Eis um realto desolador. Como uma alma no deserto, à espera de uma libertação, assim é ela. Alma que espera ser liberta para sempre dos calmantes. Remédio de malucos, dizem muitos, senão todos. Porque não é nada natural se tomar calmante, sabia? Há quem diga que não é nada demais, mas sabe? Eu tive a experiência. Não de próprio punho, mas sim de uma amiga a qual estimo muito. Ela parece que não tem tomado mais, porém eu sinto uma certa angústia aqui dentro. Sei que ela pode ter uma recaída um dia desses. Sei muito bem disso, e eu não quero que ela sofra, tomando essas coisas fortes, esses remédios de tarja preta. Quaus demónios engarrafados elas são, e como o basilisco eles picarão. Drogas que matam o corpo e, não raro, também a alma.