Comentários em Inquilina

Gabriela Ascencio

30/05/2018 às 12:37 • Inquilina
O que acha que precisa ser melhorado?
Nada

O que mais gostou no capítulo?
A verdade sobre a casa em nosso ombros

Deus como me identifiquei com esse conto , pois me sinto deste jeito , como medo do meu futuro e com saudade do meu passado.
Deus como minha An  toma conta desta casa e cada dia mas me sinto presa no quarto escuro no fundo da minha própria casa .
É tão errado querer viver sem ela ?? É tão errado não quero viver todas as paranoias , que ela me cria ?, Seus como eu gostaria de saber , mais com todo caos que é , ainda assim co digo sair deste quarto e viver algum momento de felicidade , ver ver sem a paranoia que foi imposta .
 Já havia dito isso antes provavelmente , mas você realmente tem o dom de escrever , de trás os sentimentos dos seus personagem , de fazer que nos leitores sintam tudo que se passa de entender porque disso e daquilo , nos da o poder de sentir , mesmo que seja apenas um capítulo . 
Com amor Gabriela Ascencio
 


Resposta do Autor [Jeniffer]: Oi, Gabi! Tudo bem? Entre, por favor. Vamos tomar um café. A An está entretida com um livro, tenho certeza de que ela não vai nos incomodar.
Não é errado querer viver sem ela. Já perdi as contas de quantas vezes tentei expulsá-la desta casa... Mas a maior lição que aprendi foi que é preciso conviver com ela. Talvez, algum dia, ela simplesmente decida se mudar. Ou eu acabe reformando a casa. :)
Enquanto você está aqui, permita-me compartilhar o que mais tem me ajudado: conheça os seus gatilhos. Quanto mais você se conhecer, mais fácil fica. Revire cada canto da sua casa e entenda como ela funciona, qual porta não fecha totalmente, qual madeira range no chão ou qual janela está quebrada. 
Por exemplo: tenho um sério problema com visitar lugares pela primeira vez. An fica inquieta e agitada por dias, é assustador. Então, uma das coisas que a acalma é pesquisar sobre o local antes de ir até lá realmente. Isso vai desde verificar as opções do lugar até rotas de fuga. 
Quanto mais você conhecer a sua An, mais fácil fica de acalmá-la, de garantir para ela que o mundo não vai acabar o tempo todo.
E não se preocupe se isso não funcionar de primeira, pois ela pode descobrir outros gatilhos durante o processo. Mas não deixe que isso a impeça de desafiá-la. Não deixe que ela se sinta muito confortável na sua casa. E se ainda assim ela continuar agitada, saiba que sempre pode me visitar. As portas sempre estarão abertas para você. ;)
 
Muito obrigada pelo seu comentário! Fico muito feliz que tenha gostado ♥


Marcondes

31/05/2018 às 12:26 • Inquilina
O que mais gostou no capítulo?
Do teor psicológico e social da história.

"Estou participando do DESAFIO CLUBE DA MÚSICA do GRUPO CANETA TINTEIRO".
 
Já faz um tempo que não leio algo seu, Jeniffer E com esta história, tive novamente uma leitura proveitosa proporcionada por você.
O que eu mais gostei da música que você usou para escrever a história, é como ela usa de um teor psicológico interessante para demonstrar muitas vezes, que o maior inimigo do ser humano na tentativa de viver bem são os próprios ideais que martelam certezas e condutas ideais na mente, como um tipo de obsessão que não cessa.
Do lado social, gostei do reforço  acerca da necessidade de experiências em grupo para que se viva bem (Como a personagem ir beber, passear e visitar amigos e amigas), o que muitas vezes resulta em situações com uma imprevisibilidade que pode tornar dias monótonos, minimamente interessantes, inéditos.
Quanto a música achei que ela tive uma sincronia admirável com a narrativa que você montou.


Resposta do Autor [Jeniffer]: Oi, Marcondes! Tudo bem?
Realmente, já faz muito tempo que não posto nada por aqui... Acho que foi um milagre eu ter uma ideia pra esse desafio e ter conseguido desenvolver.
Acho que nunca fui tão verdadeira em um texto antes. Sempre achei essa música bem controversa, e quando lembrei dela para o desafio, me pareceu perfeita para falar da minha própria experiência com a ansiedade.
Fico muito feliz que tu tenha gostado, de verdade. Obrigada pela comentário e pela linda recomendação ♥ ♥ 


Captolina

09/07/2018 às 19:39 • Inquilina
Okay, eu tô atrasada, tá? Há quarenta dias, eu sei e, não, não tenho uma desculpa boa pra isso. A verdade é que eu não tenho sequer uma desculpa: nem a falta de tempo tá dando pra usar porque isso ai eu tô tendo de sobra nesse resto de férias. 
Mas, sem mais enrolação. Vamos direto par o que interessa. 
Primeiro que eu amo essa música e fim, não tenho muito o que falar sobre isso. Segundo que achei a capa uma das coisas mais lindinhas que já vi e terceiro que sinopses sucintas me pegam muito fácil. Parabéns por já saber todos os meus pontos fracos.
Já devo ter comentado que raramente histórias que fogem o romance me atraem. Mas é incrível a forma que a tua escrita me deixa confortável a ponto de sequer me fazer lembrar que não tem nada romântico ali, sabe? É leve, é delicada, usa palavras certas, sinônimos perfeitos; é uma escrita despreocupada, ao mesmo tempo que tem lá seus esmeros (e eu amo isso, meu deus do céu, com amo.)
Cheguei em um ponto da narrativa que Anne passou a ser eu mesma
(...) e não me entenda mal, pois isso não é uma coisa boa. Muitas vezes, conviver com An significa deixar de viver comigo mesma. Significa dar um passo pra trás para que ela não dê dois passos para frente. Significa abrir mão, evitar, esconder e, pouquíssimas vezes, reconciliar. Já abri mão de tantas coisas por An que nem sei se isso é uma acusação ou uma carta de amor (...)
que abri mão de muita coisa por muita gente que não viu isso ou se viu fez questão de achar que foi uma coisa muito banal, muito superficial para se dar a devida importância. 
Assim como Anne eu sofro por antecipação, penso na frente antes mesmo das coisas acontecerem, tomo decisões e depois fico remodelando os passos como se existisse alguma falha em vários pontos quando na verdade não, mas que na minha cabeça não tá bom o suficiente, você poderia ter feito melhor e etc, é angustiante, desesperador e chato. 
(...) viver ansiosa pelo futuro e saudosa do passado, me impede de viver o presente (...)
Às vezes me pergunto se você não escreveu essa história especificamente para mim enquanto na outra parte do tempo sei que seria egoísmo tê-la comigo — e só comigo — quando dezenas, centenas, milhares de pessoas se sentem exatamente da mesma forma.
Jen, essa foi uma história espetacular e essa palavra seria absurdamente mínima, frágil, quebradiça para descrever tantos parágrafos que me espelharam do mínimo ao máximo em quase duas mil palavras. 
Não sei o que falar, sério. Só obrigada. 
Te amo muito, você sabe. 


 



Diamond

02/08/2018 às 22:32 • Inquilina
O que mais gostou no capítulo?
O tom leve e poético (ao mesmo tempo que palpável) com que a An foi tratada

[Estou participando do DESAFIO CLUBE DA MÚSICA do GRUPO CANETA TINTEIRO]
Acho que essa é a primeira história sua que eu leio. Se já te admirava antes pelo teu olhar crítico e pelo olho para design, agora que admiro ainda mais, por ter criado uma obra tão leve e casual, ao mesmo tempo que retrata a realidade de muitos (inclusive a minha).
Adorei a forma como você retratou a doença, com a protagonista recorrendo a todos os meios possíveis e imagináveis para silenciar a voz de An. Mas ela é imparável. E pior: vai tomando conta da nossa vida aos poucos, sem que a gente perceba. E quando nos damos conta, já não pertencemos mais a nós mesmas.
A descrição de cada situação vivida e da maneira como ela costuma aparecer, mesmo nas menores coisas, foi absolutamente crível e palpável. Me identifiquei em muitas delas, inclusive, o que me fez amar ainda mais esse enredo. Simples. Sem grandes tramas, enrolações ou plot twists. Apenas a retratação da realidade, numa linguagem um tanto poética, de como ela realmente é. Não é um trabalho fácil para dessas condições sem cair em esteriótipos ou descrições erradas, mas deu pra sentir todo o teu empenho aqui, principalmente propondo uma solução ao final, ainda que não definitiva, mas aquela que nos ajudar a superar cada dia de nossas vidas, um de cada vez.
Para esse desafio, eu adotei a sistemática de escutar a música enquanto lia a letra primeiro, e só depois vir a até a história conferir como esse elo foi feito. E nossa, isso ficou tão intrinsecamente interligado aqui que nem senti a necessidade de ter a letra da música transcrita aqui (como é comum em muitas songfics). Ela está sempre lá, a cada respiração, a cada movimento, todos os dias, em todas as palavras. E assim como a protagonista, precisamos aprender a conviver com ela, sem que sejamos consumidas no processo.
Sério, eu amei. E me senti representada. E agora te acho ainda mais incrível. Queria que você participasse mais vezes desses desafios, sim? Espero que atenda ao meu desejo haha~ Beijinhos, nos vemos em breve :*