Talismã escrita por ALima


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas. Feliz natal.
Pra melhorar o feriado de vocês, to postando o novo capítulo. Muito tenso.
Ah, fiz uma one de natal: http://www.fanfiction.nyah.com.br/historia/118365/Disaster_Christmas

espero que leiam depois, e deixem reviews.
Boom, até mais.
Boa leitura.



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Por volta de três da manhã, me levantei. Fiquei um bom tempo meditando e atraindo coisas positivas. Treinei os movimentos combinados, relaxei, tomei uma bolsa de sangue inteira da geladeira, respirei, tomei banho e me aprontei, com roupas brancas, como meu pai pedira. Coloquei um vestido branco bem leve, coloquei um shortinho branco por baixo, calcei um all-star branco, amarrei meus cabelos emaranhados, embainhei minha espada e coloquei meu arco e flecha nas costas. Sentindo-me preparada, desci as escadas, e encontrei meu pai, também preparado em seus trajes brancos, tomando um gole de vinho com sangue.

- Bom dia, princesa. Vejo que está preparada.

- Claro pai. Onde está Carl?

- Foi ao submundo recuperar as energias.

Gelei. Droga de medo. Fiquei lá imaginado as hipóteses de ele ser preso pelo mestre ou algo do tipo. E se algo acontecesse a ele? Simplesmente fingi um sorriso pro meu pai.

- Uh. Espero que ele volte logo.

- Sim, também espero. Estamos quase atrasados.

De repente, Carl passa pela porta, usando seus trajes habituais dos sonhos: apenas uma calça preta meio desbotada, que deixava seu abdômen definido à mostra. Carregava uma espada embainhada também, e tinha algumas tatuagens pequenas nos ombros, que eu só havia notado agora. Só percebi que o estava encarando, quando meu pai pigarreou ao meu lado.

- Uh, olá Carl. Que bom que voltou em segurança.

- Quando se conhece os caminhos do submundo bem, não há o que temer. Tenho meus contatos por lá.

Sorri.

- Vamos logo, pessoal, antes que seja tarde demais.

- Vamos lá, pai.

Saímos juntos e entramos na camionete preta do meu pai.

O percurso não foi longo. Fiquei no banco de trás, com Carl. Ele fingiu dormir, e eu coloquei meus fones de ouvido no volume máximo e fechei os olhos. Ele me puxou pra um sonho, e a escuridão me puxou.

Estávamos em uma ilha muito bonita. A paisagem era encantadora. Tinha palmeiras balançando com o vento e o mar estava calmo, contrastando com o pôr-do-sol exuberante. Carl me abraçou por trás e eu disse:

- Não devia gastar seus poderes com isso, Carl.

- Claro que posso. Relaxa, não enfraqueço tão rápido.

- Se você diz...

Ele deu um beijo em minha bochecha e nós nos sentamos, observando o pôr-do-sol. O legal é que apenas agora que eu percebi que eu consigo sentir nos sonhos como eu sentiria realmente. Sorri pra ele. Ele me beijou. Eu sei que isso soa extremamente bobinho adolescente ficar aqui contando isso, principalmente quando Carl apareceu ontem, mas é que eu simplesmente não conseguia evitar. Apenas agora eu percebi como eu gosto dele.

- Vamos dar um mergulho? –ele perguntou.

Olhei pra ele com descrença.

- Sério, vai te fazer bem, querida.

- Já que você insiste tanto...

Quando vi, estávamos correndo em direção ao mar. A água gelada se chocava contra meu corpo, e eu sentia água sendo jogada no meu rosto. Obviamente, era Carl, com suas brincadeiras infantis. Joguei água nele também, mas de repente, tudo ficou escuro de novo, e eu estava no banco de trás do carro novamente.

- Clarisse! –meu pai berrava, enquanto tirava meus fones de ouvido.

- Oi, uh, desculpa pai. Já chegamos?

- Sim, querida. Bem vinda ao Lago Baikal*.

O lugar era extremamente lindo. Se eu não tivesse um pouco amedrontada pelo que viria a seguir, apesar de meu pai ter dito quinhentas vezes que não era muito perigoso, o Lago Baikal seria o que eu chamaria de paraíso. As águas são extremamente límpidas, e existiam alguns pequenos blocos de gelo, devido ao recente fim do inverno. Fiquei encantada com a paisagem siberiana, aquele lugar maravilhoso... Tirei minha mente daqueles devaneios, e tentei manter o foco.

- Por onde começaremos? –perguntei.

- Como eu já lhe disse uma vez, nesse lugar, existem alguns círculos escuros nessa região. Todos dizem se tratar de fenômenos naturais, e na verdade não deixam de ser, mas é num desses círculos que esconde o que procuramos. Estão preparados?

- Sim. –dissemos uníssono, apesar de eu não ter tanta certeza assim sobre minha preparação.

- Iremos todos juntos. Atrás de mim. –disse meu pai.

Ele começou a se mover cuidadosamente, e eu e Carl ficamos bem atrás dele, olhando para todos os lados. Chegamos perto do primeiro círculo. A aparência estranha de sua crosta era realmente assustadora. Poderia jurar que foi feito por E.T ou algo do tipo se eu acreditasse nessas coisas.

- Clarisse. –meu pai disse.

- Sim?

- Apenas você pode pegar o Talismã. Lembra-se do feitiço?

- Sim, eu me lembro.

O grande segredo pra pegar o talismã, de acordo com o que meu pai dissera, é repetir as palavras de Admudstah, as que ele deixou nas escrituras. Respirei fundo, fechei meus olhos e comecei a repetir as palavras em latim, que de repente me soaram tão familiares.

- O qui talisman tam familiarem. Veniunt ad me fac iter. –disse cada palavra lentamente. No final, abri os olhos e o gelo ao meu redor se rompeu, brotando de lá o talismã. A mesma corrente dourada, o mesmo diamante. Tudo como eu havia visto nos sonhos. Sem hesitar, segurei-o. Coloquei-o em meu pescoço com a ajuda de meu pai. Senti-me muito mais forte, naquele momento. Mas de repente, um corvo veio em minha direção, emitindo um som horrendo com o bico aberto. Carl foi rápido e lançou-lhe uma flecha. De onde aquele veio, mas alguns surgiram, emitindo o mesmo som. Carl se preparou com meu arco e flecha e eu fiz a mesma coisa, mas o gelo se rompeu um pouco mais adiante, me fazendo mergulhar nas gélidas águas do lago Baikal, o mais profundo do mundo. Meu pai percebeu e foi tentar me puxar, mas algo me levava cada vez mais fundo.  Fiquei desesperada na mesma hora. Faltava-me ar e eu podia sentir-me desvanecendo cada vez mais... e mais...e mais.


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Notas finais do capítulo

gostaram? amaram? odiaram? REVIIIEWS!



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