O Cisne Branco escrita por anonimen_pisate


Capítulo 2
Capítulo 2




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P.O.V – Hellena di Fontana.

 

-Hellena, acorde Hellena! Acorde! – abri os olhos sendo balançada por minha melhor amiga. Seus lindos e dourados cabelos estavam arrumados em um coque desfiado e bem feito.

-Blake... O que? – eu cambaleei meio grogue. Olhei em volta, onde estava minha companheira de quarto?

-Tem que se arrumar Hellena! Vamos sair em quinze minutos! – seus olhos escuros me fitaram preocupada.

-O que?! – eu exclamei. – Porque Nikki não me acordou? Aquela vadia! – eu comecei a gritar irritada pelo quarto.

-Ela saiu há uma meia hora, eu estava te esperando, mas como você não saia, eu entrei. – ela passou a revirar meu guarda roupa.

-Ei pare com isso, demorei a noite toda arrumando ele!

-A ta! – ela revirou os lindos olhos.

-Grrr... Que raiva! – eu gritei correndo para o banheiro. – Mas como entrou aqui no meu quarto? – perguntei enquanto escovava os dentes e o cabelo, tudo ao mesmo tempo.

-Hellena, isso é uma republica, não um banco... – ela revirou os olhos. Jogou uma calça jeans. – Você tem roupas demais Hell... – ela abria caminho entre elas.

-São todas das minhas irmãs! – odiava quando as pessoas falavam da minha vida financeira. Eu não era a menina mais rica de Verona, ok, mas eu havia recebido uma boa herança dos meus pais.

-Aham, o problema é que suas irmãs usam a roupa uma semana e se cansam dela... – ta, as minhas meio-irmãs por parte de pai sim eram ricas, judias bem ricas. – Você recebe caixotes de roupas todo mês.

Me jogou mais peças. Terminei de me vestir, e descemos correndo as escadas do pequeno prédio de dois andares.

Eu e Blake morávamos juntas em uma pequena republica junto com outras três meninas. Dividíamos as despesas, e assim conseguíamos manter um prédio bom, com luz elétrica, um banheiro para cada duas de nos, com água quente, privacidade, e um espaço ótimo com uma barra para bale, e um espelho de parede toda.

Fazíamos, nos cinco, a faculdade de artes cênicas de Verona, uma coisa bem difícil de achar na Itália, aqui se concentravam mais as de arquitetura, pintura, não de dança que era nosso foco.

Dividia o quarto com uma garota detestável; Nikki. Porque eu dividia o quarto com ela mesmo?

-Blake, eu... – minha frase foi interrompida, quando ela me deu um puxão, tirando a minha rota da cozinha, me levando para a rota da porta. – Ei! Estou com fome! – reclamei junto com meu estomago.

-Não temos tempo, só temos... – ela conferiu o relógio de pulso de marca cara. Ela reclamava do meu guarda-roupa, mas era a rainha das coisas de marca. – Dez minutos!

Saiu me puxando pela rua, como se fossemos loucas. Eu estava com meu casaco na mão, e meu cachecol de caxemira fugia de meu pescoço.

-Blake! Eu não posso correr com essas botas! – reclamei, olhando seus saltos stiletto. Ela nem se quer me respondeu, apenas me deu uma olhada e mostrou seus saltos finos e altos.

Comecei a ter crises de risos, enquanto nos desviávamos das pessoas no meio da rua. Em teoria, nossa faculdade ficava a vinte minutos de distancia da nossa republica, mas hoje teríamos de fazer tudo em metade do tempo.

-Blake... – disse ofegante pela corrida. – Por que... Você não se muda... Para o meu... Quarto? – nossa, eu estava fora de forma.

-Não gosta da Nikki não é? – ela ergueu uma sobrancelha, o ar totalmente controlado em seus lábios.  

-Não… - neguei com a cabeça, e em um minuto de descuido, dei um encontrão forte em um homem que levava pães em alguma entrega. – Scusa signore! – gritei, sorrindo.

-É, ela parece não gostar de você também... – meneou com a cabeça se desviando de uma bicicleta.

-Deve ser porque eu acabei com ela naquela apresentação... – recuperei o ar. Nikki fazia dança comigo, Blake, e mais uma menina, deixando uma solitária para fazer musica.

Nos não tínhamos escolhido as companheiras da casa, só nos inscrevemos na escola, que estava tentando facilitar as coisas para os alunos de intercambio - que eram muitos, não é a toa que a língua mais falada na faculdade e em todo canto era o inglês, Blake mesmo era dos estados unidos.

Eu e Blake estávamos juntas dês do ensino médio, a dois anos atrás.

-Pare de ser convencida... – ela riu.

Diferente de mim, ela tinha um irmão mais velho em Roma, é claro que poderia ter ficado por lá, fazendo uma faculdade melhor e maior, mas muitos optavam pela vida pacata de Veneto para estudar.

Não que a faculdade que fizéssemos fosse todo ruim, tinha ate uma fraca ligação com a Jiulliard’s, de NY, a melhor do mundo, mas chegava a ser levemente precária.

Éramos as duas emancipadas, pois somos menores de idade, diferente do lugar da onde vim, alunos de dezesseis anos já entravam na faculdade aqui.

-Lá estão os ônibus... Graças a deus não perdemos o passeio de campo! – ela suspirou aliviada. Revirei os olhos à medida que nos aproximávamos em um passo mais lento da fila para pagarmos e entrarmos nos ônibus.

Os alunos menores de idade tinham que mostrar as autorizações dos pais.

-Não sei por que esse interesse todo com essa aula de campo, nem é sobre a nossa matéria, eu nem devia ter vindo... – resmunguei cruzando os braços. Olhei para o lado e vi Nikki parada perto do terceiro ônibus na fila, ela ria como uma hiena nojenta.

Virei-me, me preparando para ir em direção a minha “querida companheira de quarto”... Ah vá.

-Aonde vai Hell? – Blake se virou me olhando acusadora.

-Guarda o meu lugar... – falei estalando os dedos de um jeito ameaçador. – Vou resolver alguns problemas... – e me afastei antes que ela reclamasse, ou me impedisse.

Fui com passos rápidos e fortes em direção aquela bruxa de escova definitiva. Parei na frente dela e apoiei as mãos no meu quadril.

-Qual o seu problema? – grunhi.

-O meu problema? – ela fez aquela cara de quem estava sendo culpada de algo inocentemente. – O que eu fiz?

-Quase fiquei atrasada por sua culpa.

-Agora eu tenho que te acordar é? Se passou a noite toda acordada e culpa não é minha! – ela debochou. – Tenho cara de despertador?

-Não devia ter desligado o meu!

-Eu não desliguei, você deve ter se esquecido de ligar... – ela deu de ombros, sem perder a posse. As amiguinhas dela deram uma risadinha afetada e nojenta.

-Eu vou dizer do que você tem cara sua vadia! – tentei pular para cima dela, mas alguém estava me segurando, e segurando Nikki também, que tentava repetir meus gestos de briga.

-Chega Hellena, quer ter problemas com o diretor? – Blake chiou ao meu lado. Levaram a piranha para longe de mim. – Obrigado Agnelo... – ela agradeceu a quem me segurava, no segundo seguinte, senti o aperto afrouxar.

-Qual o seu problema? – ela começou a reclamar, assim que fomos em direção a mais detestável professora da faculdade, resumindo, ela me odeia.

-Senhorita di Fontana... Que bom ver-la, ainda mais... – ela olhou o relógio de pulso, que era uma versão mais barata e feia do de Blake. – Atrasada, como se fosse uma novidade...

-Desculpe professora... – disse entre dentes.

-Já estamos quase de saída. - passei minhas mãos pela minha calça jeans, nossa como estava apertada, será que eu havia engordado? Mas meus quadris continuavam estreitos, estreitos de mais para o meu gosto.

-Desculpe novamente professora. – estava começando a perder minha paciência. Passei minha mão ajeitando o cabelo. Já comentei que sou meio hiperativa?

-Não sei se devo deixá-la ir conosco mocinha. - passei mão pelo meu cabelo novamente, rodei meu piercing na orelha. Olhei para cima e bati o pé, contei ate dez...

-Desculpe professora. Já pedi desculpa umas três vezes. Foi mal, mal mesmo. Agora porque não esquecemos isso e vamos logo? – puxei a barra de meu blusão fino para baixo.

-Me respeite, senão terei de mandá-la para a diretoria! – apontou um dedo fino e torto na minha direção. A única coisa que pensei na hora foi que esmalte horrível ela estava usando, preferia muito mais o meu azul marinho.

-Claro senhora Adreanni, claro... – concordei de má vontade, detestava me dobrar pra esses professores arrogantes. Comecei a revirar minha bolsa no meu ombro. Tirei a autorização do meu tutor, não que eu realmente precisasse.

-Ônibus três. – sem olhar nos meus olhos, ela apontou para o ônibus na terceira fila, e passou para o próximo aluno. Procurei por Blake na multidão de jovens desorganizados.

Vi ela se aproximar de mim sorrindo. As pessoas simplesmente abriam caminho para ela passar.

-Tchau... – ela sorriu com seu italiano nos lábios. Estranho de se pensar que da onde venho esse comprimento se da na hora do adeus. - Esta em que ônibus? – ela rodou uma passagem na minha frente. Um grande numero cinco verde escuro cobria todo o ticket.

-No três... – fiz um muxoxo. Ela riu e afagou meus cabelos.

-Não fique assim Hell... – a supervisora dela começou a gritar e tentar organizar o ônibus. – Tenho de ir, boa sorte.

-Nos vemos daqui a quatro horas. – revirei os olhos resmungando.

Os professores eram muito mais rigorosos do que eu imaginara. Nunca pensara que era tão sofrido ser uma dançarina. Quando me questionaram sobre que faculdade seguir, a de arte cênica foi a primeira a vir na minha mente. Manter o nível numa escola de ponta era mais difícil do que eu imaginara.

Entrei no ônibus verde água, que já estava quase todo lotado. Como eu não era uma garota muito popular, não me importei de não ficar no fundo com a galera. Sentei em uma das primeiras cadeiras, coloquei meu rai ban aviador, meus fones e fechei os olhos.

Era estranho, que mesmo sem ver nada, eu conseguia saber de tudo que acontecia a minha volta.

Eu podia ouvir os passos das pessoas lá fora, se apressando para não perder o passeio, podia ouvir o som suave do aquecedor, e os alunos que entravam e saiam dos ônibus. E ainda senti o perfume de rosas e jasmins do vale da minha outra companheira de republica, Quenn Fabray.

Ela se sentou atrás de mim.

Suspirei, seria uma longa viajem, longa...

 

“Nunca tire essa corrente do pescoço Hellena, nunca... ela vai proteger você, querida.” Era uma voz conhecida, uma voz doce e gentil, parecia à voz da minha mãe, mas não era... O cristalzinho no meu pescoço cintilou, e o sonho se dissolveu em fumaça.

Abri os olhos assustada. Há dias que eu tinha o mesmo sonho, a voz de uma mulher me mandando usar um colar.

Antes de morrer, minha mãe me dera uma corrente de prata, que nunca sujava, era de prata de verdade, com um cristal bem pequeno de enfeite, dês daquele dia, eu nunca tirava do meu pescoço.

Passei meus dedos pela prata gelada, e suspirei aliviada, como se estivesse com medo de ele ter sumido junto com meu sonho.

-Hellena? – a voz baixa e singela de Quenn soou ao meu lado. Só agora percebera que ela mudara de lugar. – Você dormiu... Acho que teve um pesadelo... – voltou a se encostar-se à cadeira estofada.

-É... Foi... – olhei em volta, todos pareciam estar agitados e eufóricos, como se estivéssemos indo para a Disney. Resfoleguei, devia ser essa agitação que me dera pesadelos... Nunca conseguia dormir bem quando tinha pessoas agitadas demais por perto, era como se eu sentisse tudo que os deixava assim, e às vezes não eram coisas boas.

Passei os olhos pelo ônibus e os depositei na janela, a vista já havia mudado fortemente. As arvores invernais e a bruma gelada, fora trocadas por uma paisagem ensolarada e com um longo e vasto horizonte.

-Onde estamos? – limpei a garganta. Nossa como amava a Itália.

-Estamos indo para Volterra... – falou, o tédio gotejava em sua voz.

Já sabia o motivo da agitação... Nossa que estupidez. O que eu estava fazendo aqui mesmo? Que droga, os vampiros vão me ensinar alguma forma de dança?

Só demorou mais quinze muitos, e assim paramos em um estacionamento fora da cidade, pelo visto, ônibus não podiam entrar...  Em fila indiana, passamos pelos majestosos portões da cidade. Faríamos nosso tour separado dos outros ônibus.

-Muito bem meus jovens. Sigam-me... – andou todo o caminho com Quenn em meus calcanhares. Ficamos conversando e mal prestamos atenção. Depois de mais de uma hora e meia andando, a professora nos deixou parar para comer algo.

Dali, podíamos ver todo o Pallazzo dei Priori, a arquitetura dele era linda. Antes de escolher ser bailarina, eu queria ser arquiteta, mas por meu pequeno mau-desentendimento com matemática, preferir ficar com a dança, que eu era melhor, e gostava tanto quanto.

-Vamos entrar? – uma menina apontou para o monumento com a cabeça.

-Infelizmente esta em reforma crianças... – odeio quando ela nos chamava de crianças. Fala serio, temos todos dezesseis, dezessete anos.

-Viemos ate aqui, para não visitar o Pallazzo? – elas fizeram um muxoxo coletivo.

-Desculpe crianças, mas temos de ir... – ela começou a puxar todos nos. – Vamos agora, ver a igreja de San Felice, que possui o estilo... – ela começou a falar sem parar, mas eu não consegui tirar os olhos da alta construção, era tão linda... E tenho de admitir, tinha uma queda por pintura – também, herdara da minha mãe - e ate que gostava desse estilo medieval da cidade.

-Droga... – sussurrei remexendo na minha bolsa.

-Qual o problema? – Quenn me olhou.

-Esqueci minha caneta na sorveteria. Eu vou lá buscar. – me virei, já partindo, mas ela me segurou.

-É melhor falar com a professora.

-Se eu falar ela não vai me deixar pegar. Aquela caneta é muito importante pra mim. Minha avó me deu. – eu chiei. Ela titubeou, e depois concordou. Balancei a mão, mandando-a ir. – Vai na frente, eu já alcanço vocês.

-Apenas tome cuidado... - ela me olhou enviesado, como seu eu fosse louca, e deu meia-volta. Coloquei meus óculos rai ban de volta nos olhos.

Fui ate a sorveteria, vi minha caneta esferográfica prateada brilhando. Corri ate a mesa e peguei-a. Quando me virei para seguir na direção do grupo, vi de relance, uma grande excursão de pessoas, entrando no Palazzo dei Piori.

Gelei... Meu coração deu uma guinada, senti meu sangue gelar. Estava fazendo reforma lá dentro... Ou... não, não é possível, para de imaginar coisas!

Eles entravam por uma porta lateral, e entre as dezenas de pessoas, vi de longe, uma linda e magnífica mulher.

Mas os olhos eram de verdade. Não eram lentes. Era de um cinza azulado tão lindo, que pareciam capazes de hipnotizar alguém se olhar em sua direção por tempo demais. Seus cabelos de mogno caiam em delicadas ondas como molduras. Heide.

Não, não é possível! Esta enlouquecendo Hellena, esta ficando louca e paranóica!

Ela conversava com uma menina da minha idade, que eu facilmente reconheci. Era minha colega da aula de práticas corporais. Ela era uma menina estranha e que ninguém notaria a falta. Tinha cabelos escuros cortados na altura do queixo, uma franja reta pendia em seu rosto, o cabelo totalmente liso, o nome dela era engraçado e combinava com o penteado. Channel.

A linda mulher falava suave. Acariciou seus cabelos lisos e escuros, e fixava fortemente os olhos de minha colega, indicou para ela a porta, e seguiu tomando a frente dos visitantes. Vi os olhos escuros de Channel, ficar vagos e vidrados, como se hipnotizada, um olhar parecido com o do segurança que prendia os visitantes na porta principal nesse exato instante.

Ela entrou se misturando a multidão.

Apertei a alça da bolsa no meu ombro, e segui o tour que já havia sumido pela portinha. Entrei logo depois deles. Era um grande grupo de pessoas que tiravam dezenas de fotos.

Deja vu... Que sensação horrível. O que eu estava fazendo aqui? Foi como se por um momento terrível, eu estivesse entrado em Lua Nova.

Fique calma, fique calma, eu não parava de repetir enquanto seguia as pessoas animadas, não conseguia mais ver Channel, eu precisava tirá-la daqui.

Mas deixei de querer me internar quando a paisagem começou a mudar, não eram mais paredes de mármore. Eram túneis escuros, estávamos atravessando Volterra por baixo dela. Estranhamente, eu conseguia sentir e ouvir os passos de pessoas que estavam a mais de um quilometro de terra e concreto acima de mim, eu sentia o ar ensolarado lá de cima, diferente do ar abafado e de mofo aqui de baixo.

Que coisa horrível, eu estava aqui, no meio de idiotas que como ovelhas, baliam alegres para o abatedouro. Iam alegres para a morte.

Não importava mais a minha sanidade, algo me dizia terrivelmente para correr e ir embora, e eu decidi seguir essa pequena hipótese quando eu vi a grande porta de carvalho e ouro no fim de mais um corredor úmido.

Desisti de encontrar Channel, não sabia se daria para me salvar, quanto mais a ela.

Correr? Correr não adiantaria mesmo. Eu já estava afundada ate a cintura naquela lama nojenta, eu fui uma burra estúpida! Eu podia ter dado meia volta, e voltado para o ônibus e para a merda que era minha vida.

Eu podia ter dado meia volta, poderia ter tido um namorado no futuro, poderia ter me casado, poderia ter sido uma dançarina, poderia ter ido visitar o tumulo de meus pais... Mas que coisas estúpidas para se pensar no leito de morte, pensar no que aconteceria se eu não tivesse escolhido aquele caminho.

Só faria a morte ser mais dolorosa. Mas meu orgulho não deixava, eu precisava lutar, precisava morrer pelo menos com dignidade, não sorrindo para meu assassino, mas sim lutando contra ele.

Corri, corri com todas as minhas forças. Fechei os olhos, fechei e comecei a chorar, por mais que eu tentasse segurar as lagrimas, elas saiam. Segurei-as por tantos anos, doía tanto segura-las, eu não queria sentir mais dor, não mais do que o necessário.

E foi ai que eu senti uma parede de mármore contra o meu corpo... Que ótimo, o dia estava ficando cada vez melhor...


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