Comentários em Nictofobia

Marcondes

01/03/2016 às 11:59 • Capítulo único.
O que acha que precisa ser melhorado?
A história é muito funcional na sua proposta.

O que mais gostou no capítulo?
O capricho das descrições.

Eu confesso que fiquei surpreso com a dicotomia que você fez na história, pois você trabalhou muito bem extremos como tédio e segurança com surpresa e insegurança.
A descrição do pavor da personagem principal foi o ponto alto da história para mim, já que você detalhou de forma bem pormenorizada todas as sensações angustiantes que a acompanharam.
Parabéns pela escrita caprichada!


Resposta do Autor [Kuronekoekoeko]: Muito obrigado pelos elogios, Marcondes, e obrigado mais ainda por ter reservado uma fração do seu tempo para deixar seu comentário.
Desde que dei início (de forma bem casual, devo dizer) ao que mais tarde se tornaria essa curta one-shot, tive como meta principal a construção de um ambiente cujo suspense derivasse diretamente da sensação de submersão do leitor; tanto é que a escolha do nome "Alice" para a personagem principal se deu em razão de eu acreditar que se tratasse de um substantivo genérico o suficiente para exercer a função de uma lacuna que pudesse ser mais facilmente preenchida pelo nome da própria leitora (um outro exemplo seriam suas características físicas, mencionadas o mais perfunctoriamente possível no decurso da estória, para que a personagem não pudesse ser visualizada). 
Daí, apenas natural que o próximo passo fosse dar constante foco ao seu flutuante estado emocional. Não com o intuito de que o leitor sinta simpatia pela personagem estar em choque, mas sim para que o leitor sinta esse choque na pele.
Obrigado mais uma vez pelo comentário!


missugarblue

01/03/2016 às 18:21 • Capítulo único.
Ai, meu Deus. Meu coração ainda tá batendo rápido! Essa foi a melhor história de terror que eu já li no Nyah. A construção da história ficou perfeita, o medo da personagem foi transpassado da melhor maneira possível. Eu me arrepiei e morri de medo junto dela. O final foi algo esperado (ou não, hehe), mas isso não tirou (nenhum pouco!!!) o suspense da narrativa. A escrita ajudou muito a ambientação da história, se fosse um pouquinho inferior, estragaria tudo. Você começou a trama na hora certa e o desespero foi extremamente real para a idade da personagem, além de ter sido incrivelmente boa a ideia de trazer à tona parte de sua infância.


Resposta do Autor [Kuronekoekoeko]: Antes de mais nada, quero agradecer muito pelo seu comentário, já que com ele vejo que tive pelo menos um pouco de sucesso em colocar a leitora no lugar da protagonista dessa humilde one-shot.
Quanto a conclusão a que você se referiu, vou aproveitar e fazer aqui uma rápida confissão: acontece que, infelizmente, devido a falta de tempo, o final aqui apresentado foi um elaborado às pressas e no último minuto, resultando em algo muito longe do que o originalmente planejado. Contudo, talvez tenha sido melhor assim.
 
Mais uma vez, fico muito feliz em saber que consegui fazê-la experienciar na pele um pouco do pavor sentido pela nossa protagonista. Meus sinceros agradecimentos.


Srta Pezzino

01/03/2016 às 22:42 • Capítulo único.
O que mais gostou no capítulo?
Nietzsche e sua relação com o texto.

Olá, ômi da Mari! 
(UHEHUEHUEHUEHU, desculpa, não resisti). 
Antes de tudo, amei a conexão com Nietzsche que você fez nesse texto, muito embora eu sempre a conhecesse e a relacionasse com Édipo, mas, faz total sentido visto que o abismo que ela olha é o temor do seu passado, formador de quem se tornou, logo, dela própria no final das contas, perdida dentro de si mesma também e de seus tramas e temores.
A sua escrita é ótima, aliás, espero vê-la mais vezes aqui pelo site e também no café com letra, ainda mais de morador da Zona Oeste do Rio! ♥
Eu presumi os acontecimentos, não de fato como foram e em sua exuberante formulação detalhada ao ponto de sentir os pequenos e ressoantes temores dela, mas relacionados graças ao título que me levou a imaginar esse medo/horror da noite como obstáculo e trabalhar essa relação no texto e vi que o fez em diversos moldes, trabalhando temores sociais conhecidos (seus nojos) e invadindo-os, a propósito, gostei bastante da relação que fez no texto diante disso.
Entre tudo que está no texto, gostei muito de sua descrição, palpável e bem escrita, mas, acima, como disse antes, a relação do abismo. Nós vemos os abismos como o temor/horror, o que devemos fugir, mas eles fazem parte do que somos e do que devemos enfrentar, sempre olhando-os. Gostei muitíssimo dessa relação colocada no texto, além dos traumas psicológicos da protagonista devido ao passado e as pessoas que a circundavam, logo, moldavam-na.  
Parabéns. ;)


Resposta do Autor [Kuronekoekoeko]: Fico extremamente agradecido pelo seu comentário, tão rico de observações inteligentes e elogios.
Admito que não esperava que um leitor se apegasse de forma tão astuta à minúscula referência deixada ao famoso pensador. Para dizer a verdade, eu gostaria de ter tido a oportunidade de desenvolver uma conexão muito mais detalhada entre a nictofobia da protagonista e a figura imaginária do "abismo", porém, por falta de tempo, este ponto acabou tendo que ser afastado (entre muitas outras coisas, infelizmente).
Engraçado que, embora muitas das questões levantadas no seu comentário tenham passado pela minha cabeça durante a construção da one-shot — a necessária confrontação da protagonista com seus medos e fraquezas, em particular —, confesso que essa visão do "abismo" como esse distante formador de caráter, por assim de dizer, acabou me escapando, o que hoje me faz refletir! Muito, muito interessante a sua observação!
 
Obrigado pelos elogios, e pelo comentário.


Jeniffer

02/03/2016 às 08:41 • Capítulo único.
Oi, Kuronek... Eu vou te chamar de "namorado da Mari", porque o seu nome aqui é muito comprido. =P
Eu levei muito tempo para abandonar o vício de roer unhas e deixá-las compridas e bonitas como estão agora, e você quase destruiu anos de progresso com essa história.
Só lembro de ficar apreensiva assim com as histórias da Mari (aquela de halloween e a do anjo), e isso é um elogio enorme. ~escrevam uma história juntos, por favor, nunca te pedi nada. Obrigada.~
E a sua escrita?! O que eu posso dizer da sua escrita??
Você escreve muito, muito bem. Eu gostei de como você consegue utilizar uma linguagem mais... rebuscada, eu diria (eu quero dizer que você usa palavras complicadas), mas sem fazer o texto ficar impossível ou até mesmo com um ar prepotente, o que se vê demais por aí. Você domina muito bem o texto e conseguiu fazer com ele ficasse fluido e muito bem contado.
Eu me senti no lugar dela por inúmeros motivos, e não gostei disso. Fiquei realmente apavorada com este texto. E eu dependo de ônibus, moço! E agora? Como eu vou andar de ônibus novamente? (qual é o nome pra medo irracional de ônibus?)
Enfim, eu amei a história. Sua escrita é maravilhosa e essa história é muito incrível. Espero vê-lo mais vezes aqui no CcL! ♥


Resposta do Autor [Kuronekoekoeko]: Olá, Jeniffer. Obrigado pelo comentário. Atendo só por "Kuro" também, a propósito. Hahahaha.
 
Enfim, que bom que você gostou desta one-shot, apesar de não merecer os elogios. Fico contente de saber que você conseguiu se colocar no lugar da nossa protagonista (já que essa foi, de longe, a minha prioridade máxima durante toda a fabricação do enredo). Assim como eu mencionei em comentários anteriores, o fato da personagem "Alice" ter recebido um nome, a meu ver, genérico, e também a razão de suas características físicas não terem sido abordadas com profundidade no decurso da estória, se deram com o objetivo de torná-la uma figura incapaz de ser diretamente visualizada; permitindo, por consequência, que o leitor se colocasse em seu lugar com muito mais facilidade, sentindo na pele sua angustia e desespero.
Quanto ao pedido de escrevermos algo juntos, digo, eu e a Mari, acho muito difícil. Se serve de consolo, uma das obras mencionadas no seu comentário, "Anjo de Pedra", eu tinha planos para futuramente utilizar como modelo de uma nova one-shot — com uma diferente cantiga popular —, uma vez que considerei genial a ideia por parte dela.
Reitero meus agradecimentos pelo seu comentário. Obrigado mesmo.


LoKs22

06/03/2016 às 09:31 • Capítulo único.
Olá. Eu estou passando á ler todas as fics do café com letra e a primeira que eu li foi a sua. Achei incrivel a forma que você detalhou as cenas e as ações da personagem e deu até uma noção bem feita do que estava acontecendo e do que ela estava sentindo. Ficou tudo perfeito! Ate mais. ;)


Winston

09/03/2016 às 17:35 • Capítulo único.
O que pensei ao ler que ela pegou um ônibus que passa exatamente a meia-noite foi: "vai se ferrar", porque ônibus nenhum chega pontual e muito menos na madrugada. E olha aí, se ferrou mesmo.
Que agonia me deu ela não sair do ônibus e ficar lá até tudo ficar escuro, eu já tinha saído gritando dali há tempos. Na verdade eu nem entraria no tal do ônibus cê tá é loko. Mas enfim né, achei muito desesperador ela começando a alucinar lá antes de finalmente resolver se mexer, o escuro é um trem que dá muito medo mesmo ):
Só não entendi porque ela morreu no final se o ônibus foi embora e ela chegou em casa? Morreu de medo? Literalmente? Não sei HAUSDHASUDH
Apesar disso gostei da história e não me deu tanto medo quanto achei que daria porque só consegui pensar na burrice de coisa de filme de terror que foi ela entrar NO ÔNIBUS EM PLENA MEIA NOITE ESSA MENINA NÃO VÊ FILMES?
Mas então, achei muito massa apesar da burrice da Alice, gostei mesmo, até! ♥


ACarolRM

13/03/2016 às 10:43 • Capítulo único.
Oi!
Nossa, essa foi uma das melhores ones de fevereiro! Amei, sério. Você conseguiu inserir uma fobia junto com o tema do mês e ainda fazer um bom horror. Gostei ♥
Escrita nem um pouco simplista, mas bastante fácil de ler, e acredite, isso faz diferença :3 parabéns!
Obrigada por escrever e participar do CcL! Amadorei :3


Thon Luy

11/07/2016 às 18:46 • Capítulo único.
O que mais gostou no capítulo?
O ambiente que a história proporciona ao leitor, a escrita e os ricos detalhes descrito no texto.

Claramente amei a história, como então, tudo que tem na mesma me cativou! Ao término dos primeiros parágrafos já comecei a me arrepiar, e então tudo que eu lia deixava um clima tenso e incrivelmente cativante no meu quarto. Sua escrita é incrivelmente rica em palavras e detalhes que me fizeram ir procurar o que significam no Google pois nunca ouvi elas antes, e é claro que isso é bom! 
Realmente me apaixonei por completo por sua história que me cativou em cada linha lida!


DannyBlue

23/10/2016 às 19:27 • Capítulo único.
Eu não me impressiono fácil com fanfics - nem mesmo livros- que prometem uma experiencia assustadora ao leitor, porque acredito que poucos autores (inclusive eu, para infortúnio pessoal) não sabem construir uma atmosfera propriamente sombria. Mas você fez isso com excelência!
Um legitimo prodígio de Stephen King. Parabéns, você sabe como construir uma trama envolvente e aterrorizante. E você nem mesmo precisou apelar para os extremos absurdos.
Eu não digo que tive medo, não, talvez eu tenha perdido essa capacidade enquanto leio. Mas me impressionou bastante. Sua escrita é madura e inteligente, maravilhosa. É diferente de todas que já vi até agora, neste site. 
 
 


Rose

31/01/2017 às 13:47 • Capítulo único.

Um verdadeiro conto de terror.

Lembro-me de quando estudei esse gênero pela primeira vez na escola. A professora dizia que um conto de terror não era aquele que possuía seres e/ou acontecimentos macabros, derramamento de sangue e mortes sem razão. Um verdadeiro conto de terror é aquele que manipula o cenário e as personagens de um jeito que interliga-os ao leitor, conectando-o diretamente à trama e causando nele as mais variadas sensações, em seu principal, o horror. É aquele que possui um enredo envolvente, conectando a realidade à ficção. Foi exatamente o que achei enquanto lia "Nictofobia". Ao finalizar o texto, estas palavras (ou outras similares) vieram à minha mente, como lembranças adormecidas. 
Essa história é de tirar o fôlego. Não digo que me assustei, mas sim que consegui sentir o peso da atmosfera, da personagem e, principalmente, da trama inteligente. Amei o jeito como você abordou esse medo irracional do escuro de uma forma tão simples, mas tão complexa; guiando o leitor através da sua escrita robusta e envolvente, explorando uma simples situação de uma forma tão abrangente; tanto que ao final, vi-me fazendo a seguinte pergunta : 
Não era real. Ela alucinava.
Não era real. Ela alucinava.
Não era real.
Ou será que era?
E isso nunca poderei saber. Simplesmente amei como você plantou o terror psicológico a cada linha, nos fazendo sentir conectados à Alice, aos seus medos, aos seus horrores pessoais, à parte de sua história que foi revelada. 
Além disso tudo, a sacada da relação do texto com a frase de Friedrich Nietzsche acrescenta e MUITO ao texto. É a cereja do bolo, gerando mais uma dúzia várias interpretações.
Sinceramente, arrisco em dizer que essa será a melhor história de terror que eu (medrosa como sou) encontrarei no site por um bom tempo. Meus sinceros parabéns! ♥ 
Um abraço apertado e um beijo atrapalhado;
W ♥