Comentários em Soundtrack for the Dead

Deusa Tsukihime

10/10/2014 às 20:44 • Soundtrack for the Dead
Yeah~ Finalmente resolveu postar ♥ Eu tive o prazer de ler essa fic antes de muitas gente, hohohoho! O que eu posso dizer? Perfeita, cada traço de mistério do Rod foi muito bem encaixado e cada vítima bem posicionada, mas confesso que a última eu não esperava, mas acho que se fosse diferente, não teria o peso que a história toda teve! Aí miga, nem preciso dizer que adoro sua forma de escrever, né? Mais uma obra prima, parabéns!


Resposta do Autor [Shakinha]: Nhaa, obrigada pela review!! E obrigada pelos elogios também. Kissus


Bastet

11/10/2014 às 22:54 • Soundtrack for the Dead
O que mais gostou no capítulo?

FRASE DO REVIEW COMPLETO:Estou te elegendo como Stephen King do fandom de Hetalia.



SO. COR. RO.
Essa foi uma das minhas fanfics prediletas da coletânea e eu nem sei por onde eu vou começar esse review !!! Sério, tem mil coisas que eu quero escrever aqui pra você e tenho certeza que vou acabar me esquecendo de alguma coisa! Não sei se você sabe como os meus reviews funcionam, especialmente quando eu gostei muito do que li: eu faço um verdadeiro monólogo verborrágico analítico. Espero que você não se incomode!
Eu acho que mais do que escrever uma história sobre alguém que sucumbe às pressões do chefe, você escreveu uma história sobre o pavor de não ser bem sucedido. De falhar, mesmo quando tudo corria ao seu favor. Mas principalmente, do pavor de ter alguém questionando a sua competência para algo que você se julga talentoso ou que você gosta muito.
“Então se perguntou: como o melhor aluno da MDW acabara naquele fundo de poço? Podia fazer o que quisesse, tinha portas abertas nas melhores orquestras do mundo e, inclusive, poderia ter se tornado professor... Mas não. Não era aquilo que ele queria no momento. Queria ter suas próprias composições, queria ser maior do que já era. Acabou esquecido. A única pessoa que ficou ao seu lado foi Elizaveta, a velha amiga de escola que se tornou sua esposa.” – Esse trecho me chama a atenção porque prova que o próprio Roderich já acreditava nos seu próprio fracasso, por ter tido um futuro promissor pela frente e tê-lo visto se esvair pelos dedos. Ao mesmo tempo, mostra um pouco da megalomania do personagem e o fato de que a Eliza era a última conexão dele com a satisfação em estar vivo. O fato de ser amado por ela parece ser o único sucesso que ele teve, pois o mundo pode tê-lo esquecido, mas não sua esposa. E no decorrer da história, o leitor pode realmente ver como ela se importava com ele, e a recíproca era verdadeira; no entanto, a necessidade de ser bem sucedido e elogiado acabou subjugando todo esse amor.( Falando nisso, achei as interações AusHun simplesmente adoráveis! Elas deram uma contrabalançada no tom sombrio da história).
Roderich era alguém que ou não sabia receber críticas ou estava saturado delas; sou adepta da segunda teoria. Ao encontrar Gilbert, um bom vivant, um boêmio – que talvez o austríaco não acreditasse que se dedicava tanto a música quanto ele o fazia – mas que possuía prestígio frente ao seu chefe, algo no Rod estala ou se quebra. A própria personalidade arrogante e o pessimismo do Gil quanto ao seu futuro colaborou para isso.
O questionamento de Francis quanto à autoria da música – ele chega a inferir que era uma composição do Gilbert! (“Até me lembra um pouco... Você tem certeza de que não conhece ninguém chamado Gilbert Beilschmidt?”) – também provoca o mesmo estalo. Não só o talento de Roderich é questionado nesse caso, como o seu caráter também. E Roderich, que anteriormente se considerou melhor que o albino boêmio, não deixará passar barato esse comentário.
A musa do Rod se torna a morte, ou melhor, a euforia provocados pelo ato de matar e de fazê-lo de forma cruel e sanguinolenta. A violência faz com que os seres humanos retomem seu estado primitivo e animalesco, o estado dos instintos. E é o instinto provocado pelo êxtase embriagante da matança que o torna capaz de grandiosidades, não sua racionalidade e sobriedade.
Aliás, racionalidade é a última característica que eu usaria para descrever o modus operanti – para mim, ele se tornou um serial killer dos teatros – do pianista, que simplesmente joga os corpos por aí e reza para que ninguém descubra. Ele mata no ímpeto, passionalmente, o que nos leva a crer que ele desenvolveu algum distúrbio mental por conta da pressão abusiva.
Por fim, a Elizaveta. Bem, ao descobrir a verdade, ela faz uma coisa bem, beeeeeeeeem bizarra. Ela de certa forma aceita os homicídios do marido (“Ok, isso é loucura, mas já está feito.”). Se fosse o meu marido, eu teria saído de casa correndo e me borrando nas calças! Mas o fato é: ela não é morta por questionar o trabalho de Roderich, ela na verdade o impulsiona e o aceita (“Largue esse emprego, Roderich, você pode conseguir outro com facilidade! Você não precisa provar nada para ninguém!”). Ela morre porque ele precisava determinar sua obra prima; se não o fizesse, os assassinatos não teriam sido em vão. E na mente já perturbada de Roderich, ele precisava encontrar desculpas para sua conduta.
Ao terminar sua obra, Rod consegue o que sempre sonhou: uma nova possibilidade de reconhecimento (“A partir de segunda-feira, lhe darei um aumento. Vou dobrar seu salário e, dependendo do que me apresentar, darei um jeito de colocá-lo entre os músicos da Família Real.”) e a primeira coisa que faz é correr para contar para a pessoa que mais o impulsionou e o apoiou que seus sonhos se realizaram.
Mas ela não está mais lá em vida. E, adotando um clichê, ele não percebeu que a única coisa que realmente precisava estava diante dos seus olhos.
A matança lhe provocava o furor, mas no fundo, como você mesma escreveu, sua verdadeira musa era a Eliza. Sem ela, quem o motivaria? E com o sangue dela em suas mãos, como ele poderia continuar compondo e vivendo?
É uma tragédia cheia de histeria.
E eu achei simplesmente o máximo!!! Estou te elegendo como Stephen King do fandom de Hetalia. Foi meio impossível não comparar sua narrativa com a do mestre do terror no quesito suspense.
Parabéns pelo excelente trabalho!!!


Resposta do Autor [Shakinha]: Se eu sou Stephen King, vc é Sherlock Holmes, porque sacou exatamente tudinho que eu estava pensando quando escrevi a fic.
Véi, eu concordo com vc, se fosse o meu marido eu já tava longe dali o mais rápido possível. XD Cruzes!
Fico lisonjeada pelos elogios. Muito obrigada pela sua review! Bjs


Mayumi Sato

13/10/2014 às 22:03 • Soundtrack for the Dead
O que acha que precisa ser melhorado?

Eu acredito que o texto poderia ter investido mais no aspecto psicológico do Roderich antes do primeiro assassinato. Você já leu "Crime e Castigo" do Dostoievsky?



O que mais gostou no capítulo?

A ideia central da fic e a sua estrutura narrativa foram extremamente inteligentes e bastante originais.



Olá, senhorita Shakinha!
Com algum atraso, cá estou eu! Conforme eu disse, a sua fic foi uma das que mais chamou a minha atenção na coletânea e uma das que deixou uma impressão mais forte.
O motivo disso é porque você realmente teve uma ideia muito sagaz ao nos informar desde o início que o Roderich tinha que compor três músicas e depois nos confrontar com o fato de que a criação dele só pode surgir da euforia insana de um assassinato. Afinal, isso nos leva a concluir logo "Ele terá que matar mais duas pessoas para concluir seu trabalho" e isso cria um elemento de suspense magnífico na fic. A sua ideia foi mais brilhante e original do que você pensa. Eu realmente li a sua estória com grande ânsia em ver o seu desenvolvimento. Você fez um ótimo trabalho nesse aspecto.
Quanto à sua escrita em si, eu também não tenho a mínima reclamação a fazer. Ela está com um ótimo nível de qualidade em todos os aspectos e a leitura da sua estória é bastante prazerosa. Nesse aspecto, realmente, você mostrou um nível esperado de uma grande autora.
O meu maior problema com a sua fanfic, no entanto, se trataria do Rod. As outras caracterizações estão boas em geral, mas eu achei que a caracterização do Roderich foi "insuficiente" para o papel dele na estória. Se você quer criar um personagem que se torna um assassino, você deve nos fazer imergir na mente sombria deles. Ela pode ser sombria por conta de sentimentos de culpa ou sombria por conta de uma satisfação pessoal com o crime. De qualquer modo, é esperado uma complexidade muito maior desse tipo de personagem, pois um assassinato não é apenas um pequeno erro ou um incidente importuno. Um assassinato é algo que causa um grande efeito em um indivíduo e algo que é antecedido por um forte acúmulo de diferentes tipos de emoção.
O meu problema com a caracterização do Roderich, portanto, é o fato de que nós entendemos que ele está estressado por uma associação dos fatos, mas nós não conseguimos sentir a tensão dele no texto. Então o primeiro assassinato dele pareceu bastante abrupto, pois eu sabia que ele estava estressado e aborrecido, mas não a esse ponto! Eu não estou falando isso para você como uma autora de fanfics para outra, mas como uma leitora e estudiosa do gênero de suspense para uma escritora. Você já leu "Crime e Castigo" do Dostoievsky? Ele é um livro que explora o psicológico de um homem que acaba assassinando duas senhoras de idade por estar sob condições estressantes. Por ter lido essa obra, eu senti a carência no seu texto de algo que esse livro apresenta muito bem. A sensação que antecede e que se segue ao assassinato é transmitida para o leitor de modo muito efetivo em "Crime e Castigo". Quando o assassinato chega, nós não pensamos "O que foi isso?!", mas "Então finalmente ele fez isso", pois nós conseguimos acompanhar os processos mentais do personagem e perceber que direção eles estão tomando. Nós conseguimos sentir o sufocamento e a loucura dele. Eis porque a cena de assassinato é o fechamento de uma primeira e importante parte da estória. Porque nós tivemos toda uma preparação para isso.
No seu caso, eu sinto que o seu Roderich estava com uma caracterização muito próxima da linha do "comum", considerando-se o papel que ele teve na estória. Tanto em relação ao que se antecedeu aos assassinatos, quanto em relação ao que se seguiu a eles. Eu acho que a única reação que me pareceu legítima e coerente foi a que ele teve ao assassinato da Lizzy. Nos outros casos, ele me pareceu um tanto apagado demais, tendo em conta os processos tumultuosos nos quais ele estava envolvido. Mesmo que ele fosse um psicopata e não se importasse em matar um ser humano, tirar uma vida sempre é algo que causa algum tipo de efeito forte sobre uma pessoa. Pois há o medo de ser pego, as justificativas que o personagem sente a necessidade de fazer para si mesmo.
Quanto ao medo de ser pego, eu sei que isso apareceu na cena do Francis, mas ela realmente deveria ter sido uma coisa mais constante no texto. O Roderich deixou o corpo em um lugar que seria facilmente descoberto. Se ele fosse um assassino frio - o que explicaria a indiferença dele às mortes que causou - ele teria sido calculista o suficiente para se pôr a pensar em maneiras de se livrar do corpo e etc. Entretanto, três assassinatos são necessários para que haja algum impacto emocional no Roderich quando esse impacto emocional já deveria ter se formado antes do primeiro.
Em resumo, a estória está excelente, a escrita está excelente e a ideia central foi brilhante e muito original. No entanto, se você vai escrever esse tipo de gênero, você precisa tomar muito cuidado com a forma como você explora o aspecto psicológico do seu protagonista e você tem que saber transmitir para os leitores, as sensações que ele está vivenciando. Com exceção a picos de tensão que não poderiam ser evitados, eu senti que a atmosfera da fic estava branda demais para um personagem que deveria estar completamente perturbado. O Roderich, que deveria ser o grande foco da fic, não parece nos mostrar muito do que ele sente e pensa. Nós somos informados disso, mas nós não vemos isso, entende?
Eu espero que você não tome mal essa crítica construtiva! Eu estou comparando você com um gênio da literatura universal! Isso mostra que eu tenho expectativas altas sobre você e com razão! Não se sinta mal com o que eu disse, pois eu não teria feito um comentário sobre um aspecto tão complexo de escrita se não achasse que você capaz de incorporá-lo ao seu texto. Eu acredito no seu talento e espero ver mais trabalhos seus, no futuro. Uma ideia original é algo muito precioso, senhorita Shakinha, e eu dou meus sinceros parabéns pela sua.
Muito obrigada por essa fantástica inclusão na coletânea! Bai, bai!
PS: Eu gostei do fato de que o final da fic parece com o encerramento de muitas óperas.^_^
PS2: Eu ainda acho que você foi mega-corajosa em fazer um membro do meu OTP matar o outro em uma coletânea organizada por mim!XD


Resposta do Autor [Shakinha]: Mayumi-senpai!! Obrigada pela review. ♥ Agradeço os elogios e as críticas.
Realmente, eu nunca li Dostoievsky, mas tenho vontade. E também nunca tinha escrito uma fic desse tipo, eu realmente arrisquei. Por isso fiquei tão feliz com seus elogios à minha escrita, foi uma inovação da minha parte e deu pra ver que evolui bastante nesse quesito de uns tempos pra cá.
Eu tenho uma certa dificuldade em trabalhar psicológico de personagens, é raro eu escrever uma fic complexa por conta disso. Agradeço por me avisar sobre isso, é algo que posso tentar melhorar com o tempo.
Fiquei muito feliz MESMO com uma review desse nível de uma das minhas autoras favoritas. Ah, e não foi proposital fazer um membro do seu OTP matar o outro. XD kkkkkkk Mas confesso que foi com uma das suas fics que consegui ter uma visão do Gilbert como músico também. ;) Obrigada!!
PS: e um dia ainda leio Dostoievsky.


Ainda bem

18/10/2014 às 20:29 • Soundtrack for the Dead
Fiquei surpresa, pois não sabia que você escrevia esse tipo de fic! (E fiquei surpresa quando vi o Rod dando a louca também. HUSAHSAUSHASUAHSAU)
Beijo!


Resposta do Autor [Shakinha]: Hehehe, acho que vou tentar criar mais fics assim. XD Que bom que curtiu. ^^
Obrigada pela review, gata!!