Além da história do NY Times, que é muito gracinha para ser ignorada. Ainda, Os Meninos da Rua Paulo já está na minha listinha de leituras e, só de ler a sinopse, me deu aquela sensação de ruas de terra vermelha, verões insuportáveis e roupas secando no varal.
Acabei de vasculhar suas fanfics e só de ler as sinopses já entro em crise existencial porque são tão fofas e bem escritas e tapa-na-cara que eu quero ler mas ao mesmo tempo prefiro não fazer isso ainda, tipo quando tu deixa a melhor parte da comida pro final. E eu estava louquíssima para ler "as cores", mas tá há um aninho parada, então fica o questionamento se tu ainda pensa em escrevê-la ou não.
Eu vou ler e comentar de qualquer forma ♥
Os verões do James lembram da vida pré-internet, quando a gente ficava tentando arranjar coisas para fazer para tentar não morrer de tédio. Saudades.
Ou não.
ANYWAY, primeiramente: eu não gosto do James. Acho que é um daqueles personagens que ou tu ama ou tu detesta. Na primeira vez que eu li Harry Potter fiquei com aquela admiração pelos marotos, mas, depois de reler, as atitudes deles foram me dando certo... asco?
O que eu queria dizer com isso é que, embora eu não goste dele como pessoa, é um ótimo personagem e tem muita coisa a se trabalhar nele. Nessa fase da adolescência, talvez, quando parece que ser cool, pegar geral e conhecer todo mundo parece tão importante (eu fui uma adolescente superficial, desculpa, mundo - e ainda sou, mas finjamos que não) eu gostei de pensar no James crescendo emocionalmente quando se torna amigo de uma velhinha e conhece esse universo que, bem ou mal, a gente tem medo - porque implica envelhecer, mudar e encarar que tu não é mais quem tu era antes e, nossa, isso é completamente assustador.
Mas é um universo lindo e completamente novo composto por pessoas que já encararam tanto da vida e tiveram coragem de envelhecer e enfrentar esse final da vida. Talvez todo mundo devesse ter um amigo idoso.
E, como eu, superficial que sou, imagino que, de certa forma, o James também o seja. Então tem algo de tão genuíno na relação que tu construiu dele com a Batilda que dá vontade de colocar num potinho. Porque no fim da contas, parece que ela é só uma criança com cabelos brancos e um pouco de sabedoria demais.
É algo bonito de se enxergar dessa forma.
Apesar de achar que eu seria uma das velhinhas muito insuportáveis porque não pode bater no amiguinho ou jogar azarações dos coleguinhas porque eles são pessoas e isso não tem graça nenhuma, seu abestalhado.
Além de que o James me pareceu não exatamente egoísta, mas preso no próprio mundo dele e do que ele conhece. Como quando ele fala que ninguém fez muita questão de acompanhar o Remus porque ele tem uns períodos depressivos e fica insuportável. Bom, meu anjo, eu entendo que tu veja isso assim, mas imagina então uma pessoa que está sofrendo com isso e tem que aguentar um fardo muito maior do que tu já experimentou na vida.
De novo, faz dele um personagem interessante, mas uma pessoa que eu quero a maior distância possível.
E, vendo assim, todas as pessoas são universos inteiros que a gente nunca vai entender direito.
Imaginei agora a vida como sendo um encontro de universos distintos que acabam deixando, de uma forma ou de outra, mudanças, explosões e marcas uns nos outros.
Talvez sempre que a gente encontre alguém, nós criemos um planeta, ou um sistema, ou uma galáxia inteira dentro do universo que é a gente e muitas vezes nem percebemos.
Viajei legal agora, mas, apesar de não estar diretamente ligado com a história, está, sim, de certa forma, porque fala de relações humanas e elas são sempre fascinantes.
Uns detalhes que eu notei foram alguns "chamá-la" e "deixá-la" que ficaram sem acento e alguns vocativos sem vírgula. Fora isso, não notei nenhum erro gramatical.
Esse comentário ficou gigante e eu fiz de tudo menos comentar. De qualquer forma, eu achei a história tão delicada que quero proteger ♥
Beijos!
Sirena