The Girl Of Cutting escrita por Fafa Moraes


Capítulo 60
9 - An old friend... Or an old enemy?


Notas iniciais do capítulo

Olá, mortos-vivos que não merecem nem um pouco esse capítulo porque não comentaram nada ♥ A não ser que você seja um lindinho que lê pelo blog de The Girl of Cutting e comentou lá ou que seja um dos lindos do Ask...Aí você merece o capítulo!
Em fim, esse não é nem de longe o maior capítulo de TGC que eu já escrevi, mas, está bem maneiro, e ele também é essencial para o que vai vir por aí! As coisas estão começando a esquentar...
Em fim, Boa Leitura!
Link do blog oficial: http://thegirlofcutting.blogspot.com



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Quando chegamos em casa, eu e o Mike encontramos o Taylor nos esperando, o que posso considerar que não foi a coisa mais agradável do mundo, até mesmo porque essa coisa seria sangue escorrendo no meu canivete...

– O que quer, Taylor? - eu perguntei, no meu tom frio e provocador de sempre. -

– Tenho boas notícias... - ele respondeu, dando uma pequena pausa para pensar em como prosseguir - Vocês terão outra entrevista, o que será uma ótima oportunidade para bancarem os santinhos novamente e de forma mais convincente ainda.

– Outra entrevista? - Foi a vez do Mike perguntar, parecendo estar um tanto curioso. -

– Sim, dessa vez na televisão, em um programa de auditório mais precisamente, portanto, a entrevista será gravada, vocês sabem perfeitamente que algumas pessoas ainda tem bastante medo de vocês...

– Entrevista na televisão? Ótima estratégia para enganar babacas... - Mike disse, me encarando com um sorriso malicioso no rosto, como se me perguntasse qual seria o discurso totalmente pacífico da vez. -

– Que bom que vocês gostaram da ideia...Agora, eu tenho mais coisas a resolver, qualquer coisa, vocês sabem como me encontrar, estarei ao dispor de vocês... - Taylor disse, me encarando de forma fria.-

– Muito bem, Taylor... Vejo que aprendeu perfeitamente como deve nos tratar... - eu o provoquei, sorrindo - Apenas espero que você continue assim, por bastante tempo...

Taylor foi embora, deixando a mim e ao Mike a sós. Ficamos um bom tempo conversando sobre algumas jogadas para a entrevista e outros fatores que poderiam nos proporcionar várias chances proveitosas. Também falamos um pouco sobre futuros crimes, que felizmente, não estavam longe de serem colocados em prática, já que com uma boa jogada e profissionalismo, logo, logo poderíamos voltar a nossa vida criminosa com perfeito êxito.

Sei onde vocês provavelmente devem estar me esperando chegar, ao ponto alto de um dia sem assassinatos ou crimes: uma noite totalmente prazerosa, que foi exatamente o que aconteceu.

Depois do jantar, eu e o Mike subimos para o quarto, porém, no meio da escada, ele insistia em fazer cocegas em mim. Nesse momento, até ficamos parecendo um casal totalmente normal e romântico, porém, meu instinto psicopata falou mais alto, e eu tive que mudar essa situação: peguei meu canivete que estava preso e escondido em minha calcinha e apontei contra ele, encurralando-o contra a parede.

– Tem certeza que não vai parar de me fazer cócegas? - eu perguntei, com uma voz maléfica que carregava também um tom sensual. -

– Tem certeza que vai ter coragem de me matar, querida assassina? - ele revidou, me provocando. -

– Tem certeza que deveria revidar uma pergunta minha dessa forma? - eu disse, fazendo um leve corte em seus lábios, mas, que foi o suficiente para que saísse sangue. -

– Tem certeza que prefere ficar falando? - ele perguntou, me puxando para perto dele pela cintura.

Nossos lábios se encontraram, e uma explosão de êxtase se deu em nossas bocas, eu podia sentir o gosto do sangue dele explodindo em minha língua, que entrava e saia de sua boca, em um ato excitante e sensual; nossas línguas se encostavam, provocando uma onda de calor prazerosa e inquietante. Logo nossas mãos começaram a percorrer o corpo um do outro, suas mãos estavam acariciando meus seios por baixo da blusa, como se o mundo todo tivesse parado de existir e nós fossemos as únicas coisas reais de verdade, minhas mãos acariciavam seu abdômen musculoso e definido, em um ato de excessivo prazer...Antes de nos darmos conta, já estávamos na cama. Os beijos ficavam cada vez mais quentes, bem perto de chegarem onde realmente queríamos; já estávamos quase totalmente sem roupa, e o calor do ato somente se aquecia cada vez mais, já beirávamos os 100º C, quando os lábios do Mike fizeram uma linha sensual pelo meu pescoço até chegar ao meu ouvido, onde ele sussurrou:

– Gostou de provar meu sangue, vadia?

– Mais do que já gostei de qualquer coisa, cafetão... - respondi, em um sussurro sensual - Agora, cala a boca e me fode! - disse, em um tom mais alto, ajudando-o a tirar sua cueca boxer enquanto ele tirava minha calcinha de renda preta -

Seu pênis ereto ficou a mostra, me excitando cada vez mais, antes de me dar o que eu queria, ele me masturbou, colocando dos de seus dedos em minha vagina, fazendo-me gozar; até que ele finalmente me penetrou, me fazendo gemer em um tom quase inaudível, arranhando suas costas com as minhas unhas afiadas e pintadas de preto.

Depois do ato, nós dois arfávamos lado à lado na cama, ainda bêbados pelo êxtase. Ele ainda me admirava com um olhar sádico, me acariciando com os lábios no meu pescoço volta e meia. No meio disso tudo, ele olhou para os meus pulsos, marcados por cicatrizes de diversos cortes.

– Como é? - ele perguntou, me fazendo olhá-lo de forma confusa-

– Como é o que? - perguntei, sem realmente entender. -

– Isso... - ele acariciou um dos meus pulsos. - Como é se cortar?

– Sei lá. É legal, idiota, estúpido...Eu faço isso à muito tempo, já estou acostumada a lidar com os cortes, não é como se realmente machucasse, alivia...E, na verdade, pra uma pessoa totalmente masoquista como eu, é totalmente prazeroso, embora eu realmente tenha que admitir que prefiro fazer cortes em outras pessoas... - eu respondi, sem saber muito bem o que dizer. Eu me corto a muito tempo, não lembro direito o que senti na primeira vez que o fiz, e agora, que já estou totalmente acostumada com a dor de um corte e sei lidar com o sangue, não sei se consigo explicar isso de forma que não soe masoquista ou psicopata. -

– Esse é o mais recente, não é? - ele perguntou, passando a mão suavemente pela cicatriz em formato de X, que se destacava no meio das outras por ser recente. -

– Sim... - respondi, sem nenhuma expressão - Eu fiz enquanto estava na clínica psiquiátrica, com um caco de vidro. Foi divertido...Assustou bastante a minha enfermeira. - eu disse, sorrindo ao lembrar da expressão horrorizada que a Marta havia feito ao me ver pegando o caco de vidro e cortando meu pulso, com lágrimas nos olhos e como isso fosse a coisa mais natural do mundo. -

– Deve ter sido divertido. Eu fiquei sabendo que alguém invadiu o lugar, o destruiu e deixou um recadinho intimidador pra você...Deve ter sido divertido fazer isso também.

– E foi... - eu respondi, enigmática - Foi totalmente divertido de uma forma completamente sem graça...

XXX

Mais um dia perturbador com aula. Como qualquer outro adolescente, psicopata, ou não, eu estou contando os dias para o fim do ano letivo, quando finalmente estarei livre do inferno que é a escola. E, tenho uma grande certeza de que as pessoas que ainda odeiam à mim e ao Mike também devem estar ansiosos para esse fato: Terminar a escola, virar maior de idade, poder ser preso de uma forma digna. É, acho que algumas pessoas podem estar até mesmo mais ansiosos do que eu para esse fato, já que, na visão deles, isso pode significar mais segurança nas ruas...Pobres pessoas! Mal sabem que uma das - se não a - pessoa mais poderosa do mundo em questão de segurança está nas minhas mãos. Realmente seria uma enorme decepção saber desse pequeno, porém, totalmente comprometedor fato.

Depois de fumarmos uns três cigarros cada, eu e o Mike fomos para a escola, ou em uma definição mais apropriada para a nossa opinião: Inferno ao qual podemos dominar em um piscar de olhos.

Não tenho muito à dizer sobre como tudo ocorreu inicialmente, porque foi a mesma coisa de sempre: as pessoas nos olhando intimidadas, se afastando para passarmos, algumas com olhares de reprovação, outras amedrontadas, a mesma coisa de sempre. Porém, o comum se tornou um pouco mais divertido assim que avistamos a Ashley, conversando histericamente com a Belly, provavelmente falando sobre como tinha sido totalmente perfeita a viagem para sei-lá-qual país Europeu, ou algo do tipo. Eu, como sempre, quis inovar e surpreender antes dela notar que eu ou o Mike estávamos ali.

Chegamos de fininho por trás da Ashley, em completo silêncio - o que é necessário quando se está na vida dos crimes, você tem que saber vigiar as pessoas bem de perto estando em extremo silêncio. No mundo dos crimes, no meu mundo, qualquer passo pode significar vida ou morte. -

– Olá, Ashley Sparks, como foram os dias na Europa? - perguntei, estando a poucos centímetros da loira, que encarava fixamente a Belly, que, sem dúvidas, já tinha reparado na nossa presença ali. -

Ashley quase deu um pulo de susto, virando para encarar a mim e ao Mike, em um ato repentino.

– Meu Deus, Ali! Você quase me matou de susto...

– É realmente uma grande sorte que você possa usar as palavras "quase" e "de susto" nessa frase...- eu disse, soando completamente maléfica. -

– Eu nem acredito que vocês estão aqui! - ela disse, me abraçando. Eu correspondi, estava com um pouco de saudade dos ataques histéricos de medo da Ashley e de sua idiotice e inocência. Ao abraçá-la eu pude ver uma coisa: Uma cicatriz em seu pescoço. A cicatriz do corte que eu fiz nela, quando havia descoberto sobre o meu pequeno caso com o professor Fox. -

– Parece que alguém não esconde mais certas coisas...- eu disse, desfazendo o abraço e encarando a cicatriz, que estava meio escondida por seu cabelo. -

– Ah, isso... - ela tirou o cabelo da frente, passando a mão sobre a cicatriz, parecendo estar meio sem saber o que dizer. - Eu escondia ela com maquiagem no começo, mas...Depois eu acabei esquecendo de fazê-lo e parei totalmente...

– Pode se considerar quase marcada pelo diabo, Ashley... - Mike disse, fazendo a mim, a Belly e a ele mesmo rir. Já a loira na minha frente, somente deu um sorriso fraco, encarando o Mike. -

– Você pode abraçá-lo também, Ashley...Eu não mato. - eu disse, observando o quanto ela encarava o Mike - Ou talvez mate... - completei, sorrindo de forma maléfica e enigmática. Antes que ela pudesse demonstrar qualquer reação, o sinal tocou, nos fazendo ir até o ginásio, a primeira aula foi de educação física.

O uniforme de educação física, como o de qualquer outro lugar, era o mais sensual possível para algo acadêmico: um short muito, muito curto, totalmente colado e um top, no mesmo estilo. A única coisa que o diferenciava de outros uniformes era o emblema da escola, estampado no short e no top. Como de esperado, eu atraí alguns olhares dos alunos, principalmente dos garotos, que me encaravam com um olhar atração e de desejo, porém, com um pouco de medo. Os olhares eram interceptados pelos beijos que o Mike distribuía em mim, como se eles fizessem os garotos voltarem a sua mentalidade sã, percebendo quem eu era e o que eu já havia feito.

Pouco tempo depois, o professor entrou no ginásio, e para mim, uma surpresa: Fox seria o nosso professor de educação física. Assim que entrou, o seu olhar foi direcionado a mim, porém, ele rapidamente desviou, antes que eu pudesse encará-lo de fato.

– Bom... - ele começou a falar - Vocês sabem como isso funciona. Tirem os times, os garotos jogam primeiro hoje...

Assim que os garotos começaram a jogar Vôlei e que as garotas se sentaram em partes diversas das arquibancadas, Fox chegou perto de mim, me encarando por um tempo até finalmente dizer:

– Alicia, posso falar com você por um segundo?

– É claro, professor Fox. - eu disse, em um tom sexy e provocante, que o fez estremecer por poucos segundos, e logo depois recuperar o profissionalismo.

Fomos para um lugar mais reservado, longe de outros alunos, e, depois de um tempo pensando, ele finalmente falou:

– Então, Ali...

– É Alicia, pra você. - eu disse, repreendendo-o, mas, ainda mantendo um tom provocante em minha voz -

– Alicia, ok. Você não irá poder jogar nas aulas por um tempo...

– Ah, mas porque, professor? Eu não farei nada de mais! Sou uma garota tão inocente... - eu perguntei, da forma mais sexy possível, como se eu realmente me importasse com aquilo. -

– Ordens superiores, Alicia...Mas, já que você não vai poder participar da aula, quem sabe nós poderíamos fazer outras coisas enquanto os alunos jogam... - ele disse, parecendo enigmático. -

– Hmm...Acho que o professorzinho de Educação Física perdeu a noção do perigo! Esqueceu que eu tenho namorado, Fox?

– Já mais esqueceria, Alicia...Porém, ele está muito ocupado jogando Vôlei nesse momento. - Fox me agarrou pela cintura, me fazendo ficar mais próxima dele. Porém, ele não contava com que eu estivesse com algum tipo de arma...Peguei meu canivete rapidamente, colocando-o contra o pescoço do Fox. -

– Acho que você não esperava essa minha reação, não é mesmo, professor?

– O que isso significa, Alicia?! - ele perguntou, um pouco assustado. -

– Ah, Fox...Você continua tão tolo! Realmente achou que eu sou uma menina boazinha e indefesa agora? Você realmente não aprende nunca...

– Eu pensei que você realmente tinha mudado, Alicia! E, além do mais, você não pode me matar aqui, qualquer um desconfiaria e saberia que foi você que fez isso, até mesmo porque teriam provas pelas impressões digitais. Você pode não me matar, mas, estará totalmente fodida do mesmo jeito, eu juro que vou te denunciar! - Awn, que fofo! Pensou ter me pegado em cheio...Deve ser uma pena para os meus inimigos e para os espertinhos que me odeiam o fato de eu estar sempre um passo a frente deles! Realmente algo lamentável... -

– Você é tão idiota, Fox! - eu falei, dando uma risada fraca. - Vá em frente, me denuncie...Eu vou fazer com que você tenha uma morte lenta e dolorosa por isso. E, por mais que você me denuncie, nada vai acontecer, sabe porque? Eu tenho o chefe do FBI em minhas mãos...

– V-você o que?! - ele perguntou, me empurrando para longe dele. -

– Foi o que você ouviu, queridinho...Taylor, o chefe do FBI está em minhas mãos. Como você acha que eu sai daquela clínica psiquiátrica? Ele tem que fazer tudinho que eu quiser, a não ser que queira correr sérias consequências. Vai denunciar isso para a policia também? Pobre Fox...Não tem como me fazer mal de nenhuma forma! Isso deve ser horrível para você!

– Você é um monstro, Alicia! - ele disse, me encarando de forma totalmente horrorizada. -

– Obrigado pelo elogio, professor...

– Mas, que diabos está acontecendo aqui?! - Mike perguntou, encarando Fox com um olhar tomado pela raiva. Isso daria briga na certa. -

– Mas que diabos está acontecendo aqui pergunto eu! - Fox disse, exaltado. - Quem vocês dois pensam que são pra fazerem o que estão fazendo?!

– Ok. É melhor você explicar tudo com calma, professor. – Mike pronunciou a última palavra com fúria. - Porque, até agora você só tem duas opções: 1 - Morrer, ou 2 - Se machucar seriamente, e talvez morrer. - Mike disse, me puxando delicadamente para perto dele e envolvendo minha cintura, porém, sem tirar os olhos do professor Fox.- -

– Eu não tenho nada para explicar! Vocês é que deveriam explicar porque são tão imbecis!

– Modo errado de dar explicações, Fox...Deixa que eu explico tudo, Mike... - eu disse, fazendo uma pequena pausa para pensar como eu poderia fazer o circo pegar fogo de uma forma não comprometedora - Eu estava com a Belly e com a Ashley, até que o nosso querido professor me chamou para conversar. Ele disse que eu não poderia participar das aulas, e começou a dar em cima de mim. Dizendo que já que eu não iria jogar, poderíamos fazer algo enquanto os outros alunos jogavam, e, quando eu disse que tenho um namorado, ele simplesmente ignorou o fato e disse que poderíamos fazer sei-lá-que-porra sem você saber.

– É melhor você correr, Fox. - Mike disse, serrando os punhos.

– E o que você vai fazer? - Fox provocou, levantando as mangas da camisa que usava. -

Isso foi a gota d'água para o Mike, que deu o primeiro soco em Fox, diretamente no olho, que o professor cambalear para trás. Foi a minha vez de dizer algo.

– Chega! Isso já é o suficiente...Se ele tentar algo de novo, não será com os seus punhos que ele terá uma conversinha, Mike. Será com o meu canivete. - eu disse, segurando uma das mãos do Mike. -

– Você ouviu bem o que ela disse, professor. - Mike disse, encarando Fox, que se levantava vagarosamente, com um olho roxo. -

A aula correu normalmente depois disso, sem contar o fato de que eu e o Mike saímos do ginásio logo depois do pequeno confronto, que, sem dúvidas, poderia ter acabado em morte.







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Notas finais do capítulo

Reviews ou cortes profundos e extremamente dolorosos, que os farão gemer de dor até seus últimos suspiros de vida e que me farão rir de toda a cena perfeitamente macabra e sangrenta? Vocês decidem...Mas, cuidado, isso pode não ser só uma ameaça.
Lady Suicide



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