, o que seria uma equivocação. Assim, podemos assumir que o "mos" em "dormirmos" indicou a pessoa que fez a ação e deu sentido ao que queria ser dito.

    Observemos o quadro de como conjugar o infinitivo pessoal para indicarmos exatamente quem fez a ação:
 

 

     A partir desse quadro, podemos reparar que todas as conjugações são formadas a partir do infinitivo com ou sem uma adição de letras, que chamamos de desinência pessoal (pois indica a pessoa que faz a ação).

    Além disso, também reparamos que as desinências são as mesmas do futuro do subjuntivo, sendo igualmente usada para todas as conjugações.

 

 

    Retomando o assunto do infinitivo pessoal, vamos ver, então, para que usamos o santo esse.

 

Ela arrumou a cama para dormirmos. (Sujeitos: ela e nós)

O policiamento é para os cidadãos se sentirem seguros. (Sujeitos: policiamento e cidadãos)

3.	Quando existir a tentativa de indeterminar o sujeito:

    Quando isso ocorrer, o infinitivo pessoal deve estar na terceira pessoa do plural (no eles).
 

Faço isso para não me encontrarem. (Para alguém não me encontrar = indeterminação do sujeito)

Me esforçarei ao máximo para me promoverem. (Para alguém não me promover = indeterminação do sujeito)

4.	Quando apresentar um gesto recíproco ou um reflexo de ação:

Vi meus pais se abraçarem.

Mandamos os adversários se cumprimentarem.

    Obs.: o pronome "se", nesses casos, demonstra essa reciprocidade ou reflexibilidade da ação.

 

DICA: Caso o infinitivo de um verbo tiver "J", as demais conjugações também terão "J", como em "viajar": viajo, talvez eles viajem, ela viajou, nós viajaríamos. Entretanto, o substantivo tem "G": fizemos uma viagem. Assim como ocorre no caso do verbo "enferrujar": as ferramentas enferrujam, ele enferrujou, mas há a ferrugem.

 

Resumo acerca do Infinitivo Pessoal

UTILIZAÇÃO