Victims Of Love escrita por Mariia Dias


Capítulo 3
If I Only Had The Heart




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"And if I weren't so young, or stupid, or restless,
I might be able to just soon forget this."  If I Only Had The Heart - The Maine.

Capítulo 3.

Adrian acordara com a cabeça doendo, do seu lado, ele podia ver uma mulher dormindo. O único problema é que ele não lembrava o que ela fazia ali.

A mulher era loira, pelo que Adrian podia ver, então que ele se lembrou de sua acompanhante para o jantar de Jane.

Marian Caster.

Droga, pensara Adrian.

Não era a casa dele, quando ele olhou pelos lados, parecia que tudo por ali era rosa, Adrian não conseguia entender como fora parar ali e...

...sem roupas também, pelo o que Adrian pode notar.

Ele se levantou e conseguiu se vestir sem acodar Marian, não queria magoá-la nem nada, Marian era uma garota realmente gentil, mas nada iria acontecer entre os dois, nunca. No instante que ele estava totalmente vestido foi o mesmo instante que ele saiu do apartamento da modelo, sem se preocupar com mais nada.

Ele entrou em seu carro e estava indo para o seu apartamento quando o telefone começou a tocar.

Michael, era o que dizia no leitor de chamadas.

“Fala.” Adrian disse.

“Cara, cadê você? Os jornalistas sabem que você não passou a noite em casa, plantaram um deles lá na sua rua, para ficar vigiando.”

“Eu estou indo para casa, o que aconteceu ontem?” Adrian esfregava seus olhos, tentando se lembrar.

“Nós fomos para o jantar, comemos, e fomos embora” Michael disse. “Ah, posso te fazer uma pergunta?”

“O que é?”

“Você que já foi casado com a Jane, será que você poderia me dar o número da Annabel?” Michael perguntou.

Annabel logo invadiu os pensamentos de Adrian, ela parecia tão confiante, tão... diferente.

Diferente se encaixava exatamente no perfil de Annabel.

Annabel acordara com uma dor de cabeça infernal, se amaldiçoando por ter bebido ontem. Ela se levantou logo, tomou uma aspirina e vestiu um robe.

E o seu telefone começou a tocar.

“Alô” Ela resmungou.

“Alguém acordou com o pé esquerdo hoje” Ela ouviu a voz aguda de sua irmã, aguda até demais.

“Isso se chama ressaca, Jane.” Annabel disse, com raiva.

“Certo” Ela riu. “Hoje você vem me ajudar a escolher as flores do casamento”

“Hoje?” Annabel reprimiu um gemido de discordância.

“Sim, hoje. Engula uma cartela de aspirinas e bote um óculos de sol, ninguém quer ver as suas olheiras” Jane disse.

“Ei, eu não estou com...” Annabel parou no meio da frase, quando se olhou no espelho, ela tinha olheiras profundas e roxas. “Oh meu Deus, eu estou horrível”

“Posso te perguntar uma coisa?” Jane perguntou e Annabel balançou a cabela, mas depois se lembrou que Jane não conseguia vê-la.

“Er, sim”

“Você acha que lírios são muito depressivos?”

Annabel revirou os olhos.

“É a flor da morte, o que você acha?” Annabel disse, sarcástica.

“Hm, certo. Mas também são da pureza.”

“Você quer dar uma de virgem agora, Jane?” Annabel zombou.

“Haha, me encontre lá embaixo” Jane disse e logo depois desligou, sem se despedir, deixando Annabel confusa.

Não ligara muito para a roupa, então vestira uma saia jeans, que colava em seu corpo, preta, uma blusa de mangas, branca, com botões e uma bota preta. Seu cabelo estava impossível, então fez um rabo de cavalo, passou um pouco de maquiagem, para ver se disfarçava a noite mal dormida, e pegou seu óculos escuro. Por cima de tudo, botou o seu sobretudo, que acabava um pouco depois da saia, perto do joelho e saiu.

Sua irmã a esperava na porta do hotel, ela estava radiante.

“Você está um caco” Jane disse, sorrindo.

“Obrigada Jane, você é muito sensível” Annabel disse, botando o óculos.

“Eu só estou dizendo a verdade” Jane riu, enquanto elas saiam do hotel, já tinha um motorista as esperando, então não precisaram esperar por um táxi.

Jane vestia um vestido azul vibrante, que chamava muita atenção, e uma sapatilha preta, Annabel se perguntava se ela não estava sentindo frio, mas logo depois lembrou que Jane faz de tudo para ficar bonita, até passar frio.

O que ela, não entendia.

Quando as duas chegaram na loja, Jane quase arrastou Annabel para dentro, ela estava eufórica, Annabel gostava de ver sua irmã assim. As duas riram a tarde toda, se comportaram como duas irmãs deveriam se comportar, sem complicações, ainda não.

“Vermelhas ou amarelas?” Jane perguntou a Annabel, com duas rosas nas mãos, uma de cada cor.

“Por que não tulipas?”

“Porque tulipas são estranhas” Jane disse.

“Não são, não”

“No seu casamento, você escolhe tulipas” Jane disse e Annabel deu um tapa em seu braço, de leve. “E falando em casamentos, você não pareceu gostar de minha surpresa para você, ontem” Jane não parecia triste, parecia desapontada.

“Surpresa?”

“Lance”

“Ah-” Annabel não sabia o que falar. “Quanto a isso, eu agradeço muito o que você fez Jane, mas todos os rumores sobre eu e Lance são falsos”

“É” Jane riu. “Eu percebi, você preferiu ficar falando com o Adrian do que com o Lance, foi então que eu precebi que eu tinha cometido uma burrada”

Annabel pensara em falar que tinha preferido ficar com Adrian porque tinha gostado dele, ele parecia ser uma pessoa boa, e ela também admirara a sua coragem, de ir no casamento da sua ex-mulher, como padrinho, para poder dar força ao seu melhor amigo, mas achou melhor não falar isso para Jane, temia que ela não entendesse.

Então Annabel só riu.

“Acho que vou pegar as amarelas, vermelhas são muito comuns” Jane olhou para o papel que estava na mão de Annabel, com o significado de cada flor e sua cor. “O que fala sobre as rosas amarelas?”

Annabel leu e tomou um susto, releu, e não soube o que dizer.

“Annabel?”

“Ah, desculpe, eu me perdi nas tulipas” Annabeu ironizou. “Está falando aqui que representa amizade e felicidade”

E falsidade, foi o que Annabel emitiu de sua irmã. Sabia que Jane gostava dessa cor.

“Hm, gostei” Jane sorriu e Annabel retribuiu.

Adrian saía do trabalho, botara seu óculos escuros, e tentou não pensar em sua vida. Seu celular vibrava no seu bolso, ele sabia quem poderia ser, por isso não queria atender, mas depois de quinze minutos, a pessoa continuou insistindo, ligando mais vezes, até que ele perdeu a paciência.

“Que foi?”

“O que te mordeu hoje? Quando eu acordei, você já tinha ido embora.”

Marian.

Ah, merda. Foi o que Adrian pensou. E parecia ser o única pensamento que ele tinha o dia inteiro.

“Eu tenho um trabalho”

Ele não queria ser duro com Marian, mas não queria que ela tivesse esperanças, aquela noite toda tinha sido um erro, ele gostaria de poder desfazer tudo que tinha acontecido naquele jantar.

Ou talvez quase tudo, foi o que Adrian pensara, quando viu Annabel sair de uma loja de flores.

“Eu estava pensando, você tem algo para fazer hoje?”

“Ahn..” Adrian não prestava atenção na conversa.

Annabel estava rindo, com Jane do lado, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, ela usava um sobretudo preto, e parecia alheia ao resto do mundo.

Até ela olhar em sua direção.

“Certo, você acha que misturar com miósotis ficaria estranho?” Jane perguntou para Annabel.

“Estranho é você sabe o que são miósotis” Annabel disse rindo e Jane a acompanhava, enquanto saiam da floricultura.

Do outro lado da rua, pelo que ela já tinha percebido, era um dos prédios 'Hunt', um dos vários pela cidade e pelo mundo, ela se pegou imaginando se Adrian estaria lá dentro, dando ordens e tudo mais.

Mas ao olhar para baixo, logo do outro lado da rua, perto de um carro preto, que ela não pôde distinguir de que marca era, estava Adrian.

Adrian.

Ela não podia saber se ele a estava olhando por causa de seus óculos escuros, mas ele estava sério, com o cenho franzido, como se não entendesse algo. Annabel prendeu a respiração, Jane não tinha reparado, estava conversando com o motorista, que as levaria para algum restaurante, mas alguém falou com Adrian e os dois saíram do transe. O homem o cumprimentou e entrou no prédio de onde Adrian tinha acabado de sair, Adrian mexeu em suas chaves e apertou o botão que destrancava o carro, resolveu dar uma última olhada, para ter certeza que não era uma miragem, ou algo do tipo.

Mas ela estava lá, agora, falando no telefone com alguém, mas seus olhares se encontraram de novo e Adrian sorriu.

E então, a garota que ele não conseguia tirar da cabeça, acenou de volta.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu sei que o capítulo ta pequeno. Mas é que antes ele era ENORME demais, aí eu tive que cortar, para o capítulo 4 ficar emocionante
Bem, no quarto capítulo eles já vão começar a serem 'amiguinhos'
...e eu posso pedir uma coisa para vocês? Do fundo do meu coração? Comentem gente! -kk e recomendem, claro.
Ah, quase me esqueci, porque hoje eu to enrolada, mas eu queria dedicar esse capítulo para a Thaísa Duarte, uma grande amiga que eu amo muito, foi por causa dela que hoje eu postei o terceiro capítulo, então a agradeçam. -kk
Amo vocês.
Mariia Dias.



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