Alguém Tem que Ceder escrita por ledavel


Capítulo 2
Bulma e Vegeta




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Alguém tem que Ceder

Capítulo

2

 

Bulma e Vegeta

  

 

 

          Como já sabemos a família Briefs está para receber velhos e bons amigos. E esse dia finalmente chegou!Estavam para chegar para o almoço e Bulma auxiliava os empregados a caprichar na refeição. Vegeta como de costume estava treinando e Bra estava ao lado da sala de treinamento fazendo a sua ginástica.

         Ah os jovens! São movidos pela música e nada mais apropriado do que a mesma para se exercitar. Sim, Vegeta gosta de música, um gosto que aprendeu a apreciar com Bulma, mas para treinar, música nem pensar, pois tirava a sua concentração. Bra colocou alto, e diga-se bem alto, e se não fosse exagero poder-se ia dizer até que os vizinhos poderiam ouvir. Aquela barulhada infernal irritou Vegeta:

- Ora essa!Bra com esse som alto está me tirando à concentração. Mas que menina malcriada!- Assim resmungava o sayajin.

         

          Quanto a Bra, está cheia de energia... Pensava no seu novo namorado. Ela mal podia imaginar, ou melhor, nem queria imaginar qual será a reação de seus pais, mais especificamente de seu pai, se soubesse de quem se trata... Nossa! Quanta loucura parar para pensar que esse namorado novo tem a idade de Vegeta. Pam tinha razão ao afirmar que é bom negócio namorar homens mais velhos.

       A moça pensava em muitas coisas durante a sua ginástica e por um instante o rosto dela caiu sobre um sorriso apaixonado ao se lembrar dos gestos dele. Aquele homem maduro a levou para sair naquele sábado. Pensava: “Goten  nunca me levou ao um restaurante fino daqueles.Como (...) é carinhoso e gentil.E aquele lindo anel que ele me deu...Tenho que falar logo com Goten que nosso lance não tem mais jeito”.  E dessa forma Bra acabou sua ginástica, disposta e determinada, pois já sabia o que queria e ninguém, nem Goten, nem o pai , seja lá quem fosse, iria fazê-la mudar de opinião.

  

 

    

 

 

 

            Vegeta! Pobre Vegeta! Não consegue parar de pensar no que pode estar causando tantas mudanças em sua princesinha. Lembrou-se quando conheceu Bulma, a jovem, bela, atraente e inteligente terráquea que o tirou do sério. Bra está tão parecida com a mãe. Isso o preocupava:

 

 

 

  -Hunf! Essa menina está precisando de um castigo severo. Não para em casa e vive por ai com aqueles vermes da faculdade. A mãe dela... Bulma é culpada.

     Vegeta falava, resmungava sozinho. Acabou o treinamento para ter uma conversa séria com Bulma. Ele tinha que por a voz de autoridade que lhe pertencia naquela família. Afinal ele era o príncipe dos sayajins.

       Bulma estava no quarto se trocando para receber as visitas. Ela havia adquirido uma preferência no decorrer dos anos pela cor vermelha. Sim, realmente a deixava mais jovem. Foi muito difícil para ela aceitar que estava envelhecendo, mas a tecnologia é algo formidável, ainda mais no que diz respeito aos cosméticos e plásticas. E isso se nota nela. Ela se admirava no espelho e se comprazia ao ver que está tudo em seu devido lugar. Mas como sabemos bem, há anos atrás ela teve a idéia de reunir as esferas do dragão para satisfazer o desejo de ser jovem outra vez, mas desistiu logo, pois também achou algo absurdo. Imagine só se a terra precisar das esferas do dragão para algo mais urgente?

                 Ela vestiu a camiseta vermelha com a saia um pouquinho acima do joelho. Estava impecável. Uma sandália baixa e bem delicada deu um caimento perfeito. Os cabelos curtos com a franja caída na testa. Ficou olhando no espelho mais alguns segundos e perguntou a si mesma:

- Hum... Vejamos. Será que não está faltando nada? – Deu uma leve rodadinha e uma piscadinha para o espelho. Nesse instante Vegeta chega ao quarto:

 

 

 

- Está Faltando sim. Está faltando vergonha na cara!

Bulma olhou para Vegeta com a resignação de uma santa, suspirou e fundo, sentou na poltrona, cruzou lindamente as pernas e finalmente disse.

- Ai, Vegeta. O que foi agora? Não vai me dizer que já brigou com a sua filha outra vez.

- Ora, não mude de assunto. Agora sei por que a sua filha anda se comportando de maneira anormal. Olhe só para você!

- AH é? O que tem?

         O Sayajin ficou irritado.  Uma das coisas que Bulma aprendeu, e aprendeu muito bem, através de anos de convivência com seu resmungão, é saber lhe dar com ele. E isso meu amigos, ela tira de letra.

   Vegeta cerrou os punhos e levantou o tom de voz:

- Hunf! Como ousa me fazer uma pergunta imbecil dessas? Olha o tamanho da sua saia. Não é nada comportado para uma mulher da sua idade. Quer me envergonhar na frente de todos se passando por uma mulher Vulgar?

-Escuta aqui Vegeta. Para começo de conversa já falei com você sobre ficar gritando feito um louco sem motivo. Portanto vamos abaixar o tom da voz, tudo bem?Agora, eu não estou me passando por uma mulher vulgar. Estou bem vestida e sou muito elegante. Quanto a “mulher da sua idade” vou levar isso na esportiva, por que todos nós sabemos que ainda sou muito linda e atraente e sei que você está com ciúmes.

- O que? Eu com ciúmes? Ora, não seja ridícula?

- Ta bom, Vegeta! Você é quem sabe. Já que estou sendo ridícula e você não está com ciúmes, não vai se importar de dormir no seu antigo quarto nos próximos dias não é mesmo? - Ela parou, colocou a mão no queixo e antes que o marido pudesse protestar continuou - AH! É mesmo, aquele quarto agora é um depósito dos antigos brinquedos das crianças. E você não se importa em dormir em meio a caixas de papelão e cápsulas antigas, não é?

 Vegeta por um momento ficou rubro de raiva. Ele sabia que Bulma estava atraente e sabia que estava com muito, mas muitos ciúmes. Bulma sabia controlá-lo bem e ele resolveu conversar sem agredir.

- Vamos parar de bobagens e falar sério Bulma! Você não está preocupada com Bra? Não viu como ela anda se comportando?

- Não vejo nada de errado com ela Vegeta. Ela já tem vinte anos de idade É natural que mude. Você tem que aceitar que ela já não é mais uma garotinha.

 

        Vegeta realmente não queria aceitar. Bulma se aproximou dele devagar, puxou levemente suas mãos até a poltrona e o fez sentar. Ele já sabia que quando ela fazia isso é por que estava querendo massagear os seus ombros. Sim, ele gosta muito das massagens dela, ainda mais depois de um duro treinamento e Bulma sabe que isso faz com que Vegeta relaxe por completo. E assim aconteceu. Ele se entregou por completo ás mãos dela. Fechou os olhos devagar e ela aproveitou o momento.

- Vegeta querido! Entendo você em parte, portanto vamos conversar sobre o assunto mais tarde. Aproveite enquanto está relaxado e tire um cochilo.

Ele deu um sorriso de lado:

-É mesmo? E quanto ao meu antigo quarto que agora é um depósito? Não vai me mandar para lá?

Ela sorriu alegremente abraçando-o com carinho:

-Ah! Isso depende.

-Hum... Sei... Depende do que?

-Se você vai se comportar bem

Vegeta, ainda com o sorriso no rosto, trouxe Bulma para perto de si. Sim, na intimidade com a esposa ele é um homem atencioso e carinhoso. Aprendeu a duras penas valorizar o que tem e por isso, muitas das vezes, perde a cabeça ao se sentir ameaçado. Com Bulma o durão Vegeta não passa de manteiga derretida. Ele a sentou em seu colo e a olhou bem nos olhos. Aqueles olhos azuis grandes e firmes que o fizera mudar tanto.

- Está mais calmo agora?

Ele nada disse. Apenas escorou a cabeça em seu peito e Bulma gentilmente começou acariciar seus cabelos negros.

        Vegeta ficava horas sozinho, parado no topo de uma montanha quando estava furioso, angustiado ou triste.A primeira vez que ele ficou muitas horas foi quando ele levou uma surra feia da andróide n°18.Se sentiu humilhado e envergonhado.Com o tempo, Vegeta encontrou um lugar muito mais confortável para curar suas desilusões e refletir sobre a sua vida.Esse lugar? Os braços de Bulma é claro!

 

 

Goten e Bra

Uma situação difícil de sair.

O que faremos agora?

 

          Bra estava em seu quarto esperando as visitas e entre elas suas amigas em especial: Maron e Pan. Ela estava revisando um material da faculdade quando ouviu uma batida na porta da sacada de seu quarto. Era Goten  que havia flutuado romanticamente até lá em cima  com uma flor na mão.Ela abriu as portas da sacada apressada.Certamente pensava no pai se visse aquela situação:

-Goten. Você está louco? Se o meu pai te pega aqui você sabe o que vai acontecer?

  Goten foi logo entrando feliz da vida, mas achando estranho Bra estar sussurrando:

-Por que está falando tão baixo? Relaxe Bra. Venha até aqui e me dê um beijo que eu estou louco de saudades. O tio Vegeta não vai fazer nada, não se preocupe.

-Pare de chamar papai de tio Vegeta. Sabe que ele não gosta.

   Goten notou que Bra se afastava dele à medida que ele se aproximava. Mas o que estaria acontecendo com ela? Será que anda com tanto medo do pai assim? Não, não podia ser. Não era do gênero dela:

- Eu não estou entendendo você Bra. O que está acontecendo? Eu cheguei com essa flor na mão e você nem me deu um beijo. Você está muito estranha...

 

      A moça nada respondeu. Estava se sentindo desconcertada com aquela situação. Aquele não era o momento para falar a Goten sobre seu namoro secreto com o homem maduro. Mas Goten é um rapaz conquistador, jamais deixaria que a chama da paixão que Bra sentisse por ele se apagasse. Ainda mais naquele dia em que ele se sentia irresistível. Então com confiança ele a puxou para si com vigor. Olhou bem para os olhos dela e tentou beijá-la. Bra se afastou dele, fugiu de seu beijo:

- Ai, Goten como você é imaturo?Você só pensa nisso?

- Não, eu não só penso nisso. Por acaso tem algo a me dizer?

        Na verdade não passou na cabeça de Goten, um minuto sequer, que pudesse haver outro homem envolvido na relação dos dois que não fosse Vegeta. Por isso achou conveniente perguntar para ela dizer se o pai a estava pressionando com algum tipo de desconfiança. Ainda mais depois daqueles 15 dias na casa do Mestre Kame:

   Bra se reaproximou suavemente de Goten e colocou uma das mãos em seu ombro:

_ Olha Goten. Vamos conversar depois com mais calma no jardim. Aqui, nessa situação, fica complicado dizer alguma coisa. Desça pela sacada e entre pela porta normalmente. Está bem?

    O jovem sayajin a fitou com carinho. Goten sempre fora muito carinhoso, desde menino. Tornou-se quando rapaz um mulherengo quase que incorrigível. Mas depois que conheceu Bra, ele só tinha olhos para ela:

  -Vem cá. - A puxou delicadamente para si novamente. - Estou preocupado. É algo muito grave?

 

       O coração de Bra apertou. Na verdade naquele momento em que ela se sentiu aconchegada nos braços dele, seus sentimentos ficaram confusos rapidamente, mas tão rápido que ela nem teve tempo de pensar se realmente queria acabar tudo com Goten. Ele continuava a dizer:

- É alguma coisa relacionada com o que aconteceu na casa do Mestre Kame? Eu e você naquela noite estrelada tomando banho de mar? Está arrependida Bra?

     Ela suspirou fundo. Parecia que ia acabar dizendo a verdade para Goten, mas este levou um susto perdido em seus próprios pensamentos:

-Não me diga que seu pai descobriu que nós dois... É bem... Você sabe...

 - Calma. Não Goten, meu pai não sabe de nada. Mas se você gritar outra vez ele vai ficar sabendo. Fale baixo.

       Não é que Bra quase teve razão?Naquele exato momento Vegeta bate na porta do quarto da filha.

   - Bra! Abra a porta. Por acaso tem alguém ai com você? Abra. É uma ordem. Prefere que eu exploda a porta, não é?

     A agitação no quarto da moça foi total. Goten não sabia onde se esconder. No banheiro? Não, provavelmente seria o primeiro lugar onde ele ia procurar alguma coisa. Debaixo da cama?Óbvio demais. Dentro do armário?Pior ainda.

 

       Espere um momento?Ali tinha um baú. Bra pensou o mesmo e apontou para ele.

 -Espere papai. Estou me trocando. Não há necessidade de explodir nada. Que ridículo.

      Gritava Bra ao pai para distraí-lo até que Goten se escondesse no baú ao lado da cama dela.

        Bom, entendam bem que Goten não poderia sonhar em fugir voando pela sacada, pois no calor da fuga, o seu ki poderia se tornar visível aos sentidos de Vegeta .E isso todos nós sabemos e muito bem que seria desastroso.Aliás, falando em Ki, era justamente o que a estava preocupando Bra. Será que Goten havia escondido essa energia tão perceptível para o pai e o irmão? Porém o jovem Goten era cuidadoso. A distâncias dali já o havia escondido. Sabia como era Vegeta.

        Dentro do baú bem apertado o pobre Goten suava frio... Ouviu Bra destrancando a porta:

-Será que eu não posso ter um minuto de privacidade dentro dessa casa papai?

  Não é surpresa para todos dizer que Vegeta entrou de imediato. Não disse nada a filha. Parou no meio do quarto, cruzou os braços e observou em sua volta com um olhar calculista. Atrás dele se encontrava a porta do banheiro.

       Caminhou calmamente até lá, ainda com os braços cruzados. Parou em frente à porta, virou-se para a filha e perguntou sério:

- Diga-me. Quem estava aqui com você?

- Ora papai! Claro que ninguém. Está ficando neurótico com essa sua perseguição. Não é justo!

 

 

     Vegeta nada disse. Deu aquele famoso sorriso no canto da boca desafiando a filha. Entrou no banheiro, viu que não tinha nada e saiu.

        Bra vendo que o pai estava procurando justamente nos lugares de praxe, onde  se procura alguém escondido em algum lugar, começou e enumerar em seus pensamentos o que ocorreria a seguir: “O banheiro já foi o próximo seria debaixo da cama e depois o armário ou vice-versa. Se bobear até o baú.” O que ela iria fazer?

      Então o pai sayajin parou outra vez no meio do quarto. Fitou a sacada por alguns segundos, se dirigiu até ela e trancou a porta:

-Vou fechar essa sacada. Você sabe como são essas coisas. Não é? De repente alguém pode querer entrar ou sair. Seja como for... -Disse virando-se para Bra soltando uma gargalhada- Hahahahahahha! Aproveite que hoje estou de bom humor. Quer que eu te leve para fazer compras?

  Goten ouvia tudo. Pensava em como Vegeta é sarcástico. Agora tinha certeza. O problema de Bra era o pai.

     Bra respondeu:

-Não papai. O que eu preciso é de liberdade. Está ouvindo?

-Hunf!Como é malcriada. _ ficou sério_ Venha comigo. Sua mãe que falar com você.

 

   Bra acompanhou Vegeta.

 

 

 

            Do baú Goten ouviu que a porta havia se fechado. Quando percebeu a quietude do lugar, saiu. Estava suado e abafado. Respirou o ar. Depois de tudo que ouviu, chegou à conclusão de que tomaria coragem e teria uma conversa séria com o Senhor Vegeta. Ele estava disposto a enfrentá-lo por Bra a qualquer custo. Nem que seja com uma luta. Ele não temia Vegeta.

         Agora o que lhe preocupava era como ele ia sair dali. Vegeta trancou a porta da sacada. Ele poderia até arrombá-la, mas como? Seu ki era o problema.

        Enquanto Goten arrumava um meio para sair daquela situação. Bra, a filha do sayajin, pensava onde arrumar forças para enfrentar os problemas que surgiriam dali para frente.

  Realmente essa é uma situação difícil. Ser filha de Vegeta não é nada fácil. Pensou em seu novo namorado. Ela sabia que as coisas com ele vão ser mais difíceis com o pai. Vegeta nem sequer imaginava com quem sua linda filha estava saindo ultimamente. E acreditem. Isso será uma surpresa para todos nós.

    Continua....


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