Talismã escrita por ALima


Capítulo 18
Capítulo 18 - Out of my mind


Notas iniciais do capítulo

Geentem, mais um cáp pra vocês.
Notícia boa/ruim : Faltam 2 capítulos pra fic acabar.
Desde já, obrigada a todos que perderam seu precioso tempo lendo isso.
Boa leitura.
:*



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Pov Mestre do Submundo

- Finalmente chegou o momento que eu tanto esperei! – disse em voz alta, pra expressar toda minha felicidade. Em alguns dias, eu teria o talismã e todo o controle do mundo em minhas mãos. – Vocês notaram como ela ficou toda bobinha com a morte do cavalinho de estimação? Há, eu daria tudo pra estar lá apenas pra ver sua face de medo ao encarar toda a situação. Que ingênua ela é! Sair pra descansar e deixar a casa vazia. Aliás, sorte a dela que foi o cavalo. Preferia muito mais que fosse aquela humana intrometida.

- E quanto ao traidor, mestre? –perguntou-me um servo.

- Ele vai ter um castigo pior. Tenho até pena só de pensar. Agora, ao trabalho, seu incompetente.

- Sim senhor.

E ele saiu da sala correndo. Meu dom era transmitir medo pras pessoas, e eu fazia isso como ninguém. Mas agora chega de falar de mim. Fui encontrar-me com Lazarius, que estava apenas abaixo de mim, em poder no reino.

- Lazarius, está tudo preparado.

- Sim, senhor.

- Ótimos. Temos um longo caminho pela frente. Prepare as tropas.

Fui para minha acomodação preparar-me pra grande batalha. Aquela imprestável ia pagar cada insulto.

Talismã 18

- Clarisse? Clarisse? Fale alguma coisa!!! –dizia a voz de Carl. Mas eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Podíamos dizer que eu estava em um transe que não queria passar.

- Clarisse, responda, filha. Tá tudo bem? –disse minha mãe passando a mão em minha cabeça.

Estava no meu quarto, deitada e com os olhos esbugalhados olhando pro nada. Mil pensamentos passavam pela minha cabeça e eu tentava assimilá-los. Mas não conseguia pronunciar uma palavra sequer.

- Ela está em um transe. Alguma luta consigo mesma ou assimilando alguma informação. – Interveio Peter entrando no quarto. – Melhor vocês deixarem-na. Uma hora ela vai levantar.

- Mas... Eu não quero deixar ela sozinha aqui, e...

- Sem dramas juvenis, meu caro. – Disse Peter interrompendo Carl. – Você é um dos que precisam se concentrar o dobro. Não se esqueça que o senhor do submundo está louco por vingança contra você. Desça e medite um pouco. Agora.

- Tudo bem. – disse Carl.

Todos saíram do quarto, menos Peter, que tocou em minha testa e disse:

- Use o tempo que precisar, Clarisse. Mas não se esqueça que a batalha é iminente.

Ele saiu e fechou a porta atrás de si, me deixando sozinha enquanto eu tentava assimilar tudo. Sentia que meu cérebro iria explodir a qualquer momento. Passei mais algum tempo assim, então, de repente, como se tivesse apagado um interruptor dentro de mim, eu caí em sono profundo, se assim pode se chamar. Tão logo dormi, acordei. Com uma tremenda dor de cabeça, é obvio, mas fora do meu transe. Percebi que eu estava extremamente suada, algo que não acontecia desde minha transformação. Fui direto pro chuveiro e tomei um banho gelado. Vesti meu “uniforme branco”, fiz uma trança com meus cabelos molhados e peguei meus itens, colocando-os em uma mochila. Não sabia ao certo por que estava fazendo aquilo, mas é como se meus músculos tivessem vida própria. Nessa hora, notei que a pedra do meu talismã brilhava intensamente em mim. Então tudo isso deve ser influência do meu talismã, eu pensei.

Desci e encontrei um bando de adultos preocupados bebendo, um Carl andando pra lá e pra cá, e uma Ness completamente amedrontada embaixo de um cobertor.

- Oh! Amb... Quer dizer, Clarisse, você tá bem? – disse minha mãe. A primeira que notou minha presença.

- Sim, mãe estou bem agora.

- Pode nos explicar o que estava acontecendo no quarto? – disse Peter, enquanto eu sentava em algum lugar vago no sofá.

- Sim, bem, não. Ah, não sei. É muito complicado. Acho que tem alguma relação com meu talismã. Ele brilhava muito.

- É, eu percebi isso. – disse Peter. – Agora você tem que nos contar seus planos, uma vez que você comanda tudo aqui.

- Bom, não sei como aconteceu, mas durante meu transe, eu vi a floresta de Vancouver. Aquela, mãe, na qual papai ia caçar.

- Sim, eu sei qual é.

- Acho que devemos partir pra lá.

- Então vamos. –disse Carl. – Quero acabar com isso o quanto antes.

- Espere um momento, rapaz. –disse Peter. – Esqueceu que nós teremos a ajuda do exército dos céus? Temos que contatá-los de alguma forma, já que a batalha está prestes a acontecer. E também, uma viagem de avião é muito demorada, e quem sabe quais os riscos de eles nos atacarem?

- Olha Peter, acho que não é preciso contatar ninguém. –disse eu apontando pra janela, de onde surgia vários e vários anjos lá fora. Não sei nem contabilizá-los.

- Uau! Vamos lá! Estão todos prontos? Ninguém esquecendo nada importante? –Perguntou Peter.

- Não. –responderam em uníssono.

- Vamos.

Lá fora, alguém se apresentou como líder do exército e disse que nos levaria até o local da batalha. Eles carregavam algo enorme, que eu julguei ser nosso meio de transporte.  Todos subimos a bordo, e vários anjos nos carregavam. É complicado demais descrever todo o processo, porque não se trata de algo explicável. É simplesmente vivenciável. Só sei que em poucos minutos estávamos chegando ao lugar da batalha e eu senti uma terrível vontade de desistir. Enquanto chegávamos, chegava também o exército do submundo, carregando seu senhor em um trono enorme de mármore. Desci, assim como ele, e ficamos nos encarando por algum tempo. Antes de declarar a guerra, me lembrei de Ness. Caramba! Ela não pode ficar no meio disso tudo.

- Mãe, -eu disse- Por favor, vai com a Ness pra casa.

- Mas...

- Não mãe. Não posso permitir que ela se machuque. A senhora tem que cuidar dela.

- Se você acha que isso é o melhor, querida, eu...

- Vá, simplesmente vá. Sem muito alarde. Espere estar tudo declarado.

- Ok, filha. Estou torcendo por você.

- Obrigada mãe. Vai dar tudo certo.

Carl estava à minha direita, Peter atrás e meu pai à minha esquerda. O senhor do submundo conversava com Lazarius. Aproveitei pra me despedir de Carl. Eu nem posso imaginar o que vai acontecer aqui.

- Oh, Carl. Espero que tudo dê certo hoje. –eu disse, despencando meus braços ao seu redor.

- Tudo vai sim, Clarisse. Eu sou capaz de te proteger com minha própr...

- Shiu. –disse eu, tampando seus lábios e o interrompendo. – Eu aprecio seu cavalheirismo, mas deixe que tudo se desenrole normalmente, ok?

- Sim senhora.

- Eu... Ai, Carl, eu te amo demais. Só quero que saiba disso, independente do que houver. Eu... Eu sempre me senti atraída por você mesmo, pronto confessei. Apenas quero que tenha certeza do meu amor por você.

- Eu te amo demais, Clarisse. Mais do que você pode sequer imaginar. Desde quando você ainda era uma pequena garotinha.

Então ele uniu nossos lábios num último beijo, cheio de paixão e saudade.

Aproveitei e abracei meus dois pais, então me virei pra frente, onde o senhor nos aguardava com cara de tédio.

- Ótimo, já acabou a cena dramática de despedida? O que foi, Clarisse? Está tão convencida de sua derrota dessa forma?

- Pense o que quiser. A partir de agora é cada um por si, disse desembainhando minha espada. – Que comece a guerra. –disse enquanto fincava-a no chão, assim como fez o senhor do submundo.

- Ataaaaaque. –gritamos nós dois em uníssono.


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Notas finais do capítulo

Morreram? Amaram? Odiaram? Deixe sua opinião, ela é muito importante pra mim.
Preparem se pra me odiar no próximo cáp.
:*



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