One-shot Forever And Always escrita por GiuhBatiston


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ok girls, vcs irão perceber que o início da fic é o trecho de SK, depois vem a parte de minha autoria.



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Momentos mais tarde, o grupo da minha mãe apareceu no final do corredor. Por números, mais um tinha caído. Mas eles estavam tão perto. Todos ao meu redor ficaram tensos. Tão perto, tão perto, tão perto.

Mas não perto o bastante. Três Strigoi esperavam em um canto. Passamos por eles, mas eles nos deixaram passar. Tudo aconteceu tão rápido; ninguém poderia reagir a tempo. Um dos Strigoi agarrou Celeste, sua boca e presas indo para o pescoço dela. Eu ouvi um grito estrangulado e vi sangue em toda parte. Um dos Strigoi foi pegar a Sra. Carmack, mas minha mãe a tirou do caminho e a empurrou em nossa direção.

O terceiro Strigoi agarrou Dimitri. Desde que eu o conheço, eu nunca vi Dimitri hesitar. Ele era sempre rápido, sempre mais forte que todo mundo. Não dessa vez. Esse Strigoi o tinha pego de surpresa, e aquela pequena vantagem foi o necessário.

Eu me assustei. Era o Strigoi loiro. O que tinha falado comigo na batalha.

Ele agarrou Dimitri e o empurrou para o chão. Eles lutaram, força contra força, e então eu vi aquelas presas se afundarem no pescoço de Dimitri. Os olhos vermelhos levantaram e fizeram contato com os meus.

Eu ouvi outro grito – dessa vez, era o meu.

Minha mãe começou a voltar para onde eles tinham caído, mas então mais cinco Strigoi

apareceram. Era um caos. Eu não conseguia mais ver Dimitri; eu não conseguia ver o que tinha acontecido com ele. Indecisão passou pelas feições de minha mãe enquanto ela tentava decidir entre fugir ou lutar, e então, com arrependimento por todo o rosto ela continuou correndo em direção a nós e a saída. Enquanto isso, eu estava tentado correr de volta para dentro, mas alguém estava me impedindo. Era Stan.

“O que você está fazendo, Rose? Mais estão vindo.”

Ele não entendia? Dimitri estava lá. Eu tinha que pegar Dimitri.

Minha mãe e Alberta saíram, arrastando a Sra. Carmack. Um grupo de Strigoi estava atrás delas, derrapando numa parada na beira da luz. Eu ainda estava lutando com Stan. Ele não precisava de ajuda, mas minha mãe me segurou e me empurrou para longe.

“Rose, temos que sair daqui!”

“Ele está lá!” eu gritei, lutando o máximo que eu podia. Como eu podia ter matado Strigoi e não ser capaz de me livrar desses dois? “Dimitri está lá! Temos que voltar por ele! Não podemos ir embora!”

Eu estava resmungando, histericamente, gritando para todos eles que tínhamos que resgatar Dimitri. Minha mãe me chacoalhou com força e se aproximou para que só houvesse alguns centímetros entre nós.

“Ele está morto, Rose! Não podemos voltar lá. O sol vai desaparecer em 15 minutos, e eles estão esperando por nós. Vamos ficar no escuro antes de podermos voltar para as wards. Precisamos de cada segundo que conseguirmos – e ainda sim pode não ser o bastante.”

Eu podia ver os Strigoi reunidos na entrada, seus olhos vermelhos brilhando de antecipação.

Eles enchiam completamente a abertura, eram 10. Talvez mais. Minha mãe estava certa. Com a velocidade deles, mesmo nossa distância de 15 minutos talvez não fosse o suficiente. E ainda sim, eu ainda não consegui dar um passo. Eu não podia parar de encarar a caverna, onde Dimitri estava, onde metade da minha alma estava. Ele não podia estar morto. Se ele estivesse, então certamente eu também estaria morta.

 

(...)

 

Os guardiões passaram pelas wards, e o resto de nós que tinham seguido atrás esperamos na fronteira. Quase ninguém falou. Provavelmente levaria 3 horas antes deles voltarem, contando o tempo de viagem. Tentando ignorar o obscuro e pesado sentimento dentro de mim, eu sentei no chão e descansei minha cabeça no ombro de Lissa, desejando que os minutos voassem. Um Moroi usuário de fogo criou uma fogueira, e todos nos esquentamos com ela.

Os minutos não voaram, mas ele eventualmente passaram. Alguém gritou que os guardiões estavam voltando. Eu levantei e corri para olhar. O que eu vi me fez parar.

Macas. Macas carregando os corpos daqueles que tinham sido mortos. Guardiões mortos, seus rostos pálidos e olhos vidrados. Um dos Moroi que observava vomitou. Lissa começou a chorar. Um por um, os mortos passaram por nós. Eu me assustei, sentindo o frio e o vazio, me perguntado se eu veria os fantasmas deles quando eu fosse para fora das wards.

Finalmente, atrás de todos vinha minha mãe e Alberta carregando a ultima maca. Eu não queria, eu não podia olhar, por que no meu interior eu já sabia o que veria. Mas ainda sim eu o fiz e lá estava ele.

Dimitri tinha a mesma expressão serena de sempre. Como se todos os problemas do mundo fossem fácil de se resolverem, mas no seu pescoço o sangue seco se acumulara criando uma crosta. Lágrimas começaram o descer por meu rosto e eu me senti desabar. Não podia ser verdade, não ele, não agora.

Eu corri em direção ao meu dormitório chegando lá em tempo recorde. Pude sentir Lissa me chamando pela ligação, ela não queria que eu estivesse sozinha num momento como esse, mas eu não queria ninguém ao meu lado. Eu só queria me jogar na cama e chorar. Como eu poderia viver sem ele? Sem suas lições zen, sem seus olhares cheios de censura ou cheios de paixão. Como eu poderia viver sem seu sorriso? Sem seu toque em minha pele? Dimitri não poderia estar morto, eu simplesmente não conseguia assimilar essa realidade, por que o mundo não existia sem ele. Eu sem Dimitri não era nada.

Após horas as lágrimas secaram por que simplesmente não haviam mais lágrimas para eu chorar. Rolei na cama e senti algo embaixo de mim. Era um envelope com sua letra. De dentro caiu um anel de prata com uma única safira azul. Do lado de dentro estava gravado nossas inicias R&D. Junto de tudo havia uma carta.

 

“Minha Roza,

Como é bom finalmente poder chamá-la de minha. Você não faz idéia de quantas noites eu sonhei com você, e agora você é finalmente minha. Não existe palavra no mundo que possa expressar o quanto eu te amo. Por que tudo em você estará para sempre gravado em mim. E quando eu enfim fechar os olhos pela ultima vez, sei que o que verei gravado em minhas pálpebras será o seu sorriso zombeteiro e o seu olhar de menina.

Minha menina, meu amor... A única que tem e sempre terá o meu coração. A mulher que eu nunca pensei existir. Por que você é minha razão de viver, minha doce Roza. Por você eu abriria mão de tudo, por você eu morreria.

Para sempre e sempre seu,

Dimitri”

 

Eu não poderia acreditar nas palavras gravadas naquele papel. Era como se Dimitri soubesse exatamente o que lhe aconteceria. E pensar que eu fora seu ultimo pensamento me fazia sentir ainda pior. Ele morrera por mim. Não fora pelos Morois seqüestrados, fora por mim. Eu era a única culpada por ter perdido meu grande amor.

E agora, como eu poderia me perdoar? Como eu poderia seguir em frente sabendo que Dimitri partira por minha causa? Como eu poderia dizer a família dele que eu era a culpada por sua morte? Como eu poderia viver agora?

 

(...)

 

Já se faziam sete dias desde o ataque. Sete dias sem Dimitri... Eu não saira do quarto e não aceitara receber visitas. Lissa estava abatida pela perda de Dimitri, pois afinal, ele era seu guardião, mas ela estava mais triste por mim. Minha mãe também não pudera ir embora, ela vinha todos os dias bater na porta do meu quarto, mas eu raramente a atendia. Só saia do quarto para comer e olhe lá. A única coisa que me tirara do quarto foi quando os Belikov chegaram.

Eu me senti na obrigação de ir até eles e pedir desculpas. Quando olhei para sua família e vi os mesmos olhos, o mesmo sorriso... Aquilo partiu meu coração novamente, por que era como se ele pudesse voltar a qualquer momento e me pegar em seus braços.

-Me perdoe. – foi a primeira coisa que eu disse a sua mãe.

-Oh querida! Não foi sua culpa. – ela disse afagando meu cabelo.

-Foi sim. Ninguém mais sabia onde os Strigoi estavam escondidos. Fui eu quem descobriu, portanto fui eu quem o matou. E agora... – eu não pude então terminar por que as lágrimas começaram a escorrer novamente. Quando por fim eu me acalmei, mostrei a Olena a carta que Dimitri me deixara. Ela leu tudo silenciosamente com lágrimas escorrendo por seus olhos. – Ele também me deixou isso. – então eu mostrei-lhe o anel. Ela o encarou com os olhos brilhando devido as lágrimas por alguns minutos.

-Ele realmente a amava... Sabe, este anel pertenceu a minha avó, e minha mãe deu a Dimka para ele dar a mulher que ele realmente amasse. – eu comecei a chorar novamente. Eu sabia que ele me amava, mas não com toda essa intensidade. Por que Dimitri?Por que você me deixou? Eu me questionava.

Quando chegou à hora do enterro eu estava lá, junto com sua família, minha mãe e os poucos amigos que Dimitri possuíra. No dia anterior eu recebera a autorização de ficar com seus pertences e agora eu segurava seu livro favorito como se fosse a coisa mais valiosa do mundo. Ver Dimitri dentro daquele caixão era como ter uma faca atravessando meu peito. Como podia estar fazendo uma noite quente, como os passarinhos poderiam cantar, como o mundo poderia seguir tão comum como sempre se para mim tudo acabara? O meu mundo chegara ao fim quando aquele Strigoi pulou no pescoço de Dimitri.

De repente tudo começou a rodar e eu senti braços me amparando. Por um momento eu tive a ilusão de que fosse ele, mas era apenas minha mãe. Então eu desmaiei.

 

Quando acordei horas mais tarde vi inúmeros rostos a minha volta, mas os únicos que reconheci foram minha mãe, Olena e Lissa. E elas estavam com os rostos manchados por lágrimas.

-O que aconteceu? – perguntei.

-O destino não foi tão mal conosco afinal de contas. – Olena comentou com um pequeno sorriso.

-Você esta grávida Rose. – Lissa disse como se fossem as palavras mais normais do mundo. Mas tinha algo de errado ali. Eu não poderia estar grávida.

-Tem algo de errado ai Liss... Eu não posso estar grávida. Não quando Dimitri foi o único, o único... – eu não conseguia pronunciar as palavras.

-Nós não duvidamos de você Rose, mas se ele foi o único... – eu não me permitiria pensar nisso, não me permitira criar ilusões. – Não adianta tentar negar Rose. Você esta grávida. – disse com convicção. Eu não me permitiria, mas elas já estavam crescendo. Se eu realmente estivesse grávida... Se realmente fosse verdade... Então eu teria um pedaço dele crescendo dentro de mim. Algum fruto e símbolo do nosso amor estava vivo. Crescendo dentro de mim. Mas só tinha uma maneira de eu saber se era verdade.

-Quando eu posso sair daqui? – perguntei alvoroçada.

-Você pode sair agora mesmo, mas... – eu não terminei de ouvir o que minha mãe dizia, pois já estava na porta da enfermaria. Assim que cheguei lá fora comecei a correr feito louca até o portão da frente da Academia. Daí a convencer o guardião a me deixar sair pra fora foi um sacrifício, mas por fim eu consegui sair da proteção das wards. E como sempre minha cabeça começou a latejar e vultos começaram a dançar em minha visão periférica, mas apenas um me importava.

-Dimitri. – eu gritei para o vento. – Eu sei que você esta ai. Por favor! – gritei um pouco mais alto. – Dimitri. – implorei para o vento que brincava com meus cabelos. Esperei mais um pouco, mas acabei desistindo. Quando me cansei e decidi ir embora, eu virei as costas e lá estava ele, apenas um pouco mais pálido, mas com os mesmos olhos castanhos, o mesmo sorriso...

-Dimitri. – sussurrei. Eu tentei tocar seu rosto, mas minha mão apenas atravessou-lhe. – Por quê? – perguntei fazendo esforço para não chorar. Ele tentou falar, mas não saiu som. Eu apenas pude ver as palavras formadas por sua boca ‘me desculpe’. – Eu te amo tanto e no entanto... Você se foi... – ele me encarou com uma lagrima perolada escorrendo por sua face. ‘Eu também te amo’.

-É... É mesmo verdade o que me disseram? Eu... Realmente? – ele acenou com a cabeça afirmativamente. ‘Eu te amo, para sempre. Cuide bem do nosso bebê’ Foram suas ultimas palavras e então ele desapareceu. Eu me permiti cair de joelhos e chorar por uma ultima vez.

Ele agora se fora para sempre. Dimitri não estaria nunca mais comigo nessa vida. Ele não estaria presente na minha formatura, nós não iríamos ficar juntos como ele prometera. Mas agora eu pelo menos tinha algo a me agarrar. Nosso filho. A prova de que aquela noite na cabana tinha sido real. Que nós havíamos estado juntos, que nós havíamos nos amado.

-Eu te amo. – sussurrei uma ultima vez para o vento antes de me reerguer. A vida enfim continuaria e, por mais que eu não tivesse mais Dimitri comigo, eu sempre teria algo que me ligaria a ele. Para sempre.


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Notas finais do capítulo

Então... Eu sei que muitas de vcs devem ter chorado. Eu tb chorei escrevendo. Hehe. Mas espero que tenham gostado girls... Bjm