"Batem na porta, tocam os risos e as campainhas; há quem convoque, há quem pergunte e o clima esquenta, como camareiras que buscam averiguar o quarto e dragões que buscam alimentar-se com o quê resta dalguma filosofia fatigada e fatídica. Crise - crise hídrica na alma."

O quê aconteceria se um dia você voltasse para casa e ela, simplesmente, não existisse mais? O quê aconteceria se um velho conhecido rotineiro não reconhecesse você? Assim aconteceu com Cancro, um protagonista inseguro que sempre foi coadjuvante da sua própria história. Após perder muito mais que o seu lar, ele decide vagar pela cidade, sem saber que o presente e o passado farão de tudo para lembrá-lo que chegará a hora de fazer uma escolha capital: será mais válida a vida ou a morte?
Conheça um sistema opressor, as belezas ocultas e um protagonista que tenta entender o mundo em que vive. Permita que Cancro conte a sua história.

“Tornamos a reflexão sinônimo de dor, pois, pusemo-nos a fechar os olhos para tantas adversidades que até custa perceber que fomos capazes disso. A dor faz as pessoas correrem e oculta a séria constatação: enquanto não for enfrentado o motivo das peculiares dores, elas persistirão como erva daninha que insiste em nascer”.
— Davi Filho

"(...) Acho que trocarei meus cobertores para poder me cobrir com as palavras – para sempre."

O negro por fora é só para definir como eu me sinto por dentro.

Quando a sua imaginação vai longe demais, você precisa findá-la, antes que ela te finde.

Eu preciso dos seus medos para escrever, comente-os, e permita-me dar vasão para a sua imaginação. Simplesmente isso.

O universo mental é perigoso, os frutos quando libertos alcançam a realidade e então, nada pode detê-los. A mente de uma criança é fértil e tão real como uma cúpula concreta. Adentre um pesadelo, um singelo pesadelo, ou dois, mães, sangue e uma mensagem gravada. Há muito mais.

Bem-vindo a um mundo que sai do seu controle. Paradoxal, não?

Guardado na tua lembrança, uma saudade pungente... Mas como é possível alguém estar ali abrigado se nunca existiu? Desejo e saudade se resumem nas indagações de um garoto com duas mãos livres, pedindo que pelo menos uma delas seja pega com firmeza. Pedir amor é muito?

Se leu o título e se sente só, ou já se sentiu alguma vez, como leitor ou escritor, permita-se encontrar-se um pouco, o mínimo, dentro do meu deserto. Ou como disferem desconhecidas línguas: desencontrar-se. Conto-te um segredo, tudo se passa dentro de uma garrafa de areia.

Sabe? Não vou persuadi-lo a ler, leia se quiser. Só há uma fita cassete e o final é a herança que ela me deixou: o dadaísmo. Já dei até o final, por qual motivo ia ler mesmo?

"(...) conheci o meu único amor, aquele que impede qualquer chance com outro alguém, aquele que te dá a certeza de que não importa o quão incrível alguém seja, nunca será igual, o beijo não terá o mesmo gosto e a chuva só molhará os pés".

“Auribus teneo lupum... Brutum fulmen."

Drabble!Double drabble!

(Dê uma chance)

E se por um momento você descobrisse uma falha na sua mente? Uma fenda em que você pudesse entrar? Acredite, eu peço, eu descobri a minha, e dentro dela, há um sub-escritório, uma mãe, um pai austero, uma cleptomania, nulas velas e um macabro/puro livro.

O que peço, de joelhos, de tão humilhante que possa parecer, é que leia, essas 200 palavras, tentei ser o mais transparente possível, quando o meu remédio acaba é isso que acontece... E sim, essa é ainda a sinopse.

Eu sou o coringa... E matei o Batman... Ok, ainda não. Afinal essa é apenas a sinopse e não tenho certeza se o meu bats merece morrer, qual será o meu próximo brinquedo se ele se for? Enfim, essa é apenas a sinopse, não vou me alongar. Deveria dar uma chance, afinal o que tem a perder? Além do seu tempo?

Ahh, a Lua está linda.

Você deve aprender a morrer lutando, mesmo que isso custe sua família, o seu passado e o seu sangue. Lutei por um Brasil livre, sangrei por uma pátria que passou de "Ordem e Progresso" para "Violência e Impunidade". Morri portando a foto dos meus pais, metralhado... E ainda assim, deixei um legado silencioso, que pouco tempo depois derrubaria um mundo falho.
Meu nome é Carlos Marighella e venho contar a minha versão dos fatos.

"Encontrei-a em festas, beijei-a. Quando percebi, estava envolto nos seus lençóis quentes, no último andar de um prédio, num quarto, uma das paredes transparente notificando a beleza da cidade, das luzes e nalgum lugar, nalguma esquina uma placa: FIM, lembra-se?"