Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 8
Capítulo 7 - Por favor, volta!


Notas iniciais do capítulo

olá meninas, tudo bom?
acreditam que cheguei as 3h da manhã em casa? nossa, a Casa do Espanto foi muito boooooa, ótima, esplendida, ui! hihi :x
acordei cedo, já q tive q ir pra Lagoa caminhar com a minha mãe e meu padrasto, fala ´serio né? mas depois que cheguei, almocei e dormi até as 17h qqqq
bom, depois de contar meu dia, vamos a fic.. eu falo demais...



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– Certo, onde vocês bateram com o carro? - estávamos no cruzamento onde eu havia visto o carro de Sebastian em chamas, agora era ele que teria que me relatar como aconteceu e onde parou o carro. Fomos caminhando pela extensa estrada, alguns carros passavam e também motos e pedestres. Alguns me olhavam como se eu fosse um fantasma. Tive que rir com essa possibilidade.

– Ali. - apontou Sebastian. Andei mais um pouco e agachei. Estávamos em frente a uma loja com diversas estatuas. Vi uma que me chamou atenção. Era um anjo. Suas asas eram grandes e lhe caiam pesadamente pelo corpo; estava com as mãos cruzadas sobre o peito e olhava pra cima, como se rezasse, como se pedisse que Deus fosse generoso. Olhei para frente, onde Sebastian se encontrava sentado no meio da rua. Não passava ninguém, era um tanto tarde. Já deve ter passado da hora do rush, então a rua estava vazia.

– Foi aqui que eu a vi. Ela estava tão serena. - disse ele, agachado, tocando e fitando o chão.

– Fazia anos que não via sua mãe, não é? - ele assentiu, me olhando.

– Vem cá. - fui até ele e me sentei ao seu lado. Toquei o local onde ele havia me mostrado que sua mãe estivera caída. Quando toquei o asfalto parecia que eu estava lá. Que era eu que estava caída e ensanguentada, murmurando o nome de Sebastian. E então, vi como tudo começou.

Sebastian estava sentado no banco do motorista e ria com algo que sua mãe, a mulher loira que estava sentada ao seu lado, no banco do passageiro. Uma música saia do rádio, fazendo com que o ambiente ficasse aconchegante e agradável. Eu estava no banco de trás, os olhando a minha frente e senti como se fizesse parte daquilo. Pude compartilhar da alegria dos dois de estarem, finalmente, juntos, podendo ser mãe e filho para o outro.

O carro parou no sinal e a mãe de Sebastian, esticando o braço, tocou o rosto de seu filho. Ela estava feliz por ele estar ali. E então, o impacto. Um carro havia batido na traseira do nosso, nos impulsionando tanto para frente como para o lado, nos deixando atravessados na pista. Sebasstian olhou para sua mãe e perguntou se ela estava bem. A mulher olhou para seu filho e levando uma mão em seu rosto, disse apenas que estava assustada, mas que estava bem e que tudo ficaria bem.

Mas nada ficaria bem.

Foi aí que eu vi uma luz intensa em minha direção e Sebastian também. Um caminhão, vinha em nossa direção e sem dar tempo de Sebastian ligar o carro e sair dali, ela bateu no carro, ao lado do passageiro, fazendo com que o carro virasse e capotasse. Senti-me como se pudesse voar quando sai do carro que rodopiava e ia sendo esmagado conforme batia com força no chão. Pela ultima vez que senti o carro batendo no chão, me vi sendo arremessada pra fora dele. Agora eu era a mulher, a mãe de Sebastian. Eu sentiria aquilo que ela sentiu.

Ouvi o grito de Sebastian chamando por mim. Tentei me levantar e ir até ele, mas foi em vão. Murmurei seu nome, mas nenhuma palavra saia da minha boca, não conseguia me mover. E então, eu estava de pé ao lado de meu corpo, o olhando com expressão triste. Agachei e vi que Sebastian ainda estava vivo. Fiz de tudo para me manter ali, ao seu lado, mas algo me puxava para longe, algo me fazia deixá-lo ali, sozinho. Porém, ouço uma voz dizendo que ele ficará bem e que tem alguém que o ajudaria, e que esse era o destino dele. Pediam-me que o deixasse seguir o que lhe foi imposto. Assenti, indo em direção a luz que brilhava intensamente e aos poucos, fui entrando nela. Quanto mais eu entrava, mais ela me recebia cheia de brilhos.

Saindo do transe, vi que havia cerca de quatro pessoas me olhando assustadas. Eu estava deitada no asfalto olhando para o céu, totalmente imobilizada. Sebastian não estava ali. Me levantei e voltei para perto da loja, me apoiei na parede e agachei, abraçando minhas pernas e colocando minha cabeça entre elas.


– Você está bem? - alguém me perguntou. Levantei a cabeça e um senhor dirigia a palavra a mim.


– Sim, estou. Obrigada.

– Tem certeza? Não me parece bem minha filha. - disse, estendendo uma mão e me tocando a cabeça.

– Eu estou bem senhor, obrigada. Só estou cansada, está tudo bem. - me levantei e me pus a caminhar. Continuar ali só chamaria mais espectadores e possivelmente alguém chamaria a policia ou até mesmo, um médico. Sentei-me num banco próximo da praça central. Suspirei fundo, soltando o ar bem devagar, estava enjoada.

– O que conseguiu descobrir? - perguntou Sebastian, surgindo do nada ao meu lado.

– Primeiro, tente não me assustar. Morta por um ataque do coração não lhe servirei em nada.

– Desculpe. – murmurou.

– Tudo bem.

– Então, descobriu algo? - pressionou ele.

– Sua mãe chamou por você quando estava no chão, ela viu que você ainda estava vivo e tentou chamar por você.

– E eu não pude fazer nada. - culpou-se. Essa minha vontade de tocá-lo estava me atormentando, cada momento que passa desejo tê-lo mais para mim, descobrir mais coisas sobre ele.

– Não se culpe. Você estava péssimo, não poderia fazer nada naquele estado.

– O que mais? – quis saber.

– Ela morreu. - falei, baixando os olhos.

– Ah, deus! - baixou a cabeça e notei que chorava. Lágrimas brilhantes escorriam pelo seu rosto. Reprimi um impulso de tocá-las. - Ela sofreu?

– Não. Ela queria ficar com você, mas estava na hora dela. Por isso eu não a vi, não tinha nada que a prendesse aqui para que a fizesse aparecer para mim. Ela foi direto para a luz.

– Tinha a mim! – explodiu ele.

– Pude ouvir dizerem a ela que você encontraria alguém que fosse cuidar de você, que você ficaria bem com ela. – falei, recordando-me das palavras que me disseram.

– Disse quem era?

– Não. – grunhi, exasperada com a falta de informação.

– Precisamos encontrá-la. – disse ele. Sebastian sumiu e reapareceu de pé a alguns passos de mim.

– Eu nem sei como ela é.

– Precisa me ajudar Victoria. – exigiu ele.

– Estou tentando, droga! - explodi. Comecei a andar de volta para casa. Olhei para trás e ele não estava mais.

Cheguei em casa e minha mãe nem brigou comigo, subi direto para meu quarto, me jogando na cama. Peguei meu travesseiro e o pus em cima da cabeça. Estava quase sem ar quando ouvi um barulho. O tirei de cima de mim e me virei, sentando-se na cama. Sebastian me fitava. Soltou o ar que teria se estivesse vivo.


– Desculpe pela minha insistência.


– Tudo bem, eu perdi o controle também. – sussurrei, abraçando minhas pernas.

– Isso é demais pra você, não é? - perguntou ele, aparecendo na cama.

– Um pouco. – admiti.

– Eu vou procurar outra pessoa que possa me ajudar. Você fez tudo que podia e eu agradeço eternamente. Obrigado. - disse ele, sumindo.

– Não! Sebastian! - o chamei, ajoelhando-me na cama - Sebastian?! - minha mãe abriu a porta chocada.

– Quem diabos é Sebastian?

– Não é ninguém, eu só tive um pesadelo. - ela saiu do meu quarto e bateu a porta. - Por favor, volta - sussurrei, voltando a me deitar.

Dormi.



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Notas finais do capítulo

coment's?
nem sei se tá grande comparado aos outros, mas tá ai, por hoje..
beijin, Gih