Pra que Complicar Tanto? escrita por Ny Bez


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente... Que milagre eu postando outro cap em menos de um ano! kkkkk
Bom, acho que estou mesmo de volta a ativa! Que DELÍCIA!!

Vou deixar as notas finais pra Samy comentar.

ATUALIZANDO...



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Juh estava mais animada que eu, pois já fazia um bom tempo que não ia a festa alguma. Pelo menos, não sem a companhia de seu namorado, Léo. E tínhamos decidido que aquela seria a noite das garotas, e talvez a minha inicialização no mundo colorido.


– Samy, o que você acha da minha roupa? – Ela pergunta preocupada. Até parecia que era ela que iria “a caça” naquela noite.




– Ah... Você está linda Jujuba!





E realmente estava. Usava um vestido de saia rodada, meio Pin Up, na altura do joelho, preto com bolinhas vermelhas e um salto alto vermelho. Seus cabelos estavam soltos, e ela tinha um novo corte, meio que Jessica Rabbit, uma maquiagem forte, batom vermelho, sombra esfumaçada e lápis preto que juntado a franja caindo no olho dava um toque sensual.





– Você também ta linda! – Ela aparece por trás de mim, me olhando no espelho.





Eu estava também com estilo Pin up, era coisa nossa. Éramos fãs de Marilyn Monroe, Betty Boop, Jessica Rabbit... Eu vestia uma blusa de alça bem justa, vermelha xadrez, uma saia cintura alta preta, um cinto preto e um sapato Scarpin vermelho. Cabelo com franjão de lado, com um lenço amarrado. Um make simples, lápis e sombra preta, e um batom vermelho. Estávamos prontas.






– Nossa meninas!! Vocês estão lindas! – Minha mãe exclamava de boca aberta.







– Obrigada Mãe. – Dou uma voltinha. Ela assovia.






– Obrigada Tia Ana! – Juh exclamou também dando uma voltinha.





– Esperem um pouco! Vou buscar a minha câmera pra tirar umas fotos de vocês duas assim. – Ela subiu as escadas. – Samy! Onde você colocou a minha câmera?





– Mas, mãe... Eu nem mexi nela poxa! – Minha mãe tem a mania de achar que eu sumo com as suas coisas, mas é ela que não sabe onde coloca, e sempre ela guarda no mesmo lugar que é dentro da segunda gaveta de sua cômoda.





– Ah! Achei. Tava na segunda gaveta da minha cômoda. – Eu não falei?





– Vamos mãe, tira logo essa foto!





Minha mãe fez a gente de modelo por alguns minutos. Fizemos milhares de poses. Juh adorava estar sob os flashs. Já eu... Preferia estar por trás das câmeras. Adorava fotografia.




Logo meu pai chega do trabalho. Era ele quem ia nos deixar na festa.



– Nossa meninas... Isso tudo é pra que mesmo? Vão desfilar aonde? – Ele estava visivelmente cansado, e mesmo assim ainda lhe sobrava energia para fazer brincadeiras.




– Vamos logo Pai. Vamos chegar atrasadas na festa! – Falei o apressando. Coitado mal havia chegado, mas a festa iria começar às 20h, e já eram 19h:40.





– Calma Samyta, deixa teu pai ao menos tomar um copo de água. E não tem problema em chegar alguns minutos atrasada em uma festa. É bom que da tempo de todo mundo já ter chegado, e a gente entrar divando! – Os olhos de Juh brilhavam só de imaginar ser o centro das atenções.





– Tudo bem garota dos holofotes. – Concordo a contra gosto.





A verdade é que eu estava muito ansiosa. Sentamos-nos no sofá enquanto meu pai ia tomar um banho rápido. Eu balançava a perna, mexia no celular, me olhava no espelho do pó. Ficava imaginando como seria ficar com uma menina, depois me perguntava se alguma menina iria me querer. Ai olhava pra Juh, ouvia ela e minha mãe especularem sobre o impacto que nossos modelitos iriam causar naquela festa, e logo meus pensamentos sumiam, e davam espaço para alguns risos contidos. Não tinha como não rir de duas bobonas conversando sobre make, sapatos, vestidos e saias rodadas como se fossem o assunto mais importante do mundo.





Enfim meu pai estava de banho tomado, muito bem cheiroso e nos chamando pra ir. Já eram 20h, levaríamos uns 20 minutos para chegar ao local. E lá fomos nós.






– Meninas, tomem muito cuidado! Ainda são novas para uma festa como essa, mas vou dar meu voto de confiança. Não bebam, e se forem beber, que seja pouco. E prestem atenção em seus copos! Tem muito louco por ai, ok?







– Tudo bem pai. – Assenti.






– Deixa comigo Tio, eu fico de olho nessa peste aqui. – Juh se prontifica.





– Tudo bem... Volto que horas para buscar vocês?





– Não sei... Quando acabar aqui eu te ligo Pai.





– Ta certo então. Até mais tarde. Divirtam-se!





Acenamos pra ele enquanto o carro ia sumindo. E logo entramos. Era um clube, estava muito bem decorado. O tema era Discoteca, só músicas antigas. Eu adorava! Juh já entra dançando... E não é que ela tava certa, estávamos divando com nossos modelitos.





– Sam! Pensei que você não viria. – Tomei um susto quando Diego me abordou.





– Pois é Diego, decidimos vir de ultima hora, ai meu pai veio nos deixar.





– Legal! A festa já ta bombando! – Falou eufórico. – Tem uns drink’s muito show. Você deveria experimentar. – Eu tinha acabado de entrar na festa, e já queriam me empurrar bebida.





– Agora não, obrigada Diego. Eu vou procurar a Juh, que sumiu de uma hora pra outra... Com licença. – Como sempre, fui educada. Mas de fato minha Best tinha sumido.





Pela primeira vez, noto que os olhares são para mim, pois eu não estava com a Juh ao meu lado. Já que sempre que estávamos juntas eu mal era notada. Juh era muito popular no colégio, e eu era a nerd. Já te explicado, né?





A vejo logo mais a frente, dançando feito uma louca. Um copo de alguma bebida, que com certeza alguém pagou pra ela, em sua mão. E uns dois carinhas em volta dançando junto a ela. Mal sabem eles que ela é louca pelo Léo.





– Não sai mais de perto de mim assim, ok? – Broqueei.





– Poxa SamSam... É que o gatinho do Diego tava falando contigo, ai resolvi dar um espaço.





– Esqueceu que eu não vim pra ficar com nenhum menino? – Ela faz uma cara de quem lembrou de algo.





– Ah! É mesmo!! - Ela é retardada cara, só pode. – E ai, já viu alguma menina que possa ser a primeira que vai provar desses deliciosos e lindos lábios volumosos? – Juh sempre dizia que minha boca era uma delicia de se ver.





– Ainda não, né? Já que o Diego me parou ali, e logo me livro dele com a desculpa mais honesta que eu já vi até hoje, que foi a de te procurar. E de fato eu tava te procurando, e... – Ela já tava dançando com os carinhas de novo.





Minha melhor amiga tem milhões de qualidades, mas tem esse defeito que é a vaidade. Adora ser cobiçada, e logo por dois gatos, aparentemente mais velhos, ela deve estar nas nuvens.




Eu não sou muito chegada a dança, não fora do meu quarto. Então me sento em uma cadeira. Diego me trouxe um drink com vodka dentro. Seria a primeira vez que eu tomaria qualquer coisa com vodka. Não que eu nunca tivesse bebido. Bebia sim, mas com meus pais, um pouco de vinho e as vezes cerveja.



– Aqui, toma esse. Paguei pra você... Como nos filmes onde o cara paga uma bebida pra garota mais bonita da festa. – Sim, ele não desistia. Mas aceitei. Juh tinha me abandonado a anos mesmo.




– Obrigada... – Respondi sem jeito, e um pouco chateada. Afinal, meus planos não estavam dando certo. Pra mim, eu iria chegar e iria ter uma menina, que gostasse de meninas, e ela iria me olhar de um jeito que... - “Espera. Tem uma menina que não tira os olhos da mesa. Será que?” – Pensei, mas logo afastei meus pensamentos, pois provavelmente essa menina estaria de olho no Diego, ele era realmente bonito.





Virei aquele copo tão rápido, que minha garganta ardeu. Estava muito frustrada, chateada, abandonada, e provavelmente Diego não sairia do meu pé. -“Bem que aquela menina poderia vir logo aqui, pedir logo pra ficar com ele...” – Pensei.





– Samy, quer dançar? – Ele pergunta tímido.





– Ainda não Di... Mas eu até que gostei desse drink.





– Eu percebi, você virou o copo. – Ele ri. – Quer outro?





– Quero sim, deixa eu te dar o dinheiro...





– Deixa que eu pago. – Ele saiu.





A menina continuou olhando para a mesa que eu estava, e Diego tinha ido no bar... – “Será que ela ta me olhando? Será que ela é colorida? Ou será que ela é alguma ex peguete de Diego?” – Pensei. E conclui que deveria ser alguma ex de Diego com um ódio mortal por mim, por eu estar conversando com ele.





– Aqui sua bebida. – Ele me entrega.





– Essa aqui tem uma cor diferente... – A primeira era azul.





– É que essa é de morango. – Ele disse sorridente.





– Eu gosto de morango... – Provei. – É uma delicia! – Exclamei.





– Ótimo! Vou trazer só dessa pra você agora.





– Obrigada Diego... Até que você é legal. – Disse sincera.





– Ta vendo? Eu não mordo não. – Rimos juntos.





E pela primeira vez eu não quis expulsar o Diego dali. Afinal ele estava salvando a minha noite. Bom... Era o que eu pensava.




Conversamos muito, e ele sempre indo buscar bebida para mim. Eu já tava “alegrinha” demais, e então mais uma vez ele insistiu em me chamar pra dançar. Só que dessa vez eu aceitei.



Estava tocando Celebration, era bem animada, ritmo acelerado. Eu adorava! E pela primeira vez eu estava me soltando em publico. Fazia até coreografia com Diego, que era um ótimo parceiro de dança. Cantava alto a letra. Ele também. Acabei descobrindo que ele também gostava de Disco.




– Muito bom dançar contigo rapaz. – Disse a ele quando a música acabou.





– Caramba, tu dança muito menina! E depois dizendo que não sabia dançar.





– É que eu sou muito tímida... Mas depois daqueles 8 drink’s de morango, eu perdi a timidez.





– To vendo... – Sam, você não gosta de mim, né? – Foi direto.





– C-claro que gosto... Porque a pergunta? – Gaguejei.





– É que sempre que eu te chamo pra sair, ou sei lá, fazer alguma coisa, você inventa alguma desculpa e tal. – Percebi que ele tava chateado.





– Bom... Eu to aqui hoje com você, não to?





– Você ta? – Ele rebate. Me abraça e tenta me beijar. Eu me desvencilho de seus braços.





– Não faz isso Diego! Poxa, tava tão bom... Porque não podemos ficar só assim, dançando, conversando... Sendo AMIGOS? – Dei ênfase na ultima palavra.





– Eu gosto mesmo de você poxa... Eu poderia ter qualquer mina do colégio, mas eu quero você.





– Por isso mesmo que você me quer Diego. Você sabe que pode ter qualquer uma... E onde fica a graça nisso? Ai aparece uma pessoa que disse não pra você, e você gama? Poxa... Você está atraído pelo desafio de conseguir alguma coisa comigo. – Ele escuta atentamente. Não me interrompe nenhuma vez. Mas acho que era porque, como a música estava alta, falávamos ao pé do ouvido. – Olha, eu realmente não to afim de ser mais que uma amiga pra você. Sinto muito, mas é o que tem pra hoje.





– Tudo bem... Quer mais um drink? – Ele pergunta desanimado.





– Deixa que essa rodada eu te pago um... Fica aqui que eu já volto.





Deixei um cabisbaixo Diego na pista de dança. Olho pro lado e vejo Juh se esbaldando na dança, ela encontrou algumas amigas do colégio. Vou caminhando em direção ao bar, quando sinto uma mão puxando meu braço.





– Até que enfim, você está sem aquele cara por perto. – Era a garota que olhava em direção a mesa que eu estava. – Passei a noite toda te dando sinais, mas acho que o seu receptor está com defeito. – Brinca. – Me chamo Anucha. Qual é o seu nome? – Fiquei sem reação. Os olhares eram mesmo pra mim.





– Sa-mantha. – Ela sorriu do meu jeito. – Eu não sou retardada, tá? Só pra constar... É que eu não esperava. Quer dizer, você... me... olhando. – A ficha ainda não tinha caído.





– E porque não? Você é a garota mais interessante do recinto. – Ela falava diferente, como se fosse um pouco mais velha. Falava como uma pessoa que eu conheço bem.





– Que nada. Sou só mais uma no meio da multidão.





– Uma que se destaca na multidão, dançando principalmente. – Corei de imediato. – Você ta vermelhinha? Ou é culpa da iluminação? – Ela ri.





– Iluminação. – Respondi rápido. O que provocou nela uma gargalhada. Eu estava visivelmente nervosa.





– Vai beber o que? Posso te pagar uma bebida?





– Na verdade... Deixei meu amigo na pista de dança, com a promessa que dessa vez eu pagaria a rodada.





– Bom, você paga a dele, e eu a sua... É um acordo que estou a te propor.





– Não sei... Porque você me pagaria uma bebida? Nos filme isso significa que...





– Que estou te cortejando? – Assenti. – E de fato estou. – Ela sorri confiante.





– Porque? Você nem sabe se eu gosto de menina...





– E não gosta? – Ela me desafia com o olhar.





– Eu não sei... Gosto? – Fiz uma cara confusa.





– Como vou saber? – Ela estava se divertindo com meu jeito confuso.





– E como Eu vou saber se gosto de meninas?





– Só tem um jeito...





– Qual? – Perguntei quase que desesperada.





– Aceitando a minha bebida já é o primeiro passo. – Ela tinha pedido uma bebida pra mim, e eu nem tinha visto. Ela me entrega, e eu aceito. Tomo um gole.





– E qual seria o segundo passo? – Agora eu que a desafio.





– Vem comigo... – Ela me puxa pela mão.




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Notas finais do capítulo

Bom gente, por hoje é só! Gosto de deixar vocês curiosos... Assim, continuam me lendo. Hehe
Como deu pra notar a noite não terminou ali... ;X Hahahaha

Até o próximo! Beijos da Samy.



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