Comentários em Master Of The Puppets

slytherina

07/09/2009 às 06:52 • Capítulo Único
Oi Ana!

Estava em dívida com você, pois sempre lê minhas fics, e eu ando muito preguiçosa para ler, ultimamente.
 
Achei sua fic muito interessante. Acho que existem livros e filmes, que abordam as coisas do mesmo modo. Lembro de um filme ridículo, chamado "mochileiro das galáxias", com uma cena hilária, em que o ser supremo dá a resposta para a grande dúvida da humanidade, e a resposta é um número qualquer. Quando alguém reclama que aquela não era uma boa resposta, o ser supremo retruca: a sua também não foi uma boa pergunta. Algo assim.

Comentarei sua fic em partes, e já aviso que sou católica ( ninguém é perfeito).

"Sem alguém para puxar os fios, você não levantaria, não se alimentaria, não iria trabalhar e depois, festejar com seus amigos." O que move a humanidade? Logicamente que não é a religião. Acho que a ciência tem uma resposta melhor para essa pergunta, algo como: instinto de sobrevivência, a lei do mais forte, adaptação, conquista e domínio, e é claro, perpetuação da espécie. Usando linguagem figurada, a religião é apenas o adoçante no cafezinho, para que ele seja agradável.

"...mandar e dizer às pessoas o que elas deveriam fazer." Isso em termos morais, pois leis sempre existiram, e o barbarismo também. Então, não só a religião restringe, mas também a polícia, os pais, o patrão, os professores, etc. Eu acho que as coisas são mais organizadas, quando há leis a seguir.

"Será que o Mestre impelia seus bonecos a se destruirem? Não era ele bom e semeador da Ordem?" A questão aqui é a lógica. Eu mesma vivo me fazendo essa pergunta. Hoje mesmo mandei uma mensagem, para um colega chorão, que estava com raiva de mim. Eu questionei com ele, que as pessoas morrem a toa, seja de gripe suína, ou de estúpidos acidentes de aviões, e que isso não era justo. Como Deus permite que tais coisas aconteçam? Eu sei qual é a sua resposta, Ana. Eu ainda acho que deve haver um motivo plausível.

"...desapareceu na neblina oceânica, remando um bote pequeno e frágil." Ele se suicidou? Saint Exupèry também sumiu no mar, após decolar com seu avião. 

"Manual do Cânone Gantifíaco 3:22" Aqui você está se referindo ao concílio de Nicéa e à Inquisição, não? Marquei essa frase por causa do nome de seu autor Gantífia. Isso quer dizer que esta é obra de um homem comum, ainda que sob o manto da religião. Homens erram, e muito. Isso não invalida o fato de que religiões são importantes. Na internet há uma frase que eu gosto: "two men are behind bars. One looks to the mud, the other to the stars" As estrelas são as aspirações mais altas de um ser humano, não que ele queira ser astronauta, até poderia, mas ele quer superar-se e tornar-se uma pessoa melhor. A religião é um dos meios de atingir essa superação.

"... destrinchar todos os caminhos do Conhecimento, através da Ciência." Oh, well! Eu adoro ciência. Fiz vestibular para ciências biológicas 3vezes. Minha ídola é Marie Curie. Meu ídolo é Darwin. Então, eu concordo com esta última frase. E tenho minhas ressalvas. O próprio Einstein concluiu que o trabalho científico, ajudou a criar uma arma de destruíção em massa. E o que dizer dos cientistas de Hitler. O próprio mito de Atlântida fala em grande desenvolvimento tecnológico, que acabou por destruir uma civilização.

Concluindo, os homens podem viver sem religião. A antiga república socialista soviética baniu a religião. O que aconteceu? Os próprios cidadãos escolheram voltar para ela. 

Um abraço, Ana Hel. Sua fic é muito boa, porque faz pensar. Beijos. ^^;

Resposta do Autor [Ana Hel Black]: nossa, que review grande! uau! :P Adorei ó.ò

"Isso em termos morais" - sim, eu procurei não entrar no mérito de discutir "o espírito das leis" - não sou anarquista para acreditar que seja possivel viver sem Estado e Constituição, porém achei melhor evitar esse debate - queria deixar a história simples =P

"E o que dizer dos cientistas de Hitler." - na verdade, aquilo nunca obedeceu rigor cientifico algum, nem ética. É que nem dizer que as teorias raciais do século XIX ou o antropocentrismo fossem realmente ciência - são apenas conclusões precipitadas para justificar interesses de pessoas mal-intencionadas.

"Aqui você está se referindo ao concílio de Nicéa e à Inquisição, não?" - Sim. Apesar do que, eu não tentei atacar só o cristianismo, mas várias religiões. Talvez tenha

Eu não nego a importancia da religião, principalmente em civilizações antigas, como forma de justificar Leis e o governo (embora tivessem havido filósofos que a rejeitavam)  - mas acho que depois do século XVIII as coisas mudam tão radicalmente que a persistência da instituição religiosa tem mais a ver com medo e poder, do que a necessidade da mesma.

No caso na URSS, a Igreja Ortodoxa era extremamente tradicional e tinha um fator nacionalista - foi banida como anti-revolucionária e aliada ao czarismo (e era mesmo...), mas em 1941 Stalin as reabriu, exatamente por esse fator patriótico, de serem algo especificamente "russo". Entre 1959 e 1964, durante o comando de Nikita Khrushchev, houve uma nova onde de repressão, mas nunca deixou oficialmente de existir ou de receber fiéis. 

As pessoas comuns obviamente devem se sentir confortaveis acreditando em coisas maiores do que elas, mas realmente não consigo ver como uma "necessidade" inerente de fé, mas sim, uma necessidade de "explicar o mundo". No caso, as pessoas tem dificuldade em rejeitar sua religião porque ela se acomoda em diversos níveis da vivência - do meio social até a morte. Por isso, inclusive, muitos tem um verdadeiro preconceito contra ateus, que são vistos como verdadeiros párias - assim como gays, membros de minorias religiosas, feministas ou qualquer vertente de pensamento que possa contrariar dogmas longamente estabelecidos, que impregnaram a sociedade a ponto de criar vários estereótipos de comportamento. Tá, me empolguei =P

"Saint Exupèry também sumiu no mar" - sim ^^ E realmente O Pequeno Principe é um dos meus livros favoritos.

"Minha ídola é Marie Curie. Meu ídolo é Darwin."  dois =P Eu gosto muito do Tesla também, ele encarnava a figura do "professor pardal" XD

Realmente, adorei adorei esse review cheio de conteúdo ^^ Isso realmente faz o dia de um autor.

Espero não ter sido polemista demais, acho que meu filme está meio queimado aqui no nyah, já...

Obrigada Sly!!!

Adoro a inteligência dos comentários que vc faz! :D

abraço e beijinhos o/


Ryuuzaki

08/09/2009 às 00:00 • Capítulo Único
Original o conto é, mas certeza de que semelhança com outra historia é coincodencia? xDD
 
Adorei o conto. Cara, foi tipo, fenomenal, o jeito de que você delineou a historia do povo das marienetes, faz com que pessoas com um minimo de capacidade interpretativa pense: Pera aí, ela quer dizer algo com isso!
 
Não consigo encontrar muito o que falar, mas devo dizer que o titulo ficou muito bom e, para quem conhece a musica de mesmo nome, foi um sarcasmo à mais nessa grande paródia que você escreveu.
 
Sei é um pouco chato, mas você usou o word? vialgumas palavras com erro de digitação do tipo que o word corrigiria :x
 
E outra, a palavra Mestre foi repetida MUITAs vezes (embora eu ache que essa repetição foi otima, porque deu um sentido poetico à mais, mas é sempre bom avisar).
 
E sobre os paragraos vou dar uma dica, é bom dar um "enter" entre um paragrafo e outro, pois muitos leitores meio que se sentem intimidados quando vêem muita coisa junto, acho que ajuda na hora das pessoas olharem e ficarem com vontade de ler, mas isso é decisão sua xDDD
 
ps: vc é atéia, neam? xDD
 
pps: As citaç~eos dos livros que você colocou entre cada parte da historia ficaram simplesmente perfeitas, nossa, deu um efeito MUITO bom para a história.



Resposta do Autor [Ana Hel Black]: Total coincidência =P a não ser que a carapuça sirva a alguém.

Sim, estou sem o office, formatei o pc recentemente e - preguiçosamente - não fiz download de algo tão essêncial a um escritor.

A repetição da palavra "Mestre" é absolutamente proposital =P Se eu usasse homonimos, como "deus", "senhor" ou "criador", ficaria abusado demais e eu sei que tem uma galera no nyah que faria de tudo pra me expulsar por causa disso.

Gostei do seu review XD - de fato, eu tive a idéia de escrever esse conto ouvindo Metallica. =P Ele mandam bem.

Vou arrumar a formatação também - ela sempre dá uma enroscada na hora de transferir o texto.

Obrigada!! ^^

que bom que gostou da minha fabulazinha o/

ps: yeah, I am an atheist.

pps: arigato. ^^

abraços! o/

:D


Goldfield

15/10/2009 às 01:50 • Capítulo Único
Hehehe, adorei! Você usou de uma sutileza ao escrever que eu geralmente não consigo utilizar, ainda mais tratando-se de um tema polêmico, hehe xD
Pena que muitas pessoas que mereceriam ler isto não compreenderiam o texto em sua totalidade...
Simplesmente formidável!
Abraços.


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: obrigadissímos gold! ^^

Não sei de onde saiu essa fic =P Deu vontade de escrever sobre um tema espinhoso, simplesmente.

Acho que as pessoas que deveriam ler, simplesmente não leria u.u é o que eles fazem de melhor...

mas agradeço vossa honrada presença em minha humilde histórinha ^_^

Gracias!

E fique com... você mesmo =)


Blitzkrieg

02/11/2009 às 10:13 • Capítulo Único
Eu estou sem palavras, estou com o queixo no chão até agora. Essa história é fantástica! Puxa vida Ana! Você arrasou agora!
Eu vou copiar e colar em documento do word aqui. Vou salvar e vou guardar essa história pra ler mais vezes. O trecho que eu mais gostei foi esse aqui:
"Um sacerdote resmungou que havia livre-arbítrio, mas que seriam condenados os que não escolhessem corretamente. Tula e seus dois prisioneiros o ignoraram. Mug continuou a explicação de Nini."
Eu até arrepiei quando eu lido de tão lindo que é. Você conseguiu expressar uma das piores contradições religiosas que existe. E na forma que você a colocou, qualquer pessoa perceberia que é uma contradição horrorosa.
Fantástico Ana! Continue fazendo obras dessa qualidade, o nyah tá precisando de obras desse nível.


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: Só vi agora que você tinha comentado =P

Primeiramente, obrigadissímos ^^ Estava aguardando por esse review.

Esse trecho foi em "homenagem" aos meus colegas crentes do colégio, que foi graças a eles que entendi o que era livre-arbitrio na religião e porque é uma idéia estúpida e contraditória. "Oi, escolhe aí: ser salvo ou queimar para sempre".

Sim, pretendo escrever mais coisas XD Espero que consiga manter a linha. Minha próxima idéia é uma long fic com vampiros de verdade - no sentido "ficção cientifica", para além de "sobrenatural". E claro, suspense, sangue e crueldade - porque tenho saldade de vampirões comedores de virgens XD

Depois que terminar a histórinha dos escoteiros, que é sobre religião X liberdade. ;)

Obrigada novamente, e volte sempre, meu caro ^^


Nick Pink

03/02/2010 às 02:03 • Capítulo Único
No início, me lembrou um pouco o mito da Caverna de Platão, depois notei uma analogia com a bíblia. Bem interessante, parece um flashback da história da humanidade em versão fantasiosa. Gostei bastante =)
Ah, será que você poderia dar uma passadinha na minha conta e dar uma olhada nas minhas fics? Talvez encontre algo que lhe interesse por lá. Se puder, obrigada desde já. Abraços ^^


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: Hei, eu que agradeço pela review ^^ Obrigada!

Eu fiz uma certa analogia com a gênese das grandes religiões monoteístas, mais por motivos de síntese do que algum tipo de consideração a mais por algum outro culto. A intenção era fazer uma crítica a certos maus hábitos da humanidade, incluindo a invenção das religiões.

Que bom que gostou =D

Abraços!


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: Hei, eu que agradeço pela review ^^ Obrigada!
Eu fiz uma certa analogia com a gênese das grandes religiões monoteístas, mais por motivos de síntese do que algum tipo de consideração a mais por algum outro culto. A intenção era fazer uma crítica a certos maus hábitos da humanidade, incluindo a invenção das religiões.
Que bom que gostou =D
Abraços!



Alchem

11/09/2010 às 18:34 • Capítulo Único
Uma narrativa muito bem elaborada e sem erros de português. Genial.
E aqui, se não me engano e se bem entendo, o conto parece distinguir três períodos distintos de tal história, onde um completa o outro.
Odo seria o momento em que tudo começou, tipo, como se ele criasse a base para tudo o que viria depois. Mona seria a fase de "regularização". Melhor dizendo, "padronização", embora isso já viesse junto com Odo, de certa forma. (é aí que surgem o que se chama de "legalistas", que ficam criando milhares de regrinhas e de sinalizações morais do tipo 'não toque nisso', 'não veja aquilo', 'não ouça aquil outro' etc.). Por sua vez, Kali parece ser mais "apocalíptico", digamos assim, já que o tempo em que ele vive parece ser bem depois dos tempos dos anteriores.
Interessante também foi o relato da revolução. Sem dúvidas, me pareceu algo como a Revolução Russa ou o dito "Reinado do Terror" na França de Roberspierre. Pelo menos, na história, tudo acabou bem, 100%.
No mais, sem mais o que comentar, dez e uma recomendação.


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: Obrigada ^^
Bom, eu me inspirei de fato no percuso da história ocidental (principalmente da religião cristã) para escrever esse conto. :P
(muito feliz com a review e a recomendação e sem saber o que dizer)
De certa forma, os autores dos livros são tipos-ideais de figuras proféticas que surgiram ao longo da História. No final, diria que foi a vez das pessoas comuns. Não posso dizer que não simpatizo por revoluções, pelo espetáculo das mudanças que ocorrem da noite para o dia. No fim desse conto acho que estava sendo mais sonhadora mesmo XD é um pouco o que eu gostaria que acontecesse :P
Novamente, agradeço muito a atenção. :D
Abraços o/


Gordo Remora

21/01/2011 às 08:41 • Capítulo Único
beleza!
parabens por um conto tão real quanto verdadeiro! que mostra quao é incoerente o discurso de gente que faz bem o tipo 'faz o que eu digo mas não faz o que eu faço'. Sem duvida, é um negócio que deixa muita gente furiosa e sem querer saber de religiao. soube trabalhar com maestria do tema sem ter medo de nada nem de ninguém. nota dez!


Resposta do Autor [Ana Hel Black]: valeu! =D
eu resolvi escrever esse conto porque tem pouca ficção tratando do tema de forma crítica. (sem querer parecer arrogante, claro). Minha inspiração aqui foi o "mestre" Carl Sagan.