O Quinto Elemento escrita por Rynui_Uchiha


Capítulo 18
Tribunal e Novos Problemas


Notas iniciais do capítulo

Amoreees! Eu ia postar só na segunda, mas consegui terminar um capítulo antes. Aliás me avisem se houver algum "Suzuki" ai no meio, pois o word maravilha resolveu transformar "Sasuke" em "Suzuki".
Bom, chega de papo! Boa leitura!



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-Hinata!- esbravejou meu pai no segundo em que cruzei a soleira da porta. – Onde passou a noite?! – ele vociferou e lançou um olhar cruel ao Sasuke, este podia ser o Deus do Ar, mas meu pai era o Rei da raça, se houvesse uma briga, teríamos sérios problemas.

Sasuke começou a dar explicações num inferno de língua que nunca tinha ouvido na minha vida. Uma coisa que não me passou despercebido, nem para as garotas, mas elas ignoraram, como se fosse normal, foi que todo o tempo, os braços de Sasuke me envolviam, ou sua mão fazia um carinho nos meus braços.

-Bom, - disse meu pai olhando em minha direção. – Hoje teremos um conselho, você terá de ficar transformada, o tempo inteiro. Lá teremos os 40 conselheiros, o Deus e o Demônio, os primogênitos de ambos, vocês, a nova geração dos elementos, finalmente completa, e eu. Suas vestes já estão em seu quarto, trate de ir se alimentar bem, e já. – disse ele severo, mas logo deu um sorriso.

Eu já ia sair do recinto quando ouvi uma voz há muito conhecida me chamar. Virei-me e vi Lua e Alex, o mesmo estava encostado na batente da porta, e ela logo a sua frente, ambos me observando.

-Sim? – disse meio fria, eu já havia perdoado-a, apesar dela não ter feito nada para mim, eu estava sendo infantil.

Ela fez um gesto que foi claramente um “me siga”, assim o fiz, ela caminhou até a arvore que apoiamos Naruto, no mês em que cheguei, agora, lá havia posto um banquinho. Ela sentou-se em um canto, Alex recostou-se no tronco da arvore e eu me sentei no banco junto á ela.

Ficamos um tempo em silencio, eu o aproveitei para estudar sua expressão, ela estava triste, mas não era aquele triste de eu te odeio era um triste como ela tivesse me decepcionado, realmente, ela me decepcionou ao aparecer, admito.

-Hina... – ela começou, mas então me olhou como se pedisse permissão para o novo apelido. – sabe o motivo da reunião? – neguei com a cabeça. – Bom, simplesmente sou eu.

-Como assim? – perguntei firmemente.

-Hinata, sou parte de você, e atualmente você se encontra descontente com isso, então eles vão convocar uma reunião, querem saber o que vamos fazer em relação a isso.

-Hun?

-Eles querem... – ela rompeu em lagrimas.

Senti o sangue fugir do meu rosto. Então quer dizer que era por isso que aquela mulher estava sentada ao meu lado chorando. Claro que eu não era a fã numero um dela, mas mesmo assim, me senti mal, como se fosse eu mesma a estar triste.

Abracei-a forte, ela colocou o rosto na curva de meu pescoço e continuou chorando compulsivamente, eu olhei para frente, procurando o olhar de Alex, mas este já havia sumido, não o encontrei, percebi que ele havia saído discretamente para nos dar privacidade.

*****************************************

Eu estava perto de Sasuke, andando em um corredor frio escuro, com pequenas luzes de velas nas paredes bege alaranjado, tinha um revestimento de madeira que subia até um quarto da parede.

O corredor era largo e muito espaçoso, adornando as via-se quadros mostrando pessoas com roupas antigas, seus nomes escritos em diversas línguas, diversos modos, curvas, a assinatura de vários pintores famosos como Leonardo da Vinci, Van Gogh, e outros se mostravam nos cantos das telas.

A roupa que vestia me pinicava droga de vestido pregueado, merda de estilo romano ou grego infernal!

Os outros andavam mais a frente junto com meu pai, todos estavam usando roupas de aspecto antigo. As meninas com a mesma roupa que a minha, diferiam-se no detalhe do vestido, pratas, dourados, rosas ou brancos, era um cinto estilo corrente que demarcava a cintura, delineando as curvas, usávamos um tamanco, por assim dizer, ele tinha amarras no pé em forma cruzada, também tinha leves detalhes com a cor dos elementos.

Os homens utilizavam espécies de togas, como aqueles desenhos gregos, estavam usando munhequeiras de ferro tingida da cor de seu elemento, nos pés calçavam sandálias marrons; eu poderia jurar que estava em outra época.

Finalmente chegamos a uma porta marrom escuro, ricamente entalhada com prata, ouro e jóias, nela havia um circulo de pedras, uma de cada cor de cada elemento, mas havia o vermelho do Alex, um verde rico e profundo, levemente azulado, algo muito, mais muito diferente do que eu já vi na vida, algo como quando o céu se põe, e fica azul escuro, logo antes do azul negro noturno.

Entramos na sala, nela, as paredes eram de um branco profundo e leitoso. Havia um trono para cada um ali presente. Um branco para mim, um prata para Sasuke, um dourado para o Naruto, um vermelho para Gaara, um rosa para Temari, um azul gelo muito claro para meu pai, um vermelho para o Alex, outro vermelho, tão profundo quanto o de Alex, onde se encontrava um homem, com um rosto atemporal, olhos verde claro, muito brilhantes, pele clara, era bonito.

Ao lado desse homem havia um trono verde, o qual eu havia visto antes, e outro ao lado do mesmo, que apenas se diferia pelo tamanho, era menor.

No primeiro havia um homem de cabelo castanho mediano, ele tinha olhos castanho dourado, face atemporal, feições gentis, pele bronzeada, tão bonito quanto o outro, porem este, era mais para um pai bonitão, sua face era gentil e passiva de mais para alguém mais novo.

Sentada ao lado deste homem, havia uma garota que quicava no trono, ela parecia estar apenas esperando algo, e de cinco em cinco segundos dava uma olhada para os dois homens, um lhe sorria gentil, o outro sorria debochado. Ela era muito, mais muito bonita mesmo, tinha uma pele incrível, dourada, os olhos verdes e o cabelo preto do homem que estava no trono vermelho, mas o seu modo de ser, o gosto de seu espírito era como o do homem que aparentava ser mais velho.

-Hinata, quero que conheça os Reis Antigos. – disse meu pai altivamente indicando sutilmente o homem de aspecto mais velho. – Este é o Nun (N/A: sim, eu roubei esse nome da mitologia egípcia.), é o deus mais velho e sábio existente, basicamente o primórdio de todos. E este, - ele indicou o outro homem. - é Seth, consideram-no a personificação do mal, porem com o tempo, você aprendera que a diferenças entre ser rígido e ser cruel.

-Prazer em conhecê-los. – eu disse educadamente, os demais se cumprimentaram, já deveriam se conhecer presumi.

Olhei para a menina que me sorria de orelha a orelha, dentes perfeitos, ela era muito, mas muito bela. Decidi que seria grosseria não cumprimentá-la, andei até ela e lhe sorri:

-Olá! Prazer sou Hyuuga Hinata. – disse com uma voz gentil, tanto que até me surpreendi, mas usei a face de poker e não mudei minhas expressões.

-Oi!!!!!! É ótimo te conhecer, digo, finalmente te “reconhecer”, alias, sou Nyx, legal né? Eu realmente adoro o meu nome, ele é taããoo diferente, sabe? Eu odeio, simplesmente odeio ser igual a todo mundo... – então eu parei de prestar atenção no que ela falava, mas ela não percebeu e continuou falando. – Sabe, foi em mim que o nome Lara foi inspirado, sabia?

-Mesmo? – disse surpresa, logo após eu voltar a ouvi-la.

-Sim, eu tenho uma maldição, se um dos Reis Antigos não me liberarem, ou, a pessoa com quem eu quero falar, não se dirigir a mim primeiro, eu não posso falar-lhe nada. Lara é o nome da deusa do silencio eterno. – disse ela super animada, quando ia recomeçar a discursar, ela viu a Lua, se apressou e correu para abraçá-la, e veio arrastando ela atrás de si. – Hinata e Lua, é tão bom, ver as duas juntas novamente!

Lua se encolheu um pouco, eu fiquei séria, e Nyx não percebeu o que havia feito, então continuou falando.

Olhei para a Lua, quando ia falar para ela não se afligir, fui interrompida por Seth:

-Meus caros irmãos e irmãs! – disse ele a nos e algumas pessoas que tinham entrado e eu não percebi. – Hoje, estamos aqui reunidos para questionar uma criatura que se separou de sua alma mãe, esta é Lua. – ele gesticulou para a mesma que se encolheu atrás de Alex, que chegou de sei lá onde. – Hoje discutiremos se faremos a célula mãe reabsorve-la, ou deixaremo-na, em liberdade.

Encarei-o boquiaberta enquanto automaticamente me sentava no meu trono, estranhei a familiaridade com isso, mas ignorei-a. Então, era realmente por isso que ela e Alex estavam tão estressados mais cedo. Não era uma mera peça que haviam me pregado.

-Bom, irmãos e irmãs, - disse o outro homem com voz amena. – hoje temos a felicidade de ter nossa sacerdotisa, que finalmente uniu-se a nós, todos estamos muito gratos, pois a mesma nos honrou com sua presença.

Então todos se dirigiram para uma sala ao lado dessa, conectada por uma grande porta de aço maciço. Ao entrar nela vi os dez tronos, porém dessa vez eles formavam uma meia-lua, se dispunham fileiras de espécies de carteiras de madeira, com aspecto de degraus. No centro do chão cor de creme tinha um desenho de uma estrela de cinco pontas.

“Representa os cinco elementos...” – disse a voz da Lua bem fraquinha em minha cabeça.

No centro do desenho tinha uma cadeira de metal, ricamente entalhada com diversos desenhos abstratos.

“Ali senta-se o julgado”.

Senti dó daquela menina, que tinha tímidos olhos, voz de criança, e cabeça baixa. Adorava o seu modo doce de ser, realmente lembro-me, agora, do quanto fomos amigas.

-TRIBUNAL EM SEÇÃO! – bradou um espírito conjurado, que interrompeu meus pensamentos piedosos.

Lua se acomodou nervosa na cadeira, senti muita pena dela.

-Irmãos, temos que decidir o futuro dessa desertora, creio que a célula mãe a reclama também. – disse um homem com sorriso faceiro, olhos castanhos que gritavam perigo, cabelo marrom desgrenhado, parecia um ninho de ratos; que me sorriu com expectativa. Ao ver que eu não diria nada continuou seu discurso: - Não podemos permitir tal injúria! Depois mais irão unir-se a ela! Podem começar uma revolta contra nós! Além que devemos pensar na fraqueza de sua “patrona”, por simplesmente, deixá-la escapar.

Eu fiquei indignada com suas palavras, estava me retesando para atacá-lo, mas a voz de Alex preenchendo o recinto me surpreendeu:

-Creio que devemos deixar a Hinata dar sua opinião, não concorda comigo Kronos?- disse a ele desafiando-o a contrariá-lo. - Além disso, como pode ter tanta certeza que esse não foi um mero caso aparte?

- Esta tomando partido dessa coisa? – disse o tal Kronos enfurecido, olhando com desprezo para a pobre Lua que se encolhia de medo na cadeira.

-Se ele não estiver eu estou. – disse Sasuke com convicção. Senti uma pontinha de ciúmes, mas o sorriso secreto que ele me lançou bastou para acalmar o grande monstro verde dentro de mim.

-Eu também tomo partido dela. – disse eu, me surpreendi ao me ouvir falando tais palavras, mas senti firmeza em minhas ações.

Ele nos olhou como se fossemos rebeldes, teve um lampejo de medo em seus olhos, mas então, lembrou-se de algo que fez um sorriso sádico voltar a seus lábios, e disse:

-Bom, tal apoio só prova como a célula mãe é facilmente manipulável e como vocês dois são tolos o bastante para cair na lábia da desertora. – de novo essa palavra, que ódio desse bastardo. – Eu sei que antigamente vocês dois eram apaixonados por ela. Portanto foram facilmente induzidos por ela. – ele finalizou satisfeito com sua lógica ilógica.

Cerrei meus punhos, me levantei caminhei até ele e apliquei-lhe um tapa no rosto. Ele cambaleou para trás e tomou equilíbrio apoiando-se em uma mesinha de centro de madeira.

A marca de meus cinco dedos, se estendiam de seu maxilar, ate meados de sua sobrancelha, eu havia acertado-lhe no lado direito da face. Ele colocou a mão sobre o rosto como quem queria diminuir a dor. Olhou-me nos olhos raivoso.

O conselho inteiro tornou-se inquieto...


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? O capítulo está bom?
Bgsbsg R.U.



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