Só espero que o Hyuuga não tenha ouvido... Interrompendo minhas expeculações, eu vi algo que não queria algo que poderiam usar como tortura à mim, quando mais nada surtisse efeito. Eu vi uma lagrima descer solitária pela pele alva, delicada e macia. Isso bastou. Eu a abracei com força e murmurei coisas sem sentido como: ”Você vai ficar bem...” ou “Não se preocupe...”

-Porque você faz isso comigo?- ela me pergunta.

-Faço o que?

-Me faz sofrer assim?  Primeiro diz que não quer nem me olhar depois fica gentil e agora me rouba meu primeiro beijo e se faz de engraçadinho dizendo que me ama?- ela estava com raiva, mas o único injustiçado aqui era eu.

-Você...não...acredita...em...mim.- eu disse, mal pude acreditar quando ela havia me dito que EU a estava fazendo sofrer.

Ela entra na minha vida e acaba com ela e depois diz que EU a faço sofrer?  Essa era boa... o sangue ferveu em minhas veias e eu falei em disparada, mas não rápido o suficiente para ela não entender:

-Eu te falei para ficar longe de mim, porque eu te amo e não queria que você se machucasse, minha vida é um saco, alem que eu tenho que ficar engolindo a vontade de te matar todo o momento!- falando isso eu inspirei o aroma doce, que fez minha garganta arder. – Os cachorros já devem ter dado com a língua nos dentes então não me importo em dizer a verdade!- falado isso, um brisa leve começou a rodopiar em torno de mim e quando se dissipou minha roupa não era a mesma.

Eu trajava uma calça branca, eu pude sentir meus olhos pratas, minhas asas brancas e plumosas estavam estendidas e me senti glorioso...

HINATA:

Eu fiquei sem palavras, senti uma onda de vertigem passar por mim, se seus braços fortes e duros como aço não tivessem me segurado eu teria caído no chão. Eu olhei para cima e senti um medo descomunal crescendo em meu peito. Eu me coloquei em pé e me afastei sem tirar meus olhos dos dele.

Evitei gritar. Apenas me afastei e sai correndo, entrei em meu quarto e bati a porta com força. Joguei-me em minha cama e me pus a chorar, eu realmente odeio que eu ame um metaformo, e odeio ainda mais que ele me ame! Nosso amor é proibido, meus pais não sabiam um do outro antes de se casarem!

Não sei quanto tempo eu chorei, mas quando minha mente clareou já era de manhã, me coloquei a pensar, se eles já se conheciam fazia tempo.

Desci as escadas, já vestida com um vestido leve branco com flores roxas, e na cozinha estavam todos. No momento em que a Sa-chan me viu ela pulou em meu pescoço, dando-me um abraço apertado.

-Hina! Você esta bem? Saiu correndo ontem!- ela se afastou um pouco e eu lhe dei um sorriso tranqüilo e disse:

-Claro, é que houve um contra-tempo, vocês não poderiam me ajudar com isso.- ela retribuiu meu sorriso.

-Apesar que certas pessoas, as que estabeleceram as regras principalmente, - Naruto-kun fingiu cortar o pescoço indicando o Uchiha.- também deveriam convocar uma reunião antes fazer alguma besteira. – ele recebeu um olhar de repreensão de todos se tocou, de algo que não faço a mínima idéia, e continuou:- Não quer dizer que não confiamos em você, é que seria mais justo. – finalizou ele satisfeito com sua própria resposta.

-Cala a boca dobe!- era a primeira vez que eu ouvi aquela voz sedosa, cuja qual eu nem precisava olhar para saber de quem era. Sasuke, o nome ecoou por minha mente e me senti relaxada.

Reprimi um suspiro de alivio com um bocejo. Os observei as meninas mantinham os olhos em mim, o nii-san estava emburrado, o Naruto-kun fazia graça, mas só as meninas davam sorrisos amarelos. O Uchiha estava distraído olhando pela janela.

-Então já sabe sobre nos, - disse ele frio, cá entre nós acho que mais frio por eu ter fugido dele ontem – mas a questão é: os cachorros deram com a língua nos dentes? – ele me encarou.

-Eu sempre soube de vocês, pode não parecer, mas eu adoro superstições e eu percebi nas primeiras semanas. – disse ocultando meu segredo, olhando rapidamente para Sakura.

-Então eles não falaram nada, como se fosse verdade?- fiz que não com a cabeça. – Droga!

Ele abaixou a cabeça. Então Naruto resolveu deixar o clima mais leve e perguntou:

-Bom vocês vão ficar? – todos olharam o Naruto-kun interrogativamente – A Sakura-chan e eu vamos ao parque andar, o Neji e a Tenten-chan vão com o Shika e a Temari acampar. O Gaara e a Ino vão aproveitar que é feriado até terça e voltam na mesma à noite. – ele disse- Então você e o Teme vão cada um se trancar no próprio quarto e curtir musicas no ultimo volume?...ou querem ir com agente no parque?

Os olhos dele brilhavam como os de uma criança, não tive coragem de dizer não. Devo admitir apesar de nunca ter sonhado em ser mãe, vê-lo assim fez meu instinto maternal [muito obscurecido] despertar.

Sorri docemente para ele e disse:

-Claro será legal... –ele e a Sakura-chan deram um sorriso gigante. –... mas...- esse mas não foi bem vindo.- ...acho que não vai ser legal ter duas pessoas de vela.

-Não tem importância Hina-chan. – a Sa-chan fez uma cara de cachorro pidão.

-Tudo bem.- desisti com um suspiro.

-E você teme?

-Ok dobe...

-Oba!!! – ele e Sakura gritaram juntos.

Sorri, essa tarde seria longa, afinal eu acordei tarde e era quase meio dia...

A tarde foi maravilhosa, foi engraçado na verdade. A Sa-chan e o Naruto-kun brigavam muito, mas era estranho ver como eles ainda se amavam. Passei a tarde me divertindo tanto que quando cheguei em casa estava morta de cansaço. A Sayuri havia feito um jantar maravilhoso. Ela havia cortado o cabelo naquela tarde. O longo e sedoso cabelo castanho ondulado emoldurava sua face alva e fina. Mechas da franja caiam sobre os olhos verdes escuros.

Como sempre ela sorria meigamente, eu nunca fui uma garota popular ou a mais inteligente, apesar deu estar avançada em varias matérias na outra cidade eu era a que tirava menores notas da sala avançada, por isso nunca me sobressaia em nada.

Sayuri não pode ter filhos, mas desde que era pequena ela sonhava em ser mãe de uma linda menininha. Só que eu infelizmente não era exatamente uma garota normal que saí com os amigos e namora. Eu era muito tímida ate conhecer a Sakura-chan.

A minha penteadeira, que foi pura viagem das duas – da minha mãe e da Sayuri – era cheia de cremes maquiagens, esmaltes, enfeites, jóias e bijuterias. Eu realmente só usei na nossa pegadinha, o que graças a deus minha maquiagem era branca assim como meu travesseiro, daí nem tive que me preocupar em lavar a fronha.

-Hina-chan?- disse Sayuri tranquilamente. – Amanhã você se importa de ir fazer compras comigo na cidade?

-Não imagine.

-Que ótimo!

Após isso fui pro meu quarto, ao chegar lá entrei no banheiro e fui tomar banho. Saí do banheiro enxugando o cabelo, e olhei para a frente e me assustei com o que, ou melhor dizendo, quem, eu vi.

Meu primeiro pensamento foi: “ Que bom que levei minha camisola pro banheiro”. Não que eu usasse roupas muito reveladoras, mas sinceramente eu não podia ter escolhido uma camisola... sei la, talvez mais escura?, menos transparente?, não...! Eu estava com calor de mais... era só o que me faltava...