As flores que plantei

Estão em minha lapide.

Sim, as flores que reguei com sangue e lagrimas

Que, no lugar de amor foi à tristeza e solidão.

E o sol foi substituído por escuridão.

Essas são minhas flores

Vermelhas como sangue

Negras como a escuridão

Cinzas como a solidão

Tristeza,

Dor,

Solidão,

Lagrimas...

Flores que estão regadas da essência da morte

A essência que um dia todos irão receber

Você pode fugir, mas um dia ela te atrapará.

A morte sempre nos encontra.

As flores em meu tumulo.

As flores que me representam.

A morte carrega um grande buque de flores murchas.

Flores com cores tristes,

Flores com espinhos,

Flores com veneno,

Flores com cheiro de podridão.

Elas foram criadas em um jardim frio.

Recoberto com um tapete branco e frio.

Sobrevivendo a cada inverno.

Porém por dentro estão mortas.

Não se engane com as aparências.

Elas se alimentam de sentimentos tristes, obscuros.

Nunca souberam como é a claridade de um dia ensolarado

E o calor do amor.

Apenas a escuridão e o frio...

Essas flores estão em minha lapide

Uma lapide rodeada de neve, solidão.

Talvez elas possam preencher a dor da minha morte...

Uma morte sem siguinificado,

Uma morte sem valores,

Uma morte sem sentimentos,

Uma morte sem lagrimas,

Uma morte que ninguém sentira a falta.

A beleza das flores mortas encanta a todos

Os espinhos escondidos entre as flores secas

Não assusta a aqueles que as desejam tocar.

Por mais belas que sejam elas são banhadas da essência da morte.

Se as tocar morrera.

E eu talvez renasça da escuridão.

E realizarei minha doce vingança.

E todos me conheceram como a morte

Que carrega um belo buque de flores mortas

Com cores obscuras,

Flores podres,

Com aparência viva, mas mortas por dentro

Com seus espinhos pontiagudos recheados de veneno.

As flores da morte...