Você foi  bem na primeira parte da narrativa, que se assemelhou um pouco ao estilo Agatha Christie de contar histórias. Todavia, houve uma super saturação de clichês adolescentes-hétero irreais (o que é razoavelmente impalatável a um leitor experiente e ávido) e a formatação poderia ser bastante melhorada - tanto no ponto da interação dos pensamentos do personagem com a narração, quanto no excesso de negrito, que é berrante e desagradável.
 
Seria proveitoso, também, se atentar ao excesso de informação mal colocada, repetitiva, dissonante do resto da narrativa (é importante manter a consistência do estilo) ou irrelevante ao leitor.  O primeiro parágrafo e a cena em que Lily pergunta o nome do garoto desconhecido servem como bons exemplos.
É completamente desnecessário repetir que o rapaz é lindo no decorrer de uma briga, se não houver um eixo de comparação entre seu estado natural e o que decorrerá dos hematomas e feridas. É meramente despropositado e quebra o clima - tanto quanto a falta de fluidez da descrição das roupas de Lily. Faltando uma boa composição, soou como excesso de detalhes, encheção de linguiça.
 
Como uma última observação, cabe sempre tornar os diálogos mais verossímeis dentro do universo criado, mesmo que quando usadas como ganchos - o caso de "take a hint".
 
Passei pelo seu perfil e decidi ler de você. Se, como parece, é (também) com sua escrita que está desapontada, espero que se alegre, porque existe muito potencial para a escrita dentro de você. Não deixe que o processo de aprendizado a desiluda. É sempre complicado antes de se tornar simples. ♥
Há o que melhorar? Certamente! Sempre há. A evolução é implacável. Todavia, para uma história escrita em 2016, durante a adolescência (provável origem dos clichês) a história está satisfatória.
Foi fácil sentir, compreender e ver através e dentro de Lily durante o curso da história, o que é muito positivo e, talvez, o mais complexo de se construir numa narrativa. 
 

Não se sinta tão desapontada assim.
Se quiser, você vai longe.

 

Iliel