Por Você, Vale a Pena Viver! escrita por Automatic


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Review's *pegando a faca*



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[Dimy]






Após receber a noticia, saí do consultório correndo. Estava revoltado, queria culpar alguém, mas quem eu culparia? Meus pais? A Deus? Ao Diabo? Ou eu culparia a mim mesmo?


Quem eu culparia pelo fato de estar morrendo? Será que isso era um castigo, um castigo por ter pensado tantas vezes em tirar minha vida?


Ela estava esvaindo-se por meus dedos, estava a cada dia mais curta. Eu estou com os dias contados. Isso é aterrorizante. Estou com medo.


O que devo fazer?


Após correr por horas, eu parei em meio a um parque, eu não conseguia chorar. Sentia um ódio imenso, embora eu não soubesse de quê.


Olhei em volta, a raiva aumentava a cada minuto.


Eu sou Dimy, tenho 17 anos e sou um paciente com câncer em fase terminal. Acabei de descobrir que tenho apenas mais seis meses de vida.


Mas se não posso escapar da morte, por que não terminar com essa agonia de uma vez? Será muito mais fácil morrer agora.


Fechei meus olhos e sorri. É isso! Assim que ia terminar.


Corri para casa, eu estaria sozinho não seria difícil por meu objetivo em pratica.


Eu não me preocupava com o a gravidade do que faria, já que eu não tinha saída estava com pressa para morrer.


Fechei meus olhos deixando à primeira lagrima cair. Antes mesmo que eu pudesse abri-los novamente, senti meu corpo chocar-se contra algo. Com o impacto, dei alguns passos para trás, mas mantive-me de pé.


Olhei nervoso para um pequeno garoto loiro levantando-se com dificuldade.


– Ei imbecil você não olha por onde anda? - Gritei irritado. Surpreendi-me ao ver o garoto sorrir com os olhos dispersos.


– Mesmo que eu quisesse não poderia. - Me respondeu com voz gentil e ainda com o sorriso a enfeitar-lhe o rosto já bonito.


– Por quê? - Perguntei confuso sem tirar os olhos dele. Ele virou-se para mim com os olhos voltados para baixo.


– Sou cego. - Disse calmamente estas palavras, acompanhadas pelo sorriso mais lindo que já vi.


– O que? - Meus olhos se arregalaram e eu travei no lugar, o olhando chocado.


– Surpreso? Ou com pena? - Ele manteve o sorriso e eu não respondi. – Me desculpe mesmo sendo cego eu não costumo trombar com as pessoas. - Ele disse calmo.


– Sou eu quem peço desculpas. Eu estava correndo sem prestar atenção. - Disse seco ainda o olhando, ele sempre mantinha o sorriso. – Como consegue? - Perguntei por reflexo.


– Como consigo o quê? - Seu sorriso aumentou.


– Viver... Desse jeito, com essas limitações. - Eu tentava ao máximo não ser indelicado.


– Limitações? - Perguntou em tom sarcástico, embora divertido. – Eu não tenho limitações.


– Não tem? - O olhei arqueando a sobrancelha. Não que ele pudesse ver esse ato de ironia.


– Não, embora eu viva na escuridão, eu tenho uma vida. Uma vida que Deus me deu para que eu realizasse meus sonhos. Ainda que seja cego, eu acredito que tenho capacidade de alcançar meus objetivos. - Sempre com um sorriso ao fim de cada frase. Como ele podia ser tão confiante.


– Seu discursinho de auto-consolação não convence ninguém. - Disse com frieza. Sei que fui cruel, mas me surpreendi.


– Auto-consolação? Eu não tenho razão para me consolar. - Ele ainda estava calmo. Será possível que ele estava falando sério? Aquilo não o afligia de alguma forma?


– Como se chama? - O olhei depois de um tempo em silêncio. Não fazia sentido continuar discutindo.


– Pode me chamar de Léo. – Estendeu-me as mãos delicadas e eu pude ver claramente seus lindos olhos verdes. Como era possível que eles não tivessem luz alguma?


Seu rosto era meigo e seu cabelo um pouco comprido. Ele era pequeno e magro, parecia tão frágil. No entanto, era mais forte que eu, mesmo cego, tinha mais força para viver do que eu.


– Prazer, sou Dimy. - Apertei levemente sua mão.


– Você tem um tempo Dimy? - Ele me perguntou com o costumeiro sorriso.


– Por quê? - Estranhei a pergunta.


– Não quero que tenha essa imagem decadente e penosa de mim. Pode me acompanhar por algumas horas? - Estendeu-me a mão ainda sorrindo. Pensei por um tempo, mas no fim, acabei indo com ele. Talvez eu pudesse morrer mais tarde. Durante todo caminho ele estava alegre, cheio de vida, cheguei a sentir inveja.


– Hey Dimy, você nunca sorri? - Ele me perguntou enquanto caminhávamos.


– Como sabe que não sorrio? Você nem ao menos me vê. – Continuava rude como sempre fui.


– Não com estes olhos. – Riu. - Não há variação na sua voz, é sempre o mesmo tom frio.


– Não tenho motivos pra sorrir. - Respondi sério pensando no mal que me atacava a cada dia, me deixando mais próximo a morte.


– Precisa mudar isso.


– É tarde demais.


– Nunca é tarde. Não há nada que você goste de fazer e que lhe traga felicidade? - Ele esperou calmamente minha resposta, respirei fundo.


– Gosto de desenhar.


– Você é desenhista? – Ficou mais animado de repente.


– Não.


– E por que não?


– Você pergunta demais. - Fui rude. Estava mentalmente cansado.


– Desculpe. - Ele sorriu sem graça, fiquei em silêncio. Mais um passo e chegamos ao clube de patinação.


– O que viemos fazer aqui? - Perguntei sem entender nada.


– Vim te mostrar que sou mais que um deficiente digno de pena. - Sorriu adentrando o lugar sem dificuldade. – Me espere aqui, por favor. - Sumiu de minha vista, sentei-me na arquibancada, mexia com meus dedos, estava ansioso por alguma razão.


Logo ouvi uma musica e olhei para pista de gelo. Definitivamente não acreditei no que meus olhos viram. Levantei e fiquei mais próximo à pista.


– Ele... Ele está... Patinando. - Fiquei de boca aberta. A treinadora gritava com ele o incentivando enquanto ele realizava as manobras, ele era ótimo, inacreditável, nem parecia cego.


Ele não caiu nenhuma vez, fiquei petrificado até o final de seu ensaio, então ele veio até mim, parando ao meu lado.


– E então? - Perguntou sorrindo e ofegando devido ao cansaço.


– Impressionante.


– Força de vontade faz qualquer coisa, a qualquer hora. Se você quer alguma coisa, não espere que façam por você, faça você mesmo. Independente do problema que você tenha, a vitória e a satisfação são muito maiores quando temos obstáculos.  - Ele sorriu e se afastou, fiquei em silencio.


Diante dessas palavras eu só podia ficar em silêncio. Era inegável o fato de que ele tinha razão, talvez eu devesse fazer alguma coisa proveitosa com o que sobrou de minha vida.


Ao chegar a minha casa depois daquele encontro, fiquei pensativo o tempo todo  Meus pais me abraçaram preocupados comigo. Meus pais! Quantas vezes já os havia deixado preocupados. Quantas vezes fui irresponsável sem necessidade e os fiz sofrer.


Agora, novamente eu os fazia sofrer, por mais que me doesse vê-los tão deprimidos por minha causa.


Mais uma vez eu tinha sido egoísta.  Ia diminuir meu sofrimento me matando prontamente, e deixaria meus pais ainda mais deprimidos, e com a imagem de um filho covarde e infantil.


O loirinho tinha me ensinado uma lição de vida hoje. Em algumas horas, ele fez compensar todos os anos que passei sem aprender nada.


Eu tinha outro encontro com ele, marcado para o dia seguinte, então, eu teria que adiar minha morte mais um dia.


Sorri, deitado em minha cama, eu fechei meus olhos e adormeci.


Após tomar essa decisão, e optar por viver, e compensar todo mal e sofrimento que havia causado com minhas ações impensadas, passei a ajudar Léo com seus treinamentos.


Ele servia de modelo para meus desenhos. Também o acompanhei a hospitais onde contávamos historias para crianças doentes.  Era bom ver o sorriso naqueles rostinhos inocentes, isso de algum modo também me fez sorrir.


Quanto tempo eu perdi, tantas coisas deixei de fazer. Pela primeira vez em minha inútil vida eu estava sendo feliz de verdade.


Isso era tão injusto, a cada dia estava mais apegado. Eu sentia vontade de mostrar o quanto eu tinha melhorado. Não era mais o garoto revoltado e sem propósito, eu era um desenhista conhecido e respeitado agora. Conhecido por pintar sorrisos e alegrias, no rosto de crianças que conseguiam sorrir, mesmo que sem motivo.


Mesmo que por pouco tempo me senti realizado.


Tudo correu bem nesses seis meses, logo a doença começou a apertar, e eu mal via Léo.


Inventava algumas desculpas para minha constante ausência, não queria que ele soubesse que eu estava no fim de minha vida.


Tentei contar-lhe algumas vezes, mas a coragem sempre me fugia quando eu olhava para aquele sorriso que morreria em seu rosto. Não era isso que eu queria.


Devia muito a esse garoto, de alguma forma ele salvou minha vida.


Ele fez muito por mim, queria poder fazer algo por ele.


Passaram-se alguns dias e eu estava melhor, me levantei e fui até o parque onde nos encontramos pela primeira vez.


– O que posso fazer por você Léo? - Perguntei ao vento, olhando em volta. Pela primeira vez notei um imenso Ipê rosa florido, era maravilhoso. Sorri instantaneamente, eu já sabia que presente eu deixaria.


– Dimy?  - Um chamado gentil me tirou de meus pensamentos.


– Léo. - O olhei confuso, ele me abraçou.


– O que houve? Diga-me, por favor. - As lágrimas rolaram por sua face, molhando meu peito.


– Nada. - Acariciei seus cabelos.


– Soube que você esteve doente, não é nada grave não é? - Perguntou com a voz chorosa me abraçando.


– O que houve com você? Não chore assim, gosto mais quando você sorri.


– Estou preocupado. - Ele me apertou.


– Fique tranqüilo, eu não vou sair daqui. - Beijei o topo de sua cabeça e ele me abraçou forte.


– Por favor, não me assuste mais. - Ele soluçou. Não consegui dizer nada apenas o abracei.


Passeamos pelo parque e eu novamente vi o sorriso maravilhoso dele, meu peito se incendiou, e eu também sorri.


Mesmo que estivesse de mãos dadas com a morte eu estava feliz.


Após passarmos o dia todo junto eu o levei para casa. Já era tarde e as ruas já estavam escuras. Paramos frente à porta e ele se despediu com um sorriso.


– Léo. – Chamei-o antes que entrasse.

– Sim?-  Virou-se para mim. Eu peguei suas delicadas mãos levando ambas ao meu rosto, ele ficou surpreso mais logo tateou minha face.


– Eu sou assim. - Sorri, embora não conseguisse manter a lágrima presa em meus olhos.


– Você sorriu. - Seus olhos brilharam. Foi bom ele não ter percebido a lágrima que molhou sua mão.


– Você me ensinou a sorrir. Você me ensinou a viver Léo. Devo muito a você. - O abracei forte, como se aquela fosse a ultima vez. Ele retribuiu o abraço. Separei o ato olhando para ele novamente. Meu anjo.


– Eu preciso ir. – Me virei para sair.


– Dimy? - Ele me chamou parado na porta.

– Sim? - O olhei, com as mãos enterradas nos bolsos da blusa.


– Nos vemos amanha? – Eu sentiria falta daquele sorriso. Fiquei pensativo por um tempo, não tinha certeza do futuro.


– Quem sabe. - Sorri, ele também sorriu.


– Até amanhã. - Ele fechou a porta. Encarei a porta fechada, me virei e segui pela rua deserta e escura, sem destino, sem pensamentos, apenas caminhei. Apenas segui meu triste e solitário caminho, andando sozinho naquela noite que parecia não ter fim.


[Dimy/]


Na manhã seguinte Léo recebeu a noticia de que o amigo falecera, vitima de uma doença terminal.


O garoto não foi ao velório, passou dias trancafiados em seu quarto, apenas relembrando os bons momentos.


– Por que não me disse nada? - Seus olhos transbordavam. Seu sorriso já não era constante.


A situação era preocupante, pois ele não comia, não fazia nada a não ser chorar e lamentar. Abandonou até mesmo os treinos de patinação. Foi como se sua vida perdesse o total sentido.


Depois de semanas nesse estado, o pequeno recebeu uma noticia. Havia aparecido um doador, e sua cirurgia já estava marcada, isso conseguiu animá-lo um pouco, mas o fato de não ter o amigo ao seu lado, o entristeceu novamente.


Após todos os preparativos, fizeram à cirurgia de substituição de córnea.


Era grande a expectativa. Alguns dias mais tarde tiraram-lhe as vendas e o garoto abriu os olhos lentamente, enxergando pela primeira vez os rostos das pessoas que amava.


Chorou de emoção. À noite, quando estava sozinho no quarto do hospital, Léo lembrava do amigo.


– Como seria se você estivesse aqui? - Deixou uma lágrima correr solitária correr por seu rosto. Foi interrompido por uma leve batida na porta.


– Entre!


Uma pequena garota de cabelos longos e castanhos adentrou o quarto um pouco tímida, com os olhos vermelhos voltados para o chão.


– Quem é você?- O garoto perguntou a olhando.

– Me responda. Levantou os olhos confiantes. - Você pode enxergar? - A pequena tinha os olhos molhados, segurando fortemente um envelope.


– Posso. - Respondeu em meio a um sorriso.


– Então leia isso. - A menina de mais ou menos 12 anos estendeu-lhe a mão com o envelope. O garoto o pegou abrindo cuidadosamente.


– Está em braile. - O menor sorriu admirado e começou a lê-la.


“Meu adorado Léo... O fato de você estar lendo esta carta significa que tudo deu certo. Fiquei com um pouco de medo que a cirurgia falhasse, mas seu medico me garantiu que tudo ficaria bem.


Por sorte fui trazido para o mesmo hospital que você aguardava um transplante.


Eu queria estar com você, queria poder estar ao seu lado e ver aquele sorriso que me fez entender o quanto valia minha vida. Mesmo esta sendo dolorosamente tão curta.


Você com todos seus problemas e limitações me fez entender que sonhos foram feitos para serem realizados, mesmo que seja difícil.


Eu sabia que morreria.


Sabia que meu tempo era curto.


Perdão por não ter-lhe contado. Peço que me entenda, não queria que tivesse pena de mim, ao contrario, queria você sempre alegre e feliz ao meu lado.


Fique desesperado quando soube, culpei todos ao meu redor, mesmo ninguém tendo culpa.


Você me ensinou que não existem culpados e nem limitações, apenas uma vida para ser vivida ao máximo. Você me ensinou a viver com coragem.


Não há palavras para descrever o quão fundamental você foi para mim.


Nunca poderia te agradecer o suficiente. Obrigado por tornar meus sonhos realidade. Obrigado por insistir em ficar ao meu lado mesmo quando eu tentava afastar todos, eu precisava desesperadamente de alguém. E você sempre esteve lá.


Obrigado por dar sentido aos meus dias, aos meus últimos suspiros.


Por isso, decidi dar-te este presente. Agora mesmo que eu não esteja a seu lado, eu serei seus olhos, minha luz te guiará até o fim de sua vida.


Pois de agora em diante não precisarei deles, pois te olharei com meu coração. Não foi assim que você esteve me olhando por todo esse tempo?


Não perca seu amor pela vida por minha causa. Vá para frente do espelho e veja pela primeira vez o sorriso que salvou minha vida.


Você tem tantas coisas para ver, tantas coisas a realizar. Espero que eu tenha tornado sua vida mais fácil e bonita.


Cuide bem de meus olhos, te dou total liberdade para usá-los como quiser. Eu confio em você.


Não chore minha ausência, pois eu sempre amei seu sorriso. Se quer me alegrar sorria, realize seus sonhos e objetivos, pois assim minha paz estará completa.


Talvez esta tenha sido a única coisa boa que fiz. Eu não estou com medo de morrer, estou com medo de te deixar sozinho, por isso pedi a minha irmãzinha que lhe entregasse esse envelope, mas somente se você pudesse enxergá-lo.


Enfim, você nunca me viu, tirei uma foto para que colocassem na minha lapide. Aquela é minha única foto sorrindo, então quando a saudade apertar vá ate lá.


Não pense em mim como uma pessoa que não está mais ao seu lado, pense em mim como alguém que vai olhar por você de um outro lugar.


Quando você estiver se sentindo sozinho e achar que nada tem jeito, eu te mandarei sinais de que tudo vai melhorar. Mesmo que você não possa me ver, eu estarei aqui para você.


Viva meu anjo... Viva tudo que eu não pude viver.


E quando sua vida acabar mais uma vez eu estarei aqui, esperando por você, de braços abertos e com muitas saudades.


Talvez eu tenha demorado muito para te dizer isso, mas eu te amo.


E sempre estarei aqui quando precisar de mim, pois embora eu esteja longe, em meu coração eu nunca estive tão perto. Isso não é um adeus, é apenas uma breve despedida, um até logo de alguém que sempre te amará. Não se esqueça de realizar nenhum objetivo, para que possamos nos encontrar sem que você tenha arrependimentos.


Eu te amo... E é para sempre.


Não desista da vida, não desista de você, pois problemas são constantes, perdas existem, mas a vida... A vida é muito para ser insignificante.


Eu aprendi isso com você.  Hoje, estou partindo, não posso evitar, estou te deixando nesse plano. Mas estou lhe deixando com a certeza de que por você, valeu a pena ter vivido.


Do seu amigo que não lhe deixará nem depois de morto : Dimy


Obs: Quando sair do hospital vá até o parque onde nos encontramos, olhe para o Ipê rosa. Você entenderá por que lhe dei meus olhos.”



As lágrimas corriam insistentes pelo rosto do garoto.


Pressionou a carta contra o peito e se permitiu soluçar, mas dessa vez o choro era acompanhado por um sorriso.


A pequena ao seu lado também chorava silenciosamente.


Após receber alta no hospital, o pequeno deixou o local caminhando até o parque. Não estava acostumado a ver as ruas, de modo que se perdeu.


O pequeno apenas fechou os olhos respirando fundo, e seguindo com os mesmo ainda fechados para o parque, encontrou o caminho.


Ao parar abriu os olhos lentamente, avistando o Ipê. Sorriu como era linda.


Sua atenção fora desviada para o tronco da árvore. Aproximou-se do mesmo, pode ver claramente um desenho de um coração abraçado pelas asas de um anjo, com as letras ‘D&L’ dentro do coração. Deixou uma lágrima cair em meio ao sorriso largo em seu rosto.


– Obrigado Dimy. - Por mais que tentasse não conseguia parar de chorar.


Então, sentiu uma paz invadir seu coração e as lágrimas cessaram, dando espaço ao sorriso.

O loiro fechou os olhos respirando fundo, abraçando os próprios braços, sentindo que estava sendo abraçado por alguém.


– Está aqui não está? - Sorriu.


– Eu sempre estarei aqui.



FiM .




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Notas finais do capítulo

Por favor não me matem. *-*Agora que tal uns review's pra deixar o autor feliz? *-----*